domingo, 29 de setembro de 2019

COM SORTE E TALENTO LEWIS VENCE NA RÚSSIA.

Nos treinos livres para o GP da Rússia, a Ferrari volta a demonstrar um ritmo mais forte que seus rivais diretos, Mercedes e Red Bull, porém a vantagem é pequena e qualquer erro pode ser fatal.

Na qualificação, Leclerc, o garoto sensação do momento, conquista uma pole position fabulosa, com larga vantagem para Hamilton e Vettel. Bottas fechou o dia em quarto. Para as Mercedes restava a esperança da sua estratégia diferenciada render melhores resultados na pista. Por conta de punições por troca de componentes, Verstappen larga somente em nono, seu companheiro Albon, larga em último pelos mesmos motivos.

Na largada, Leclerc larga bem, Vettel ainda mais, superando Hamilton antes do fim da reta principal, o alemão aproveita o vácuo de Leclerc e assume a liderança. No meio da volta o sfety car entra na pista por conta do acidente envolvendo Grosjean, Ricciardo e Giovinazzi. O piloto da Alfa Romeo, encaixotado pelos oponentes acaba furando o pneu de Ricciardo e jogando Grosjean para fora após o toque, o próprio Giovinazzi porém sai quase ileso. Durante o safety car fica explícito em áudio o acordo da Ferrari em deixar Vettel pegar o vácuo de Leclerc.

O sanduíche de Giovinazzi resultou na batida de Grosjean.


Na passagem da volta quatro a corrida se reinicia. Na volta seguinte Vettel abre distância para Leclerc e paga o preço do misto de ingenuidade e cobrança da equipe, pois o alemão acelera tudo que pode, se consolidando na liderança.

No sétimo giro Bottas supera Sainz e retoma a quarta posição. Vettel quebra claramente o acordo, não cede a posição e se mantém na frente. A Ferrari claramente se mostra incapaz de aceitar o fato do novato estar em melhor forma. Kimi Raikkonen, por queima e largada, mesmo sem levar nenhuma vantagem, é punido.

Após a volta dez, Hamilton começa a fazer valer seus pneus mais duros e começa a se reaproximar das Ferrari. Verstappen chega nas Mclaren, e começa a pressionar Norris. O holandês voador demora um par de voltas, contudo supera Norris e vai para cima de Sainz.

Sem se importar com o acordo, Vettel vai abrindo vantagem, complicando a vida de Leclerc. O ritmo de Vettel mostra que ele tinha em condições normais chance de superar Leclerc na pista. Enquanto isso Hulkenberg supera Pérez e assume a oitava posição, a manobra do alemão, por fora, travando roda foi maravilhosa.

Na volta dezessete, o incrível Hulkenberg é primeiro a ir para os boxes, na troca o piloto perde segundos preciosos com problemas no macaco. Na pista Verstappen ultrapassa Sainz e pula para quinto. Albon, que largou dos boxes, vai se recuperando lentamente e ultrapassa o piloto da casa, Daniil Kvyat.

Com vinte giros completados, Albon parte para cima de Gasly, o francês se defende da primeira investida, se manter a frente é questão de honra. Na volta seguinte Norris vai aos boxes. Mais uma volta e Sainz vi aos boxes e faz a sua troca. 

Na volta vinte e dois, Leclerc vai aos boxes e retorna a pista em quarto. Mais uma volta e Vettel permanece na pista.. As Mercedes para vencerem precisam alongar a parada ao máximo e torcer para um safety car pois o ritmo de Vettel é muito intenso. No pelotão intermediário, fora do ponto de DRS, Albon pressiona Gasly e supera o francês, com muito arrojo. 

Com vinte e seis voltas as Mclaren, com pneus bem mais novos, chegam nas Toro Rosso, que também disputam posição entre elas. Ao fim da volta, Vettel vai aos boxes e faz seu pit stop, ao retornar a pista, perde a posição para Leclerc, agora o jogo entre eles é o seguinte, quem for mais rápido vence. O monegasco está a vinte segundos de Hamilton, que terá pneus mais novos quando voltar a pista.

Voltas vinte oito, momento chave da corrida, Vettel perde a potência e abandona a corrida, ironicamente a entrada do virtual safety car ajuda Hamilton e Bottas, que terão tempo de pararem e voltarem a frente de Leclerc. A maré muda em Sochi.

O abandono de Vettel dá a Mercedes a chance de vencer.


Com os trabalhos no boxe, Hamilton supera Leclerc, o monegasco volta pelo menos a frente de Bottas. Verstappen também vai aos boxes. A corrida se reinicia por apenas alguns segundos pois George Russel bate no muro, chamando o safety car.

A Ferrari chama Leclerc para trocar os pneus, porém abre mão da posição na pista. A corrida se reinicia na volta trinta e três, o monegasco tenta, mas não consegue superar Bottas.

Volta trinta e quatro, Leclerc chega em Bottas e começa a pressionar o finlandês, que faz o papel de escudeiro para Hamilton, que por sua vez vai aproveitando e fazendo de maneira consecutiva as melhores voltas da corrida. Mais atrás Gasly e Kvyat se digladiam pela décima segunda posição. Um par de voltas depois, o piloto da casa dá o troco em Gasly, que erra na freada e também perde a posição para Raikkonen.

 Faltando dez voltas para o final, a trancos e barrancos, Albon supera Magnussen e assume a sexta posição, tendo tempo para chegar em Sainz, o quinto.

Com apenas sete giros para o fim, Hamilton crava a melhor volta da prova, abre quase cinco segundos para Bottas e ruma para a vitória. Enquanto isso Leclerc volta a atacar Bottas. Albon rapidamente chega em Sainz na disputa pela quinta posição. O tailandês ataca ao fim da reta principal, não consegue a ultrapassagem, mas fica muito colado no espanhol e mesmo sem o uso do DRS, na freada da curva, supera o adversário. 

Lewis Hamilton, com muita categoria e estratégia conquista a sua nona vitória na temporada e impressionantes oitenta e dois triunfos na carreira. Bottas é  o segundo e fecha a dobradinha da Mercedes, que já não vencia a algumas corridas. Leclerc vai ao pódio com a sua Ferrari, mas com um sabor um pouco amargo de que poderia um pouco mais.
A vitória de Lewis é a sua quarta no circuito russo.



Hamilton e Mercedes agora fazem contas para saberem quando irão conquistar seus títulos, faltando apenas cinco corridas para o fim do campeonato. Para a Ferrari, a única notícia boa é que o carro é mais rápido de reta e em termos aerodinâmicos pouco deve para a Mercedes, fazendo com que a equipe se torne competitiva nas qualificações e nas corridas.

Abaixo as notas dadas aos pilotos pelo seu desempenho na corrida:

1o. Hamilton - 9,0

Conquistou uma importante segunda posição no grid, contou com a sorte do safety car e seu talento habitual para se manter na liderança, e ruma para seu hexacampeoanto. 

2o. Bottas - 8,5

Discretíssimo a corrida inteira, porém foi um excelente escudeiro para Hamilton após o safety car.

3o. Leclerc - 9,0

Fez a pole position, cumpriu o acordo da Ferrari na largada, mas paga ou pela ingenuidade ou pela falta de malícia, deixar Vettel passar, não é algo inteligente. A sua estratégia falhou por conta do safety car, mas ainda assim precisa demonstrar mais vontade para se tornar um dos grandes.

4o. Verstappen - 8,0 

Se recuperou bem das punições e se juntou aos pelotão dos líderes no safety car, contudo seu carro não permitiu avançar mais do o quarto lugar.

5o. Albon - 8,0

Largar dos boxes e chegar entre os cinco primeiros é impressionante, o tailandês demonstra grande capacidade de recuperação, agora precisa melhorar seu desempenho nas qualificações e passar a incomodar mais Verstappen.

6o. Sainz - 8,0

O espanhol foi muito bem a corrida inteira, fez por merecer o resultado e ajuda a Mclaren a chegar no quarto lugar dos construtores.

7o. Pérez - 7,5

O mexicano sempre muito combativo levou seu carro a um excelente resultado.

8o. Norris - 7,0

O garoto é rápido e constante, mesmo sendo estreante anda sempre no ritmo de Sainz, já um veterano, tem muito a oferecer a Mclaren e pode ser um grande nome para o futuro, tal qual Verstappen e Leclerc.

9o. Magnussen - 6,5

Apesar de todo o arrojo sempre se envolve em confusão, perde tempo e dessa vez por conta de uma punição de cinco segundos perdeu o oitavo lugar para Norris.

10o. Hulkenberg - 6,5

Assim como Leclerc foi muito prejudicado pelo safety car, mas fez valer sua combatividade e velocidade com um ponto.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

TRIUNFO DE HERTA, BI DE NEWGARDEN.

A última etapa da temporada 2019 se encerra com o Grande Prêmio de Laguna Seca, com direito a quatro postulantes, e para aumentar a emoção, a pontuação dessa prova derradeira é dobrada. Josef Newgarden chega na condição de franco favorito ao título, porém não se pode subestimar Alexander Rossi, Simon Pagenaud e Scott Dixon, este último com chances remotas.

Na qualificação, Colton Herta surpreende e conquista mais uma pole position na temporada, o novato demonstra um talento incrível e já faz por merecer um carro vencedor. Dixon, que alimenta chances remotas, fica em segundo apenas alguns milésimos atrás. Rossi é o terceiro, a frente de Newgarden. Ao piloto da Penske basta se manter imediatamente atrás dos rivais para ser campeão. Hinchcliffe é o quinto e o último postulante ao título, Simon Pagenaud o sexto colocado. Os brasileiros, limitados pelo carro da equipe AJ Foyt foram apenas discretos, Tony Kanaan foi o vigésimo primeiro e Matheus Leist o penúltimo colocado com a vigésima terceira posição.

Antes da corrida começar é bom observar que os seis primeiros estão com pneus macios, que devem se desgastar rapidamente no traçado abrasivo e ondulado do circuito, além do clima quente e seco as noventa voltas irão causar um enorme desgaste físico nos pilotos.

Na largada Dixon força para cima de Herta, que permanece por dentro na primeira curva e traciona melhor, permanecendo a frente, com isso Rossi passa a atacar Dixon. Newgarden permanece em quarto, sem arriscar nada.

Herta se defende de Dixon na largada.

Após dez voltas, Herta lidera, seguido muito de perto por Dixon, porém, Rossi e Newgarden, terceiro e quarto respectivamente estavam bem distantes dos ponteiros, em uma disputa direta. Na passagem seguinte Takuma Sato vai aos boxes e tenta uma estratégia diferenciada. Mais uma volta e vários outros pilotos vão aos boxes, porém os primeiros colocados se mantém na pista.

No giro catorze, Simon Pagenaud arrisca e vai aos boxes. Na pista, Newgarden pressiona Rossi, mas não arrisca uma ultrapassagem. Mais uma volta e os dois vão aos boxes e a Penske entrega Newgarden a frente. Ainda no meio da volta, Rossi é atacado por um insano Pagenaud que o supera, Rossi chega a colocar duas rodas na areia. A equipe Penske fica ainda mais próxima do título.

Na passagem da volta dezesseis, Pagenaud no fim da reta de largada coloca lado a lado e por fora supera Newgarden, além da diferença de pneus pois Newgarden estava com o composto mais duro, o piloto não quis se arriscar e colocar tudo a perder. Na volta seguinte é a vez de Rossi superar Newgarden, que novamente pouco se arrisca para se defender. 

No giro dezoito, Pagenaud e Rossi superam Harvey e avançam no grid. Dixon vai aos boxes e faz o seu pit stop. Mais um giro e Herta entra nos boxes, retornando imediatamente a frente de Dixon, o neozelandês aproveitando os pneus mais aquecidos ataca o novato, que apesar de balançar, consegue se defender brilhantemente. 

Imprimindo um forte ritmo, Pagenaud se aproxima de Dixon, mostrando que não vai entregar o título sem luta. Com os pneus mais duros, Newgarden vai perdendo terreno e vê a aproximação de Rosenqvist. 

Com um terço de prova, Pagenaud passa a atacar Dixon, assim como Will Power passa a atacar Rossi. Os pneus mais novos de Power prevalecem e ele ultrapassa Rossi, complicando o postulante ao título. Mesmo estando com pneus mais macios, Pagenaud não encontra brechas e Dixon se mantém em segundo, de quebra, ainda próximo ao líder Colton Herta.

No giro trinta e quatro, Rosenqvist supera Newgarden na freada do saca rolha, o postulante não divide a curva com seu oponente. Na volta seguinte é a vez de Rosenqvist atacar Rossi, e esse sim é obrigado a se defender como pode. Mais uma volta e Rosenqvist, na primeira curva ultrapassa Rossi por fora. Newgarden se aproveita e passa a atacar Rossi, ao fim da volta ambos vão aos boxes, na saída, por muito pouco Rossi consegue se manter a frente.

Na passagem da volta trinta e oito Dixon e Pagenaud param, o piloto da Ganassi por muito pouco saí a frente. Colton Herta arrisca e permanece na pista. No outro giro, Herta vai aos boxes e regressa a frente de Dixon. Power assume provisoriamente a liderança.

Na volta quarenta e um, Power vai aos pits e retorna a frente de Dixon, que se aproximava de Herta, o piloto da Penske, com pneus bem mais frios acaba sendo superado. Ao fim da volta Power não dificulta a vida de Pagenaud que assume a terceira posição.

Metade da corrida, os três primeiros eram: Herta, Dixon e Pagenaud. Alexander Rossi era apenas o sétimo, com Newgarden em oitavo, com esse resultado, Newgarden seria o campeão. Ao fim da volta Conor Daly roda após ser tocado por Marco Andretti, ocasionando a primeira bandeira amarela da corrida.

A relargada acontece na volta quarenta e nove, Dixon na freada ameaça Herta que se defende, Rosenqvist chega a ficar lado a lado com Power na disputa pela quinta posição, mas recolhe na freada. No pelotão de trás, Santino Ferruci erra o ponto de freada e acerta Takuma Sato, mas a bandeira amarela não é acionada, ainda na volta Ed Jones escapa para fora da pista. Com a suspensão quebrada, Santino abanadona.

No giro cinquenta e quatro Veach e Pigot se tocam na freada, perdem tempo e posições. Na mesma, Sato resolve fazer um three wide com Matheus Leist no meio e Pigot por fora, por sorte, Spencer Pigot se colocou para fora da pista para evitar um acidente, apesar do toque em Matheus, não consegue superar o brasileiro.

Na passagem da volta sessenta, as posições entre os líderes permanecem inalteradas e com mais um pit stop a ser feito. Newgarden em oitavo permanece colado em Rossi, marcando de perto seu rival e torcendo para que Pagenaud não ganhe a corrida.

Faltando vinte e sete voltas para o final da corrida, Sato, Veach e Rosenqvist são os primeiros a parar nos boxes. Um par de voltas depois Herta e Dixon vão aos pits, Simon Pagenaud permanece na pista. Rossi e Newgarden também param e voltam juntos novamente. Na volta seguinte Pagenaud para nos boxes e volta na frente de Dixon, mas com pneus frios acaba perdendo a posição, talvez faltando se arriscar um pouco mais para permanecer em segundo. Power fica na pista e é o líder. Nessa volta Rosenqvist supera Pagenaud e assume o quarto lugar, complicando a vida do francês.

Com vinte e três giros para o fim, Power vai para os boxes, o piloto da Penske volta dividindo a posição com Herta que o supera graças a sua volta rápida, ainda assim Power fica em segundo, ganhando as posições de Dixon e Pagenaud.

Com dezessete voltas para o fim, Power passa a ameaçar Herta. Mais atrás, um irreconhecível Newgarden apesar de se manter em sétimo, está mais de nove segundo atrás de Rossi, por sorte, Herta com a vitória vai garantindo o título do americano. Na volta seguinte Pagenaud supera Rosenqvist e reassume a quarta posição.

Com apenas doze voltas para o fim, duas disputas, Herta segurando Power e logo em seguida Dixon contra Pagenaud, para ser campeão o francês precisa vencer desesperadamente. As disputas vão aproximando Rosenqvist e Rossi do pelotão.

Com oito giros para o fim, Dixon, que estava pressionado a várias voltas, espalha na curva, Pagenaud coloca de lado, mas fica por fora na curva seguinte, permitindo ao piloto da Ganassi permanecer na frente. Mais atrás, Bourdais chega em Newgarden.

Com seis voltas faltando para o fim da corrida e do campeonato, Bourdais supera Newgarden, que está quase no limite de pontos para permanecer com o título. No fim da reta principal, Pagenaud coloca de lado novamente, e mais uma vez Dixon se defende. Um par de voltas depois, Power vai babando em cima de Herta, mas erra na parte de subida e perde tempo, em seguida erra na curva final e perde ainda mais tempo, dando a chance que Colton Herta precisava para escapar na frente.

Última volta, Pagenaud tenta surpreender Dixon, mas não consegue. Bourdais cola em Rossi. Power chega novamente com muita ação em cima de Herta, porém o garoto não erra e vence em Laguna Seca. Newgarden cruza em oitavo e se sagra campeão bicampeão da Indy. 

O jovem Herta é o futuro da categoria.
Os brasileiros Tony Kanaan e Matheus Leist terminaram respectivamente em décimo sexto e décimo sétimo lugares.

Newgarden conquista o merecido título.

Abaixo cinco notas para alguns destaques da corrida:

1o. Josef Newgarden - 5,0

A corrida foi apenas para pontuar razoavelmente e não se envolver em acidentes, assim o fez e conquistou o título. Contudo, ao longo da temporada foi aguerrido, cerebral e foi também quem mais venceu no ano, merecendo esse título.

2o. Simon Pagenaud - 8,0

O francês pecou pelo começou ruim de ano, porém após as corridas em Indianápolis, renasce na temporada e disputou o título até o fim. Na corrida foi aguerrido, porém não ultrapassou Dixon, mesmo estando mais rápido.

3o. Felix Rosenqvist - 7,5

A corrida foi boa, chegou em sétimo, mas conquistar o título de novato do ano mostra que o sueco além de rápido é constante, prova disso é que ficou cinco pontos a frente de Colton Herta que venceu duas vezes no ano. Tem um futuro promissor na categoria.

4o. Colton Herta - 10,0

A nota é pela corrida, mas se fosse pela temporada mereceria algo próximo disso. Ser novato e vencer duas vezes, sendo uma em Laguna Seca não é para qualquer um, outro da nova geração que tem um futuro muito promissor.

5o. Penske - 9,0

Não venceu a corrida é verdade, mas posicionou muito bem seus carros e controlou Newgarden para levá-lo ao título sem cometer nenhum ato que causasse algum risco de acidente.


Na Classificação final encontramos:

1o. Newgarden - 641 pontos e 4 vitórias

2o. Pagenaud - 616 pontos e 3 vitórias

3o. Rossi - 608 pontos e 2 vitórias

4o. Dixon  - 578 pontos e 2 vitórias

5o. Power - 550 pontos e 2 vitórias.

6o. Rosenqvist - 425 pontos e vencedor do prêmio novato do ano.

15o. Kanaan - 304 pontos

19o. Leist - 261 pontos









domingo, 22 de setembro de 2019

VETTEL SURPREENDE E VENCE A PRIMEIRA NO ANO.

A maravilhosa e suntuosa cidade-Estado de Singapura, recebe em suas ruas que combinam arranhas céus e luzes brilhantes a F1. A corrida noturna, que acontece a mais de dez anos nesse traçado desafiador tem nesse ano um olhar diferenciado para o jovem piloto monegasco, sensação da categoria. Hamilton, líder e postulante ao campeonato, mesmo tendo larga vantagem promete reagir as vitórias do garoto. Além disso, dentro da Ferrari a disputa pelo posto de primeiro piloto nunca esteve tão em aberto. Muita coisa para se observar durante o fim de semana.

Nos treinos livres a Red Bull e a Mercedes deram as cartas, com os melhores tempos, porém na classificação a Ferrari mostrou força, dominando os tempos das sessões. No Q3, Vettel fez uma volta fantástica, que fez inclusive Hamilton esbravejar onde arrumaria um segundo. Na segunda tentativa, a volta derradeira de cada, Vettel errou e abortou a volta, Lewis arrumou miraculosamente o segundo e superou por milésimos Vettel, mas Charles Leclerc está em estado de graça, fez uma volta maravilhosa e conquista a sua quinta pole position na temporada. Claramente após o treino a cara de Vettel era de descontentamento com o seu terceiro lugar.


Leclerc larga bem e se mantém na liderança.
Na largada Leclerc pula muito bem e se mantém a frente, Vettel é fechado por Hamilton, mas atormenta o inglês por toda a primeira volta. No pelotão intermediário, Sainz é tocado e tem um pneu furado, em compensação Norris, seu companheiro de equipe ganha duas posições e avança para o sétimo posto. Hulkenberg também com problemas nos pneus por conta do toque em Sainz vai aos boxes ao fim da primeira volta, assim como George Russel, que havia se enroscado por Ricciardo.

Após três voltas Hamilton começa a tirar diferença para Leclerc, assim como a Red Bull de Verstappen começa a se aproximar de Vettel. 

No sétimo giro, Ricciardo, mesmo espremido por Stroll, consegue arrancar a ultrapassagem e assumir o décimo terceiro lugar. O australiano que largou em último por conta de punições por troca de componentes vai crescendo na corrida. Na frente os seis primeiros estão muito próximos, com Charles segurando o pelotão, sensivelmente o ritmo de corrida da Ferrari é mais lento do que os das Mercedes, e quiçá da Red Bull, muito por conta do desgaste dos pneus.

Na passagem da volta dez Ricciardo, bem agressivo supera Kvyat, Stroll aproveita o momento e também supera o russo na curva seguinte. Na frente, Vettel é atacado por Verstappen, que traz consigo Bottas e Albon.

Com quinze voltas as paradas nos boxes começam, o primeiro a parar foi Kvyat, na volta seguinte Stroll, duas voltas depois. Nessa volta a diferença entre Leclerc e Hamilton despenca, porém a ultrapassagem na pista é algo muito complicado nas ruas estreitas. Raikkonen, quando pressionado por Ricciardo, prefere ir aos boxes.

O valente polonês Robert Kubica, que anunciou abandonar a F1 ao fim do ano por conta de suas limitações físicas, aparece na prova disputando posições com os pilotos que trocaram pneus, Raikkonen e Pérez sofrem para superar o piloto exemplo de superação, Kvyat o supera mais facilmente. A diferença entre Charles e Lewis sobe quase um segundo, mas no giro seguinte a diferença volta a cair, provavelmente Lewis quis refrigerar o carro. Após dezenove voltas, Bottas parte para cima de Verstappen. Na vigésima volta Vettel e Verstappen vão aos boxes. Na pista, Lewis ataca Leclerc, que ao fim da volta vai aos boxes. Para surpresa de todos Vettel volta imediatamente a frente de Leclerc.

Hamilton permanece na pista, vai tentar uma tática alternativa para superar as Ferrari já que na pista vai ficar difícil. No giro vinte e três Bottas volta atrás de Verstappen e imediatamente a frente de Albon, que perdeu tempo superando Hulkenberg. Leclerc mesmo mais rápido fica encaixotado por Vettel. A situação dentro da Ferrari fica interessante pois Vettel apesar de favorecido no pit stop, conquistou a posição legitimamente, tirando mais de três segundo em uma volta. 

As Ferrari alcançam os carros que ainda não pararam. perdendo tempo. Hamilton na volta vinte e sete vai para os boxes e volta atrás de Verstappen, imediatamente a frente de Bottas. Um pouco a frente, Vettel supera Pérez e deixa a encrenca para Leclerc. O monegasco cola no carro da Racing Point, mas não concretiza a ultrapassagem. Nessa perda de tempo, Verstappen cola em Leclerc. Na volta seguinte, no mesmo ponto Vettel supera Hulkenberg e atrás Leclerc supera Pérez. O alemão vai se destacando na prova com a sua agressividade.

Na volta trinta, das sessenta e uma previstas, Vettel arrisca demais, supera Gasly com direito a um leve toque roda com roda, o alemão sabe que essa é a grande chance que tem de vencer na temporada. Na passagem seguinte, Vettel supera um Giovinazzi bem camarada. Verstappen supera Hulkenberg, mais atrás Hamilton e Bottas chegam em Stroll e por sorte o piloto vai aos boxes.

Hamilton e Bottas vão abrindo caminho, superando Hulkenberg e depois Giovinazzi. Riciardo e Giovinazzi se encontram na pista, se tocam, o toque mais forte de ambos danifica o carro de Giovinazzi e o pneu da Renault da Ricciardo fura.

Ricciardo jogo fora sua exuberante recuperação com um lance arriscado.


Após trinta e cinco volta os cinco primeiros eram: Vettel, Leclerc, Verstappem, Hamilton e Bottas. A diferença entre as Ferrari era superior a cinco segundos. Nesse momento Grosjean faz Russuel rodas e bater no muro. O safety car é acionado. Bom para Leclerc e ótimo para Hamilton, que retira quase dez segundos para o líder. A corrida será outra.

O primeiro abandono da Williams graças a intervenção de Grosjean.


Alguns pilotos aproveitam e param nos boxes, o safety car é longo para a remoção do carro da Williams.

A relargada acontece no giro quarenta e um, Vettel sai bem lançado e se mantém na ponta, os oito primeiros se mantém inalterados. Mais atrás Stroll e Hulkenberg se tocam após intensa disputa e fica com o pneu furado.


Faltando dezoito voltas, Pérez, o outro carro da Racing Points tem problemas e abandona. Na liderança Vettel vai administrando a diferença para Leclerc. O safety car é novamente acionado para a retirada do carro de Pérez.

A maré muda e a Racing Points afunda na corrida.


A corrida recomeça faltando quatorze voltas para o final, dessa vez Leclerc relarga mais próximo de Vettel, atrás das Ferrari, as Mercedes passam a atacar Verstappen. Várias trocas de posição ocorrem no pelotão intermediário, enquanto Ricciardo se dá mal no ataque e perde posição, Hulkneberg aproveita um vacilo de Magnussen e sobe para nono.

Na volta cinquenta, Kvyat mergulha como se não houvesse amanhã, acerta Raikkonen que abanadona com a suspensão quebrada. Kvyat regressa a pista, mas não perde várias posições. O safety car é novamente acionado. A corrida com isso deve terminar no tempo de duas horas ao invés das sessenta e uma voltas.

Pela quarta vez a corrida se reinicia, Vettel relarga maravilhosamente bem, Leclerc dessa vez bobeia um pouquinho e fica para trás. Max se mantém em terceiro, com Lewis embutido em sua traseira. Sainz, que chegou a estar uma volta atrás do líder, supera Magnussen e assume o décimo segundo lugar.

Mesmo com pneus mais novos, Lewis não consegue atacar Verstappen, Bottas ainda mais apático, fica distante de seu companheiro. 

Vettel agarra com unhas e dentes a chance de vencer, crava a melhor volta da corrida e abre boa vantagem para Leclerc, que não deve atacar o companheiro de equipe

Com três giros para o fim, Hamilton finalmente passa a atacar Verstappen, gerando emoção no fim da corrida. Max vai se segurando como pode.

Sebastian Vettel, de maneira até improvável vence pela quinta vez o Grand Prix de Cingapura, ao conquistar a liderança na estratégia, soube se manter a frente, foi agressivo no limite do tolerado e conquista sua primeira vitória no ano. Muito há de se falar sobre a escolha do piloto de trás para ir aos boxes, porém a Ferrari o vez pois Vettel teria a possibilidade de ultrapassar Hamilton, o problema todo foi que a volta de Leclerc que teria de ser pelo menos boa, foi muito ruim, em um circuito travado, com pneus quase iguais em uso e um piloto que anda muitíssimo bem nesse traçado, a situação de Leclerc se complicou pois Vettel não cederia a posição facilmente. Além disso, era a chance de ser a primeira dobradinha da Ferrari no circuito.

No campeonato Lewis continua muito a frente dos rivais com 296 pontos, seguido por Bottas, sempre muito apático com 231, e no terceiro lugar um empate, Leclerc e Verstappen, com duzentos pontos cada dividem a posição. Vettel o quinto volta a se aproximar dos seus rivais diretos agora com 194 pontos.


Abaixo as notas dadas aos pilotos que terminaram entre os dez primeiros.


1o Vettel - 9,0

Não foi espetacular na classificação, estava discreto na corrida, mas quando a oportunidade surgiu soube lutar com todas as suas forças e conquistou uma espetacular vitória. Se não é um gênio, ainda assim tem seus momentos de brilhantismo, como hoje.

2o. Leclerc - 9,0

Fez tudo certo até o seu pit stop, a equipe errou ao não chamá-lo primeiro, contudo faltou ao monegasco, mais uma vez a experiência, se fizesse como Schumacher, e fizesse duas voltas voadoras antes de entrar nos boxes, não teria perdido a corrida. Ainda assim o resultado é extremamente positivo, duas vitórias e três pódios em três corridas.

3o. Verstappen - 8,0

Outro piloto discreto na corrida, mas que soube lutar para conquistar um importante pódio, que o mantém em terceiro no campeonato.

4o. Hamilton - 7,0

Sempre agressivo, mas dessa vez errou na estratégia e jogou fora um pódio.

5o. Bottas - 6,0

Nada fez além da volta mais rápida da prova. Muito pouco pelo carro que tem.

6o. Albon - 6,0

Discreto, porém poderia ter sido mais agressivo e ter disputado posições com os adversários da frente.

7o. Norris - 8,0

Mais uma vez o garoto se mostra competente, conquista mais um belo resultado e está em sétimo na tabela de pontos. Outro que está no nível de Leclerc e Verstappen.

8o. Gasly - 7,5

Sempre muito combativo, mesmo com um carro mais fraco vai mostrando que ainda tem muito a oferecer.

9o. Hulkenberg - 7,0

O pit stop na primeira volta complicou sua corrida, mas minimizou o prejuízo chegando aos pontos.

10o. Giovinazzi - 8,0

Chegou a liderar, porém a equipe errou ao mantê-lo na pista por tanto tempo e para piorar foi atropelado por Ricciardo, não fosse esse incidente poderia quiçá chegar entre os oito primeiros.

Acredite, Giovinazzi liderou quase sete voltas da corrida.


A próxima corrida acontece na próxima semana, nas ruas de Sochi na Rússia, pista em que Bottas sempre se destaca. A expectativa é de mais uma boa corrida, até lá.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

TRIUNFO INGLÊS EM NÜRBURGRING E O TÍTULO DE RAST.

Mais um domingo quente em Nürburgring, clima bonito e próprio para a corrida que poderia sacramentar o título de René Rast, que está a quarenta e nove pontos a frente de Nico Müller (eram quarenta e sete até a qualificação). 

Na qualificação para a corrida dois o inglês Jamie Green por apenas um milésimo de segundo, um insignificante milésimo, conquista a pole position, a frente do postulante ao título René Rast, que tem tudo para repetir seu domínio na pista e se sagrar bicampeão. Na segunda fila Mike Rockenfeller, que abandonou na corrida de sábado é o terceiro, Robin Frijns, que fez boa recuperação na primeira bateria é o quarto. Pietro Fittipaldi, neto do multicampeão Emerson Fittipaldi larga em décimo segundo. Nico Müller, que sonha distantemente do título, larga apenas em décimo quarto.

Antes da corrida, Paul Di Resta, devido a problemas no carro não alinha no grid o seu Aston Martin. Na largada, Rast traciona muito bem e assume a liderança, Jamie Green é obrigado a dividir a primeira curva com Rockenfeller, mas consegue se manter em segundo. Outro que larga muito bem é Loic Duval, assumindo a quarta posição. Wittman também é bastante agressivo e ganha a posições na largada, durante a volta ultrapassa Glock. Pietro, que também largou muitíssimo bem passa a pressionar o alemão e no fim da primeira volta assume a oitava posição, Glock ainda tenta acelerar para retomar a posição, mas acaba rodando após ser tocado por Van Der Linde e comprometendo a sua corrida. Por conta da rodada os carros formam dois pelotões distintos. 

Rast larga muito bem e assume a liderança na largada.


Na passagem da volta quatro Nico Müller continua ganhando posições e avançando para décimo após a parada de Van Der Linde para cumprir o drive trough após o contato com Glock. Na volta seguinte o suíço ultrapassa Philipp Eng e chega ao nono lugar.

No sétimo giro, Jamie Green passa a atacar Rast na briga pela liderança. Graças as investidas, mesmo que tímidas de Green, o ritmo de Rast não é tão dominante, permitindo a aproximação do pelotão. 

Na volta onze, Müller vai aos boxes e arrisca na estratégia. Wittmann, o melhor BMW na corrida é o sétimo e se aproxima do pelotão dos líderes. Pietro vai aos boxes na volta seguinte e tem problemas na parada, perdendo tempo. Na outra volta Rast vai aos boxes e volta em décimo terceiro, porém com pista livre. Mais uma volta e Green vai para o seu pit stop, ao regressar para a pista volta imediatamente a frente de Rast. O alemão com pneus mais aquecidos parte para cima, tentando concretizar a ultrapassagem, Green por sua vez, abana o carro de um lado para o outro, balança a traseira na freada no miolo da pista, contudo se mantém a frente. Na freada no fim da reta principal Rast investe, porém recolhe ao perceber que Green não iria ceder.

 Na passagem da volta quinze, Müller, mesmo com um jogo de pneus cinco voltas mais gastos, passa a atacar Loic Duval. Ambos ultrapassam Frijns que saia dos boxes. Um par de voltas depois, Pietro tenta ultrapassar Glock e Eng ao mesmo tempo, porém recua e toca muito levemente no carro de Glock, que concretiza a sua ultrapassagem em cima de Eng. 

Com vinte giros, Wittmann vai aos boxes e retorna em décimo segundo. Na passagem seguine a corrida chega a sua metade, Aberdein e Spengler vão aos boxes, porém voltam no pelotão de trás. Enquanto isso, Eng retoma a posição de Glock.

Faltando vinte e dois minutos no cronômetro, Frijns ultrapassa Müller e assume a sexta posição. Algumas paradas ocorrem e um par de voltas depois Frijns ultrapassa Duval e assume a quarta posição. Um pouco mais atrás Wittmann com problemas fica lento, quase para o carro, mas faz o sistema reiniciar e retorna para a pista em penúltimo.

No pit stop Green retoma a liderança.


Com o fim das paradas os cinco primeiros eram: Green, Rast, Frijns, Duval e Müller. O tempo vai passando e o título de Rast vai se aproximando. Wittmann com problemas de pressão no combustível vai vagarosamente para os boxes. Enquanto isso Nico vai segurando a pressão de Rockenfeller, que vem com um bom ritmo e pneus bem mais novos.

Faltando nove minutos, Aberdein chega em Rockenfeller que não se decidia sobre Müller e parte para o ataque, na primeira investida Rockenfeller se defende bem. Mais a frente, Frijns chega em Rast e também parte para o ataque com bastante agressividade. Na freada da chicane, Frijns supera Rast. Na segunda investida de Aberdein, ele e Rockenfeller fazem a reta principal lado a lado, mas Aberdein conquista a posição.

Com seis minutos restando, Frijns passa a caçar Green. Aberdein passa a perseguir Nico e Loic. A situação sobre o título fica nas mãos de Müller, caso supere Loic, ele adia o título de Rast. 

Nos três minutos finais, Aberdein ataca no fim da reta Müller, que mesmo com pneus bem gastos, se mantém a frente. Mais uma volta se passa e no mesmo ponto mais uma vez Aberdein investe sobre Müller que novamente se defende brilhantemente. Na ponta da corrida, Frijns fica a apenas um segundo de Green. Na freada da chicane, por fora, Aberdein supera Nico. Na abertura da penúltima volta, Nico ainda é obrigado a se defender de Rockenfeller, o suíço chega a escapar na freada, mas se recupera e fecha a porta. 

Na freada da chicane, Frijns investe com tudo sobre Green, porém passa reto e devolve a posição, os dois carros abrem a última volta. Frijns, se recupera e na última curva tenta surpreender Green, que se defende e vence a corrida em Nürburgring. Frijns, muito agressivo fecha o dia em segundo e René Rast, agora bicampeão da categoria fecha o pódio. Um pódio justo onde os três pilotos se destacaram pelo seu bom desempenho na corrida. Em quarto Duval, que se virava contra Aberdein, o quinto. Müller segura bem Rockenfeller e fecha o dia em sexto e com o abandono de Wittmann, praticamente assegura o vice campeonato. Pietro tem um fim de corrida decepcionante e termina em décimo terceiro.

Sobre o campeão Rast, além de ter o melhor motor, foi o melhor piloto e o mais consistente, mesmo nas adversidades, com problemas em algumas corridas, soube ter cabeça e se recuperar, merecendo demais esse título. Müller também merece elogios, não tão consistente, mas teve ótimos momentos na temporada.

Rast: título antecipado e merecido.


A temporada 2019 da DTM ainda não terminou, falta a rodada dupla em Hockenheim, sem a pressão por título, é certo que Rast e Müller serão mais agressivos em busca da vitória. 










domingo, 15 de setembro de 2019

RAST SENHOR DA DTM 2019.

Faltando apenas quatro baterias para o fim do campeonato, René Rast tem uma larga vantagem de vinte e dois pontos, e nessa rodada dupla no mítico circuito de Nürburgring o piloto alemão pode se sagrar campeão da DTM.

O traçado do circuito não é o lendário e gigantesco Nordschleife, mesmo sendo um traçado reduzido do utilizado pela F1 em anos recentes, porém ainda assim traz bons pontos de disputas como no fim da reta principal que é em descida e uma chicane na penúltima curva que sempre fornece boas disputas.

Na qualificação da corrida um, Rast, mais uma vez é o mais rápido no sábado ensolarado, ao seu lado o veterano Bruno Spengler, o canadense há mais de dois anos não largava na primeira fila. O outro postulante ao título, o suíço Nico Müller, é o terceiro no grid, e precisa desesperadamente vencer para seguir vivo na disputa do campeonato. Fechando a segunda fila Mike Rockenfeller, colocando seu Audi em uma excelente posição. Pietro Fittipaldi, destoando do bom ritmo das Audi, larga apenas em décimo quinto.

Na largada Rast se defende bem de Nico Muller que pula para segundo, contudo investigado por queima de largada. Rockenfeller também ganha a posição de Spengler. Ao fim da primeira volta, o grupo do final do grid disputa porta a porta, Pietro, Eng, Juncadella e Frijns que largou muito mal. Na segunda volta a direção de prova pune Müller com o drive trough, e praticamente sacramenta o fim de suas esperanças de titulo. 

Erro de Müller abre caminho para vitória de Rast.


Na abertura do quarto giro Nico cumpre a sua punição e volta em último. Na pista Paul di Resta, ex campeão da categoria, leva a ultrapassagem de Eng, mas retoma ao fazer um "x" no oponente e se mantém em décimo terceiro. Wittmann, que largou em décimo primeiro apenas assume a sétima posição.

Na volta oito Spengler mergulha na freada, vai para fora do limite da pista e Rockenfeller se mantém a frente, a disputa pela segunda posição é acirrada. Müller vai aos boxes e passa a rezar por um safety car para voltar a ter chances na corrida. Na volta seguinte Aberdein é quem passa a atacar Spengler. Pietro vai aos boxes e também passa a torcer por um safety car.

Na volta dez um momento mágico, Aberdein coloca por dentro na chicane, supera momentaneamente Spengler, acaba espalhando demais, os dois se tocam, Aberdein perde ainda mais tempo e acaba perdendo a posição para Sheldon Van Der Linde, os dois fazem a reta principal lado a lado, Aberdein espalha na freada mais uma vez e Van Der Linde o supera. Grande disputa entre esses três pilotos. 

Na passagem da volta treze, Aberdein que disputava intensamente com Van Der Linde vai aos boxes, assim como Jaime Green, ambos ainda voltam a frente de Eng, Pietro e Müller. Navolta seguinte Sheldon e Duval param nos boxes, voltam colados e a frente de Aberdein, ainda na volta corrente, Aberdein com pneus mais aquecidos, ultrapassa ambos como se fosse faca quente na manteiga.

Com dezesseis giros, Rast vai aos boxes e volta em nono, porém com folga para os outros que já pararam. Spengler assume a liderança. 

Na metade da corrida, Jamie Green ataca Aberdein, chegando a tocar nos seu adversário. Spengler vai aos boxes e volta a frente e volta a frente de Green que superou na freada da reta principal Aberdein. Durante a volta Van Der Linde passa a atacar Aberdein, com um totó, o piloto da frente acaba dando um espaço que Sheldon aproveita e se coloca lado a lado, enquanto os dois ficavam porta com porta, Loic Duval. Aberdein se mantém a frente, Duval faz várias curvas lado a lado até superar Van Der Linde. O pelotão acaba se deparando com Wittmann de pneus frios pois tinha acabao de fazer seu pit stop. Wittmann é superado por Rockenfeller, mas faz jogo duro com Green, batendo porta com porta, na freada da chicane, Wittmann exagera, trava tudo e perde a posição para Green e passa a ser acossado por Aberdein. O piloto alemão freia bem e se mantém a frente. Com tempo perdido, Aberdein passa a ser atacado por Duval, os dois chegam a se tocar e Duval prevalece.

Faltando vinte e dois minutos Green espreme Wittmann e o supera, chegando a quarta posição. Na volta seguinte Wittmann faz uma manobra e na freada traciona melhor e dá o troco no inglês, para delírio da torcida alemã. Rockenfeller, segundo colocado, com folga, entra nos boxes com problemas. Na pista Aberdein ataca Green, coloca de lado e o ultrapassa, ao mesmo tempo, Duval faz a mesma manobra sobre Van Der Linde e também o supera. A corrida tem pegas inesquecíveis. As imagens de TV mostram que Duval passou reto na chicane e saiu lado a lado de Sheldon. 

No pelotão do fundo, já mais a frente na corrida, Di Resta fica lado a lado com Nico Müller, porém acaba surpreendido por Frijns que supera a ambos. Di Resta, que havia virado sanduíche, acaba levando a pior e fica um pouco mais para trás. Frijns passa a atacar Eng, a disputa vale o décimo lugar.

Enquanto Loic Duval é advertido pela direção de prova, Dir Resta volta a atacar Müller, o escocês salva o carro de um acidente ao controlar o carro na grama e regressar a pista. Müller, sem pneus, vai aos boxes mais uma vez.

Faltando oito minutos, Di Resta e logo em seguida Habsburg, superam Eng. Na frente Duval chega em Green.

Após quarenta voltas, Rast abre a última da corrida, leva seu Audi com carinho por todo o traçado e vence de maneira acachapante em Nürburgring, colocando não uma, mas praticamente duas mãos no título, precisando de poucos pontos para se sagra campeão com antecipação, e pode até ser campeão caso Müller fique fora do pódio na segunda bateria no domingo. Spengler, após um ano difícil chega em segundo, seguido por Wittmann que conseguiu excelente recuperação. Aberdein após um excelente desempenho é o quarto. Na quinta posição uma surpresa, Duval passa a frente de Green, na última curva. Pietro foi apenas o décimo quinto.

Rast fica muito próximo do bicampeonato.


Na tabela de pontos os três primeiros aparecem bem definidos:

1o. Rast - 262 pontos
2o. Müller - 215  pontos
3o. Wittmann - 182 pontos

O título de Rast, a julgar pelo seu domínio no sábado deve ser obtido no domingo, desde que abra cinquenta e seis pontos ao fim da corrida, ou seja faltam apenas nove para o alemão. Para Nico resta tentar manter a segunda posição no campeonato.












domingo, 8 de setembro de 2019

O SONHO NÃO ACABOU, O MONSTRO LECLERC VENCE EM MONZA.

A F1 chega ao templo da velocidade, Monza na Itália para mais uma etapa do mundial 2019. A Ferrari, contagiada pela sua torcida, os tifosi e empolgada pela vitória na Bélgica com o jovem Leclerc, sonha com uma vitória em sua casa, que não ocorre há sete anos.

Os sábados da F1 não tem sido muito tranquilos, com a morte de Anthoine Hubert e o acidente de Alex Correa, está em estado crítico, as coisas pareciam que iriam se acalmar, porém Alex Peroni decola ao bater o assoalho em uma zebra na Parabólica. Apesar da imagem assustadora, o piloto nada sofreu. Algo precisa ser revisto imediatamente nas categorias base.

Imagem assustadora do acidente de Alex Peroni


Após o domínio Ferrarista nos treinos, a qualificação prometia mais equilíbrio, Leclerc fez a volta mais rápido, puxado pelo vácuo de Vettel. Aí veio o momento Os Trapalhões da qualificação, todos seguraram ao máximo sua saída e velocidade na volta de aquecimento para a volta rápida, porém, com todos reduzindo a velocidade o cronômetro zerou e a maioria dos pilotos não conseguiu abrir a volta, vide as Mercedes, Vettel e Albon, que poderiam melhorar os seus tempos, assim Charles pela segunda vez seguida conquista a pole position. Ao seu lado Lewis Hamilton. A corrida prometia um forte embate entre os dois.

Leclerc mantém a boa fase e conquista mais uma pole position.

Na largada Leclerc espreme Hamilton para que o inglês fique fora do raçado ideal, Bottas chega a pressionar Hamilton, mas Lewis prevalece. Um pouco mais atrás Vettel se mantém em quarto, contudo perde a posição para Hulkenberg, só a recuperando no fim da volta. No pelotão da confusão, alguns pilotos evitam contato cortando caminho pela área de escape, Max Verstappen infelizmente danifica sua asa dianteira e é obrigado a fazer um pit stop ao fim da volta.

Do início ao fim da corrida Leclerc é pressionado.

Na volta quatro Ricciardo supera Hulkenberg. Albon ultrapassa Sainz na segunda chicane, porém sai mais lento e leva o troco, o tailandês então entra por forma na primeira de Lesmo e acaba indo passear fora da pista quando Sainz espalha, fazendo valer a máxima no automobilismo que "por fora, nem a mãe".

Na sétima volta, Vettel, sozinho ataca demais a curva e roda na Ascari, ao regressar a pista atinge o carro de Stroll, que vinha na zona de pontos, o garoto roda e também volta a pista de qualquer maneira, forçando Gasly a ir para fora da pista para evitar uma batida. Vettel vai aos boxes com a asa dianteira danificada. 

Após quinze giros, a diferença de Leclerc e Hamilton, que sofria um efeito sanfona desde o início da corrida se estabelece em mais de um segundo e meio, com isso Bottas se aproxima de seu companheiro de equipe. No pelotão do fim do grid, Verstappen supera Raikkonen e assume a décima quarta posição. Vettel é punido com dez segundos e Stroll com cinco segundos pela direção de prova devido aos incidentes que ocasionaram.

Na passagem da volta vinte Lewis vai aos boxes e volta com pneus médios. Na volta seguinte, Leclerc também vai aos boxes, mas retorna com os pneus duros. O monegasco volta em quarto, a frente de Hamilton, porém já começa a ser atacado pelo carro da Mercedes.

No giro vinte e três Leclerc ultrapassa Hulkenberg na Parabólica, na reta Hamilton também ultrapassa Hulkenberg e fica colado em Leclerc. Na freada da segunda chicane, os dois ficam lado a lado, mas Leclerc se defende bem e força um pouco para cima de Hamilton, não dando espaço para o inglês. A direção de prova adverte o piloto da Ferrari.

Na metade das cinquenta e três voltas previstas, Leclerc supera Ricciardo, duas curvas depois é a vez de Hamilton ultrapassar o australiano. Além da briga pela liderança estar muito boa, devemos destacar também o bom ritmo da Renault, tanto na qualificação como na corrida. Ao fim da volta, Bottas vai aos boxes, atrás de Ricciardo, contudo tendo pneus bem mais novos. Carlos Sainz também vai aos boxes e na saída do pit lane encosta o carro pois o pneu estava solto, o virtual safety car é acionado.

Charles aproveitava qualquer coisa para manter sua vantagem para Lewis.

A corrida se reinicia rapidamente, Hamilton volta a atacar Leclerc. Bottas supera Ricciardo e é terceiro. Na volta seguinte, Kvyat abandona a corrida e o virtual safety car é acionado. Alguns pilotos aproveitam e fazem as suas paradas. No giro seguinte a corrida se reinicia. Novamente Hamilton ataca o piloto da Ferrari.

Com vinte giros para o fim, os líderes chegam em retardatários, entre eles Vettel, Leclerc escapa um pouquinho na Parabólica, Hamilton cola e o ataque continua. 

Inferno astral: Vettel leva uma volta de Leclerc.

O pega entre os dois é sensacional e dessa vez o carro da Mercedes não deixa a Ferrari escapar. No fim da reta, Leclerc escapa, volta a frente de Hamilton  e se defende como pode. Desse embate quem se aproxima rapidamente é Bottas, com pneus em melhores condições e um ritmo mais forte.

Leclerc erra, mas se recupera. A pressão de Hamilton era grande.

Com quinze voltas para o fim, Hamilton mantém a pressão intensa em Leclerc. Bottas é o mais rápido na pista, se aproximando dos dois. No início da volta, na freada, Lewis erra, passa reto na primeira chicane e perde a posição para Bottas, para delírio da torcida italiana.

O campeão também erra, Hamilton perde a posição para Bottas.

Com dez voltas para o fim, a diferença entre Leclerc e Bottas cai meio segundo em apenas uma volta, no giro seguinte a diferença cai em três décimos, o ataque do finlandês passa a ser questão de tempo. Hamilton não consegue acompanhar os dois e vai ficando para trás.

A diferença entre Leclerc e Bottas aumenta faltando sete voltas, é a resposta do monegasco a  pressão sofrida, na volta seguinte Bottas volta a tirar a diferença, porém sempre acima de um segundo. Leclerc volta a ter tráfego a frente e negocia um pouco melhor. A Mercedes chama Hamilton para os boxes e com pneus novos vai fazer a melhor volta da corrida.

Faltando quatro voltas para o fim, Leclerc balança, perde a vantagem e Bottas parte para o ataque. No início da volta, Bottas erra um pouquinho na freada e a diferença volta a subir. Na abertura da penúltima volta Bottas se esforça para se aproximar de Leclerc, nesse momento mais atrás Hamilton crava a volta mais rápida da corrida. Na abertura da última volta Bottas cola novamente no líder, os dois se aproximam do tráfego. Novamente Bottas comete um errinho e perde décimos preciosos, Leclerc, o garoto sensação da Ferrari, contorna a Parabólica com a torcida enlouquecida na arquibancada e Leclerc vence em Monza para delírio de todos na arquibancada. Uma vitória construída desde a qualificação e após muito sofrimento desde o seu pit stop, se mostrando capaz de se impor a pilotos mais experiente, inclusive um dos melhores de todos os tempo, Lewis Hamilton.

Assim, o pódio fica com a Ferrari de Leclerc, agora quarto colocado nos pontos, Bottas em segundo na corrida e segundo na tabela de pontos e Hamilton em terceiro na corrida, mas ainda líder do campeonato. As Renault também se destacam, Ricciardo em quarto e Hulkenberg em quinto. Verstappen fecha o dia em oitavo e conquista os pontos necessários para ficar a frente de Charles Leclerc na tabela de pontos. Vettel chega em décimo terceiro e seu pior pesadelo se concretiza, está na Ferrari correndo com um adversário duríssimo, que conta com a simpatia de todos na equipe, na crítica esportiva além de obviamente corresponder na pista.

A linda festa ferrarista contagia a todos.

A festa em Monza foi um momento particular, toda a reta dos boxes tomada pelo mar vermelho da torcida ferrarista, algo lindo e contagiante, não sendo absurdo dizer que visto poucas vezes na F1.


Abaixo a nota dada aos pilotos pelo desempenho na corrida.

1o. Leclerc - 9,5

Duas poles e duas vitórias seguidas, a de hoje então mostrou uma maturidade incrível para segurar Hamilton, que tinha pneus mais macios, se o inglês passasse dificilmente o monegasco iria conseguir dar o troco. A Ferrari também está de parabéns, acertou na estratégia pois no fim da corrida Charles tinha borracha para se defender de Bottas. O garoto contagiou a Ferrari e a fanática torcida italiana, de quebra supera Vettel na tabela de pontos. É o futuro da F1.

2o. Bottas - 8,0

Não fez nada especial o fim de semana inteiro, mas sempre se manteve próximo de Hamilton e aproveitou o erro do inglês para assumir o segundo lugar. Faltou qualidade e cabeça para tentar superar Leclerc.

3o. Hamilton - 8,0

O inglês tentou de tudo para superar o piloto ferrarista, parou antes, colocou pneus mais macios, forçou o erro do adversário, mas não o suficiente para o ultrapassá-lo. No fim, acabou errando e perdeu a segunda posição. Mesmo com o resultado não sendo o esperado, é bom Lewis mostrando todo seu talento e enfrentando finalmente pilotos capazes de lhe dar trabalho.

4o. Ricciardo - 8,0

A Renault finalmente lhe deu um carro digno e conquistou um excelente resultado.

5o. Hulkenberg - 7,5

Assim como Ricciardo finalemente teve um carro digno, porém perdeu o duelo para o seu companheiro de equipe.

6o. Albon - 6,5

Se classificou apenas em nono por conta da trapalhada dos pilotos no fim do Q3, foi combativo na corrida, mas seu erro quando disputava posição com Sainz lhe custou tempo e perdeu a chance de superar as Renault.

7o. Pérez - 7,5

O mexicano conseguiu um bom resultado, fazendo as honras da equipe, mas poderia ter sido ainda um pouco melhor, pois antes do acidente Stroll estava a sua frente com boa distância.

8o. Verstappen - 7,0

Largou em penúltimo, se envolveu em um acidente na primeira volta, reclamou de falta de potência e fechou  dia apenas em oitavo, em vista de tudo que ocorreu até que não foi ruim, mas agora tem Leclerc no seu encalço na pontuação do campeonato e como estrela em ascensão.

9o. Giovinazzi - 7,0

Chegou aos pontos correndo em casa, por uma equipe italiana, o resultado é muito bom, ainda mais porque ficou a frente de Kimi Raikkonen.

10o. Norris - 6,0

Um pontinho preciso, foi discreto na corrida, diferente de Spa, que talvez junto com Leclerc foram os melhores da pista. 

A F1 volta em duas semanas para a sempre surpreendente corrida noturna em Cingapura. Se por um lado o título de Hamilton está muito bem encaminhado, por outro as disputas entre as Mercedes, Ferrari e Red Bull estão mais equilibradas, ocasionando corridas bem mais interessantes.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

POWER VENCE E NEWGARDEN SE APROXIMA DO TÍTULO.


A Indycar desembarca no misto de Portland International para a penúltima etapa da temporada 2019. Quatro postulantes ao título ao vivos na disputa. A Penske não mostra um bom desempenho, aliás a Chevrolet não se mostrou competitiva na qualificação, Newgarden líder do campeonato fez o décimo terceiro tempo, o francês Pagenaud, vice líder ficou apenas em décimo oitavo, quem teve um resultado um melhor foi Will Power com a segunda posição  posição. Os outros postulantes tiveram resultados melhores, Rossi, terceiro colocado no campeonato ficou em sétimo e Scott Dixon, com chances remotas de título larga na terceira posição. Colton Herta conquista a pole position, a segunda do estreante na temporada. Os brasileiros tiveram classificações discretas, Tony Kanaan, terceiro na corrida passada, ficou em décimo nono e Matheus Leist apenas na vigésima primeira posição, entre os vinte e três carros no grid.

A jovem promessa conquista mais uma pole position em seu ano de estréia. 
Na largada Colton Herta frita os pneus, mas se mantém na liderança, Dixon pula para segundo, Power cai para quarto e no pelotão intermediário a confusão acontece, vários carros envolvidos, incluindo Newgarden e Pagenaud, que perdem várias posições. Conor Daly e Reay Rahal se enroscam e ficam parados, além dos dois Zach Veach, acertado por Rahal e Hinchcliffe, acertado pelo desgovernado Veach, também são envolvidos e ficam parados. O erro grosseiro foi de Reay Rahal, que atropelou os adversários errando o ponto da freada, destruindo a corrida de alguns na primeira das cento e cinco voltas da corrida. Quem se beneficiou da confusão foi Tony Kanaan que pulou para o nono lugar, Matheus também ganhou posições e subiu para o décimo terceiro lugar.

Graham Rahal causa um imenso tumulto no início da corrida.

A bandeira amarela é um pouco demorada para que a pista e os carros fosse recolhidos, outros pilotos envolvidos em toques por conta da confusão aproveitam e também vão aos boxes para reparos, entre eles Takuma Sato. Dos vinte e três que largaram apenas dezoito ficam na volta do líder e três abandonam a corrida. HInchcliffe em entrevista detona a precipitação de Reay Rahal  A corrida se reinicia apenas na volta treze. Power ataca Harvey na primeira curva e assume o terceiro lugar. Rossi pressiona Hunter que acaba errando na freada e atinge Jack Harvey, a forte batida determina fim de prova para os dois. Uma nova bandeira amarela é acionada.

Nova relargada, agora no giro dezoito. Dixon pressiona Herta que se segura como pode, no meio da volta é a vez de Power atacar Dixon. Leist supera Pagenaud e assume o décimo lugar. Na passagem seguinte Newgarden supera Kimball e sobe para oitavo, instantes depois Kimball erra, passeia na grama e perde várias posições.

Na volta vinte e um Newgarden continua a evoluir na corrida, superando Tony Kanaan. Na disputa pela liderança Dixon continua a infernizar Colton Herta, um pouco mais atrás Power, Rossi e Rosenqvist.

No giro vinte e sete, Newgarden fica lado a lado com Marco Andretti que não permite a ultrapassagem do seu adversário, jogando bem duro. Newgarden perde um pouco de ritmo e na volta seguinte é superado por Pigot. Um par de voltas depois Pigot supera Marco Andretti e assume a sexta posição.

Na volta trinta e um Kanaan vai aos boxes, inaugurando o início dos trabalhos de boxe para aqueles que não pararam durante a bandeira amarela. Mais um par de voltas e finalmente Newgarden supera Andretti e reassume o sétimo lugar.

Na passagem da volta trinta e cinco, Dixon chega a colocar de lado, mas Herta se defende bem e mantém a liderança. A disputa de ambos permite que o outros oponentes se aproximem bem. Mais atrás Newgarden se aproxima de Pigot. Na volta seguinte mais uma vez Dixon fica lado a lado, mas dessa vez supera Herta. Ao abrir da outra volta, Power e Rossi também superam Herta. Ainda nessa volta, Herta espalha, claramente sem ritmo e é superado por Rosenqvist. Enquanto isso Newgarden supera Pigot e assume a sexta posição.

Na volta trinta e nove Pagenaud também vai aos boxes, conseguindo voltar a frente de Tony. Na volta seguinte Herta faz seu pit stop, voltando a frente de Pagenaud. Spencer Pigot também vai aos boxes e volta imediatamente atrás de Kanaan.

No giro quarenta e dois os líderes vão aos boxes, além de Newgarden. Ao retornar a pista Marco Andretti segura Herta e Pagenaud, permitindo Newgarden de escapar do ataque de ambos. Na volta seguinte Rosenqvist, que faltava ir aos boxes, faz seu pit e retorna a frente de Rossi, e segura bem o postulante ao título. A liderança é de Bourdais, seguido por Leist que não pararam em bandeira verde, Dixon é o terceiro e Power o quarto.

Na passagem da volta quarenta e quatro Leist e Bourdais param, o francês tem problemas no reabastecimento e perde muito tempo. Na pista as posições se restabelecem, Dixon, Power, Rosenqvist, Rossi e Newgarden.

Após cinquenta voltas, Dixon abre boa vantagem para Power. Em sexto, Herta fica isolado na pista, distante do pelotão da frente e com boa vantagem para aqueles que vêm atrás dele. Tony era o décimo primeiro e Leist o décimo segundo. Duas voltas depois Dixon vai aos boxes com problemas e abandona a corrida, dando adeus em definitivo para as chances de título. Uma temporada atribulada para o neozelandês.

Metade da corrida, Power começa a sofrer a pressão de Rosenqvist. Volta a volta Herta vai se aproximando de Newgarden. Dixon volta à pista, porém três voltas atrás. Tony faz mais um pit stop e cai para décimo quarto, mas na volta do líder.

No giro sessenta e sete, Herta supera Newgarden e mostra ter recuperado o bom ritmo, sendo o mais rápido na pista.

Faltando trinta e três voltas, Herta passa a pressionar Rossi, mas ao fim da volta vai aos boxes, para aquela que será a sua última parada. Pagenaud também para nessa volta. Na volta seguinte param Power, Rossi e Newgarden. Rossi volta a frente de Herta. Mais uma volta se passa e Rosenqvist vai aos boxes e retorna em segundo. Tony volta a figurar entre os dez primeiros, seguido por Leist o décimo primeiro após o seu pit stop.

Com apenas vinte e quatro voltas, Tony vai aos boxes para a sua parada final. Na frente os cinco primeiros permanecem inalterados, aliás poucas alterações em todo o grid nessa reta final de corrida.

Faltando dezoito giros para o fim, Power supera Max Chilton, retardatário, décimo segundo colocado na corrida. O australiano vai mantendo boa vantagem e administrando a corrida. Apenas a perseguição de Rossi em cima de Rossi causa alguma emoção nesse final. Matheus Leist, que acertou em sua estratégia estava em um bom décimo lugar.

Com apenas treze voltas para o final, Ferrucci começa a se aproximar de Leist. O brasileiro força tudo que pode para se defender. Um pouco mais a frente Bourdais se aproxima de Pagenaud, na disputa pelo sétimo lugar.

Faltando apenas nove giros para o fim, Santino Ferrucci fica lento e abandona dentro da pista, na reta principal, apimentando o fim da corrida. O safety car é acionado e o fim de corrida fica imprevisível. Tony ganha uma posição e sobe para décimo segundo. Matheus, que estava na volta do líder e com pouco a perder, vai aos boxes e coloca pneus novos. O que chama a atenção é que Pagenaud, em sétimo, atrás dos seus adversários diretos, não arrisca na da e fica na pista, se acomodando com a situação de prova e campeonato.

A corrida reinicia com apenas quatro passagens para o fim, as posições permanecem inalteradas no pelotão da frente, mais atrás, Leist supera Bourdais e Kimball, pulando para oitavo. Kanaan permanece em décimo segundo. Newgarden apesar de mais rápido, não investe em Herta, evitando arriscar um contato no fim da corrida.

Power comemora a vitória e exorciza os maus resultados.


Will Power volta a mostrar todo seu talento e vence a etapa de Portland, seguido por Rosenqvist, que mais uma vez mostrou competência no misto, em terceiro Rossi, que retoma a segunda posição no campeonato, Herta é o quarto e Newgarden o quinto, mantendo ainda boa vantagem no campeonato para a etapa derradeira. Pagenaud com meio carro de vantagem para Leist, fecha em sétimo, e apesar de vivo matematicamente pelo título, é natural que a agora a Penske priorize Newgarden.

A última etapa em Laguna Seca terá pontuação dobrada, e apesar da boa vantagem de Newgarden, uma vitória de Rossi ou um mal resultado do próprio Newgarden podem causar uma reviravolta nessa final.


Abaixo cinco destaques da corrida de Portland.

1o. Graham Rahal - 0,0

Erro estúpido e grosseiro, logo na primeira curva, estrango a corrida de ao menos quatro outros pilotos.

2o. - Scott Dixon - 8,0

A nota corresponde ao desempenho em pista, porém seu equipado o deixou na mão e o sonho do título virou pó.

3o. Colton Herta - 8,0

Mostrou maturidade ao longo de toda corrida e talvez só tenha errado em permanecer por duas ou três voltas a mais na pista no primeiro stint de prova. Futuro promissor.

4o. - Felix Rosenqvist - 8,5

Excelente resultado do sueco, mais uma vez a vitória lhe escapa por pouco, contudo se mostra capaz de ser competitivo em alto nível, não ficando atrás dos outros estreantes, Ferrucci e Herta em desempenho e talento.

5o. - Will Power - 9,5

Venceu a corrida com autoridade após o abandono de Dixon. É um piloto capaz, campeão, porém muito inconstante, mas na corrida de Portland estava no pilotando em alto nível.


Na tabela de pontos encontramos:

1o. Newgarden   - 593 pontos
2o. Rossi            - 552 pontos
3o. Pagenaud     - 551 pontos
4o. Dixon          - 508 pontos
15o. Kanaan      - 276 pontos
19o. Leist          - 235 pontos

Com 100 pontos em jogo, a vantagem de 41 pontos de Newgarden pode parecer grande, e até é, porém em uma prova complicada como a de Laguna Seca, valendo dobrado, acidentes podem acontecer devido aos contatos decorrentes de se ultrapassar em uma pista estreita e sinuosa. Para Rossi e Pagenaud só resta vencer e torcer contra Newgarden. Uma não vitória dos postulantes facilitaria demais a vida de Joseph. Será interessante ver a postura da Penske em relação aos seus pilotos, pois entre eles existe um talento Rossi, querendo se aproveitar de qualquer movimento em falso dos oponentes e conquistar seu segundo título.


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