domingo, 30 de abril de 2017

A PRIMEIRA VEZ DE BOTTAS.


     O fabuloso circo da Fórmula 1 desembarca na belíssima Sochi, na Rússia para a quarta etapa do campeonato. O fim de semana começa com uma pequena polêmica: a Mercedes estaria segundo algumas equipes estaria usando seu óleo de motor para criar combustão e andar mais rápido, o que não seria permitido pelo regulamento. O fato é que no treinos livres a Mercedes destoou do normal e foi dominada pela Ferrari.

     Já na qualifcação houve uma batalha duríssima pela pole position no Q3. Na primeira tentativa Raikkonen fez a pole provisório, mostrando que estava andando bem melhor do que nas últimas etapas. Na segunda tentativa  a intensa batalha continuou, Vettel assumiu a posição de honra, seguido pelo seu companheiro de equipe, Bottas fez exatamente o mesmo tempo do que Raikkonen, ficando ambos a apenas 0,057 centésimos de Vettel, como o Raikkonen fez o tempo primeiro ele ficou em terceiro. A decepeção foi Hamilton, que ficou a mais de meio segundo atrás da pole e ficou em quarto. O brasileiro Felipe Massa consegue um bom sexto lugar e fica entre as Red Bull de Ricciardo e Verstappen.


O calvário de Alonso não tem fim na Mclaren.

      A corrida começa tumultuada, já na volta de apresentação, Fernando Alonso se desesperada com seu carro e antes chegar ao grid o carro para com problemas. Um desastre o ano para o espanhol e para a Mclaren. Os pilotos por conta disso fazem uma nova volta de apresentação mas desconta-se uma volta da corrida. Na largada, Bottas traciona melhor e consegue no fim da reta assume a ponta da corrida, Vettel se contenta em segundo, Raikkonen e Hamilton brigam lado a lado até a freada mas o finlandês prevalece. Mais atrás Verstappen larga muito bem e passa Ricciardo e Massa, pelo menos Felipe continua em sétimo pois passa também por Ricciardo. 


Bottas assume a ponta e por lá ficaria até a bandeira quadriculada.


      Lá no fim do pelotão Jolyon Palmer da Renault e Romain Grosjean da Haas se tocam na primeira curva, o toque aparentemente foi fraco no carro da Haas, porém foi o suficiente para destracionar o carro e fazê-lo cruzar a frente da Renault, causando um acidente e chamando a pista o safety car.



O acidente que tirou premauturamente Palmer e Grosjean da corrida.


      A relargada acontece na volta 4, e Ricciardo apresenta problemas no freio traseiro, na volta seguinte o piloto da Red Bull abandona. O quarto abandono na quarta volta.
Após dez voltas, Valtteri Bottas continua dominando plenamente a corrida, colocando mais de 3 segundos para Vettel. Um inconsolável Hamilton se desespera por só conseguir acompanhar o ritmo de Raikkonen.
     Na volta 15 é possível destacar que o ritmo da Mercedes de Bottas, nas etapas anteriores os pneus da equipe prateada se desagastavam bem mais rapidamente do que os da Ferrari. Duas coisas podem ter acontecido: a primeira, equipe melhorou seu desempenho em corrida ou é uma fato específico de Sochi, que por ser uma pista bem lisa o desgaste dos pneus é bem menor. Em simuladores é possível perceber que Sochi é uma pista gentil com os pneus, seria possível até correr de pneus médios sem a necessidade de troca, se o regulamento permitisse.
     Na volta 22 alguns pilotos fazem a parada e optam por duas paradas, entre eles Felipe Massa.
     Já vigésima sétima passagem, os ponteiros que já batalham contra os retartatáros, optam por parar, o primeiro é Bottas que começava a ver a sua diferença diminuir para Vettel. na volta 30 é a vez de Raikkonen parar, na volta 31 é a vez de Hamilton. A Ferrari deixa Vettel na pista para tentar uma estratégia diferente, de voltar com pneus bem mais novos e tentar brigar com Bottas, porém a diferença entre eles será maior.
     No giro 35 Vettel para nos pits finalmente, quando volta a pista a diferença entre Bottas e e ele é de 4,7 segundos, apenas um pouco maior do que antes das paradas de box, uma execelente notícia para a Ferrari.
   Com pneus mais novos e um rendimento melhor com o super macios, Vettel começa a caçar implacavelmente a Mercedes, após cinco voltas a diferença entre eles já havia caido pela metade e continuava a cair vertiginosamente. 

A caçada de Vettel a Bottas foi o melhor momento da corrida.


     Na volta 42, Felipe Massa tem um pneu furado e com a parada extra cai de sexto para nono mas com chances de se recuperar um pouco.

    A corrida se encaminhava para o fim, com apenas oito voltas para o fim, Vettel está a 1,5 de Bottas. A diferença entre eles começava a estabilizar, o que era bom para a Mercedes. Com três voltas para o fim a diferença entre eles chegava a um segundo mas Bottas controlava bem a situação.     Com duas voltas para o fim Vettel finalemente abre a asa e cola em Bottas, para piorar a situação os dois chegam em Massa e Hulkenberg que estavam para levar uma volta. Bottas consegue abrir a asa móvel na volta final com o vácuo de Massa e o coloca o brasileiro entre eles. Bottas consegue a sua primeira vitória na carreira e comemora muito evidentemente, com Vettel embutido em sua traseira, infelizmente para ele a largada ruim fez a diferença pois em ritmo de corrida a Ferrari estava melhor.

O sorriso escancarado de quem conquista algo pela primeira vez.


     A Fórmula 1 conhece um novo vencedor e o finlandês Bottas, porque não, pode ser um candidato ao título? 


Abaixo as tradicionais notas dos pilotos pelo seu desempenho na corrida.


1o. Bottas - 9,5
Largou a frente de Hamilton mas em terceiro, soube pular a frente quando a luz verde se acendeu e mostrou sagacidade ao controlar o ímpetuo de Vettel no fim da prova. Por ser a primeira vitória, a pressão era ainda maior mas o piloto soube aguentar bem o tranco e venceu merecidamente.


2o. Vettel - 9,5
Fez a pole position mas largou mal e no início de corrida não conseguiu acompanhar de perto Bottas, no fim tentou uma estratégia alternativa, foi combativo mas não teve tempo hábil para disputar a vitória. Para o campeonato no entanto, o resultado acaba sendo bom pois aumenta ainda mais a sua diferença para o segundo colocado.

3o. Raikkonen - 8,0
Raikkonen fez um bom treino, e teve um bom ritmo de corrida, fazendo inclusive a volta mais rápida da corrida, o problema foi entretanto a largada, caindo para terceiro e por ali ficando.


4o. Hamilton - 6,0
O inglês foi apagado na qualificação e na corrida, nem mesmo na largada conseguiu ultrapassar ninguém. Um corrida fraca mas com um resultado razoável.

5o. Verstappen - 7,5
No treino ficou atrás de Ricciardo mas largou muitíssimo bem e infelizmente ninguém tinha carro para acompanhar a Red Bull, e a Red Bull não tinha ritmo para acompanhar as Ferrari e Mercedes.


6o. Pérez - 8,0
Se qualificou bem, indo ao Q3. Além disso foi constante na corrida e contou com um pouco de sorte para ganhar a sexta posição de Massa. A Force India consegue nos construtores ser a quarta equipe graças a Pérez e Ocon.

7o. Ocon  - 7,0
Não foi brilhante em momento algum mas seguro, sem cometer erros e acompanhou o ritmo de Pérez. Vem surpreendendo pela constância e pela pouco idade mostra que tem futuro.

8o. - Hulkenberg - 7,0
Foi o piloto que mais rodou com os pneus ultra-macios, 42 voltas an corrida, no fim a estratégia não se converteu em um resultado melhor mas mostra que o carro da Renault é equilibrado e que Hulkenberg está recuperando a boa forma, e que o ano passado foi um ponto fora da curva.


9o. Massa - 7,0
O brasileiro fez um bom treino se colocando entre as Red Bull, se manteve em sexto na largada e ali teria ficado se não fosse o pneu furado. No fim não conseguiu ganhar mais nenhuma posição e ficou em nono infelizmente.

10o. Sainz - 6,0
Pontuar é importante mas chegar a frente de seu companheiro é melhor ainda, Sainz vai pelo menos mostrando que no futuro pode ser ele a escolha para pilotar na equipe principal.

domingo, 16 de abril de 2017

FERRARI, A SULTADESA DO DESERTO

    A corrida no deserto do Barein sempre é marcada por boas disputas por conta das suas longas retas e freadas intensas. A expectativa do confronto Hamilton x Vettel só aumentava principalmente depois do show de Vettel na China.
   No treino classificatório algumas surpresas já no Q3. Sainz, Magnussen, Vandoorne, Ericsson e Pérez, com exceção de Sainz que teve problemas na volta rápida e acabou nem a completando por problemas mecânicos os outros foram eliminados vendos eus companheiros de equipe avançarem, uma derrota acachapante. Destaque para Wehrlein que retorna as pistas após seu acidente na Corrida dos Campeões e avança bem para o Q2. Outro destaque é Alonso, que faz milagre e avança com essa carroça que é a Mclaren, aliás todas as atenções do fim de semana foram focadas em Alonso após o seu anúncio que não correrá em Mônaco para poder disputar as 500 Milhas de Indianápolis. O piloto foi muito contestado pela mídia e pelos colegas mas, particulamente falando, é sensacional para o esporte.
    No Q2, a disputa pela pole position se mostrou mais acirrada, Hamilton, Bottas e Vettel estavam separados por menos de um décimo. Mas o grande destaque desse Q2 ficou com a Renault, que conseguiu colocar quatro carros no Q3. Massa, Hulkenberg, Grosjean, Ricciardo, Verstappen, Palmer além das duas Ferrari e das duas Mercedes avançaram sem problemas. 
    No Q3 a disputa pela pole position começa a se desenhar entre Bottas e Hamilton, mesmo muito próxima a Ferrari não consegue em volta rápida acompanhar o ritmo das Mercedes. Na primeira tentativa a diferença entre Hamilton e Bottas foi de meio décimo. Na sua segunda tentativa de volta rápida Bottas consegue cravar a pole position, Hamilton não consegue melhorar a sua segunda tentativa e teve de se contentar com a segunda posição, em terceiro ficou Vettel que estranhamene ficou a quase meio segundo do pole, em quarto Ricciardo, em quinto Raikkonnen, em sexto Verstappen, que acaba decepcionando um pouco, em sétimo Hulkenberg que parece recuperar a melhor forma, Felipe Massa fecha o dia em oitavo, Grosjean em nono e Palmer em décimo.
      Para a corrida a largada poderá ser fundamental, uma largada ruim de Bottas ajuda Hamilton pois fecha Vettel mas em contrapartida arruina as suas chances de vitória.

    No domingo antes da corrida uma surpresa, Vandoorne por problemas no carro está fora da corrida. Na largada, Bottas se mantém firme na frente, Vettel se aproveita do traçado mais limpo e assume a segunda posição, Hamilton cai para terceiro, Verstappen se recupera e na largada ganha posições e assuem o quarto posto, Ricciardo fica em quinto, Massa pula para sexto e Raikkonen em sétimo.
    Nas primeiras voltas Vettel pressiona Bottas mas na reta não consegue a ultrapassagem. Hamilton se aproveita da situação e se aproxima. Mais atrás Raikkonen pressiona Felipe Massa.

Vettel se coloca entre as Mercedes estrategicamente.

    Essa nova Fórmula 1 propricia claramente ue os carros andem mais próximos, por mais tempo devido aos pneus mais largos em compensação, as ultrapassagens por causa da carga aerodinâmica ficaram inviáveis na reta, somente nas freadas a possibilidade de ultrapassar o adversário se torna possível.

    Na sétima volta é visível a formação do "trem do Bottas", as Red Bull colam nos ponteiros e formam uma fial indiana interessante. Já na oitava passagem, Raikkonen ultrapassa finalmente Felipe Massa e, rapidamente, vai se aproximando do pelotão.
      No nono giro, Kevin Magnussen abandona com problemas. Stroll é o primeiro a parar nos pits. Na décima primeira passagem Vettel para nos boxes. A Ferrari tenta na tática da antecipação vencer a corrida com duas paradas. Verstappen para na volta seguinte mas assim que sai dos boxes abandona com problemas nos freios.
       Na volta treze o safety car é acionado, Sainz vem por dentro na saída dos boxes e acerta em cheio o carro de Stroll, os pilotos param nos pits, Hamilton reduz sua velocidade para dar tempo de Bottas parar nos boxes e prejudica Ricciardo. Voltas depois o piloto sofre uma punição de 5 segundos.
     
Stroll além de frsco é azarado, sem culpa no acidente.

   
      A relargada na volta 17 foi sensacional. Bottas coloca lado a lado com Vettel mas o piloto da Ferrari com muito arrojo se segura na ponta. Hamilton ensadecido ultrapassa Ricciardo, Ricciardo inclusive se perde por conta do pneu macio, que demora um pouco a mais para aquecer e acaba sendo ultrapassado por Massa e Raikkonen. No pelotão intermediário uma briga espetacular entre Alonso, Palmer, Kvyat pela décima primeira posição. é uma pena ver Alonso disputando migalhas, com tanto a oferecer.
     Na volta 26, Bottas vergonhosamente abre para Hamilton, de maneira clara e cristalina. Se a expectativa de um trio combatendo pelas vitórias, depois desse fato fica claro que o favoritismo de Hamilton só aumenta com a ajuda de um fiel escudeiro. Raikkone  ultrapassa Massa e assume o quinto posto. No pelotão intermediário, Alonso é ultrapassado por Kvyat e Palmer, os dois por sua vez se engancham e Palmer perde uma das aletas do bico do carro. Voltas depois Palmer perde as posições para Kvyat e Alonso, que faz uma ultrapassagem belíssima.
      Na volta 32 Bottas para nos pits. Na 33 é a vez de Vettel e Hamilton assume a ponta. Nessa mesma volta Bottas faz a volta mais rápida e ultrapassa Massa mas ainda está um pouco longe de Vettel e tem Ricciardo no meio do caminho. A dúvida que pairava no ar era a seguinte: Hamilton conseguirá ir até o fim? Se sim, terá pneus em bom estado para não perder tempo?
       Na volta 35 Vettel passa por Raikkonen, mas nesse caso o finlândes já está com os pneus no bagaço.E nesse momento Vettel faz a volta mais rápida da corrida. A diferença é de 14 segundos, fora a punição de Hamilton.
         Na passagem 37, Bottas passa por Ricciardo mas está a seis longos segundos de Vettel, a equipe Mercedes por rádio sinaliza ao finlândes que Hamilton pararia mais uma vez. Já no giro 39 é a vez de Ricciardo parar nos boxes, com isso ficava claro que a Mercedes não estava blefando e que Hamilton pararia mais uma vez. A diferença entre Vettel e Hamilton que caia um segundo por volta chegava a menos de dez segundos, fora a punição, a vitória se encaminhava para a Ferrari.
       Na 42 volta Hamilton acaba com as expectativas e para nos boxes, cumpre a punição e volta em terceiro. Rapidamente o inglês se aproxima de seu companheiro de equipe e faz a ultrapassagem, porém sem nenhuma resistência.
       A corrida se encaminhava para uma caçada implacável de Hamilton a Vettel, agora era o inglês que tirava mais de um segundo por volta, o bom ritmo do início ao fim do stint se dá ao acerto da equipe em colocar os pneus macios ao invés dos super macios. A diferença de mais de vinte segundos a seis volta do fim é reduzida  a apenas dez.
   
Vettel curtindo com a equipe esse triunfo impressionante.

        Vettel negocia bem com os retardatários e consegue até mesmo abrir preciosos décimos para Hamilton em algumas voltas. Nos três giros finais, o alemão apenas controlou a diferença e rumou para a sua segunda vitória no ano e a quadragésima quarta na carreira. Ainda na corrida, Alonso a duas voltas do fim tem problemas no carro quando estava em décimo segundo e abandona. Bottas completa o pódio, seguido por Raikkonen, Ricciardo e Felipe Massa em sexto. A prova do Bahrein pode não ter sido maravilhosa mas foi disputada e teve tensão, algo essencial para o divertimento do espectador.


A alegria exuberante de Vettel, o cabisbaixo Bottas e o sorriso tímido de Hamilton.

Abaixo seguem as notas dadas ao pilotos pela performace na corrida:

1o. Vettel - 9,0
Se no treino não conseguiu ficar a frente dos rivais, na corrida largou bem, antecipou inteligentemente a parada e soube controlar a distânca para o rival. Corrida exuberante e finalmente mostrando seus atributos como detentor de quatro títulos mundiais.

2o. Hamilton - 8,0
No treino perdeu a pole por milésimos para Bottas, largou no lado sujo o que explica ter perdido o segundo lugar na largada mas na corrida em si não fez muito, ultrapassou Ricciardo om arrojo, andou forte caçando Vettel mas errou ao deter o Ricciardo nos boxes por conta de seua parada, e desnecessário pois perdeu a posição do mesmo jeito. No fim os cinco segundos fizeram falta

3o. Bottas - 7,0
A pole position foi lindamente conquistada, soube segurar a ponta na largada e no início de corrida quando não tinha os melhores pneus da pista. Na relargada após o safety car ficou lado a lado com Vettel, fazia uma corridaça, mas abriu facilmente para Hamilton por duas vezes, de maneira mais acintosa na primeira. Se acomodou na terceira etapa do campeonato a ser coadjuvante. Imagino o seguinte. N apróxima corrid Hamilton quebra e ele ganha, ele ficaria a frente do campeonato e ele seria o rival mais próximo de Vettel, assim o próprio Bottas se sabota.

4o. Raikkonen - 7,5
Muito discreto na qualificação e na largada também, mas fez uma corrida combativa e conseguiu o quarto lugar.

5o. Ricciardo - 7,0
Se mostra mais instável essa temporada. Qualificou-se bem, mas largou mal, se recuperou na corrida e na relargada perdeu três posições em uma volta, depois teve de se recuperar de novo. Para um piloto que foi capaz de bater em Sebastian Vettel quando eram companheiros de equipe, o australiano está devendo.

6o. Massa - 7,5
No treino ficou um pouco abaixo do esperado mas na corrida conseguiu o que era possível, um sexto lugar por conta do abandono de Verstappen. Tem sido consistente e vai carregando a Williams nas costas. Sorte da equipe que ele não se aposentou.

7o. Pérez - 7,5
Se no treino a Force Indía não fez por onde, na corrida Perez conseguiu preciosos pontos com uma corrida segura e rápida.

8o. Grosjean - 7,5
Ao ir ao Q3 o piloto da Haas cantou "Parabéns para você" em sua própria homenagem e ao feito fantástico de avançar com um carro limitado. Na corrida foi combativo, e mesmo reclamando da falta de potência fechou o dia em oitavo. Precisos pontos para a equipe americana e o francês mostra que tem futuro na F1 se continuar a guiar assim.

9o. Hulkenberg - 7,0
Fez uma volta fantástica no Q3, largando em sétimo, foi combativo na corrida e fechou o dia com a sua Renault em nono. Um bom resultado, pois se comparar com Palmer que chegou 13o., contando com o Alonso abandonando no fim, significa que a diferença entre os pilotos é brutal. Com certeza o incrível Hulk merecia um carro de ponta, há anos o faz por merecer.

10o. Ocon - 7,0
O último na volta do líder, o último a pontuar, o francês vem se mostrando excelente piloto mesmo com pouca rodagem e experiência.


        Para finalizar vamos especular algumas pergutnas e resposta sobre a atual temporada.
     É possível prever após três corridas uma disputa pelo título somente entre esses dois pilotos (Vettel e Hamilton)? Sim, é possível.
        A Ferrari é melhor do que a Mercedes? Não, sobretudo nos treinos?
       Porque a Ferrari está a frente? Vários fatores, início de temporada, as equipes estão entendendo os novos carros, as estratégias de corridas da Ferrari foram melhores duas vezes, a da Mercedes apenas uma e Vettel em uma fase mágica, até melhor do que a do Hamilton que é também um piloto fora de série.
    A temporada será toda assim? Parece que sim, mas principalmente após a Espanha os carros tendem a melhorarem, aí o equilíbrio pode pender para um lado ou para o outro. Mas o que interessa mesmo é essa disputa animal, entre um tetracampeão e um tricampeão, pelo campeonato de 2017.

       Que venha Sochi na Rússia.

domingo, 9 de abril de 2017

Hamilton domina na China.



O Grande Prêmio da China foi aguardado com entusiasmo depois da corrida em Melbourne, pois finalmente uma batalha direta pelo título entre o tri-campeão Lewis Hamilton e o tetra-campeão Sebastian Vettel se desenhava para a temporada.

O fim de semana na China começa mal, com chuva e a poluição causando neblina os treinos de sexta feira foram encurtados por questões de segurança, já que os helicópteros não poderiam decolar se necessário. Outra notícia que pegou o mundo da F1 de jeito foi o fim do contrato do GP de Sepang na Malásia. O circuito que por dezenove anos fez parte da F1 não renovou com a categoria e para especialistas é um prenúncio da saída de outros países asiáticos do calendário por conta dos altos custos da categoria.

No treino classificatório o Q1 foi marcado com o acidente no minuto final de Antonio Giovinazzi, o piloto passou na última curva, pegando a grama sintética que é menos aderente, o carro destracionou e acabou saindo de frente para bater no outro lado da reta de largada. O garoto que impressionou na primeira corrida do ano começa mal seu fim de semana na China. Quem odiou o acidente foi Max Verstappen, que não conseguiu fechar a sua volta rápida por conta do acidente e ficou vergonhosamente de fora do Q2. Outro que foi mal também e acabou precocemente eliminado é o piloto da Force India, Esteban Occon. Na frente Vettel mostrava a força da Ferrari fechando essa fase em primeiro.

No Q2 nenhuma surpresa, mas a pole provisória ficou com Kimi Raikkonen, que de quebra, bateu o recorde do circuito que resistia desde 2006.

No Q3 a Mercedes reagiu e conseguiu no início da sessão superar as Ferrari, com Lewis em primeiro. Na parte final da mesma sessão Lewis consegue abaixar ainda mais seu tempo e se garante na pole position. Vettel arranca na sua última tentativa a segunda posição de Bottas e Raikkonen em quarto. Ricciardo faz seu papel e fica em quinto enuanto que o brasileiro Felipe Massa fecha os seis primeiros.

No domingo uma pequena surpresa, a pista estava molhada apesar de não estar chovendo na hora da largada e todos com exceção de Carlos Sainz largaram com pneus intermediários. Durante a volta de aquecimento era visível que em pouquissímas voltas os pilotos teriam de parar para colocar pneus de pista seca. 

A largada ocorre sem incidentes, Hamilton se mantém na ponta, seguido de Vettel, Bottas, Ricciardo e Raikkonen, o único a perder posição no pelotão da frente. Ainda na primeira volta o garoto Lance Stroll roda e ocasiona o Virtual Safety Car. Sainz paga o preço de largar com pneus para pista seca e vai para último.

A batida de Giovinazzi destruiu a Sauber.


Na segunda volta todos aproveitam o safety car para trocarem os pneus para pista seca. A pista talvez não estivesse ainda nas melhores condições mas o ganho de tempo por causa da baixa velocidade compensariam a perda de tempo.  Na volta quatro a corrida reinicia e Ricciardo começa a pressionar Bottas e Sainz que largou com pneus de pista seca pula para a sétima posição. A volta não havia se encerrado e Giovinazzi bate forte no muro, quase no mesmo local que tinha batido nos treinos. O safety car entra na pista.

A direção de prova manda os pilotos a passarem pelos boxes pois a reta principal estava com destroços do acidente, com isso os pilotos que não haviam parado se beneficiam, com a passagem nos boxes o limite de velocidade é de 80 km por hora reduzindo a diferença de tempo. Com essa loteria, Verstappen e Ricciardo se beneficiam e ganham posições importantes.

A relargada acontece na volta oito, Hamilton continua na frente, seguido por Ricciardo e Bottas. Na relargada Verstappen ultrapassa Kimi e assume a quarta posição. Raikkonen com um rendimento ruim é pressionado por Vettel.

O show de Verstappen continuou na volta 11, o piloto ultrapassa seu companheiro de equipe em um ponto que não havia asa móvel, os dividendos dessa manobra renderam pois nas voltas seguintes o piloto desgarrou do pelotão e passou a perseguir Hamilton. Mais atrás, Bottas que perdeu muito tempo nos pits começava a ganhar posições e avançava de décimo primeiro para oitavo.

Na volta 19, foi a vez de Vettel ultrapassar Raikkonen, no braço, no mesmo local que que Verstappen ultrapassou Ricciardo. Vettel logo em seguida começa a pressionar Ricciardo e, com um incrível arrojo e uma disputa sensacional, na mesmo ponto, na volta seguinte o alemão da Ferrari ultrapassa Ricciardo. A manobra com certeza foi o momento mais bonito das duas provas da temporada.


Verstappen atacando Raikkonen de surpresa.


Após uma implacável caçada Vettel fica a um segundo de Verstappen, porém o embate entre os dois não acontece pois na freada da grande reta Max erra e acaba saindo um pouco da pista e patina na grama sintética, facilitando a vida Vettel que ultrapassa. Max na volta seguinte vai para os boxes.

O impressionate embate entre Vettel e Ricciardo, melhor para o alemão.



No giro 33, Max com pneus novos vai para cima de Bottas e ultrapassa o finlândes. Na passagem seguite o calvário de Alonso na Mclaren continua, o piloto eespanhol que estava na zona de pontos abandona com problemas de homocinética. 

Na passagem 36, Hamilton vai para os boxes e volta na ponta, com bastante vantagem para Raikkonen e Vettel que já havia parado.

Na volta 44, Bottas ultrapassa Sainz e assume o sexto posto. Ricciardo começa a ameaçar Verstappen, retirando uma boa diferença por volta. Mais atrás Massa e Ocon disputam o décimo lugar de maneira ferrenha. A Force India com pneus mais novos e na zona de DRS consegue a ultrapassagem e a corrida se encaminhava para o fim.

Nas voltas finais as Red Bull se engalfinham pela disputa do pódio. Volta a volta, Ricciardo ameaçava de um lado e de outro, Max se desesperava com um retartátario que não abria passagem, e fazia com que perdesse aderência devido ao vácuo. Na última volta uma escorregada fez com que Ricciardo chegasse colado na traseira de Max mas, na freada da grande reta o piloto trava os pneus e facilita a vida de Max. Na frente Hamilton vence seguido de perto por Vettel e chega a sua 54o. vitória na carreira, ficando atrás somente de Schumacher que com 91 triunfos. Massa infelizmente abandonou com problemas bem no finzinho do GP.

A corrida não chegou a ser emocionante mas teve bons momentos, melhores do que Melbourne com certeza. Fica evidente que a Mercedes continua sendo o carro a ser batido mas a Ferrari com Vettel está muito próxima, qualquer erro, por menor que seja, mostra que Vettel estará próximo para se aproveitar e capitalizar os resultados. 

A próxima corrida será no Barein, e promete ser mais um capítulo dessa interessante disputa entre Mercedes e Ferrari, Hamilton e Vettel, Inglaterra e Alemanha.



Nota dos pilotos após a corrida:

1o. Lewis Hamilton - 9,5
Fez uma corrida segura, mas contou com a sorte com a entrada do segundo safety car. De fato, além de excepcional piloto, ter o melhor carro ainda conta com esse fator tão importante.

2o. Sebatian Vettel - 9,5
Largou em segundo, se defendeu bem na largada e arriscou na estratégia mas no infortúnio ficou mais para trás no grid e ainda assim se recuperou muitíssimo bem. Deu um tremendo show e se mantém empatado com Hamilton na tabela de pontos.


3o. Max Verstappen - 9,0
O que falar de um piloto que larga em décimo sétimo e fica entre os primeiros colocados? O garoto é excepcional e foi talvez o grande destaque da corrida.

4o. Daniel Ricciardo - 9,0
Daniel fez uma boa largada e com inteligência, apesar de não ter o mesmo brilhantismo de Max, consegue resultados muito bons.

5o. Kimi Raikkonen - 7,0
Kimi largou em quinto se manteve no bolo na largada, foi para terceiro depois das entradas do safety car e gradualmente foi perdendo espaço para seus adversários e ficou apenas em quinto

6o. Valtteri Bottas - 6,5
Tinha tudo para fazer uma boa corrida mas foi atrapalhado pelo safety car e teve de se recuperar na corrida, mas não fez nada além do mínimo esperado.

7o. Carlos Sainz - 8,0
"Quem não arrisca não petisca", com essa mentalidade o piloto da Toro Rosso arriscou uma tática ousada e colheu os frutos pois em condições normais não teria como chegar entre os sete primeiros. A tática de largar com pneus de pista seca fez com que tivesse uma parada a menos do que os adversários.

8o. Kevin Magnussen - 7,0
 A Renault com certeza evoluiu do ano passado para esse ano mas o bom trabalho de Magnussen foi essencial para chegar na zona de pontos.

9o. Sergio Perez - 6,0
Em um circuito de longas retas era de se esperar que a Force India tivesse um desempenho capaz de figurar com facilidade na zona de pontos, Pérez fez uma corrida correta, sem erros e fica na zona de pontos.

10o. Esteban Ocon - 6,5
Para um piloto iniciante, na sua segunda temporada, a primeira em uma equipe média os resultados de Ocon chamam a atenção. É um piloto seguro, que não erra e ficou a frente de Grosjean e Massa, que estavam no páreo para essa décima posição.




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