domingo, 26 de novembro de 2017

ABU DHABI, O SUNTUOSO FIM DE FEIRA DA F1.

A última corrida do ano infelizmente valerá pouca coisa em relação ao campeonato, a Mercedes com Hamilton, já obteve os títulos de construtores e piloto, a única disputa é em relação ao vice campeonato, porém a diferença entre Vettel e Bottas é bem grande, somente a vitória do finlandês e um desastre para o alemão é que determinariam a mudança de posição entre ambos.

O suntuoso circuito de Abu Dhabi, é talvez o palco mais bonito da temporada, porém o traçado sofrível em relação a ultrapassagens e desafio para os pilotos fazem da pista um espetáculo pobre para o público, para piorar a corrida, diferentemente do ano passado em que Rosberg e Hamilton disputavam o título, a desse ano, como anteriormente mencionado, não vale quase nada. Mas um piloto tem nessa etapa uma motivação extra para se destacar, Felipe Massa. O piloto brasileiro que se despedirá da F1 ao fim da prova, quer encerrar sua vitoriosa carreira com um bom resultado, sair por cima como dizem.

Na largada as posições permaneceram praticamente as mesmas, algo raro na F1 mas comum em Abu Dhabi. Bottas não largou muito bem mas Hamilton não forçou a barra e deixou o companheiro permanecer a frente Raikkonen e Ricciardo disputam de maneira acirrada a posição mas o australiano prevalece. Hulkenberg havia perdido a posição para Pérez mas a recuperou cortando caminho, Massa também havia perdido a posição para Alonso mas no fim da primeira a recuperou. Mais atrás Kevin Magnussen sai da pista na primeira curva e na seguinte, totalmente sem controle do carro, acaba rodando. 

De emocionante no início da corrida só a disputa de voltas mais rápidas entre Bottas e Hamilton.

A partir da volta nove, Lance Stroll e Romain Grosjean começam um pega muito bonito, com carro lado a lado nas freadas, ambos quase se tocando por mais de uma vez, Grosjean chegou a passar Stroll mas recebeu o troco, na volta seguinte o piloto da Haas finalmente superou o da Williams, que na volta seguinte resolveu parar nos boxes.



Na volta dezessete, Pierre Gasly, na penúltima curva da volta, acaba rodando sozinho, e apesar da perda de tempo e posições ele permanece na corrida.

Na volta dezenove a disputa entre Massa e Alonso ganha a companhia de Carlos Sainz. Mais atrás Hulkenberg, que voltou dos boxes, começa a disputar a posição com Grosjean, que vende caro a posição.

Na volta vinte e um, Daniel Ricciardo com problemas hidráulicos, abandona a corrida. Na mesma volta, Bottas, o líder da corrida, para no pit, e Hamilton permanece na pista para tentar ganhar a posição.



Na volta vinte e quatro, Felipe Massa volta dos boxes mas Alonso, com pneus aquecidos e no embalo, consegue com a ajuda do DRS a ultrapassagem. Nessa mesma volta, Hamilton para no pit mas volta em segundo.

Na metade da corrida os cinco primeiros eram: Bottas, Hamilton, Vettel, Raikkonen e Verstappen. Mas com o forte ritmo de Hamilton situação na ponta não deveria permanecer a mesma.

Na volta trinta, ao forçar para cima de Bottas, Hamilton acaba saindo um pouco da pista, perde um pouco de tempo mas permanece na disputa.



Na volta trinta e três, Ocon e Sainz param nos boxes, porém ao sair dos boxes Sainz, o piloto da Renault, com o pneu solto mal consegue sair do pit lane e abandona a corrida, erro grosseiro da equipe. Ocon que retardou a parada acaba voltando atrás de Pérez, seu companheiro de equipe.



E desse ponto da corrida até o fim, as posições entre os dez primeiros permaneceram inalteradas, melhor para Bottas que pode comemorar a sua terceira vitória na carreira e apesar de não ter conseguido o vice campeonato, encerra bem o ano. Hamilton até se esforçou no fim mas sem a impetuosidade que lhe é peculiar e se contentou com o segundo lugar. Fechando o pódio o vice campeão da temporada, Sebastian Vettel. Em décimo, encerrando sua carreira de forma digna, Felipe Massa, sai pela porta da frente da categoria, com o sentimento de dever cumprindo, e com aquele gostinho que poderia mais se não fosse aquela corrida de Cingapura.



A festa das Mercedes, fazendo os zerinhos, a despedida de Felipe, os fogos de artifícios e a paisagem de Abu Dhabi foram o ponto alto da corrida, pois está em si, foi no máximo morna.

Abaixo as notas dadas aos pilotos pelo desempenho na corrida.

1o. Bottas

Fez a pole position, contou com a paciência de Hamilton na largada mas na corrida teve um bom ritmo, que dificultou o ataque de seu companheiro campeão.

2o. Hamilton

Errou na qualificação e perdeu um provável pole position, largou com cautela para não prejudicar Bottas mas voltou a errar com frequência na corrida, claramente desconcentrado da corrida.

3o. Vettel

Fez o que pode, o carro é bom e rápido mas em longas retas fica muito atrás da Mercedes.

4o. Raikkonen

Ia se complicando ao ficar atrás de Ricciardo mas com o abandono do australiano conseguiu um bom quarto lugar.

5o. Verstappen

Fez um prova correta, sem erros mas sem brilho.

6o. Hulkenberg

Um dos destaques da corrida, apesar da punição, conseguiu imprimir um bom ritmo na corrida e garantiu um boa posição.

7o. Pérez

Na estratégia conseguiu superar Ocon e termina a temporada a frente de seu companheiro equipe e uma das sensações do ano.

8o. Ocon

Fez uma prova correta mas errou na estratégia em atrasar muito a parada e não conseguiu se recuperar.

9o. Alonso

Um dos destaques da prova, mesmo com um carro fraco e pouco competitivo consegue sempre tirar o máximo possível das circunstâncias.

10o. Massa

Sai da F1 marcando mais um bom ponto para a Williams que no próximo ano estará com Kubica em seu lugar. A bem da verdade é preciso saber a hora de parar, e Felipe soube, sai por cima, sendo competitivo e capaz de conseguir bons resultados. Melhor assim.


O balanço do ano da categoria, dos pilotos e das equipes será feito no próximo post, que sairá ainda essa semana. Até lá.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

TEMPLOS SAGRADOS DO AUTOMOBILISMO - ISTAMBUL PARK


Depois de um longo hiato, a série Templos Sagrados do Automobilismo retorna e vai entrando em seus momentos derradeiros, assim como as corridas, essa série também terá uma linha de chegada. Mas isso não significará o fim absoluto de posts sobre circuitos, a temática só irá mudar o enfoque para algo e surpreendente que será revelado no início do ano que vem.

Para esse retorno célebre, nada mais justo que relatar as histórias do melhor circuito já produzido por Hermman Tilke, o Istambul Park Circuit, lar do Grande Prêmio da Turquia. Apesar da Turquia ser considerado um país europeu, o circuito fica na parte asiática do país. Uma curiosidade sobre o país é que Istambul, apesar de ser a maior e mais conhecida cidade, outrora chamada de Constantinopla e mais antigamente ainda de Bizâncio, não é a capital do país, mas sim a cidade de Ancara.

O traçado é extremamente desafiador, após a reta principal os pilotos logo se deparam com uma curva fechada e em descida acentuada, depois de uma longa série de curvas rápidas em subida, o piloto encontra retas curvas com freadas fortes e chega na famosa curva oito, que é uma série de quatro curvas consecutivas para a esquerda disfarçadas como uma só, com certeza um desafio monumental para os pilotos que não podem nem pensar em tirar o pé do acelerador. Além disso o circuito entra em longa reta dividida por uma chicane e a curva final que ascende a reta principal. Resumindo, a pista é desafiadora e completa, com bons desafios e poucas áreas de escape.

O traçado de Istambul é desafiador em parte por causa de seu relevo.


Sobre as corridas algumas curiosidades: a primeira é que foi lá onde Felipe Massa venceu a sua primeira corrida na F1 em 2006, aliás depois disso o piloto brasileiro venceu mais duas vezes de maneira consecutiva. Mais uma curiosidade, foi um raro circuito em que Michael Schumacher disputou corridas e não venceu.


O primeiro piloto a vencer na Turquia foi Kimi Raikkonen, ainda na Mclaren em 2005. O finlandês que disputou de maneira acirrada essa temporada com Fernando Alonso, começou nessa etapa a ameaçar seriamente o título do espanhol, pena que seu companheiro de equipe Juan Pablo Montoya desandou a vencer as provas seguintes, evitando que Kimi conseguisse retirar a vantagem do espanhol que era muito mais consistente.

A primeira curva é o cartão de visitas de um circuito desafiador.


Depois veio a primeira vitória de Massa na F1, em 2006, o brasileiro, em seu ano de estréia na Ferrari já ficava ansioso com a expectativa da primeira vitória, e esta chegou em grande estilo, chegando a frente do campeão Alonso e da lenda Michael Schumacher. O brasileiro naquele ano só viria a vencer novamente no Brasil, na famosa corrida do macacão verde e amarelo.


A primeira vez de Massa, nos braços de Schumacher e Alonso.


Nos dois anos seguintes, Felipe, que já acumulava segurança e experiência na escuderia italiana, continuou seu domínio na pista turca, após a vitória de 2007, o brasileiro sonhava com o título, se encheu de moral, mas já na etapa seguinte, uma quebra praticamente selou as suas chances, restante a ele o papel de coadjuvante de Raikkonen. Em 2008, Felipe se colocou como sério postulante ao título justamente ao vencer a etapa de Istambul. O brasileiro se não fosse a marmelada de Cingapura, poderia e deveria ter sido o campeão do mundo daquele ano.

Em 2009, Jenson Button com a dominante Brawn GP e no ano seguinte Lewis Hamilton com a Mclaren, venceram mas quebraram a regra de que o pole position seria o vencedor da corrida. Button teve de superar o pole Vettel e o próprio companheiro de equipe, Barrichello. Já Lewis teve de superar Mark Webber da Red Bull, e muito graças a colisão do australiano com Vettel, que abriu caminho para a vitória do inglês. Ainda assim Webber chegou em segundo nessa prova.




No último GP da F1 na Turquia, Vettel dominou a corrida, e fez a F1 se despedir em grande estilo desse traçado mágico. O baixo público e os altos custos da categoria fizeram esse belíssimo circuito sair cedo demais, do calendário. Pistas desafiadoras como essa fazem falta a F1, que vai vagarosamente perdendo oportunidades de colocar um calendário, pistas dignas das lendas que pilotam atualmente.


A reverência de Vettel pode ser considerada um obrigado a tudo que Istambul nos proporcionou.

domingo, 12 de novembro de 2017

VITÓRIA DE VETTEL, SHOW DE HAMILTON.


Interlagos é sempre uma pista com promessa de grandes emoções e corridas inesquecíveis, apesar do dia ensolarado e sem previsão de chuva com Hamilton largando dos boxes, a promessa de show está garantida.

Os 60o. Celsius na pista favorecem os carros da Ferrari, o que demonstra uma corrida ainda mais intensa pela disputa da vitória.

Na largada Vettel força para cima de Bottas e assume a ponta. No S do Senna Riccardo é tocado bem de leve por Vandoorne que por sua vez havia sido atingido por Magnussen e roda bem no meio do pelotão por sorte outros carros acabam saindo ilesos. 


Ainda na primeira volta, Grosjean força para cima de Ocon, acaba rodando no laranjinha e atinge o carro do francês. Ambos saem da pista mas Ocon com a suspensão quebrada fica fora da corrida.

Grosjean erra e acaba com a prova de Ocon.


O safety car é acionado já no fim da primeira volta para a limpeza da pista devido aos detritos deixados pelos carros acidentados. Quem se beneficia dos acidentes é Lewis Hamilton, que não se envolveu em sururu nenhum e quando o safety car sai na volta seis ele já está na décima sexta posição.

Na relargada a corrida fica interessante pois vários carros aproveitaram o safety car para fazerem as suas paradas de box. Massa que já havia largado bem também faz uma boa relargada, passa Alonso e pula para quinto. Ao fim da sexta volta, Hamilton já era o décimo segundo, mostrando força para disputar o pódio.

Volta a volta Hamilton vai abrindo caminho passando seus oponentes, Stroll, Ericsson, Gasly e Sainz, sempre no final da reta de largada, são ultrapassados. Os quatro são vitimados por Lewis volta a volta, sempre no mesmo ponto. 

Na décima volta Alonso começa a pressionar Massa, mais a frente Bottas começa a se aproximar de Vettel. Na volta seguinte Ricciardo na mesma volta ultrapassa Stroll  e Ericsson. Hamilton agora na reta oposta ultrapassa Hulkenberg e assume a oitavo posição. 

No giro catorze Hamilton e Pérez fazem uma disputa interessante, o mexicano coloca o carro por dentro para dificultar a ultrapassagem de Hamilton, na reta oposta com DRS, o mexicano obriga o inglês a se defender e perder tempo. Mais atrás, Ricciardo também dá show, ultrapassando Sainz de maneira arrojada. 


Com um ritmo alucinante, Hamilton se aproxima de Alonso e Massa, e já se preocupa com a diferença para Vettel pois sabe que tem carro para chegar a frente. No início da volta vinte, o inglês passa Alonso, que nem esboça reação tamanha a diferença de velocidade. Na volta seguinte, na descida do lago, Hamilton passa Felipe Massa, que poderia ter complica mais a vida de Hamilton. Mais atrás Ricciardo após passar as Renault já é o nono.

Na volta vinte e dois, Bottas faz a melhor volta da corrida, se aproxima mais de Vettel e coloca mais fogo na corrida. Grosjean após meia hora de corrida, acaba sendo punido com dez segundos por ter tirado Ocon da corrida. Na volta seguinte, com pista livre, é a vez de Hamilton fazer a volta mais rápida da corrida.

Após vinte e seis das setenta e uma voltas, a diferença de Vettel para Hamilton é de apenas dezesseis segundos. Ricciardo começa a se aproximar de Pérez que também se aproxima de Alonso e Massa. Os pegas continuam intensos.

Na passagem vinte e oito Bottas e Massa param nos boxes e colocam os pneus macios, na volta seguinte é a vez de Vettel. Na saída dos boxes o finlandês volta literalmente atrás de Vettel que já é obrigado a se defender para se manter a frente. Na volta vinte e nove é a vez de Kimi parar nos boxes, mas este volta bem a frente de Verstappen. 

Após os pits, Bottas esboça um ataque a Vettel.


Após trinta e um giros, Hamilton assume a liderança mas começa a ficar um pouco mais lento do que Vettel. Nos boxe Sainz ganha a posição de Hulkenberg. Na volta seguinte, Ricciardo abre passagem para Verstappen, muito provavelmente o australiano deverá parar nos boxes.

Na metade da prova, Perez para nos pits e cai para nono. Hamilton continua se mantendo a frente de Vettel, mas provavelmente os pneus não iriam resistir até o fim da prova. Mais atrás, em franca recuperação, Hulkenberg que já havia passado Sainz, ultrapassa também Gasly e fica entre os dez primeiros.

Com quarenta passagens, Verstappen é o mais rápido da corrida e vais e aproximando de Raikkonen. Hamilton e Vettel começam a encontrar retardatários, Hartley, Grosjean e Stroll, acabam por ajudar a Hamilton a se manter a frente. 

Três voltas depois Hamilton para nos boxes e coloca os pneus mais macios, na mesma volta Ricciardo também para nos boxes.

Raikkonen pressionado por Verstappen e por Hamilton, aperta o ritmo e vai se aproximando de Bottas. Hamilton consegue a volta mais rápida e mostra que vai buscar o pódio, quiçá a vitória.


A corrida por volta da volta cinquenta entra em um momento de calmaria, o destaque fica por conta de Hamilton fazendo as voltas mais rápidas da corrida, na perseguição a Verstappen.

Após cinquenta e seis giros, Alonso volta a pressionar Massa na disputa pela sétima posição. Hamilton fica a três segundos de Verstappen. O holandês começa a reclamar dos pneus para justificar a perda de ritmo. Na volta seguinte a diferença já vai abaixo da casa dos dois segundos. 

Na volta cinquenta e oito, Hamilton tenta por fora mas não consegue passar Mas, mas na descida do lago, mesmo por fora, o motor Mercedes impulsiona Hamilton a passar pela Red Bull. A perseguição passa a ser contra Raikkonen. A diferença entre Vettel e Hamilton era de exatamente dez segundos nesse momento.

Hamilton abre caminho e passa Verstappen.


Na volta sessenta, com um tempo espetacular na casa de um minuto e onze, Hamilton faz o novo recorde da pista e faz a diferença para Raikkonen cair para menos de cinco segundos.

Faltando oito voltas para o fim e com três voltas mais rápidas seguidas, a diferença para Kimi para Lewis é de apenas três segundos. O pódio parece ser questão de tempo. Verstappen, reclamando dos pneus, para nos pits mas volta ainda em quinto. Massa e Alonso ficam separados por um segundo e a briga entre eles recebe a companhia de Pérez.

Com seis voltas para o fim, Max Verstappen faz a volta mais rápida e quebra o recorde da pista que pertencia a Juan Pablo Montoya. Hamilton fica a um segundo e meio de Kimi mas o ritmo do inglês apesar de mais rápido, diminui um pouco.

Com cinco giros para o fim, Hamilton trava tudo ao tentar passar Kimi, Lewis ainda assim não desiste e continua a aproximação.

A "travada" de pneus que custou o pódio de Lewis.


A três voltas do fim, Stroll fica com o pneu dechapado e tem de ir vagarosamente para os pits. Hamilton depois da travada demora a chegar de novo em Kimi. Na volta seguinte, o inglês ameaça mas Kimi, o "homem de gelo", não se abala e se mantém a frente.

Na subida da junção, Hamilton cola de novo mas não consegue passar Kimi, os dois abrem a última volta e Hamilton parece se contentar com o quarto lugar.

Vettel cruza em primeiro na bandeirada quadriculada, Bottas em segundo e Raikkonen em terceiro. Hamilton fica em quarto, seguido por Verstappen em quinto e Ricciardo na sexta colocação. Ainda na última volta, Massa se defende como pode de Alonso, que por sinal chega a meio carro a frente de Pérez na linha de chegada, sensacional. Fechando os dez primeiros cruza Hulkenberg, a uma volta atrás. 

O pódio do GP Brasil, com um alemão e dois finlandeses. 


Três coisas chamam a atenção, além da vitória de Vettel, a sua terceira no Brasil e a primeira da Ferrari após o triunfo de Massa no ano de seu quase título, mostrando todo o talento do piloto do alemão. O segundo fato foi o desempenho de Lewis que chegou a menos de seis segundos do líder, e por muito pouco não conquistou o pódio, que seria merecido. E o terceiro fato foi o excelente desempenho de Felipe Massa, conquistando na marra o sétimo lugar. Uma despedida muito melhor do que a do ano passado e uma corrida memorável do brasileiro pelo carro que possuía.

A comemoração justa de Felipe Massa.


Como relatado no início do post, Interlagos sempre nos brinda com grandes corridas, não à toa, o circuito é considerado um dos melhores do calendário.


Abaixo as notas dadas aos pilotos pelo seu desempenho na corrida.

Vettel - 9,0

Não fez a pole position mas largou muito bem e assumiu a liderança da prova com autoridade. soube resistir a Bottas após a parada nos boxes e além da vitória, praticamente assegurou o vice campeonato.

Bottas - 8,0

Fez a pole, mas não largou muito bem, comboiou Vettel praticamente a corrida inteira, sem nunca ameaçar o alemão, comparar seu desempenho com de Hamilton chega a se cruel.

Raikkonen - 8,0

Fez uma corrida segura apesar de discreta, só foi notado ao se defender de Hamilton, aliás o fez com segurança.

Hamilton - 9,5

O que dizer desse tetracampeão? Largou dos boxes mas graças ao safety car ficou no pelotão e começou a sua cruzada, fez talvez uma das suas melhores corridas na carreira e quase chegou ao pódio.

Verstappen - 8,5

Fez uma excelente corrida, seguro, infelizmente seu carro era inferior ao Mercedes e a Ferrari e muito superior aos outros. Pelo menos conseguiu fazer o recorde da pista.

Ricciardo - 8,5

Largou no meio do pelotão por conta da punição por troca de peças, se envolveu em um acidente sem ter culpa na largada, mas foi arrojado e abriu caminho com autoridade para fechar dia em sexto.

Massa - 9,0

Fez um bom treino ao avançar ao Q3, largou muito bem indo para sexto, relargou bem e pulou para quinto e soube segurar a pressão de Alonso a corrida inteira. Fechou em sétimo pois era o possível a se fazer com o carro. Uma despedida digna de um piloto muito correto e rápido. Se fosse Felipe nem ia para Abu Dhabi, não tem como encerrar melhor a carreira.

Alonso - 8,0

Fez uma excelente classificação e uma corrida muito boa, quando perdeu a posição para Massa parecia que ia ficar para trás, mas soube se manter próximo e com um bom ritmo. Sobra talento e falta carro. 

Perez - 7,0

Liberado para disputar as posições com Ocon, o confronto nem aconteceu devido a batida do francês. Pérez até fez uma prova razoável mas ficou um pouco aquém do que era esperado. 

Hulkeneberg - 6,5

Após duas corridas com abandono finalmente consegue chegar aos pontos e consegue ficar a frente de Sainz, que é um bom resultado.




sábado, 11 de novembro de 2017

BOTTAS É POLE NO GP BRASIL


O GP do Brasil é repleto de expectativas, uma etapa desafiadora por conta de uma série de fatores, como o traçado seletivo e o clima instável de São Paulo.

Nos treinos livres a Mercedes dominou amplamente o grid, trazendo uma grande confiança para Lewis Hamilton para vencer no Brasil. Aliás Hamilton se candidatou a ser o representante honorário do Brasil na F1, já que com a aposentadoria de Felipe Massa, o país ficaria sem pilotos no grid.

Já na qualificação, nos primeiros minutos do Q1, Hamilton perde o controle do carro no laranjinha e acaba acertando a barreira de pneus. Com a suspensão quebrada e sem tempo, Lewis irá largar na última fila. Depois de um quarto título mundial a expectativa certamente não era de ver o campeão errando e ficando de fora da disputa da pole position. 

Cena a cena: Lewis perde a traseira, e escorrega até a barreira de pneus.


Em entrevista, Emerson Fittipaldi acredita que o erro de Hamilton pode ter sido ocasionado por causa de uma fina garoa, e como Lewis foi um dos primeiros a entrar na pista pode ter sido surpreendido pela pista mais escorregadia.

O Q1 recomeça após a bandeira vermelha devido ao acidente do carro da Mercedes. Raikkonen com pneus mais duros surpreende e fica na ponta. Bottas também se destaca e fica muito próximo de Kimi, mas com pneus mais macios. 

Verstappen apesar do quarto tempo e Stroll, eliminado do Q1, reclamam de problemas em seus carros mas continuam no treino. Massa, em uma excelente volta pula para quarto, passando com estilo e força para o Q2. Sem a mesma sorte, além de Lewis, os eliminados do Q1 são Ericsson, Gasly, Wehrlein e Lance Stroll.

Antes de recomeçar a classificação uma ponderação, imaginem se Vettel não tivesse batido em Cingapura e tido os azares em Suzuka e Sepang, certamente a corrida seria ainda mais dramática para Lewis e a disputa do título, infelizmente para o espetáculo a maré de Hamilton só virou após a consagração.

No Q2 os pilotos avançam para a pista pois uma garoa mais forte cai na pista. Bottas pulveriza o recorde da pista e crava uma volta de 1:08:901, o novo recorde de Interlagos. As Ferrari com Vettel e Raikkonen vem logo em seguida muito próximas. Ricciardo, o único com pneus duros é o quinto, podendo surpreender na corrida. Massa mostrando um bom ritmo faz o sexto tempo e mostra força com a sua Williams.

Max quase é punido por não fazer a pesagem do carro.


Nos minutos finais do treino o desespero dos pilotos em fechar um bom tempo e avançarem ao Q3 faz com que Vettel assuma a pole, mas o grande destaque do Q2 foi Alonso com um brilhante sexto tempo, já com o cronômetro zerado. Pérez também se dá bem pois consegue eliminar Ocon, seu arqui rival e companheiro de equipe.

Os eliminados no Q2 foram, Hartley, Magnussen, Vandoorne, Grosjean e Ocon. Desta forma, dois carros da Ferrari, dois da Red Bull e dois da Renaut avançam ao Q3 juntos de um carro da Mclaren, um da Williams e um da Force India. 

No Q3, Bottas é o primeiro a ir a pista e faz um excelente volta, logo em seguida Vettel consegue bater o tempo do finlandês por menos de um décimo. A briga pela ponta promete.

Em sua volta lançada, Massa é atrapalhado por Sainz e tem a volta comprometida. Para piorar a chuva se aproxima do autódromo. A última tentativa dos pilotos será dramática pois se a chuva cair acaba com as chances de uma boa volta e de quebra, há o risco de bater, rodar, comprometendo o fim de semana.

Na última tentativa de cada piloto ninguém conseguia melhorar, por pouco é verdade mas Bottas, consegue por 0,038 milésimos arrancar o doce da boca de Vettel, fazendo a pole position. Massa não consegue melhorar e fecha o dia em décimo mas largará em nono por conta da punições a Ricciardo, o brasileiro de fato tinha condições de ficar entre os seis, talvez sete primeiros se não fosse sido atrapalhado.

Assim, fica o grid, sem contar as punições dadas:




Bottas salva o dia da Mercedes e fecha a classificação na pole position mas a Ferrari estão bem e vão disputar essa vitória. Mais atrás Hamilton com certeza dará show e irá galgar as posições até os pontos, fora o fato que a chuva pode cair a qualquer hora em Interlagos.

Uma única previsão é possível, a corrida será espetacular amanhã.


AUTOMOBILISMO VIRTUAL - SONHOS E COMPETIÇÃO.

Com o advento da internet, o mundo conheceu uma verdadeira revolução no modo de se relacionar entre as pessoas. O contato não precisava ser ...