segunda-feira, 6 de março de 2023

AUTOMOBILISMO VIRTUAL - SONHOS E COMPETIÇÃO.

Com o advento da internet, o mundo conheceu uma verdadeira revolução no modo de se relacionar entre as pessoas. O contato não precisava ser mais exclusivo presencialmente, mas poderia ser também virtualmente. O fantástico mundo dos games não ficou indifirente a essa novidade, e nesse cenário o automobilismo virtual cresceu e se proliferou no mundo, com suas muitas ligas e competições.

Na década de 1990, era comum já existirem jogos como World Circuit, Grand Prix e até mesmo Nascar para o computador, assim como o F1 para o Mega Drive, Super Nintendo, Sega Saturn e Playstation. O que esses jogos tinham de carisma não se traduzia em sua difusão pelo grande público pois faltava algo básico: Competir on-line contra outros jogadores. Os duelos contra a máquina eram bacanas, divertidos, mas limitados. Até hoje recordo com carinho o F1 1998 e o F1 2000, como alguns dos melhores jogos já feitos, assim como os jogos de Nascar que saíam todo ano atualizados. Proporcionam uma boa experiência, mas depois de algum tempo, quando se dominava o jogo, faltava o algo a mais.

Nos idos de 2000 os jogos começavam a se intensificar nesse mundo virtual com as experiências on-line, alguns dos primeiros jogos lançados possuíam limitações drásticas no número de jogadores, porém já eram um diferencial e ainda por cima, era possível visualizar o tempo dos seus oponentes. 

Com a rápida difusão da banda larga no país e a maior facilidade para se comprar Playstation e X-Box nos idos de 2010, os jogos passaram a investir cada vez mais nessas experiências imersivas, dessa forma rapidamente houve o surgimento de ligas competitivas, organizando o público para a realização de eventos.

Com a Pandemia da Covid-19, muitos passaram a se interessar ainda mais por essas competições que tentam emular o real, o tempo ocioso se tornou tempo de treino e dedicação, fazendo com que muitos jogadores de fim de semana, pudessem competir em alto nível, conquistando vitórias e títulos. 

De fato o automobilismo virtual, chamado de AV pelo íntimos, não se compara com o real em termos de experiência competitiva, por melhor que seja o simulador, como o iRacing por exemplo, ainda assim haverá um abismo entre o virtual e o real. Contudo, não se pode subestimar as competições virtuais, que se apresentam como um esporte organizado, competitivo e técnico. Ou alguém acha que montar um setup bom e rápido para o carro é fácil? Aprender o traçado correto de Nürburgring Nordschleife é para qualquer um? Não, o AV não é um mero jogo de vídeo game, apesar de ter suas raízes originais vinculadas aos vídeo games, o AV é um simulador, que carece de esforço e dedicação, como qualquer outro esporte, daí o termo e-sports, jogos eletrônicos, para designar quem compete dessa forma.


Carro de Brandini na chuva de Spa: virtual com cara de real.

Ninguém entra no AV pensando em ficar rico, saltar para o automobilismo real e disputar roda a roda contra Verstappen e companhia, mas todos entram querendo fazer o seu melhor, bater roda com roda com um oponente como ele, uma pessoa comum, que tem seus afazeres e dificuldades, pague boletos, mas que goste de competir e ganhar corridas também. E a satisfação do triunfo, de um título é tão realizadora quando quem vence no esporte real, talvez sem o glamour e riqueza, mas a autorrealização é impagável. 

Vários tipos de competição, Fórmula, GT ou WEC.

Não importa o que algum colega de trabalho pense sobre o AV, o que uma ministra diga sobre o AV, vamos viver e se divertir, curtindo o real e o virtual, pois o que importa é a paixão pela velocidade, e meus senhores, competir no automobilismo virtual é bom pra caramba. 

 

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