NOTAS DE MÔNACO.

 

    A corrida de Mônaco, quinta etapa do mundial, trouxe vida a um campeonato que começava a se desenhar um passeio de cruzeiro para a Mercedes e Lewis Hamilton. Com a vitória no GP monegasco, Verstappen não só assume a liderança no campeonato mundial, como também a Red Bull, é a primeira equipe  a fazer frente a Mercedes na era dos motores híbridos. Um campeonato emocionante, com dois pilotos talentosos, representando duas equipes, lutando ponto a ponto pelo título.

1º. Verstappen – 9,0

    Max ganhou de bandeja a primeira posição no grid com o problema no carro de Leclerc, largou bem, se defendendo de Bottas e depois imprimiu um ritmo rápido e constante que lhe deu assegurou a primeira posição sem muitos sustos. Assume a liderança do mundial e se mostra pronto para usurpar o trono de Lewis Hamilton.

2º. Sainz – 8,5

    A Ferrari tinha uma chance real de vitória com Leclerc, que pôs tudo a perder com o acidente. Sainz apesar de um pouco mais lento na classificação, foi seguro, rápido, não cometeu erros e conseguiu levar a equipe ao segundo lugar. Vai se consolidando na equipe e mostrando que foi até o momento a melhor contratação de uma equipe no ano.

3º. Norris – 8,5

    O garoto simplesmente deu uma volta em seu companheiro de equipe, Daniel Ricciardo, que venceu em Mônaco em 2018. Mais um pódio e com os infortúnios de Leclerc e Bottas, subiu no mundial para o terceiro lugar. A nova geração vai pedindo passagem.

O terceiro pódio mais jovem da F1 em média de idade. 

4º. Pérez – 8,0

    Mais uma classificação pavorosa do mexicano, porém faz mais uma bela corrida de recuperação com uma tática inteligente de retardar o pit stop e pegar pista limpa, de quebra conseguiu (finalmente) tirar pontos de Lewis Hamilton a favor de seu companheiro de equipe.

5º. Vettel – 9,0

    O alemão resolveu fazer na pista mais complicada do ano fazer a sua melhor corrida, levando a Aston Martin a um bom quinto lugar, e mais do que isso, Vettel não se mostrou apático, foi inteligente na estratégia ganhando as posições de Hamilton e Gasly, com quem travou um duelo roda a roda após as saídas dos boxes. Foi coroado como o piloto do dia pelo internauta, merecidamente.

6º. Gasly – 8,0

    Voltou a correr sozinho pela Alpha Tauri, tira leite de pedra do carro da marca de roupas. Seu companheiro de equipe amargou um décimo sexto lugar, muito atrás do desempenho do francês de pé pesado. Merecia pelo ano passado e por esse ano uma chance em uma equipe de ponta.

7º. Hamilton – 3,5

    Corrida muito discreta do atual campeão. Desempenho bem abaixo do de Bottas na classificação e na corrida, além de ter optado por uma estratégia errada que lhe fez perder posições. No fim, a corrida pode servir de alerta ao inglês que não pode se acomodar em momento algum e que qualquer erro pode custar o campeonato. Pelo menos fez a volta mais rápida e ganhou o pontinho extra.

8º. Stroll – 7,5

    Levando o carro aos pontos, com um bom desempenho, nada brilhante, mas eficiente.

9º. Ocon – 7,0

    Se consolida como o piloto número um da Alpine, mais uma corrida a frente de Alonso, marcando pontos importantes para a equipe.

10º. Giovinazzi – 7,5    

    Um dos destaques da prova apesar do aparente discreto décimo lugar. Com o modesto carro da Alfa Romeo, ficou a frente de Ricciardo, Raikkonen e Alonso, com méritos, pois nenhum deles se acidentou ou teve problemas na corrida. Vai crescendo e amadurecendo e em breve pode fazer por merecer um lugar em equipes de ponta.

    Daqui a dois fins de semana, a F1 desembarca nas ruas de Baku, no Azerbaijão para mais um capítulo do duelo Verstappen x Hamilton, e ali também poderemos observar o quão grande ou casual foi o crescimento da Ferrari no campeonato. 

A PRIMEIRA VEZ DUAS VEZES. O GRANDE DIA DE VERSTAPPEN.

    Glamour. Charme. Ostentação. Beleza. Palavras que podem descrever o glorioso circuito de rua do Principado de Mônaco. A F1 por conta da Covid-19, esteve ausente em 2020, mas em 2021 as equipes voltam a esse palco histórico, amado por uns, odiado por outros, mas por bem ou pelo mal, faz parte da F1.

O belo carro da Mclaren com pintura retrô.

    Nos treinos livres a surpresa ficou por conta da Ferrari, mostrando-se capaz de se colocar no meio da disputa entre Red Bull e Mercedes. Quem ficou de fora da classificação por ter batido no terceiro treino livre foi o alemão Mick Schumacher, destruindo o seu carro da Haas.

Mick Schumacher destruiu seu carro e ficou de fora da Classificação.

    Na qualificação, Alonso decepciona e é limado do Q1. Vettel ficou na bacia das almas, se salvou e depois conseguiu até ir ao Q3. No Q2, Ricciardo não se classifica e também decepciona, pois Norris se coloca sempre entre os cinco primeiros. Giovinazzi é uma das surpresas e vai ao Q3 com  a modesta Alfa Romeo. No Q3, seis carros da Ferrari, Red Bull e Mercedes, mais Norris da Mclaren, se colocam em condições de brigarem pelas primeiras posições. Leclerc, correndo em casa, mostra uma força extra na disputa, lidera a primeira tentativa de volta rápida. Na tentativa final, Leclerc estampa o muro quebrando a suspensão, causa a bandeira vermelha e encerra a classificação. Se conseguisse consertar o carro seria o pole position, senão a posição de honra ficaria com Max Verstappen. Na terceira posição, Bottas. Em quarto Carlos Sainz, mostrando a força da Ferrari para a corrida. Em sétimo o líder do campeonato Lewis Hamilton, esse sim se mostrando um pouquinho perdido na classificação.   

Leclerc faz a pole position, mas compromete a corrida com seu acidente.

    A Ferrari arrisca, não troca o câmbio, porém momentos antes da largada a equipe detecta problemas no eixo do câmbio e o piloto monegasco nem consegue alinhar, deixando a posição de honra vazia. Uma frustração imensa para Leclerc, a torcida local e os tifosi espalhados pelo mundo.

    Na largada Verstappen consegue se defender de Bottas e se mantém na liderança, as posições no pelotão da frente se mantém inalteradas, mudanças só no pelotão intermediário, Alonso pula para o décimo quarto lugar, enquanto que Ricciardo caí para o décimo terceiro posto.

 

Verstappen se joga para a linha interna e mantém a liderança.

    As dez primeiras voltas mostram Bottas, conseguindo acompanhar de pertinho Max Verstappen, a diferença entre eles fica sempre em torno de um segundo.

    Com quinze giros completos, Verstappen crava a volta mais rápida até aquele momento, conseguindo se desgarrar um pouquinho de Bottas, levando a diferença para dois segundos. Um pouco mais atrás Pérez começa a atacar Vettel, mas ultrapassar é impossível em Mônaco.

    Após vinte das setenta e oito voltas previstas, a corrida entra em compasso de espera, ninguém quer arriscar parar nos boxes e voltar no tráfego.

    Com vinte e cinco voltas, Bottas sofre com os pneus começa a perder ritmo e começa a ter a companhia de Sainz em seu encalço. A Ferrari comprovando com Sainz que realmente tinha um carro capaz de vencer com Leclerc.

    Com trinta voltas completadas Lewis Hamilton inaugura a janela de paradas e coloca pneus duros, o inglês consegue voltar com pista livre. Bottas para nos boxes no giro seguinte e a corrida termina para o finlandês, a equipe não consegue tirar o pneu do carro, um problema inusitado, mas que custa a corrida. As paradas continuam, Gasly consegue voltar a frente de Hamilton e na volta seguinte é a vez de Vettel dar o pulo do gato, ganhando as posições de Hamilton e Gasly. A Red Bull mantém seus carros na pista.

    Na volta trinta e quatro o líder vai aos boxes e retorna em segundo, a frente de Pérez, que vai aos boxes na volta seguinte, voltando em quarto, se recuperando bem na corrida, minimizando seu prejuízo.

   Na passagem da volta trinta e oito, as posições se estabilizam, Hamilton em sétimo, com um baita prejuízo, tem de na pista, mitigar seu prejuízo. Norris em terceiro na prova comprova o bom momento da Mclaren, administrando um boa vantagem para Pérez.

    Após quarenta e cinco voltas completadas, Sainz começa a se aproximar de Verstappen. Mais atrás Ricciardo, correndo de maneira discreta aparece pressionando Raikkonen na disputa da décima segunda posição, no momento em que Verstappen chega para dar uma volta em ambos.

    Faltando vinte voltas para o final da corrida, Stroll vai aos boxes e retorna ainda em oitavo, coroando o bom fim de semana da equipe inglesa que penava no campeonato até o momento.

    Com quinze giros para o fim, Perez chega em Norris para disputarem a terceira posição, para manter o pódio o inglês vai ter de se provar. De quebra, Pérez tem a volta mais rápida da corrida. O último piloto a ir aos boxes é Tsunoda, voltando no modesto décimo sexto lugar. Um par de voltas depois, Hamilton vai aos boxes para tentar ganhar o ponto extra, coragem do inglês de ir aos boxes depois do que ocorreu com Bottas.

    Com apenas sete voltas restando, Hamilton faz a melhor volta da corrida, ganhando um pontinho precioso na disputa contra Verstappen

    Com todo cuidado e carinho, Max Verstappen cruza a linha em primeiro lugar, de quebra, pela primeira vez na carreira ganha em Mônaco e assume a liderança de um campeonato da F1. Com o abandono de Bottas, a corrida apenas razoável de Hamilton e a bela recuperação de Pérez, a Red Bull também assume a liderança dos construtores. Carlos Sainz leva a Ferrari ao melhor resultado do ano com o segundo lugar, o espanhol mostra seu valor, o único dissabor é pensar no que Leclerc poderia ter feito se tivesse largado. Fechando o pódio, Norris, pilotando de maneira impecável, mostrando que a atuação em Barcelona foi uma exceção.

A vitória de Verstappen e sua comemoração efusiva.

    A F1 pega fogo, uma campeonato disputado ponto a ponto entre Red Bull e Mercedes (149x148 pontos), Verstappen e Hamilton  (105x101 pontos). Além disso a Mclaren e Ferrari se mostram equipes capazes de disputarem na frente em certas circunstâncias. Uma temporada muito melhor do que a prevista. Daqui a duas semanas a F1 vai para o Azerbaijão, mais uma corrida de rua, mas com uma reta gigantesca, que sempre proporciona altas emoções.

 

 

NOTAS DA ESPANHA.

 Sempre após as corrida, o Radio Paddock Brasil faz o rescaldo do GP com as notas dadas aos pilotos pelo seu desempenho na corrida. As notas ajudam a mensurar o que cada piloto conseguiu fazer, de acordo com as suas habilidades e o equipamento que possui.

Lewis, mais uma vez soberano na F1.

1º. Lewis Hamilton – 9,0

O melhor piloto com o melhor, além de rápido, a equipe sabe ser estratégica e consegue superar um adversário fortíssimo e cheio de gana para buscar o seu primeiro título. Apesar da pole position fantástica, não largou muito bem, mas soube ser cerebral e paciente para recuperar a primeira posição. A combinação Mercedes-Hamilton está caminhando para mais um título após essa corrida de Barcelona.

2º. Max Verstappen – 8,5

Na qualificação ficou devendo o algo a mais que se espera de um postulante ao título, mas largou maravilhosamente bem, sendo agressivo na medida certa e pulou para a liderança. Fazia um feijão com arroz eficiente, mas a equipe vacilou em deixá-lo na pista e foi facilmente superado por Hamilton. Perder vitórias como essas vão deixando o título mais distante para o holandês voador.

3º. Valtteri Bottas – 8,0

Super discreto na qualificação e na corrida, pelo menos contribuí para a equipe em somar pontos para o Mundial de Construtores.

4º. Charles Leclerc – 8,0

O piloto da Ferrari vai se consolidando como um dos grandes nomes da temporada, buscando pontos improváveis para a equipe de Maranello, levando a equipe a disputar um terceiro posto, improvável até antes do ano começar. É um piloto, assim como Max, preparado para disputar um título, só falta um carro vencedor.

5º. Sergio Pérez – 6,0

O piloto mexicano após uma temporada vencedora, chegou à Red Bull cheio de expectativas sobre a sua performance, porém vem fracassando nas qualificações de maneira sistemática, complicando as suas corridas. Em Barcelona, mais uma vez, ficou devendo uma boa atuação, nem ao menos consigo colocar o seu carro um dos quatro mais bem colocados, oq eu seria o normal e aceitável. Suas atuações comparadas a de Verstappen são pífias e a paciência da equipe com a adaptação do “Checo” já pode estar acabando.

6º. Daniel Ricciardo – 7,5

O australiano deve ter voltado a sorrir. Não foi primoroso na qualificação, contudo foi muito bem na etapa, conseguindo uma boa posição, sabendo atacar e defender quando necessário, e de quebra chegou à frente de seu companheiro de equipe, uma das sensações do ano.

7º. Carlos Sainz Jr. – 7,0

O piloto da Ferrari prometia muito por conta das boas atuações do ano passado, mas esse ano vem fazendo atuações apenas razoáveis, devendo o que se espera de um piloto da Ferrari. Ainda assim, no geral, parece melhor do Perez, Vettel e Ricciardo que também trocaram de equipe, ou até mesmo Alonso em seu retorno a F1.

8º. Lando Norris – 6,0

O garoto inglês acabou falhando no Q3 e na corrida ficou apagado, não que tenha sido um resultado de todo ruim, pois não foi, mas a expectativa que se imputa a ele após tão boas atuações, cresceu de forma merecida. Oscilar, por conta da idade é normal, mas não pode bobear, já que a concorrência é forte no grid.

9º. Esteban Ocon – 6,5

O francês vai surpreendendo, corrida após corrida vai ficando à frente de Alonso, somando pontos importantes para a equipe. Não é um piloto espetacular, todavia se mostra um piloto bastante capaz de levar a Alpine a vôos mais altos.

10º. Pierre Gasly – 6,0

O francês merece aplausos de pé, tira leite de pedra do carro da Alpha Tauri. Aliás, a equipe parece ter ficado para trás em relação a Alpine e Ferrari, pois no início do ano estavam em igualdade. Pierre também se consolida graças a seu desempenho bem melhor do que o de Tsunoda.

Na tabela de pontos dos pilotos encontramos nas seis primeiras posições:

1o. Hamilton - 94 pontos e 3 vitórias.

2o. Verstappen - 80 pontos e 1 vitória.

3o. Bottas - 47 pontos.

4o. Norris - 41 pontos

5o. Leclerc - 40 pontos.

6o. Pérez - 32 pontos.

    O que essa tabela nos apresenta? Simples, uma polarização pelo título de pilotos entre Hamilton e Verstappen, com um pequena vantagem para o atual campeão. Nos revela que a Norris e Leclerc estão andando até mais do que os seus bólidos permitem, se colocando à frente de um decepcionante Pérez.

    A próxima corrida em Mônaco pode ser a oportunidade que a Red Bull precise para se recolocar com força na disputa de pilotos e, quiçá, de construtores.

CEM POLES PARA HAMILTON E VITÓRIA EM BARCELONA.

     A batalha entre Mercedes e Red Bull chega ao belo circuito de Catalunya, na Espanha. O circuito espanhol, muito conhecido pelas equipes por conta dos testes de pré-temporada, geralmente reflete qual é o melhor carro, devido ao desempenho máximo das equipes nesse circuito. Outra característica da pista é o alto desgaste da borracha, o asfalto mais abrasivo costuma judiar dos pneus.

    Nos treinos livres, a Mercedes dominou a tabela de tempos, com a Red Bull com Max Verstappen reagindo apenas no finzinho do último treino.

    Já nos treinos classificatórios a Mercedes se mostrou um pouco melhor do que a Red Bull, apesar disso, Max deu trabalho para os carros prateados e se colocou entre Bottas, o terceiro colocado e o pole position, Lewis Hamilton. Aliás Hamilton merece um destaque à parte, o piloto inglês obteve a histótica marca de cem pole position, não só o recordista absoluto nesse quesito, mas o único a chegar na barreira dos cem. A história foi feita diante dos nossos olhos. Outro que se destacou foi o espanhol Carlos Sainz, correndo em casa, o piloto da Ferrari conquistou o quarto lugar no grid. Na terceira fila, um surpreendente Ocon com sua Alpine no quinto posto e a Ferrari de Charles Leclerc em sexto. O outro espanhol da corrida, Fernando Alonso, a duras penas, ficou com o décimo lugar.

    Na largada, Hamilton até larga bem, mas Verstappen arrisca na freada, mergulha e ultrapassa o inglês, pulando para a liderança, Max quer transforma o seu centésimo GP em algo lendário. Quem realmente largou bem foi Leclerc, indo para o terceiro lugar, deixando para trás Bottas e Ricciardo, que também largou bem.

Masx arrisca tudo na largada e ultrapassa Hamilton.

    Após cinco voltas, Hamilton começa a forçar um pouco mais o ritmo, se aproximando de Verstappen. O finlandês Bottas também coloca o monegasco Leclerc em alça de mira. Um pouquinho mais atrás, o mexicano Sergio Pérez, que errou em sua qualificação, tenta se recuperar e começa a pressionar o australiano Ricciardo. Aliás, Pérez realmente precisa se recuperar pois começa a destoar demais de seu companheiro de equipe e não consegue contribuir com a equipe.

    No oitavo giro, Bottas ameaça, mas Leclerc se defende, ao mesmo tempo o carro da Alpha Tauri de Tsunoda aparece parado e apagado na pista. Para remover o carro, o safety car é acionado. Giovinazzi é o único que faz a parada nos boxes, uma atrapalha monumental, a equipe percebe que os pneus estavam murchos e voltam correndo aos boxes para trocarem, enquanto isso o piloto italiano fica segundos preciosos nos boxes. Na volta seguinte Russell e Latifi da Williams também param.

    A corrida recomeça na volta onze.  Hamilton apesar de não relargar bem, se recupera já no giro seguinte e começa a pressionar o piloto da Red Bull. Alonso, que errou na curva um acaba perdendo a posição para Lance Stroll.

    Com dezenove das sessenta e seis voltas previstas, Gasly puxa a fila de parada dos boxes. O piloto ainda teve de pagar cinco segundos na parada por conta de ter parado fora do colchete de largada. O France retorna em último, mais uma corrida ruim de uma equipe que começou muito bem a temporada.

    Na volta vinte e três, Alonso e Vettel param juntos e o espanhol volta ainda mais a frente. Na frente, Hamilton começa a forçar mais o ritmo e se aproxima de Verstappen.

    Com vinte e quatro voltas, Bottas vai aos boxes, é o primeiro entre os ponteiros. Pela primeira vez na corrida, Hamilton pressiona Max, e o holandês surpreende parando nos boxes. A parada da Red Bull é ruim, com mais de quatro segundos. A Mercedes não chama Hamilton para os boxes na volta seguinte, talvez contando em prolongar a parada.

    Na passagem da volta vinte e oito Hamilton vai aos boxes e retorna em segundo seis segundos atrás de Max. Bottas graças a estratégia ultrapassa Bottas.

    Uma briga interessante acontece no pelotão intermediário, Alonso ataca Giovinazzi, porém é atacado por Vettel, que por sua vez é atacado por Gasly. Alonso, Vettel e Gasly conseguem ultrapassar durante a volta o piloto italiano. Na frente, Hamilton, o homem das cem poles, começa a fazer volta mais rápida atrás de volta mais rápida.

    Com metade de prova completada, Hamilton chega em Verstappen e começa a pressionar o holandês. Já nessa volta o inglês apesar de bem mais rápido começa a ficar limitado pelo carro da Red Bull.

    No quadragésimo giro, Vettel faz o seu segundo pit stop. Mais três voltas e Hamilton surpreende parando nos boxes. A Red Bull arrisca e não para Max. A equipe dos energéticos papa mosca e no final da corrida vai sofrer. Essas táticas também só funcionam pois a Red Bull não tem um segundo carro para ajudar na contenção do piloto da Mercedes.

    Checo Perez, por fora, com muita ousadia ultrapassa Ricciardo, porém apesar da bela ultrapassagem a atuação do mexicano é apagada. Enquanto isso, Hamilton vira 1.7 segundos por volta mais rápido do que Max, as chances do piloto holandês se sustentar na liderança diminuem a cada volta.

    Chama atenção na volta cinqüenta a troca de posição da Mclaren, Norris abre caminho para Ricciardo. Na volta seguinte, Norris é ultrapassado também por Sainz.

    Faltando doze voltas para o final, Bottas vai aos boxes. Hamilton vai se aproximando de Max e quando chegar vai ter muita mais ação por conta dos pneus. Mais atrás Riccardo e depois Sainz, ultrapassam Ocon.

    Bottas que havia voltado em quarto, logo chega em Leclerc, ultrapassa o piloto da Ferrari e também faz a volta mais rápida da corrida.

    Na volta sessenta, Hamilton como um foguete, ultrapassa Max, que não tinha o que fazer. Sem mais como lutar, a equipe chama Max aos boxes para pelo menos, ganhar o ponto extra.

    Nas voltas finais, Stroll e Alonso fazem uma disputa ferrenha, melhor para o garoto, que depois acaba sendo ultrapassado por Gasly, recuperando-se bem.

    Lewis Hamilton, o grande piloto, com uma equipe tão genial quanto ele, chega a vitória noventa e oito da carreira e abre quatorze pontos em relação a Verstappen no campeonato, pavimentando o caminho do seu oitavo título. Verstappen, com a volta mais rápida da prova, chega em segundo e fechando o pódio Bottas.

    Uma curiosidade, esse pódio, Hamilton, Verstappen e Bottas é o pódio que mais se repetiu na história da F1, mostrando o quão bom e dominante são esses pilotos.

    Entre dois pilotos geniais, aguerridos, qualquer fator extra influencia, e hoje a Mercedes fez a estratégia correta e venceu. Que pese também na Red Bull não ter um segundo piloto capaz de ajudar Max nessa temporada, Perez vem decepcionando.

    Amanhã teremos as notas dadas aos pilotos por seu desempenho na corrida.

NOTAS DE ALGARVE.

Após mais uma atuação muito boa, Lewis Hamilton coloca a sua Mercedes no topo do pódio novamente e abre uma boa vantagem para Max Verstappen nesse início de temporada. Sinceramente, ao observar o desempenho da Mercedes nessa etapa, já se pode dizer que, no mínimo, a equipe se igualou em performance em relação a Red Bull. Ainda assim, a Verstappen faz o que pode e se mostra extremamente combativo, sempre obrigando a Lewis e a Mercedes a se superarem em cada prova.

Abaixo, as notas dadas aos pilotos por suas atuações na prova no belíssimo circuito de Algarve, em Portugal.

1o. Hamilton - 9,5

Não fez a pole position, não fez a volta mais rápida, deu uma cochilada na relargada, mas com muito talento foi se recuperando e alcançou a vitória. Mostra que ainda está em seu auge, para desespero dos adversários. 

2o. Verstappen - 8,0

O holandês é aguerrido, vai para cima sem medo dos adversários, não importando que seja um heptacampeão do mundo ou um piloto mediano, sempre brilha nas provas. Fez o que pode com o carro, mas saí com um gostinho amargo de ter perdido boas oportunidades de brigar pela vitória ao deixar escapar a pole por conta dos limites de pista e por fim, a o mesmo erro que levou a perder o ponto extra.

3o. Bottas - 8,0

Fez a pole position e roubou o ponto extra de Max, ajudando Hamilton, se o desempenho ainda é aquém pelo carro que possui, pelo menos ajuda a equipe na disputa do título de pilotos e construtores com a sua regularidade.

4o. Pérez - 7,0

O mexicano não conseguiu se colocar a frente de seu companheiro de equipe e tampouco das Mercedes. Na largada, perdeu posição, na relargada perdeu posição, buscou a recuperação, mas muito pouco contribuiu. Está devendo uma boa atuação, ainda mais com Gasly pressionando por uma nova chance na equipe.

5o. Norris - 8,5

O primeiro dos outros. Lando Norris foi apenas razoável na qualificação, mas brilhou na corrida, com ultrapassagens arrojadas e muita velocidade. Além de Lewis e Max é o grande personagem do ano até aqui.

6o. Leclerc - 7,5

Não foi bem na qualificação, mas soube se recuperar na corrida, imprimindo um bom ritmo e acertando na estratégia.

7o. Ocon - 8,0

Fez um bom treino classificatório, conquistando a sexta posição. Na corrida, foi combativo e talvez merecesse um resultado melhor.

8o. Alonso - 8,0

Um dos grandes destaques da corrida, largou em décimo terceiro, criando uma enorme frustração pois estava bem nos treinos, mas na corrida foi agressivo na medida certa, conquistando um bom oitavo lugar. Duas coisas devem ser destacadas, a primeira é que mesmo largando seis carros atrás de seu companheiro de equipe, o espanhol chegou imediatamente atrás, mostrando que o resultado da classificação foi um infortúnio. A outra coisa é destacar a melhora da Alpine após duas corridas ruins.

9o. Ricciardo - 5,0

Fez uma péssima classificação, soube ser combativo e se recuperou bem na corrida, mostrou serviço, mas ficou muito longe de seu companheiro de equipe.

10o. Gasly - 6,0

Sempre andando entre os que pontuam, apesar do carro ter suas limitações, o francês consegue ser constante.

E aí, como será o GP da Espanha? Vamos descobrir no domingo, dia 09, e veremos qual mamãe ficará mais feliz.

HAMILTON VENCE E CONVENCE NA TERRINHA.

    A F1, em uma temporada muito equilibrada chega em Portugal, para mais etapa da categoria no maravilhoso circuito de Algarve. Além de um traçado desafiador e belíssimo, a pista tem um asfalto complicado pois é liso, escorregadio, mas por conta das fortes freadas e curvas de raio longo, também gasta bastante borracha. Um pequeno desafio a mais aos pilotos.  

    Nos treinos classificatórios a Mercedes se mostrou um pouco melhor do que a Red Bull, apesar disso, Max por muito pouco, se não tivesse excedido os limites de pista, teria sido o pole position. Hamilton chegou pertinho da centésima pole da carreira, mas não foi dessa vez, o líder do campeonato teve de se contentar com a segunda posição. O finlandês Valtteri Bottas, por míseros sete milésimos, conquista a pole, mostrando serviço em uma temporada que será crucial em sua carreira. As decepções ficaram por conta de Alonso, que aparenta nos treinos livres ter um carro rápido. O espanhol largou em décimo terceiro. A outra decepção foi Daniel Ricciardo, que nem ao Q2 passou, enquanto seu companheiro de equipe brigava pela primeiras posições.

    A corrida começa com Bottas se mantendo a frente, seguido por Hamilton e Verstappen. Pérez de pneus médios acaba perdendo a posição para Sainz, que mostra está mais confortável com o carro da Ferrari. Ricciardo pula de décimo sexto para décimo terceiro, se destacando na largada. Ao abrir a  segunda volta, Raikkonen calcula muito mal e acaba acertando, Ana reta, o carro de seu companheiro de equipe, Giovinazzi. Pedaços do carro finlandês ficam na pista e apesar dele conseguir tirar o carro da pista, por conta dos detritos, o safety car é acionado.

    Na relargada, Max, de maneira sensacional ultrapassa Hamilton e passa a atacar Bottas. Pérez retoma a posição de Sainz, mas aí, Lando Norris de maneira espetacular consegue ganhar duas posições e assume a quarta posição. Mais atrás Ricciardo consegue ganhar mais duas posições e pula para o décimo primeiro lugar.

    Na volta oito para a nove, Max erra ao tentar tracionar para atacar Bottas e permite a Hamilton retomar a segunda posição.

O troco de Lewis em Max é o grande momento da corrida.

    Mais alguns giros e Hamilton ultrapassa Bottas e assume o primeiro lugar. O alto desgaste dos pneus fazem os pilotos alterarem as estratégias, especialmente aqueles que largaram de suave.

    Na passagem da volta vinte as paradas de pit stop começam para esses pilotos, embaralhando o grid. Mais a frente, Hamilton começa a imprimir um ritmo forte, abrindo vantagem para conseguir administrar no final da prova. Verstappen não consegue ultrapassar Bottas e fica voltas e mais voltas somente perseguindo o finlandês.

    Com trinta e seis, das sessenta e seis voltas de prova, Verstappen para nos boxes e coloca pneus duros, não acreditando na resistência dos pneus macios. Na volta seguinte Bottas para nos boxes e consegue ficar a frente do carro da Red Bull, porém, Max com pneus aquecidos, aproveita uma escorregada de Bottas e arriscando tudo, parte para o ataque e consegue ganhar a posição. Mais uma volta de corrida, Hamilton também vai aos boxes, não querendo arriscar permanecer na pista com pneus gastos e perder a posição nos boxes. Com tudo isso, Pérez assume provisoriamente a ponta da etapa.

    Outro piloto que se destaca no dia é o francês Esteban Ocon, da Alpine, primeiro fez uma classificação excelente, sendo o sexto, na corrida, fez uma ultrapassagem linda, por fora, sobre Gasly. Depois, na volta quarenta e quatro, por fora novamente, ultrapassa Sainz.

    Com pneus novos, Hamilton impõem um ritmo alucinante, abrindo vantagem para Verstappen. Bottas também começa a apertar o ritmo, mostrando que os carros prateados estão melhores nessa corrida. 

    No giro quarenta e oito, Ricciardo chega a ser ultrapassado por Gasly, mas dá um “x” lindo, retomando a nona posição. Na volta seguinte, Alonso ultrapassa Gasly e pula para o décimo lugar, entrando nos pontos. Sobre Alonso, vale ressaltar que ele acabou perdendo o décimo lugar na corrida passada pois a punição dada a Kimi Raikkonen foi revogada.

    Faltando quinze voltas para o final, Hamilton ultrapassa Pérez e retoma a posição. Na mesma volta, Alonso ultrapassa Ricciardo e pula para o nono lugar. No giro seguinte Pérez para e coloca os pneus macios para buscar a melhor volta da corrida.

    Com dez giros para o fim, Pérez crava a volta mais rápida. Fazendo o mínimo que se espera do mexicano, que mais uma vez deve um pouco.

    O grande nome da metade final da prova, Fernando Alonso, ultrapassagem na passagem cinqüenta e nove para sessenta o seu conterrâneo Carlos Sainz, ganhando a oitava posição, ficando imediatamente atrás de seu companheiro de equipe.

    Com três voltinhas para o final, Bottas vai aos boxes para buscar a melhor volta da corrida. Nessa mesma volta, Ricciardo ultrapassa Sainz. Na volta segunte, Max surpreende e para para também buscar a melhor volta. Nessa volta é a vez de Gasly ultrapassar Sainz, que claramente está com os pneus em frangalhos.

    Lewis Hamilton, cruza em primeiro, mais líder do que nunca na temporada. Verstappen chega em segundo, cravando a volta mais rápida da prova, porém logo em seguida perdeu o registro da volta pois excedeu os limites da pista. Bottas em terceiro ficou também com a volta mais rápida. Pérez o quarto, apesar de tido um desempenho melhor do que nas etapas anteriores, ainda ficou devendo uma atuação digna de Red Bull. Norris foi o quinto, mais uma vez com uma atuação irrepreensível do inglês, que talvez já se possa, seja o primeiro piloto da equipe. Leclerc mais uma vez, tirando leite de pedra, levou a Ferrari a um bom sexto lugar. Ocon, um dos destaques da corrida foi o sétimo, fazendo uma de suas melhores atuações na F1. Alonso chegou logo atrás de seu companheiro de equipe, mas se destaque a ótima recuperação do espanhol na prova. Ricciardo conseguiu uma boa recuperação na corrida e chegou em nono, mas as diferenças de performance em relação a Norris já pesa para  o piloto australiano. E Gasly fechou a lista dos dez primeiros, arrancando o ponto de Sainz já no fim da corrida. Aliás diga-se de passagem que o espanhol da Ferrari foi muito prejudicado pela estratégia horrível elaborada pela equipe de Maranelllo.

    No campeonato, Lewis lidera com oito pontos de diferença (69-61), muito por conta do golpe de sorte em Ímola e também com a clara melhora da Mercedes, mas nada está decidido, Red Bull ainda tem um desempenho competitivo e Max Verstappen está com sede de vitórias.

    A F1 com vinte e três etapas nessa temporada não para, na próxima semana os pilotos vão para Barcelona, na Espanha, uma pista, que geralmente o melhor carro prevalece. E aí, quem terá o melhor carro, Red Bull ou Mercedes? Descobriremos juntos na próxima semana, e amanhã as notas aos pilotos por suas atuações no GP de Portugal.