segunda-feira, 24 de novembro de 2014

BI

A redenção do herói.


Abu Dhabi, um oásis no meio do deserto, um circuito lindo porém pouco desafiador. O grande "x" da questão na corrida que por lá seria disputada era descobrir quem seria o grande campeão do ano, Rosberg ou Hamilton? No treino classificatório Rosberg fez a sua parte e cravou a pole position e fechou o ano com onze poles. Ao seu lado o outro postulante ao título e também seu companheiro de equipe Hamilton. Na segunda fila Bottas e Massa, ali residia a esperança de Rosberg, que um dos dois pilotos da Williams atrapalhassem Lewis para que ele conquistasse o título inédito.
Na largada uma frustração após tanta expectativa, Rosberg patina, Lewis assume a ponta, Rosberg em um último e desesperado esforço fecha Massa na primeira curva, Bottas também patinou na largada e perdeu várias posições e teve de fazer uma corrida de recuperação. Falando em recuperação, Ricciardo e Vettel que tiveram os carros reprovados na vistoria da FIA tiveram de largar dos boxes.
Na corrida Rosberg tentava se aproximar de Hamilton mas não conseguia e também não tentou nenhuma tática diferente para fazê-lo. Após a primeira rodada de pit stop o carro de Rosberg apresenta problemas no ERS e perde muita potência, logo o piloto alemão começa a ser superado por vários oponentes e percebe que seu sonho se tornou um pesadelo angustiante. Hamilton com receio de seu carro apresentar problemas levanta um pouco o pé, começa a poupar o carro. Massa se aproveita desse momento e por ter retardado as paradas de pit stop pode liderar a prova por várias voltas. A tática de Massa era: se Hamilton mantivesse o ritmo ele não pararia, se o inglês voltasse a acelerar, ele pararia e colocaria os pneus supermacios e tentaria um ataque no fim da prova. Hamilton percebeu a estratégia e acelerou forte a quinze voltas para o fim. Massa parou a onze voltas do final, (talvez umas duas, três voltas depois do necessário). As últimas voltas foram boas, Massa tirando um segundo por de Hamilton e o inglês acelerando a vontade pois sabia que Rosberg já era carta fora do baralho. A quatro voltas do fim, o desgaste dos pneus de Massa começa a se acentuar e a diferença que estava por volta de quatro segundos começa a ser reduzida mais lentamente, no fim Lewis cruza a linha de chegada em primeiro com quase três segundos de vantagem para Massa, que fez a sua melhor corrida do ano.  Bottas que se recuperou na corrida fechou o pódio de motores Mercedes. Lewis fechou o ano com doze vitórias, bicampeão e vencendo a corrida do título.


Abaixo as notas dadas aos pilotos ao fim da prova:

Hamilton - 9
Vitória e título. Largou muito bem, não correu riscos, só não fez a pole.

Massa - 9
Corrida excelente, aguerrido do início ao fim, sempre virando voltas rápidas, só não largou a frente de Bottas.

Bottas - 7
Largou muito mal mas soube se recuperar bem na prova.

Ricciardo - 9
Fez uma corrida espetacular, largou dos boxes e fechou em quarto atrás de carros mais rápidos apenas.

Button - 7
Fez uma corrida honesta, sem erros, com um bom ritmo, provavelmente foi sua última corrida na categoria. Fará falta, é um bom piloto e um boa praça.

Hulkenberg - 8
Agressivo e combativo, fugiu da apatia das últimas corridas.

Pérez -  7
Outro que fez uma boa corrida mas chegou atrás do companheiro de equipe.

Vettel - 6
Se recuperou bem pois largou dos boxes mas não foi tão espetacular quanto Ricciardo. Ano que vem iremos descobrir se Vettel meree ou não estar no rol dos grandes da F1.

Alonso - 6
Fim melancólico da relação Alonso-Ferrari, ainda assim chegou a frente de Raikkonen pela milésima vez no ano.

Raikkonen - 5
"Fim de ano, graças Adeus." - frase em suomi dita por Raikkonen ao fim da corrida.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

O fracasso do Chase.


SÓ UM SERÁ CAMPEÃO



O Chase desse ano decepcionou os pilotos, os críticos da NASCAR e principalmente o público da categoria, por quem seus organizadores nutrem o maior respeito. Porque o Chase desse ano fracassou? Ao olhar a lista de pilotos que entraram na disputa das etapas finais vemos nomes célebres como Jimmie Johnson, Jeff Gordon, Kurt Busch, Brad Keselowski, Matt Kenseth entre os dezesseis classificados. O que poderia dar errado? 
Bem o critério eliminatório a cada três corridas não permite margem para erros ou azares, veja o caso de Johnson na fase chamada Contender quando só restavam doze na disputa uma quebra o tirou a chance de se classificar por pontos, se tivesse avançado teria ganho a prova do Texas e estaria na final. Conclui-se que ele foi eliminado mais por azar pois se estivesse na disputa poderia ser campeão. Outros dois casos se assemelham ao de Jonhson e aconteceram na fase chamada Eliminator na qual apenas oito pilotos disputam o título. Jeff Gordon que teve duas ótimas corridas nessa fase foi vítima de um acidente na última volta no Texas e de segundo (ou terceiro, ou quarto lugar se não tivesse batido) caiu para vigésimo quinto, por apenas um ponto o tetracampeão não se classificou para a corrida final, de nada adiantou ser o maior pontuador da categoria no ano, uma corrida desgraçou o ano. Justo? Injusto? Azar apenas? Bem e o que dizer do caso de Brad Keselowski, seis vitórias no ano, o meu favorito ao título por causa do talento e do arrojo, Brad mesmo com um segundo lugar no Texas e um quarto em Phoenix foi eliminado devido ao trigésimo primeiro lugar em Martinsville por conta de um acidente, vale ressaltar que Brad já havia perigado de ser eliminado na fase anterior e só se classificou pois venceu magistralmente em Talladega. Ao analisar os quatro finalistas vemos duas injustiças claras que mostram o porque do erro da Nascar, Newman não venceu nenhuma vez, ou seja poder ser campeão sem ter vencido nenhuma corrida, Denny Hamlin venceu uma mas chegou entre os cinco primeiros apenas sete vezes menos da metade de vezes do que Brad Keselowski por exemplo. É claro que alguma coisa etá errada.
Bem dessa forma algumas surpresas estiveram presentes na corrida final do campeonato, por coincidência nenhum piloto já campeão da categoria disputará a final, ou seja, haverá um campeão novo esse ano. 
Com certeza a Nascar terá de rever esse critério ano que vem, talvez incluir pontos de bônus aos vencedores ao invés de uma classificação automática, ou aumentar o número de provas classificatórios diminuindo o número de fases eliminatórias.
Abaixo a lista dos quatro finalistas e um pequeno comentário sobre eles. 

Kevin Harvick - 
4 vitórias no ano, 13 vezes entre os cinco primeiros, aquele já foi chamado de sucessor do "Intimidator" Dale Earnhardt Sênior. Entre o pilotos finalistas talvez seja o mais arrojado, o mais decidido e quiçá favorito ao título. A muitos anos como piloto top na categoria esse título poderia finalmente lhe dar o reconhecimento que precisa. Nunca antes em sua carreira teve uma chance como essa, talvez seja a melhor chance que já teve para ser campeão.


Denny Hamlin - 
Uma vitória no ano, 7 vezes entre os cinco primeiros, depois de um vice campeonato devido a uma prova trágica em Homestead, o mesmo palco dessa final, a carreira de Hamlin declinou, o fundo do poço foi a cirurgia que teve de fazer na coluna. Muitos acreditaram que Hamlin nunca mais fosse o mesmo, e de fato ele não é mais tão arrojado mas com certeza tem motivos de sobra para ser campeão e retomar a sua carreira.


Ryan Newman - 
Nenhuma vitória no ano, apenas 4 vezes entre os cinco primeiros, ninguém merece menos do que ele esse título mas se lembrarmos que em 2002 o mesmo Newman venceu oito provas e não foi campeão, pode-se no máximo dizer que a história estaria corrigindo uma injustiça. 
Entretanto título de Newman seria a prova que o sistema da Nascar falhou miseravelmente.


Joey Logano - 
5 vitórias, 16 vezes no top 5, quem viu Logano no começo de carreira na Sprint e o vê hoje não o reconhece, mais amadurecido, mais rápido, mais seguro e mais esquentado também. O casamento entre Logano e Penske deu muito certo e foi bom ver essa jovem promessa desabrochar quando muitos já o davam como um fracasso completo. É o que mais merece o título pelo ano que fez, enquanto que seus rivais merecem mais pelas carreiras que trilharam.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O TOP 10 DA F1 DE TODOS OS TEMPOS - PARTE 3 E FINAL


Seguindo com a nossa já famosa lista de grandes gênios da F1 de todos os tempos, chegamos aos dois pilotos que estão no topo do ranking e antes do resultado vale ressaltar que por se tratarem de gênios de períodos tão distintos o critério adotado para o desempate foi o de resultados durante a carreira.

Fangio cunhou a frase"Carreras son Carreras"



2o. Lugar - O primeiro grande Ás da F1, Juan Manoel Fangio.

Durante décadas os pilotos da F1 tentaram alcançar os feitos de Fangio conquistados durante a década de 1950. Fangio conquistou em apenas 51 GP's 24 vitórias, ou seja, quase a metade das provas que disputou e também foi o primeiro a conquistar um tetra campeonato em sequência mostrando do porque de ser considerado por tanto tempo a referência dos outros pilotos. Soma-se o título de 1951 e Fangio teve ao todo cinco títulos mundiais.
Em 1950 ao lado de Nino Farina, Reg Parnell, Luigi Fagioli e outros na Alfa Romeo o argentino mostrou ser brilhante e muito rápido e apesar de ter vencido pela primeira vez na mítica Mônaco os outros resultados não foram tão expressivos e o já veterano Farina que havia perdido os melhores anos de sua vida para a Segunda Guerra consegue o título da recém criada categoria máxima do automobilismo. Em 1951, mostrando todo o seu talento e o tarimbo de seus 40 anos Fangio conquista pela própria Alfa Romeo o seu primeiro título. Em 1952 mesmo sendo considerado o melhor,a Alfa Romeo não era capaz de enfrentar a Scuderia Ferrari e Alberto Ascari. Em 1953 Fangio vai para a Maserati e corre ao lado do brasileiro Chico Landi e outros grandes pilotos, o ano é de adaptação e Ascari e Ferrari vencem mais uma vez. Em 1954 Fangio começa correndo pela Maserati mas no meio da temporada troca de equipe (fato raro até os dias de hoje) e vai pela Mercedes e a bordo das "Flecha de Prata"  o argentino se vale de um carro quase invencível e conquista seu campeonato. No ano seguinte o domínio absoluto de Fangio continua e ele conquista seu terceiro título. De curiosidade vale mostrar que um futuro campeão, Stirling Moss já era companheiro de equipe de Fangio e com certeza deve ter aprendido um truque ou dois com o gênio. Na temporada de 1956 as Mercedes se retiram da categoria, Fangio então procura uma equipe capaz de lhe dar um carro competitivo e então o gênio dos pampas vai para a já tradicional Ferrari. O casamento apesar de ter culminado no título mundial foi terrível para Fangio, o dono e chefe da equipe Comendador Enzo Ferrari colocava a equipe sempre em primeiro lugar, acima inclusive de qualquer piloto, as decisões de Enzo incomodavam Fangio que já não era mais nenhum garoto e então pela sua paz de espírito e poder competir em alto nível por mais algum tempo o piloto regressa a Maserati. O título de 1957 foi a confirmação que o piloto podia ser o diferencial na categoria, pela quarta equipe o argentino ganhava seu quinto e último título, tendo atuações soberbas no início da temporada e sabendo administrar ao longo da segunda metade da competição. Em 1958 na segunda corrida do ano pela Maserati, um desentendimento com a equipe devido ao uso de amortecedores diferentes do que poderiam ser usados faz o piloto abreviar sua carreira e se aposentar evitando assim correr o risco de morrer em um acidente. Fangio podia ter corrido por todo 1958 com o carro que tinha ou ter morrido em um acidente, por medo ou por auto preservação o fato é que o piloto resolveu se aposentar no momento que ainda era imbatível na categoria. 
Juan Manuel Fangio colecionou números impressionantes, em apenas 51 GP's ele venceu 24, 35 pódios, 29 pole positions, 23 voltas mais rápidas e 5 títulos mundiais. Para Senna, as marcas de Fangio se fossem alcançadas determinariam que ele seria o melhor de todos os tempos, infelizmente Senna morreu e ficamos com essa dúvida porém podemos dizer sem medo de errar que por 50 anos Fangio foi o melhor que existiu, quiçá o melhor até hoje.


1o. Lugar - No topo do Top 10, ele, o gênio alemão, heptacampeão mundial, recordista de poles e vitórias, o incrível Michael Schumacher

Cena repetida por dezenas de vezes no melhor casamento piloto-equipe da história.



Antes de falar da carreira de Schumacher vamos observar alguns números: 91 vitórias dele contra 51 de Alain Prost o segundo maior vencedor, 68 pole positions dele contra 65 de Ayrton Senna o segundo maior pole position, sem citar os 7 títulos contra 5 de Fangio, ou seja até hoje não existe ninguém como Schumacher na F1 pelo menos nos números.

Ao estrear pela Jordan em Spa Francorchamps em 1991 no lugar de Bertrand Gachot que havia sido preso, com certeza nem ele e nem ninguém poderia imaginar que um mito estava surgindo. Sem nunca andar de F1, Schumacher andou muito bem nos treinos e fazia uma uma excelente corrida e apesar do abandono o talento dele chamou a atenção de Flavio Briatore da Bennetton. O alemão de queixo grande e pé pesado logo entrou em uma média e tinha ao seu lado pelo menos por algumas corridas o tricampeão Nelson Piquet, para nós brasileiros a entrada de Schumacher foi frustante pois acarretou na dispensa do bom piloto Roberto Pupo Moreno. Após algumas corridas em 1991 finalmente Schumacher iria fazer uma temporada inteira em 1992 e seu companheiro de equipe seria Martin Blundle, uma vez que Piquet estava se aposentando.
Em 1992 apesar de constantemente andar no pelotão da frente Schumacher só conseguiu vencer uma prova, a primeira de sua carreira. No ano seguinte Schumacher voltaria a vencer mais uma vez mas se destacou ainda mais pois teve ao seu lado o já respeitado e experiente Ricardo Patrese.
Em 1994 veio a consagração em um ano marcado pela morte de Ayrton Senna, o maior confronto entre dois melhores pilotos do mundo em dois carros competitivos só aconteceu por três provas infelizmente. A Williams se recuperou rapidamente da morte de Senna e deu a Damon Hill a chance de reagir contra as Benetton, para complicar a vida da Benetton a Fia considerou alguns dispositivos ilegais durante a temporada o que acarretou perda de rendimento. Na última prova do ano Hill e Schumacher chegam ao clímax da rivalidade, Schumacher erra e bate no muro, sabendo que irria perder a ponta Schumacher volta a pista e propositalmente joga o carro contra Hill que abandona a prova. Schumacher de forma polêmica conquista com a Benetton Ford seu primeiro título mundial.
Em 1995 o carro da Benetton melhora muito com os motores Renault e o bicampeonato acontece com facilidade.
Em 1996 Schumacher é contratado pela Ferrari com a difícil missão de tirar a equipe de Maranello do longo jejum de títulos. Ao lado de Eddie Irvine na Ferrari, Schumacher consegue recuperar a alto estima da equipe conquistando pódios, vitórias e poles porém o título fica com Damon Hill. Em 1997 abatalha pelo título foi contra Jacques Villeneuve, o fato marcante desse ano foi o toque proposital de Schumacher em Villeneuve para tentar tirar o canadense da prova e desta ser campeão. A FIA pune de maneira exemplar Schumacher e retira dele todos os pontos da temporada, nunca mais os atos de Schumacher na pista seriam vistos sem desconfiança.
Em 1998 e 1999 as batalhas de Schumacher foram contra as Mclaren de Coulthard e principalmente de Mika Hakkinen. O grave acidente em Silverstone em 1999 tirou as chances de título de Schumacher, porém mesmo estando afastado por algumas corridas o piloto voltou e mostrou que não tinha sequela nenhuma do acidente.
Em 2000 começa a um período de domínio sem precedentes nas categoria, Schumacher e Ferrari começam a dominar amplamente a categoria, títulos são conquistados, recordes batidos e um brasileiro acompanhou de perto todo esse período, Rubens Barrichello. Em 2000, na tradicional pista de Monza, casa da Ferrari, o alemão igualou o recorde de vitórias de Ayrton Senna, e no Japão se sagrou Tricampeão da categoria.
Em 2001 a conquista do quarto título foi fácil, a superioridade da Ferrari e de Schumacher como piloto eram absolutas, o fato marcante do ano foi o pódio de Michael Schumacher que chegou em segundo atrás de seu irmão Ralf Schumacher, pela primeira vez dois irmão subiam no pódio em primeiro e segundo lugares na F1.
Em 2002, uma das mais fáceis das conquistas de Schumacher, ampla vantagem para o segundo lugar do campeonato seu companheiro de equipe, Rubens Barrichello. O fato negativo que chamou a atenção desse ano foi o de Rubens ter praticamente parado o carro na reta de chegada do GP da Áustria para que Schumacher ganhasse a corrida, o fato gerou revolta dos fãs, principalmente dos brasileiros. Mas a temporada teve seus pontos altos quando o alemão quebrou o recorde de vitórias em um mesmo ano, vencendo 11 vezes e igualou o número de títulos mundiais com Fangio.
Já em 2003 a temporada foi mais apertada, as BMW Williams de Ralf Schumacher e Montoya conseguiram graças aos pneus Michelin um desempenho superior em algumas corridas, a Mclaren de Raikkonen mostrou força e o finlandês levou a disputa pelo título até a última corrida do ano em Suzuka, esta prova foi inclusive uma das piores da carreira de Schumacher em termos de desempenho pessoal, o piloto se mostrou muito nervoso mas ainda assim se sagrou campeão graças a vitória de Barrichello.
No ano de 2004 mais um título do alemão, talvez o mais fácil, Schumacher venceu 13 corridas no ano, aumentando seu próprio recorde, e ficou muito a frente de Rubens Barrichello seu companheiro de equipe.
No ano de 2005 o regulamento muda radicalmente e Schumacher apesar de bravos esforços não é capaz de parar Alonso, a estrela em ascensão da equipe Renault. Apesar de grandes apresentações de Schumacher a Ferrai não tinha um grande carro, até a Mclaren era um carro melhor naquele ano. Em 2006 a Ferrari melhorou, principalmente no segundo semestre mas uma falta de sorte no Japão, uma quebra de motor quando liderava, faz Schumacher praticamente dar adeus ao título. Na corrida do Brasil o alemão perdeu o título que era improvável e decidiu encerrar a carreira. Os números de Schumacher eram impressionantes e muitos acreditavam que eram imbatíveis.
Três anos longes das pistas fizeram mal ao piloto alemão que sentia dentro de si que era capaz de ainda fazer mais pois a sua aposentadoria se deu no momento de leve declínio da carreira, ou seja, 80% de Schumacher ainda era acima da média. quando Felipe Massa se acidentou na Hungria, o piloto alemão cogitou voltar a correr pela Ferrari, porém um acidente de moto o fez adiar por alguns meses esse retorno. Em 2010 o mítico piloto regressa as pistas mas pela recém criada equipe Mercedes, como um acerto de contas de uma dívida de gratidão do passado. Os três anos na Mercedes foram muito ruins para Schumacher, alguns momentos foram sofríveis. Muitos foram os motivos para isso, a idade avançada para os padrões da categoria (acima dos 40 anos), os três anos de inatividade (a categoria evoluiu muito), os poucos treinos que eram feitos e por fim o carro da Mercedes nos dois primeiros anos não eram bons apesar dos motores serem rápidos. No terceiro ano, após os fracassos, Schumacher passou a se divertir na pista e se conformou que era a hora de parar. Esses anos na Mercedes não foram aquilo que ele esperavam tampouco o que os torcedores também esperavam mas em nada esses anos apagam a genialidade desse piloto extraordinário.

Quando comecei a fazer os posts, Schumacher curtia feliz da vida a sua aposentadoria merecida, infelizmente durante a criação desse post especificamente o ex piloto se acidentou enquanto esquiava e está em coma. Decidi em respeito ao mítico piloto aguardar a publicação desse post mas infelizmente o tempo passa e a situação de Schumacher não se altera, a solução então é dedicar a ele, de todo o meu coração esse post com o um tributo a sua genialidade.




Obrigado por tudo Schummy.

O pulso de Rosberg ainda pulsa.


Poucas vezes na vida todos que subiram ao pódio estavam satisfeitos com o resultado.

Ao pensar em grandes corridas de F1, sem muito esforço podemos colocar três ou quatro corridas ocorridas em Interlagos como uma das vinte melhores da história, vide as vitórias de Senna, uma vitória antológica de Fisichella e várias outras. Todas essas corridas tiveram entretanto um elemento em comum, a chuva, o que infelizmente esse ano não ocorreu.
No sábado mais do mesmo, as Mercedes na ponta com Rosberg e Hamilton na primeira fila, a segunda fila ficou com Massa e Bottas o que trouxe uma esperança a torcida brasileira de ver um pódio, quiçá uma vitória do piloto da casa.
Na largada, Rosberg se manteve na ponta sendo escoltado por Hamilton, um pouco mais atrás vinham Massa, Bottas e Button, em comum todos os cinco primeiros com motores Mercedes, em sexto vinha a Ferrari de Alonso que havia feito uma boa largada.
Logo na sexta volta Massa parou nos boxes, em uma estratégia acertada pois com pouco tráfego e duas voltas a mais com um pneu mais novo o piloto da Williams pode abrir vantagem para seus adversários diretos pelo pódio porém um erro na entrada dos pits fez com que o piloto estourasse o limite de velocidade, conclusão Massa teria que cumprir uma punição de cinco segundos na próxima parada de pit stop. Um adendo, antes a punição de drive through causava indignação pois se perdia vinte segundos entrando e saindo dos pits, as vezes uma punição grande demais para uma pequena infração, porém essa punição de apenas cinco segundos parece ser um pouco branda demais.
A corrida seguia, Rosberg parou nos pits e na volta seguinte Hamilton fez a melhor volta da prova mesmo com pneus mais gastos, era a certeza de que haveria uma briga pela ponta quando Hamilton fizesse os seu pit mas na volta seguinte o inglês escorrega na curva do café e roda, perdendo preciosos segundos. Massa conseguiu parar nos pits e voltou a frente de Button e Bottas, vale dizer que Bottas perdeu muito tempo nos pits para prender seu cinto de segurança que se soltou.
A corrida seguiu e já no fim da prova Hamilton esboçou um ataque mas se conteve e pensando no campeonato preferiu a cautela e se contentou com o segundo lugar, Massa que perdeu mais alguns segundos na terceira parada pois confundiu o lugar da parada da Mclaren com o da Williams, chegou em terceiro. No pelotão de trás um duelo bonito entre Alonso e Raikkonen, melhor (mais uma vez) para o espanhol.
O fim da corrida não determinou o fim do campeonato pois uma vitória de Rosberg e qualquer posição que Hamilton chegue que não seja segundo o título vai para o alemão. Difícil? Sim. Impossível de acontecer? Não. Abu Dhabi pode favorecer os carros da Williams e se eles equilibrarem a corrida tudo pode acontecer. 

Abaixo as notas dos pilotos na corrida:

1o. Rosberg - 9,5
Fez a pole, venceu mas sofreu novamente com Hamilton em seu encalço. A vitória dá um alento a Nico mas a situação do campeonato é complicada.


2o. Hamilton - 8,0
Mais uma vez o inglês se mostrou superior do que o rival em talento, fez voltas fantásticas e podia ter vencido mas errou e quase jogou fora a corrida, o maior inimigo de Lewis é Lewis, acertadamente se conteve no fim de prova e não fez besteira nenhuma mas tem que ser mais calmo em Abu Dhabi para não jogar no lixo o título.


3o. Massa - 8,0
Dois pódios no ano apenas mas o de hoje vale por três pelo menos, mesmo errando nos pits por duas vezes, erros que custaram pouco devido ao seu talento específico na pista de Interlagos a corrida do brasileiro foi boa e combativa, não se mostrou hora nenhuma apático como fez algumas vezes esse ano.


4o. Button - 8,0
Uma boa corrida de Button devido a sua pilotagem suave em uma corrida marcada pelo alto desgaste dos pneus. Não é um piloto brilhante mas não é campeão de graça, tem muito talento o inglês.


5o. Vettel - 8,0
Surpreendeu no fim da prova. Brigou com Alonso, com Ricciardo, com Bottas, com Raikkonen e depois disso tudo chegou em quinto. Se tivesse largado bem poderia quiçá brigar pelo pódio.


6o. Alonso - 7,0
Fez o máximo que podia com seu carro e ainda por cima superou na pista seu companheiro de equipe que fez uma parada a menos.


7o. Raikkonen - 6,5
Fez uma corrida muito boa, pouquíssimas vezes no ano Raikkonen foi tão competitivo. Muito bom ver que o finlandês ainda tem lenha para queimar.


8o. Hulkenberg - 6,5
Arriscou uma estratégia ousada mas no fim da prova ficou com os pneus estraçalhados e perdeu posições.


9o. Magnussen - 5,5
Muito apagado, ficou muito atrás de Button.


10o. Bottas - 6,0
Vinha para brigar pelo pódio mas o tempo perdido para recolocar o cinto foi fatal para as suas pretensões, ainda assim poderia ter brigado para ficar pelo menos entre os seis primeiros.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O COMANDANTE HAMILTON VENCE MAIS UM DUELO.



A felicidade de quem sabe que o Bi está próximo.


A corrida em Austin nos EUA foi marcada pela ausência das equipes Caterham e Marussia, por motivos financeiros as duas equipes pediram para se ausentar das corridas nos EUA e Brasil mas devem correr na última corrida do ano. Pelas declarações dadas é muito provável que nenhuma das duas equipes alinhe ano que vem e pior, a Force India dá claros sinais que não possui recursos para a temporada do ano que vem.
Nos treinos mais um duelo entre Hamilton e Rosberg, com uma volta espetacular o alemão Rosberg consegue cravar a pole com uma vida de vantagem para os adversários. Massa também foi muito bem e conseguiu um terceiro lugar, seguido por Bottas, Ricciardo e Alonso entre os seis primeiros.
Na largada Rosberg se manteve a frente de Hamilton, Massa também ficou a frente de Bottas, Alonso se aproveitou da má largada de Ricciardo e pulou para quinto, já o australiano perdeu posições e caiu para oitavo mas ainda na primeira volta recuperou uma posição. 
Tudo parecia bem após a largada mas então Pérez apronta uma das suas e perde o ponto de freada, o mexicano bate de leve na traseira do carro de Raikkonen mas como consequência maior da manobra equivocada o mexicano acertou em cheio o carro de Sutil da equipe Sauber, conclusão ambos abandonaram a corrida.
O safety car foi acionado e alguns pilotos optaram por parar nos pits e mudarem as suas estratégias mas do pelotão da frente ninguém arriscou nada.
O safety car saiu na quinta volta e a corrida recomeçou, Ricciardo começou a caçar seus oponentes um a um e foi se recuperando, logo na relargada passou Alonso e depois partiu para cima de Bottas. Na estratégia o piloto da Red Bull de quebra ainda conseguiu passar Massa e pulou para terceiro. 
A corrida chegava a sua metade, estava até monótona, Rosberg ia a frente sempre com uma pequena vantagem para Hamilton mas uma diferença que ele podia controlar, porém Hamilton mostrou toda a sua sagacidade e na maior reta do circuito se jogou no ponto de freada, dividiu a curva com Rosberg que não esperava a manobra e ultrapassou o alemão. 
A corrida termina com Lewis Hamilton no topo do pódio e não só isso, com 24 pontos de vantagem para Rosberg com apenas 75 pontos em jogo, uma diferença bastante razoável nesse fim de temporada.


Abaixo as notas dos pilotos na corrida.

1o. Lewis Hamilton - 9,0
Combativo sempre, pode não ser cerebral mas com certeza absoluta é mais aguerrido dos pilotos de ponta da F1.

2o. Nico Rosberg - 8,5
Fez a pole position e tinha uma grande possibilidade de vencer a prova porém errou e chegou em segundo, o título parece perdido nesse momento final de temporada.

3o. Daniel Ricciardo - 7,5
Largou muito mal mas se recuperou com inteligência, sagacidade e ousadia. Colocou mais uma vez Vettel no bolso.

4o. Felipe Massa - 7,0
Final de semana bom para o brasileiro e a Williams mas a sensação de ter deixado o pódio escapar por conta do erro de estratégia foi ruim ao fim da prova.

5o. Valtteri Bottas - 6,5
Largou em terceiro mas não soube cuidar dos pneus e chegou em quinto.

6o. Fernando Alonso - 6,0
Largou bem mas vacilou na relargada contra Ricciardo, não que fosse capaz de segurar o australiano por muito tempo mas um erro é sempre um erro.

7o. Kevin Magnussen - 5,5
Combativo, não teve medo de se colocar roda a roda com Button e soube se manter a frente de Vettel na última volta.

8o. Sebastian Vettel - 6,0
Um fim de semana horrível. Largou dos boxes, ficou sem pneus mas últimas dez voltas, parou faltando seis para o final da corrida e se recuperou relativamente bem, de décimo terceiro para oitavo.

9o. Pastor Maldonado - 5,5
Não se pode negar que apesar de atrapalhado o venezuelano não é rápido, passou no braço Vergne na última volta. Boa corrida pelo carro que tem.

10o.  Jean-Eric Vergne -5,0
O carro não é muito bom mas vinha fazendo uma boa corrida porém perdeu posições no fim da corrida e o grand finale foi a ultrapassagem de Maldonado sobre Vergne na última volta. Um ponto é sempre um ponto mas a sensação de que podia ser melhor ficou no ar.

AUTOMOBILISMO VIRTUAL - SONHOS E COMPETIÇÃO.

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