domingo, 28 de maio de 2017

SATO, O SAMURAI VENCEDOR DA INDY 500

A mais tradicional corrida do automobilismo americano é as 500 Milhas Indianápolis. Esse ano a expectativa da corrida desse ano é ver além dos pegas costumeiros o desempenho do espanhol Fernando Alonso, que se classificou em  quinto. A pole position foi do neozelandês Scott Dixon. Os brasileiros foram um pouco discretos na qualificação, Hélio foi apenas o décimo nono e Tony Kanaan em sétimo.

Toda expectativa do mundo em cima do rendimento do Alonso.


Como se trata de uma corrida de mais de três horas de duração e de duzentas voltas fica quase impossível fazer um post volta a volta dos eventos que acontecem, então dividiremos em partes a corrida.

Na largada, Dixon se mantém na ponta, Kanaan avança bem e passa para quarto, espetacular foi o pulo de Will Power, que saiu de nono para terceiro. Alonso, desatque do dia faz uma início conservador e cai para nono. Hélio também é conservador e perde algumas posições.

Após vinte voltas Tony Kanaan é o líder, seguido por Dixon, Alexander Rossi e Ed Carpenter. Alonso é o oitavo, pressionando Marco Andretti. Hélio está em décimo sétimo, mas se recuperando. 

Após 29 voltas os pilotos começam a primeira rodada de pit stop. De maneira momentânea Montoya assume a ponta. Após as paradas Carpenter, Rossi, Alonso e Kanaan são os primeiros colocados. Na passagem 37 Alonso ultrapassa Rossi e sente o gostinho de liderar as 500 Milhas.

Na volta 43 Rossi ultrapassa Alonso, mas o espanhol se mantém muito próximo do americano. Quem também se aproxima de ambos é o japonês Takuma Sato. 

Após 50 voltas, Alonso vai surpreendendo e lidera a corrida com propriedade até a chegada da primeira bandeira amarela, Jay Howard bate forte na curva quatro, e depois com o carro sem controle é acertado por Scott Dixon. No replay, a gravidade do acidente é evidente, e para Dixon, apesar da tristeza de sair da corrida, tem de ficar feliz por nada de mais grave ter acontecido consigo. Devido aos detritos a bandeira vermelha é acionada.

O mais grave acidente do dia. Dixon nasceu de novo.


Quando a corrida recomeça em bandeira amarela, todos param nos pits, Alonso volta em primeiro. Hélio que acabou tendo a asa traseira ligeiramente danificada por conta do acidente não a troca quando tem a oportunidade. Na volta 60 a corrida se reinicia. Alonso se mantém na ponta mas bastante pressionado por Rossi. 

Na volta 66 mais dois carros abandonam, Conor Daly após tocar em outro carro acaba indo para o muro. O acidente dessa vez é sem gravidade. Outro que abandona é Jack Harvey, que passou por cima de uma parte do carro de Conor Daly e acaba perdendo o controle dos seu carro. A relargada acontece no giro 76, Alexander Rossi e Hunter Reay disputam a ponta de maneira sagaz, mais atrás Alonso e Kanaan de carona passam por Takuma Sato.

Outra amarela é acionada por conta de detritos, todos preferem parar nos pits, exceto Hélio Castroneves, Max Chilton e Will Power, que com uma estratégia diferente ficam na pista. O curto período de bandeira amarela logo é sucedida pela bandeira verde. Ryan Hunter e Rossi rapidamente passam pelos adversário e assumem a liderança. Alonso sofre um pouco com a turbulência mas também consegue abrir camnho. A disputa entre Chilton e Alonso mostra um pouco a dificuldade do novato para ultrapassar pea linha de cima. Quem se aproveita disso é Hélio Castoneves que passa pelos dois e avança em caça dos líderes.

Na volta 96, Helinho ultrapassa Rossi e depois Hnter Reay, assumindo a ponta. Mais atrás Alonso também vem bem e assume a terceira posição ao ultrapassar Rossi. Kanaan também vai melhorando seu desempenho e passa Chilton.

Na volta 100, metade da prova, os líderes são: Castroneves, Hunter-Reay, Rossi, Alonso e Kanaan.

Rossi, um dos destaques da primeira metade da prova.



Na passagem 104, Hélio para nos pits, na volta seguinte param Chilotn e Power. Quando voltam a pista, principalmente, Power, luta contra Rossi e Hunter Reay para não tomar volta. A corrida se mantém assim até a volta 114 quando os ponteiros começam a parar.

Após as paradas, na volta 116, os primeiros são. Hunter-Reay, com muita vantagem, Rossi, Alonso e Hélio Castroneves. 

Na volta 123, o veterano Buddy Lazier, roda sozinho e bate forte no soft wall. O soft wall, é o muro externo no raio das curvas que tem uma proteção acolchoada com o objetivo claro de absorver o impacto da batida. Alguns pilotos preferiam não parar, em especial os líderes. As estratégias visando o fim da prova começam a se mostrar. Alguns pilotos talvez visam parar só mais uma vez antes do fim.

Na volta 129 a relargada acontece, Alonso que estava em segundo ultrapassa dois retartatários e na volta seguinte çaça e passa Hnter Reay, assumindo a ponta. Na volta 133 outra bandeira amarela por detritos é acionada. Poucos pilotos param nos boxes, mostrando que todos pensam em parar apenas uma vez mais.

A relargada acontece na volta 135, Hunter Reay com muita ação reassume a liderança mas na volta seguinte Alonso dá o troco e volta a liderança. A corria seguiu por apenas mais três voltas, quando o motor Honda de Hunter Reay se entrega e mais uma vez a amarela é acionada. Quase todos os pilotos aproveitam a bandeira amarela e param nos pits, bom para Castroneves, que entra no mesmo ritmo de parada dos ponteiros. 

A corrida recomeça na 143 porém nem meia volta acontece e a bandeira é novamente acionada por conta da quebra do bico de Ed Carpenter. Alonso na relargada perde várias posições. O espanhol pagou o preço da inexperiência em relargadas nos ovais.

A relargada marca também a fase final da corrida, com apenas mais uma parada a ser feita, os pilotos devem começar a mostrar sua real força para buscar a vitória.

No pelotão intermediário, Sato e Alonso fazem um pega espetacular, mais a frente Chilton, Davidson e Kimball arriscam uma estratégia e se mostram com um bom ritmo. Hélio avançou até o quarto lugar e por ali se estabilizou. A corrida ficou em compasso de espera até as 35 voltas finais, quando Chilton para nos boxes, porém no mesmo momento a bandeira amarela é acionada com o estouro do motor Honda de Charlie Kimball.

Uma nova relargada acontece na volta 171, os pilotos partem para as voltas finais, com o combustível no limite. Hélio larga bem e pressiona Ed Jones. Hélio parte a caça de Max Chilton. Alonso vem se recuperando no pelotão intermediário.

Faltando 20 voltas para o fim, o momento mais triste da prova, o motor Honda de Fernando Alonso se entrega (como de costume) e é fim de prova para o espanhol. O piloto é aplaudido de pé, e fez uma corrida muito boa, estava buscando a sétima posição no momento que teve o problema. Uma pena, mas com certeza o sentimento é de dever cumprido, foi um real postulante a vitória. Infelizmente o fim da corrida na Indy terminou como na F1, com uma quebra do motor Honda.

O abandono de Alonso, o piloto tnha chances reais de vitória.


No recomeço da prova estavam Chilton, Sato, Hélio e Ed Jones ans primeiras posições, nem uma volta foi compeltada e nova bandeira amarela é acionada com um múltiplo acidente. Oriol Servia, Joseph Newgarden, Will Power  e Davidson acabam fora da prova. O acidente foi causado devido ao contato entre Servia e Davidson. A corrida não é parada, ou seja, a previsão é de que a relargada seja com poucas voltas, será o tudo ou nada.  

O acidente múltiplo no fim da prova.

Os três primeiros colocados são pilotos da Honda, Chilton, Ed Jones e Takuma Sato, o quarto colocado é o brasileiro Hélio Castroneves, o primeiro motor Chevrolet na relargada. Faltando onze voltas a bandeira verde é acionada. Hélio passa por Jones e vai para cima de Sato. Há oito voltas do fim é a vez de Sato pressionar Chilton, como não consegue efetuar a ultrapassagem o japonês fica a mercê de Hélio que passa por ele.

Faltando sete voltas, Hélio passa Chilton, de maneira dramática. Sato se aproveita da situação e também passa Chilton. Faltando cinco voltas para o fim é a vez do japonês ultrapassar o brasileiro. Hélio o persegue e a duas voltas do fim chega até a colocar o carro do lado mas não consegue a ultrapassagem, Sato se aproveita e abre a distância necessária para cruzar a linha de chegada em primeiro lugar. É o primerio japonês a vencer a Indy 500. Hélio tem de se conformar com o segundo lugar. 

A vitória de Sato, história de redenção de um piloto tão contestado.


A corrida foi muito boa, emocionante do início ao fim. E a Honda, que fracassava com quebras teve seu momento de glória ao vencer a corrida, justamente com um piloto japonês no volante. Um momento épico. 

A Indy 500 desse acabou mas a temporada segue com corrida no próximo fim de semana com uma rodada dupla em Detroit.

Ferrari vence no Principado e quebra jejum de 15 anos.

Mônaco, o circuito mais charmoso e glamoroso do mundo da F1 é também aquele que exige absoluta concentração em cada curva pois o mínimo erro e a batida em algum muro ou guard rail é certa. O Principado já teve corridas históricas como a de 84 que Prost venceu no grito e o mundo conheceu Senna, 88 em que Senna com mais de cinquenta segundo de vantagem para Prost bateu sozinho, 93 que Senna segurou o impetuoso Mansell com seu carro de outro mundo e 96 com a vitória de Oliver Panis em uma das corridas mais conturbadas da história, vitórias e perdas históricas foram vistas nesses setenta e cinco anos de Grande Prêmio no Principado. A corrida de Mônaco existe antes mesmo da criaçãod a F1. A dificuldade do pista é tanta que o famoso Nigel Mansell nunca a venceu.

No treino classificatório para a corrida a supremacia da Ferrari na pista foi visível e para melhorar a situação para a a equipe de Maranello a Mercedes não encontrou o seu melhor rendimento. se classificar bem para a corrida é essencial para ter um bom resultado final. O fim de semana de Hamilton foi comprometido por dois fatores, primeiro seu próprio mal desempenho, e depois que na sua última tentativa de volta rápida para avançar ao Q3 foi comprometida com a batida de Vandoorne que gerou bandeira amarela. Outro piloto prejudicado com isso foi Felipe Massa que acabou ficando em décimo quarto, logo atrás do próprio Lewis.

A batida de Vandoorne complicou a vida de muitos pilotos, em especial a de Hamilton.


A disputa pela pole position foi interna na equipe italiana, Vettel e Raikkonen disputam nos milésimos a honra de largar na frente . No fim, após 128 GP's, Kimi consegue a pole e quebra o longo jejum. Desde Magny Cours, em 2008, que o finlandês não largava na posição de honra.

Kimi quebra o incômodo jejum e volta  fazer a pole position.


Na largada os pilotos foram até conservadores, entre os oito primeiros não houve nenhuma alteração, mais atrás Magnussen ganha duas posições e pula para nono, Hamilton passa Vandoorne e só. O piloto destaque do dia Jenson Button, que substitui Alonso que está em Indianápolis, preferiu largar dos boxes e logo na primeira segunda volta troca pneus, pensando em não parar mais.


A largada foi fem comportada esse ano.


Após dez voltas de liderança folgada, Raikkonen começa a perceber a aproximação de Vettel, talvez a melhor chance de ultrapassagem do alemão fosse na estratégia, e por isso deve andar próximo de Kimi.   

No giro dezessete, o câmbio de Hulkenberg se entrega e joga um pouco de óleo na pista porém o safety car não é acionado e a corrida segue, de maneira a té um pouco monótona.

Na volta 22, o melhor pega na corrida é entre Stroll e Pérez, o mexicano já pneus novos, vinha atrás do novato tentando o induzir a um erro.

Na passagem 25, Bottas começa a apertar o ritmo e começa a tirar bastante a diferença, então confortável de Vettel. Os retartatários, que Kimi e Vettel encontram acabam por ajudar a aproximação de Bottas. Verstappen também se aproveita da situação e se aproxima um pouco do pelotão da frente.

Na volta 33, Verstappen para nos pits, é o primeiro a parar no pelotão da frente. Em resposta a Mercedes, na volta seguinte pede a Bottas para parar também. A decisão é acertada pois o finlandês volta exatamente a frente de Verstappen.

Na volta 35 é a vez do líder parar nos boxes. Kimi para no pit e volta em terceiro, um pouquinho atrás estava Sainz, Bottas e Verstappen.

Vettel e Ricciardo continuam na pista e começam a imprimir um ritmo de corrida mais rápido que podem, para tentarem na pista ficar a frente de Kimi

Na volta 39, Ricciardo para nos pits, quando volta a pista tem boa vantagem, em parte por causa de suas voltas rápidas com pista livre e em parte porque Verstappen e Bottas perderam tempo atrás de Sainz.

A liderança da corrida se decide na volta 40, Vettel para e volta a frente de Kimi, a diferença entre ambos é apaertada. Depois disso, com pista livre, Vettel abre e parte para a vitória.

No giro 48, o último piloto a parar nos boxes é Hamiton, o inglês se aproveita da pista livre e de uma vez só consegue passar na estratégia Kvyat e Grosjean. Lewis pula para sétimo e consegue capitalizar pontos importantes.  

A corrida permanece com posições inalteradas após as paradas de pit stop, o que chama a atenção é a queda acentuada de ritmo de Kimi, permitindo que Ricciardo se aproxime.

Na volta 60, um acidente chocante, Wehrlein, na entrada do túnel, é tocado por Jenson Button e acaba batendo no muro, para piorar o carro fica virado. A corrida possui momentos de tensão até que finalmente o piloto converse pelo rádio e acalme o ânimo de todos.

O toque de Button em Wehrlein levanta a Sauber do alemão.




A situação de Werhlein preocupou a todos. Felizmente tudo acabou bem.


Sob bandeira amarela, na volta 65, Ericsson erra sozinho e bate no muro, devagar é verdade, mas o suficiente para lhe retirar da prova. Outro fato que chama a atenção é o dano causado no traçado devido a passagem dos carros. O asfalto soltando acaba colocando em risco os pilotos  logo na primeira curva do circuito.

Na volta 67 a relargada acontece, as Ferrari somem na frente, Ricciardo que errou justamente na primeira curva, é ameaçado por Bottas e Verstappen. Após uma volta sendo muito pressionado o piloto consegue se estabilizar e a briga fica entre Verstappen e Bottas. Ainda sobre a relargada, Vandoorne também na primeira curva acaba deixando Pérez colcoar o carro por dentro, sem espaço, o piloto da Mclaren que estava na zona de pontos acaba ficando encaixotado e para o carro para não bater no muro. Sem ré, no carro de F1, o piloto acaba abandonando a corrida e jogando fora uma das suas melhores corridas.

Na volta 72, Pérez abalrroa o carro de Kvyat que estava a frente, os danos no carro da Toro Rosso o fazem abandonar a prova. Pérez errou, e errou feioao tentar a ultrapassagem anquele ponto. O maior beneficiado com as saídas de Vandoorne, Kvyat e a perda de rendimento de Pérez foi Felipe Massa, que capitalizou as três posições e pulou para nono. 

Faltando cinco voltas para o final, Lance Stroll, que milagrosamente não havia batido, abandona a prova. A única emoção real da corrida nesse fim é a perseguição de Hamilton a Sainz. Percebendo que sainz estava bem na fim da prova a própria equipe Mercedes pede a Lewis que só leve o carro até o fim para não correr riscos.

Sebastian Vettel após as 78 voltas cruza a linha de chegada em primeiro, seguido por Raikkonen e Ricciardo. A Ferrari consegue uma proeza com a dobradinha e quebra um jejum pois desde 2001, com Michael Schumacher, a equipe não vencia no Principado. Entre os pilotos na ativa Sebastian empata com Hamilton e Alonso, todos venceram duas vezes na carreira. O recorde absoluta ainda pertence a Senna com seis triunfos em Mônaco.

Toda a alegria de Vettel que faz a Ferrari retomar os bons tempos


O resultado para a Ferrari foi extremamente importante pois assim Vettel abre mais de vinte pontos de frente para Hamilton. Em um campeonato tão apertado, essa vantagem pode ser decisiva no fim da temporada.

O próximo Grande Prêmio será na Áustria dia 11 de Junho, no circuito da Red Bull em Spielberg. 

Abaixo a pontuação dada aos pilotos pela sua atuação na prova.

1o. Vettel - 9,0
Não obteve a pole mas foi constante na corrida e conseguiu na pista, com as chamadas flying laps (voltas voadoras) obter a ponta da corrida.


2o. Raikkonen - 9,0
Fez a pole e uma primeira parte da corrida muito boa, parece ter desanimado ao perder a ponta da corrida mas chegou em uma excelente segunda posição. Será a volta do Iceman (Homem de Gelo)?


3o. Ricciardo - 8,5
Um dos destaques da corrida. Não passou por Verstappen na largada mas na estratégia, exatamente como Vettel, fez as suas voltas rápidas antes da parada e conseguiu não só passar Verstappen mas também Bottas.

4o. Bottas - 7,0
Era a esperança da Mercedes para conseguir uma vitória ou pelo menos um pódio, infelizmente fracassou. Apesar de ter vencido esse ano em Sochi o piloto está muito inconstante.

5o. Verstappen - 8,0
Largou em quarto, se manteve em quarto, segurou bem a pressão de Ricciardo no início da prova. Arriscou parando mais cedo nos boxes mas acabou em quinto. Não podemos culpar Max por tentar, mas talvez a estratégia que se mostrou equívocada talvez, tivesse dado certo se Bottas não parasse na volta seguinte da dele. 

6o. Sainz Jr. - 8,0
Resultado excelente para Sainz Jr. e a Toro Rosso. O piloto conseguiu colocar no bolso Kvyat e quem sabe pode ser uma boa aposta para a Red Bull no futuro próximo.

7o. Hamilton - 6,0
Largou em décimo terceiro em parte por culpa própria. Em Mônaco por melhor que seja o carro a ultrapassagem é complicada, ainda assim conseguiu uma sétima posição e diminuiu o prejuízo do campeonato.

8o. Grosjean - 7,5
Estava devendo uma boa atuação mas conseguiu encontrar seu bom ritmo justamente em Mônaco e pontuou relativamente bem.  

9o. Massa - 7,0
Assim como Hamilton, Massa largou atrás em parte por culpa própria, soube se recuperar bem capitalizando sobre os erros de Vandoorne, Pérez e o abandono de Kvyat.

10o. Magnussen - 6,0
Pontuar com a Renault é um feito, ainda mais quando estava na relargada apenas em décimo terceiro. Não é um grande piloto mas coloca Palmer no bolso. A Renault para crescer precisa de bons pilotos.


É isso galera, ainda hoje teremos a Indy 500 e o post sobre a corrida americana sairá amanhã no mais tardar. Até lá.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

AQUECIMENTO PARA A INDY 500.

A famosa 500 Milhas de Indianápolis ocorrerá nesse fim de semana pela 51o. vez na história. Enumerar os atributos das provas ali realizadas é impossível pois dezenas de corridas viriam à memória, tornando a missão impossível, porém nesse post vamos destacar dez acontecimentos marcantes, nessa que é a corrida mais importante e tradicional do automobilismo norte-americano. Considerem esse post um Warm-up (aquecimento) dessa etapa de 2017.


10o. A maldição dos Andretti
Três gerações da família Andretti correram na tradicional prova, porém apesar da equipe que leva o nome da família ter vencido a corrida, nenhum membro da família conseguiu realizar o feito. Talvez, os momentos mais dramáticos dessa maldição ocorreram com Michael Andretti, que chegou muito perto, por mais de uma vez (1991 e 1992), mas não conseguiu realizar o intento.


9o. O mico de Roberto Guerrero
Correr em Indianápolis é um privilégio para poucos, marcar a pole position então é apenas para um seleto grupo dentro desse microverso. O colombiano  Roberto Guerrero, em 1992, conseguiu realizar o feito porém conseguiu colocar tudo a perder na volta de apresentação, ao rodar o carro e bater forte no muro interno. A prova para o colombiano pole position terminou antes de começar.



8o. Na última curva
O falecido piloto Dan Wheldon, venceu por duas vezes (2005 e 211) a corrida milionária, o piloto apelidado de Lucky Man (algo como "homem sortudo") no segundo triunfo, que também seria a sua última vitória na categoria, contou com um erro bizarro do jovem piloto J.R.Hildebrand. O jovem novato Hildebrand liderava confortavelmente a corrida mas na última curva, da última volta, conseguiu a façanha de perder o controle do carro ao ultrapassar um retartatário e bateu no muro. J.R completou a prova, mas ficou atrás de Wheldon que ganhou de presente a vitória.


Dan Wheldon vencendo e o batido J.R. Hildebrand (batido) chegando em segundo.



7o. Santa amarela Hélio
Hélio Castroneves está em um seleto grupo que venceu três ou mais vezes a tradicional corrida, porém nenhuma das vitórias foi mais difícil, dramática ou controversa do que a de 2002. Hélio liderava a corrida mas no início da última volta Paul Tracy colocou seu carro do lado do de Hélio, o canadense viria a superar o brasileiro mais a frente porém nesse momento a bandeira amrela foi acionada devido a um acidente entre Lauerent Reudon e Buddy Lazier. Paul passou Hélio na pista, mas não levou, no momento da ultrapassagem o ponto de aferição marcou o brasileiro a frente, portanto como não pode se ultrapassar em bandeira amarela, Hélio foi declarado vencedor. Na época foi comentado, inclusive, que a decisão foi a política, uma vez que a equipe Green (uma equipe da CART) se inscrevera apenas para a Indy 500, e não era interesse que a IRL, desse a vitória a uma equipe da categoria rival.

Hélio (vermelho e branco) estava a frente ou atrás de Paul Tracy (verde e branco)?



6o. A primeira do Brasil
Emerson Fittipaldi, bi-campeão da F1, foi responsável por abrir portas para os brasileiros na Europa, mas talvez a sua maior contribuição tenha sido justamente em investir nos EUA, mais precisamente na Indy. Em 1989, o brasileiro conseguiu levar seu país a glória ao vencer a prova, mas não sem drama e emoção. Após a relargada na volta 186, Al Unser Jr. com menos combustível, veio mais rápido e assumiu a liderança, Emerson que estava particulamente aguerrido no dia foi implacável na perseguição nas cinco voltas finais. Quando Al Unser Jr se deparou com tráfego na penúltima volta e teve de diminuir o ritmo devido ao combustível Emerson não exitou, colocou por dentro e ultrapassou. Não se dando por vencido, Al ainda tentou fechar Emerson, os dois se tocaram mas Unser Jr levou a pior e bateu no muro. Emerson venceu a prova e abriu caminho para o  seu título e da invasão brasileira na Indy nos anos seguintes.


Emerson (branco e vermelho) lado a lado com Al Unser Jr. (azul escuro e branco)

Após o toque, Al Jr roda e bate forte no muro, Emerson segue e vence a prova.



5o. De último para ...segundo?
A corrida de 1992 reservou diversas supresas, reviravoltas e qause terminou como uma história digna de Cinderela. Tudo começou com a classificação para a prova. A equipe Walker teve problemas com a atualização de seu carro, resolveram então colocar o carro mais novo para o piloto Mike Groff e o canadense Scott Goodyear se classificaria com o modelo de 1991. Porém devido a problemas mecânicos, Goodyear não se classificou para a prova mesmo sendo o piloto experiente enquanto que o jovem americano Mike Groff se classificou. Com uma situação complicada nas mãos a equipe Walker decidiu substituir os pilotos para a corrida e assim Goodyear foi para a corrida. Com a troca efetuada o piloto largaria na 33o. e última posição do grid. Na volta de aquecimento dessa prova já mencionamos a batida do pole position Roberto Guerrero. A corrida foi uma das mais acidentadas da história, poucos carros chegaram ilesos a parte final da prova. Michael Andretti dominava a prova de maneira categórica, sem ser ameaçado, até o giro 189, quando uma bomba de óleo o fez sair da prova. Al Unser Jr se estabeleceu na ponta após a última bandeira amarela. Nas últimas sete voltas da corrida Al Unser Jr e Scott Goodyear fizeram do final da prova algo épico, no fim por menos de meio segundo de diferença, Al Unser Jr. cruzou a linha de tijolos em primeiro.   



O final eletrizando, de uma corrida épica.


4o. Sem leite no pódio
Emerson Fittipaldi contrariou os EUA em 1993 tanto na corrida como no pós corrida. O piloto da Penske teve naquele ano um piloto de extremo nível técnico e com um carro vencedor, Nigel Mansell, como rival direto pelo título. Na prova da Indy 500, o brasileiro teve diversos problemas no Pole Day e não tinha grandes expectativas para a prova. Tudo mudou na corrida, Emmo, estava em par de igualdade contra Mário Andretti, Mansell, Al Unser Jr e a surpresa do dia Arie Luyendyk. Mansell merce uma capítulo a parte, o inglês, chamado de Leão, era o atual campeão da F1 e já na terceira prova na Indy, era o líder do campeonato. Sua primeira corrida em ovais se deu justamente em Indianápolis e teve chances reais de vencer, liderava com folga a corrida até uma bandeira amarela já no fim da corrida. Emerson relargou de maneira impecável, superou Mansell, assumiu a liderança pela primeira vez na corrida e simplesmente desapareceu na frente, mostrando um ritmo alucinante e inesperado. Luyendyk aproveitou a carona e passou Mansell, e sem querer, serviu de escudeiro para Emmo. Já nas cinco voltas finais outra amarela apareceu mas Emerson relargou perfeitamente novamente e venceu pela segunda vez na Indy 500. A corrida ainda ficou marcado pelo pódio. Emerson se recusou a tomar o tradicioanl leite de Indiana, e prefereiu tomar suco de laranja, quebrando o protocolo. As críticas aumentaram nos dias seguintes pois foi clara a intenção de Emerson de promover a sua empresa de sucos. Ninguém é perfeito, nem os ídolos.


A quebra da tradição gerou enormes críticas a Emerson.
3o. O doce tirado da boca da criança
Em 2006, uma das maiores crueldades da história ocorreu na reta final da Indy 500. O jovem piloto Marco Andretti, com então 19 anos, corria na prova mais importante de sua vida, para isso contou até com a ajuda de seu pai, Michael Andretti, que correria para ajudar o filho e para fazerem um bom trabalho com o acerto do carro. No pit lane estava Mario Andretti, o avô, campeão da Indy e a da F1, dando instruções e fazendo as estratégias. Tudo isso para quebrar a maldição dos Andretti, que haviam batido na trave por algumas vezes, especialmente Michael. Marco fazia uma excelente prova, muito seguro, mesmo que pilotos como Dan Wheldon e Scott Dixon estivem mais rápidos, o garoto se mantinha no páreo. A nove voltas para o final, a pai e filho estavam em primeiro e segundo lugares, mas pilotos como Franchitti, Kanaan e Sam Hornish Jr. vinham logo atrás com um bom ritmo de prova. A quatro voltas do fim a bandeira verde é acionada, Hornish como um alucinado pula de quinto para terceiro. Faltando três voltas, Marco passa seu pai e assume a ponta, na mesma volta, apesar do esforço de proteger o filho, Michael é superado por Hornish. As duas voltas finais são de uma perseguição implacável, na reta oposta da última volta Hornish apanha o vácuo mas de maneira inteligente só executa a ultrapassagem na última curva, com mais velocidade o piloto da Penske vence e frusta mais uma vez os Andretti.
A vitória de Hornish foi quase trágica para os Andretti.
2o. As lendas da Brickyard
A.J. Foyt, Al Unser Sênior e Rick Mears venceram por quatro vezes a corrida mais importante dos EUA, Cada um desses pilotos representa uma parte importante da Indy 500 e do automobilismo norte-americano. AJ Foyt é uma lenda viva do automobilismo, além dos triunfos em Indianápolis (1961,1964, 1967 e 1977) o piloto ganhou na Nascar as 500 Milhas de Daytona (1972) e além disso venceu provas de endurance tradicionais como as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring. Em 1967, o americano A.J. Foyt venceu a Indy 500 e duas semanas depois venceu a famosa 24 Horas de Le Mans.

Foyt, uma lenda do automobilismo mundial.

Al Unser vem de uma família acostumada a vencer a Indy 500, seu filho venceu duas vezes, seu irmão mais velho venceu três, e ele realizou o feito por quatro vezes (1970, 1971, 1978 e 1987). Além disso, é o único piloto a conquistar a chamada Tríplice Coroa da Indy (venceu a Indy 500, a Pocono 500 e a Califórnia 500)

Al Unser comemorando sua vitória na Indy 500 de 1970, uma lenda dos ovais.


Rick Mears dos pilotos acima citados é o único que venceu em três décadas diferentes as corridas de Indianápolis, Mears triunfou em 1979, 1984, 1988 e 1991, com diferentes tecnologias no carro, além disso detém o recorde absoluto de seis pole position no mítico circuito. Se não bastasse, Rick Mears conquistou três títulos da Indy, se aposentando em 1992 como uma das maiores lendas do automobilismo americano.

Rick Mears e o seu famoso "submarino amarelo", uma das maiores lendas da Indy.



1o. Tributo vivo.
Em 1986 Bobby Ray Rahal venceu a sua primeira e única corrida na Indy 500. Seu triunfo foi um dos momentos mais bonitos da história do automobilismo. Um ano antes, o dono da equipe Truesports, Jim Trueman foi diagnosticado com câncer. A doença debilitava visivelmente sua saúde e sua mente. Em um esforço herculeo, Jim foi assistir a corrida, que era seputagésima disputada no mítico circuito. Rahal, sempre muito agressivo conseguiu a duas voltas do fim ultrapassar Kevin Cogan e partiu para a vitória.  Jim Trueman foi ao Victory Lane comemorar com Rahal, inclusive compartilhou com seu piloto a famosa garrafa de leite. Infelizmente, apenas duas semanas depois Jim faleceu, com apenas 52 anos, mas com certeza realizado.


Rahal (ao centro) e Trueman (a esquerda) momentos antes da corrida.

O carro vencedor de Rahal na Indy de 1986.

Muitos outros feitos poderiam ter sido mencionados nesse post, talvez tenha faltado falar de Alexander Rossi, ou de Montoya, do Tony Kanaan ou do triunfo de Gil de Ferran mas quem sabe ano que vem podemos fazer uma parte dois desses momentos marcantes da mais disputada corrida do mundo.  


domingo, 21 de maio de 2017

O DESAFIO DE ALONSO

     O que faz um piloto abandonar uma prova da maior categoria do automobilismo mundial, e não uma etapa qualquer, estamos falando de Mônaco, para disputar uma única prova em outra categoria? Loucura? Promessa? Descontentamento? Para Fernando Alonso, bicampeão mundial de F1 essa troca se chama aventura. 
     
    Muitos criticaram a decisão de Alonso em disputar a Indy 500, a mais famosa prova de corrida dos EUA, porém poucos entenderam as razões de Alonso para realizar tal feito, além disso, o piloto não é o primeiro, e provavelmente, não será o último a realizar a fazer tal escolha. Abaixo vamos listar os fatores que justificam a decisão de Alonso.


A QUANTO TEMPO NÃO VEMOS ALONSO SORRIR ASSIM?


     Indianápolis: tradição no automobilismo.
     O circuito de Indianápolis, chamado de Brickyard pelos americanos, existe desde 1909, as corridas ali disputadas eram consideradas, pelo menos para os americanos, a prova de corrida mais importante dos EUA. O circuito já fez parte do calendário oficial da F1 na década de 1950, apesar de poucos pilotos europeus se aventurarem devido as especificidades do carros utilizados na pista.

     Vários pilotos de F1 já correram na prova.
     De Alberto Ascari na década de 1950 até Alonso recentemente, vários pilotos da F1 já disputaram a corrida em Indianápolis. Jack Brabham, Graham Hill, Jackie Stewart, Graham Hill, Jim Clark, Jochen Rindt e Mário Andretti fizeram a escolha de competir na tradicional etapa americana, e alguns lograram êxito. Além desses pilotos que competiram na Indy 500, outros ex pilotos da F1, já se aventuraram em terras americanas, tais como Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Nigel Mansell e Rubens Barrichello. Todos, em maior ou menor grau, fizeram boas apresentações.


EM 1993 MANSELL VENCEU A INDY 500, UM ANO APÓS O TÍTULO DA F1.


     A Mclaren e a parceira Andretti tem tradição na corrida.
    A Mclaren já venceu as 500 Milhas de Indianápolis nos anos de 1974 3 1976, com o piloto Johnny Rutherford. A equipe fez uma parceria técnica com a Offenhauser e conseguiu realizar o intento. A Andretti, tradicional equipe da Fórmula Indy, em parceria com Brian Herta venceu a corrida ano passado com o piloto Alexander Rossi. Rossi inclusive é um dos companheiros de equipe de Alonso nessa etapa. Apesar de nenhum piloto da família Andretti ter vencido a prova (Mário, Michael e Marco) a equipe a venceu outras duas vezes com o falecido Dan Wheldon e com Ryan Hunter Reay.

     
A MCLAREN DE RUTHERFORD TEM HISTÓRIA NA INDY 500.


     O circuito favorece a transição entre F1 e Indy.
     Os ovais tendem a terem fortes inclinações e consequentemente acertos muito específicos para que o piloto possa pilotar em máxima velocidade, em qualquer linha que se sinta confortável, seja por fora ou por dentro da pista. Já em Indianápolis a inclinação é pequena, apenas de 9 graus, fazendo com que o acerto seja para uma única linha. Apesar das velocidades absurdas no circuito, em termos de dificuldade a pista oferece um desafio um menor do que outros ovais.

     A Honda corre nas duas categorias.
     A fornecedora de motores da Mclaren na F1 é a Honda, a montadora também está presente na Indy e é a atual vencedora da Indy 500. Esse desafio de Alonso só foi possível pois a Honda pode consturar o acordo entre a Mclaren e Andretti, além disso, o nome Fernando Alonso é um atrativo para categoria sem nehuma dúvida.

     A frustração de Alonso na F1 atual.
    O piloto está nutrindo um ressentimento consigo mesmo e com a equipe por causa dos resultados pífios, imagine-se como alguém capaz de ser campeão, considerado por muitos como o melhor piloto do grid e está correndo sempre no meio do pelotão para trás, ou pior, nem completando as corridas pois o carro não tem confiabilidade. A situação de Alonso atualmente na F1 é essa, sem esperaça de bons resultados, prefere se aventurar na América e quem sabe, conquistar a Tríplice Coroa (vencer Mônaco, a Indy 500 e as 24 de Le Mans), feito esse só realizado por Graham Hill. 


GRAHAM HILL, O ÚNICO PILOTO A VENCER AS PRINCIPAIS PROVAS DO MUNDO.


     No próximo domingo (28), o mundo vai saber do que Fernado Alonso é realmente capaz, seu quinto lugar na classificação retrata todo seu talento e capacidade como piloto. O piloto Hélio Castroneves, em entrevista a TV Bandeirantes, diz que se surpreendeu, e muito com o desempenho do piloto espanhol e em suas palavras "esperava que ele sofresse mais para se adaptar". A expectativa, independentemente do resultado de Alonso, é que a corrida seja emocionante, mais uma vez, aliás pela 101o. vez.

     Na segunda feira o blog irá fazer um resumo da corrida, em especial a participação de Alonso e dos brasileiros, e no domingo, dia da corrida teremos o post sobre Mônaco até o meio dia. Até lá.

domingo, 14 de maio de 2017

HAMILTON PRESENTEIA SUA MAMÃE


O fantástico circo da F1 desembarca em Montmeló, para disputarem o Grande Prêmio da Espanha. O circuito é muito conhecido por todos os pilotos e equipes por se tratar de uma pista que faz parte dos testes de pré-temporada. O traçado apesar da longa reta que possui na linha de chegada/largada não oferece muitos pontos de ultrapassagem. A corrida geralmente mostra, sem surpresas, a condição de força real das equipes. Entre algumas corridas marcantes no circuito estão a de 1991, com a lendária disputa entre Senna e Mansell na reta principal e a vitória (a única) de Pastor Maldonado em 2012 pela Williams.

A LENDÁRIA DISPUTA ENTRE MANSELL E SENNA.


O fim de semana da corrida desse ano começa com o domínio da Mercedes, com ligeira vantagem em comparação com a Ferrari. A Mclaren de Alonso já no primeiro treino o deixa na mão e ele fica frustrado e irritado.
Nos treinos classificatórios as duas equipes dominam e levam a disputa até a última tentativa de volta rápida. Hamilton consegue a pole position com meio décimo de vantagem para Vettel, um pouco mais atrás Bottas e Raikkonen. Como terceira força a Red Bull se coloca na terceira fila com Verstappen e Ricciardo. A grande surpresa foi a mágica feita por Fernando Alonso, talvez realizando um dos maiores feitos de sua carreira, conseguindo um sétimo lugar com a carroça que é a Mclaren. Para se ter idéia, Vandoorne, companheiro de Alonso ficou eliminado no Q3. O brasileiro Felipe Massa fecha o dia na nona posição. O outro piloto espanhol, que surpreendeu com a grande torcida no autódromo foi Carlos Sainz, da Toro Rosso, apesar da torcida ficou apenas na décima segunda posição.


ALONSO FEZ UM TREINO MEMORÁVEL.

Na largada, Vettel avança bem para a primeira posição e tem de se preocupar com o Bottas na realidade, porém o finlândes fica encaixotado pelas Ferrari pois Raikkonen se coloca a seu lado também. Hamilton de maneira conservadora aceita a perda da posição e se preocupa apenas em ficar em segundo. Na freada da grande reta, Bottas toca em Raikkonen e o mesmo acaba se chocando com Verstappen, para o ferrarista a corrida termina com uma quebra de suspensão, Verstappen acaba ficando para trás, Já na segunda perna da curva, Massa e Alonso se tocam, ao invés de ambos ganharem posições e garantirem um bom resultado, com o toque, Alonso vai para a brita e volta em décimo primeiro, Felipe com a asa danificada tem de ir aos boxes. 
A corrida se desenrola sem muitas emoções, exceto pelo embate entre Magnussen e Sainz pela décima posição. Os dois brigam até dentro dos boxes pela posição.

Na volta 15, Sebastian Vettel para nos pits, o piloto da Ferrari tinha um pouco mais de dois segundos de vantagem para Hamilton. O inglês fica na pista e aperta seu ritmo para tentar na estratégia ganhar a posição de Vettel.
No giro 18, Alonso e Kvyat fazem um pega muito bonito pela décima quarta posição. Vettel se aproveita dos pneus mais novos e começa a perseguição a Lewis. Claramente a Mercedes exibe uma estratégia diferente para tentar superar a Ferrari.
Na passagem 22 acontece a parada de Hamilton e ele coloca pneus médios, ou seja, uma estratégia clara de duas paradas. Para sorte de Hamilton é nesse mesmo momento em que Vettel chega em Bottas.
O embate entre Bottas e Vettel dura quatro voltas, o finlândes claramente ficou na pista para fazer com que Vettel perdesse tempo. Na primeira tentativa Bottas fica a asa móvel funcionado por conta de um retartatário. Na segunda tentativa, Vettel força um pouco para cima de Bottas mas o piloto da Mercedes dá o lado de fora, e como diz o ditado "por fora nem a mãe". No terceiro intento, Vettel que não estava muito próximo apenas prepara o terreno para a quarta tentativa, Bottas ja travando pneus nos setores com mais curvas tenta bravamente resistir a Vettel. Na reta principal, com direito a "x" na reta, Vettel passa Bottas e assume a ponta. É importante ressaltar que a diferença entre Vettel e Hamilton que era de mais de sete segundos caiu drasticamente para três.

A ULTRAPASSAGEM DE VETTEL: UM DOS GRANDES MOMENTOS DA CORRIDA

Com pista limpa, Vettel começa a abrir vantagem para Lewis mas é interrompido quando Massa e Vandoorne se tocam na pista, com o a quebra da suspensão do carro da Mclaren o safety car virtual é acionado.
Na volta 37 o safety car virtual é desligado mas Hamilton se aproveita e entra nos pits e coloca o pneus macios, Vettel dá a resposta na volta seguinte e entra nos pits, quando volta os dois ficam lado a lado na saída de box e chegam a se tocar, Vettel com muito arrojo se mantém na ponta. Vettel, com pneus médio tem de se manter a frente de Hamilton a todo custo.
Na passagem 42, Valtteri Bottas abanadona, possivelmente com problemas de motor.


O ABANDONO DE BOTTAS.


Na volta 44 o momento chave da corrida acontece, com pneus mais macios, Hamilton passa Vettel e assume a ponta da corrida. Duas observações sobre a Ferrari: a equipe poderia na segunda parada ter colocado pneus médios pois já estava a frente, mas não colocou mas o erro mais grave foi ter dado duas voltas com safety car virtual e deixado para fazer a parada na volta seguinte em que o safety car virtual foi desligado. Se a Ferrari tivesse parado ali teria voltado em segundo mas com pneus mais novos e obrigaria a Mercedes a parar também e voltar a cinco, seis segundos de distância. A Mercedes não se acomoda e consegue mais uma vitória, em uma temporada equiibrada isso pode ser motivo de definição de campeonato.
Hamilton cruza em primeiro e festeja demais, o piloto sabe que a vitória após a largada seri muito complicada mas o fez, com muito talento. Vettel cruza em segundo e todo seu esforço só serve para se manter a frente no campeonato. Ricciardo, muito longe, mais de um minuto atrás cruza em terceiro e fecha o pódio.

A SUPER COMEMORAÇÃO DE LEWIS.


A próxima corrida será em quinze dias, no Principado de Mônaco, a corrida que não contará coma  presença de Fernando Alonso, que disputará as 500 Milhas de Indianápolis.

Abaixo as notas dadas aos pilotos que pontuaram.

1o. Hamilton - 9,0
Fez a pole position, largou mal mas teve cabeça para dar 29 voltas com pneus macios e conquistar a vitória.

2o. Vettel - 9,0
Não fez a pole, mas pulou a frente e fez uma grande ultrapassagem em Bottas mas perdeu a corrida na estratégia, aliás a ausência dela, só foi possível a Lewis fazer 29 voltas com pneus macios pois não estava sendo ameaçado para forçar o ritmo. Pelo menos a regularidade o mantém na ponta da tabela.

3o. Ricciardo - 7,5
Estava na corrida? Só apareceu no pódio, por conta da saída de Verstappen e Raikkonen o piloto da Red Bull correu absolutamente sozinho, ou muito atrás ou muito a frente dos outros.

4o. Pérez - 8,0
Soube capitalizar um resultado espetacular com muito talento e um pouco de sorte. A Force India se mostra como a melhor das menores e capaz de pontuar constantemente.

5o. Ocon - 7,0
O resultado foi excelente, só não foi melhor pois seu companheiro de equipe estava a sua frente, mesmo assim Ocon vai surpreendendo.

6o. Hulkenberg - 7,5
O incrível Hulk esse ano vai correndo como nunca e leva a Renault a um excelente sexto lugar.

7o. Sainz - 7,0
Correr em casa é um pressão extra mas que pode resultar em um estímulo para qualquer piloto se superar. Alonso provou isso no treino de ontem e Sainz na corrida de hoje garantiu o sorriso da torcida espanhola.

8o. Wherlein - 8,0
Quem antes da corrida em sã consciência diria que a Sauber pontuaria, e bem, nessa corrida? Wherlein mostra muita força esse ano, mais um alemão com pinta de futuro campeão. Um nota apenas: se ano passado Ericsson deu chilique pois a equipe só pontuou com Nasr, hoje ele deve estar como?

9o. Kvyat - 6,0
Foi combativo na corrida mas não fez nada além do que poderia.

10o.Grosjean - 6,0
O resultado em si não foi ruim, mas se considerar que após a largada o piloto estava mais a frente era de se esperar um resultado um pouco melhor.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

TEMPLOS SAGRADOS DO AUTOMOBILISMO - LONG BEACH


     A já consagrada série de posts sobre Templos Sagrados da Fórmula 1 regressa ao Novo Mundo, mais precisamente aos EUA para falar de circuitos que se consagraram na memória dos fãs da categoria, mas em particular esse post vai retratar de uma característica muito particular que houve nos EUA, com as corridas em circuitos de rua.
    O post vai focar no principal desses circuitos e o mais conhecido, o charmoso traçado de Long Beach, mas também fará menção aos traçados criados em Detroit e Phoenix.
   A F1  começou a correr nos EUA em 1959 no tradicional circuito de Sebring, antes disso, as provas da Indy 500 apesar de contabilizadas para a F1, não eram disputadas por pilotos europeus. Em 1976 a categoria máxima do automobilismo resolveu disputar duas etapas do campeonato em território norte americano, enquanto que a corrida de Watkins Glen era chamada de Grande Prêmio do Leste dos EUA, a corrida de Long Beach, feita na Califórnia ficou conhecida como Grande Prêmio do Oeste. Essa etapa com um traçado estreito e desafiador de 3.201 metros reunia charme e beleza por se tratar de uma região litorânea próxima a Los Angeles, o porto de Long Beach para se ter idéia é um dos mais agitados do mundo, movimentando milhões de doláres, fora a proximidade com Hollwood.

A multidão lotando o circuito.

     Em 1976 a primeira vitória nesse mítico traçado foi conquistada pelo suíço Clay Regazzoni, que pilotava uma Ferrari. No ano seguinte o ítalo americano Mario Andretti teve o privilégio de vencer no traçado a bordo de seu Lotus-Ford. É importante ressaltar que a vitória de um carro motorizado pela Ford em solo americano contribuiu e muito para o sucesso e manutenção da etapa no calendário da categoria.
     Nos anos de 1978 e 1979  a Ferrari dominou as corridas, no GP de 78 o vencedor foi o argentino Carlos Reutemann e em 79 Gilles Villeneuve.
     Em 1980 foi a vez do Brasil subir no degrau mais alto do pódio com a vitória de Nelson Piquet, pilotando a sua Brabham Ford. O piloto brasileiro porém estava muito bem acompanhado, de um lado em segundo lugar estava Riccardo Patrese com a Arrows mas do outro, no terceiro posto estava outro brasileiro, Emerson Fittipaldi. E mais ainda, Emerson pilotava o seu Copersucar, uma equipe genuinamente brasileira no pódio da categoria máxima do automobilismo, Infelizmente esse foi um dos poucos momentos de glória da equipe que um dia merecerá um post à parte, quem sabe um série sobre Equipes Esquecidas da F1?

Piquet (ao centro) comemorando com Emerson (à direita) e Patrese ( à esquerda).

      Recentemente, em 2015, Nelsinho Piquet, que viria a se tornar campeão da Fórmula-E, venceu no traçado de Long Beach, na mesma semana em que o triunfo de seu pai completava 35 anos. A comemoração na família e a felicidade de Nelson, o pai, foi emocionante.

Nelsinho Piquet se consagrando na mesma pista do que o pai.


       Em 1981, Alan Jones com a sua Williams, consegue vencer a etapa. Nos anos seguintes é a vez da Mclaren se sagrar vencedora com as vitória de Lauda e 1982 e John Watson em 1983. Em todos os anos apenas motores Ferrari e Ford venceram no traçado de Long Beach.
      Tudo ia de vento em polpa para a F1 e Long Beach, porém com o aumento expressivo de valores para sediar a etapa, a organização do GP rompe com Bernie Ecclestone, que em momento algum se esforça para chegarem a um acordo financeiro justo para ambos os lados. Apesar do sucesso da dobradinha F1 e Long Beach, a corrida no circuito de rua é cancelada.
Bernie em uma ação desesperada, um verdadeiro "tapa buraco", ajuda a realizar as corridas de 1984 e 1985 no circuito de Dallas no Texas, porém era o fim do GP Oeste dos EUA.
      O evento de 1984 em Dallas para sorte de Bernie e dos organizadores foi épico apesar do público abaixo das 90 mil pessoas, a corrida até hoje é considerada uma das queridas dos fã da velocidade de todos os tempos. A vitória ficou a cargo de Keke Rosberg, a única dele no ano de seu único título na F1, porém a construção da vitória foi um trilher emocionante, com reviravoltas espetaculares. A corrida merece um post aparte, mas para encurtar e rememorar os fãs basta dizer que foi aquela em que Mansell com problemas na caixa de marcha tem de sair de seu monoposto quando estava em quarto e empurra seu carro debaixo de um calor tremendo para completar a corrida em sexto. Mansell desmaia após o feito, o esforço foi excessivo para o Leão.

O esforço hercúleo de Mansell valeu um ponto.

       Em 1985 a corrida continuou sem o apelo necessário junto ao público e Bernie Ecclestone resolveu encerrar a parceria com Dallas e fortalecer o GP de Detroit. O grande intento de Bernie era fazer com que a F1 corresse em Nova Iorque, porém não conseguiu o apoio necessário. Se 1982 a F1 tinha pela primeira vez em um país como sede de três etapas do calendário (Long Beach, Watkins Glen e Las Vegas), o cenário muda completamente em poucos anos e 1989 a única pista a ser utilizada é a de Phoenix que duraria apenas três anos.

O cenário de Las Vegas apesar de belo não conquistou pilotos, equipes e patrocinadores.

       Detroit e Phoenix não prosperaram como deveriam, em Detroit foram sete Grande Prêmios, com direito a quatro vitórias brasileiras, três com Senna, na sequência dos anos de 1986, 87 e 88 e uma com Piquet em 84. A segunda tentativa da F1 em realizar uma prova em circuito de rua com prestígio e glamour foi em Phoenix, As três corridas realizadas foram dominadas por uma única equipe, a Mclaren, e Senna venceu duas vezes, a mais importante dessas vitórias foi a do ano de 1990, um pega eletrizante entre Senna e Alesi, então na Tyrrel, pela vitória ficou nos anais da categoria. Alesi saiu daquela prova como promessa de futuro campeão, pena que não se concretizou. Essa corrida também é considerada por muitos fãs da categoria como a melhor já disputada em solo americano, pendendo para o lado dos brasileiros é ainda mais compreensível devido ao envolvimento de Senna como protagonista, mas também em termos de disputa pela vitória, o famoso "roda a roda" , a corrida foi marcante.

        No pequeno vídeo abaixo alguns highlights da corrida com narração em inglês mas é bacana ver as imagens da corrida, da batida de Bergher, passando pela rodada de Mansell até chegar o Davi contra Golias de Senna e Alesi.




     Apesar de todas essas corridas nenhuma pista se firmou como Long Beach e a categoria, depois disso,passaria mais de uma década fora de competir em solo americano. A F1 perdeu mais do que uma pista, perdeu a sua principal referência nos EUA, permitindo o crescimento da Indy como concorrente da categoria.

      E quanto a Long Beach, como ficou o circuito sem a F1? Bem é inegável que o prestigío da pista contribuiu e muito para o crescimento da Fórmula Indy na América. A corrida foi de maneira ininterrupta disputada de 1984 até os dias de hoje, mesmo com a mudança e cissão da categoria em CART e Indy (até a recente fusão), as provas não deixaram de ser disputadas nesse tradicional palco do automobilismo, que nesse ponto, já pode alegar ter uma relevância até maior para a história da Indy do que para a F1. É muito mais fácil associar Al Unser Jr. ou Sebastian Bourdais como mestres das pista do que Nelson Piquet e Mario Andretti por exemplo. De todas as pistas da série até o momento, foi a única que se manteve intacta em prestígio. mesmo perdendo a F1.

A beleza de Long Beach cativa o público e a Indy
      Recentemente foi publicado em matéria no Uol Esporte que a prefeitura de Long Beach quer trazer a F1 para lá novamente e faz sérios planos para isso. Um estudo detalhado mostra que apesar do menor custo da Indy, o retorno financeiro também é menor, o que estimula a prefeitura a investir nessa empreitada. Com a entrada do grupo Liberty Media na F1 a possibilidade do GP voltar a F1 é real mas parece precoce dizer o quando. Mas se voltar, Long Beach agregará, e muito, para o crescimento da F1 na América.


Link da matéria do UOL sobre o possível retorno de Long Beach à F1:
https://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2017/04/25/long-beach-pode-deixar-a-indy-e-voltar-a-receber-etapa-da-formula-1.htm

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