segunda-feira, 30 de agosto de 2021

NOTAS DA BÉLGICA.

 A quase corrida belga pelo menos trouxe a lembrança da importância da classificação para a F1, e por todo o sacrifício dos pilotos no fim de semana, eles merecem suas respectivas notas pelo desempenho que tiveram em pista, mesmo que tenha sido uma única volta válida.






1o. Max Verstappen - 10,0

Pole position, toda a volta liderada e vitória. Brincadeira a parte, sua pole position foi espetacular e merecida, foi quem mais arriscou para buscar o resultado.

2o. George Russell - 9,5

Brilhante em diversos momentos. No Q2 quando foi para a pista de pneus intermediários, no Q3 quando foi à pista no finalzinho para pegar o traçado em melhores condições e na concretização do resultado com um carros bastante limitado da Willliams. Resultado histórico para ele e para a F1.

3o. Lewis Hamilton - 9,0

Seu tempo de classificação foi muito bom, mas os dois a frente foram espetaculares. O inglês ainda mantém a liderança do campeonato.

4o. Daniel Ricciardo - 8,5

Finalmente o australiano se encaixou com o carro da Mclaren, apesar de ainda estar abaixo de seu companheiro de equipe. Ricciardo é um grande piloto, que sofre nessa adaptação, mas tem muito potencial para melhorar seu desempenho.

5o. Sebastian Vettel - 8,5

O alemão se encontrou na nova equipe, a qual ele tem um pequena porcentagem, vem tendo resultados muito bons e conquistou pontos importantes, especialmente por conta da desclassificação de Hungaroring antes das férias.

6o. Pierre Gasly - 8,0

Se existe um piloto injustiçado no grid é Pierre Gasly, o francês é bom, é rápido, vem tendo resultados excelentes pela Alpha Tauri, só precisa de um carro melhor para voos mais altos. Talvez sair da sombra da Red Bull seja a solução. 

7o. Esteban Ocon - 7,5

Após a vitória em Hungaroring, nada seria tão extraordinário, mas seu resultado foi muito bom e fez preciosos pontos para a Alpine, de quebra viu seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, fora dos pontos.

8o. Charles Leclerc - 7,0

Literalmente ganhou os pontos graças as batidas de Pérez, Norris e a punição de Bottas. O resultado foi até razoável, mas não escondem o fraco desempenho da Ferrari na chuva.

9o. Nicolas Latifi - 6,5

Seu resultado seria considerado bom, não fosse o assombroso desempenho de Russell, ainda assim Latifi vem demonstrando melhora e pontuar é sempre bom.

10o. Carlos Sainz - 6,0

Outro que pontuou graças aos infortúnios dos adversários. Dessa vez o espanhol ficou devendo um pouco.

Por enquanto é isso, na próxima semana mais corrida, agora no templo de Monza, na Itália.

A HISTÓRICA MENOR CORRIDA DA F1 DE TODOS OS TEMPOS.

     O fim de semana da F1 começou como qualquer outro, imerso na disputa entre Verstappen e Hamilton pelo campeonato mundial. Os treinos livres mostraram alternância na liderança entre as equipes protagonistas, e apesar de se acidentar na sábado de manhã, Max se mostrava ligeiramente mais rápido.

    No sábado uma classificação sensacional, que teria uma monumental importância para o resultado da corrida. O tempo chuvoso no Q1 embaralhou um pouco o grid e nesse contexto Lando Norris desbancou os protagonistas e fez o melhor tempo, se mostrando um ótimo piloto em condições adversas. A nota triste foi o desempenho melancólico de Kimi Raikkonen, que nem se classificou para o Q2.

Já no Q2, a pista ia melhorando lentamente, os pilotos partiram para as suas voltas rápidas de pneus de chuva com exceção dos carros da Williams, que se projetaram na parte de cima da tabela. Apesar do bom tempo de Hamilton, mais uma vez Lando Norris foi a sensação e obteve o melhor tempo, se mostrando um real candidato a posição.A decepção ficou por conta da eliminação de Alonso e da dupla da Ferrari, para desespero dos torcedores tifosi.

    No Q3, a chuva se intensificou, a direção de prova liberou os e Lando Norris, o primeiro a abrir volta rápida se tornou vítima das condições e bateu forte na Eau Rouge, famosa sequência de curvas em subida de Spa-Francorchamps. Vettel berrava desesperado pelo rádio "Eu avise, eu avisei, o carro está aquaplanando." O próprio Vettel estacionou para ver se Lando estava bem, e por sorte, estava. 


Lando vinha tendo um desempenho maravilhoso até a batida.


    Após os reparos na proteção de pista e a chuva ter diminuído, os pilotos voltaram à pista. A briga ficava em aberto entre Max e Lewis, até que no zerar do cronômetro, Russell, quase que milagrosamente, se coloca na pole position, o que seria histórico, ainda mais no atual carro da Williams. Hamilton fecha a sua volta e fica atrás de seu compatriota, já Max vem se atirando em cada curva com graça e agressividade, por fim o holandês, para delírio da torcida, fecha em primeiro. Russel mesmo não ficando com a pole é muito parabenizado pois o resultado foi extraordinário. Hamilton fecha o dia em terceiro.

    O domingo amanhece com muita chuva, a corrida é postergada para começar por diversas vezes e por muito tempo. Quando se encaminhava para o grid, Sergio Pérez da Red Bull bate e devido aos danos é obrigado a largar de último, comprometendo a sua corrida. Será que a equipe já se arrependeu do contrato renovado?


Pérez é vitimado pela chuva antes mesmo de começar a corrida.

    

    A corrida após muitos atrasos é iniciada com safety car e terminada logo em seguida. Dessa forma o resultado da volta é validado e os pilotos recebem os pontos pela metade. Frustrante para o público, mas necessário para a segurança dos pilotos. Talvez a corrida tivesse de ser adiada para segunda-feira, mas a previsão de chuva indicaria que o quadro meteorológico não seria alterado. Com isso Max Verstappen vence, diminuído o prejuízo para Hamilton e Russel obtém um inacreditável pódio, o primeiro dele na carreira. Desde 2014, com Lance Stroll, a Williams não ia ao pódio. 

Condições impraticáveis de se competir.


    A incrível menor corrida da F1, desbancando Adelaide em 1993, que também foi interrompida precocemente devida a chuva torrencial entra para a história e trouxe algumas agradáveis surpresas.

    Festa de Verstappen, festa de Russell e festa para Daniel Ricciardo, que finalmente pontua bem pela Mclaren com o seu quarto lugar. Outro que pode comemorar é o sempre tão questionado Nicolas Latifi, que chega aos pontos pela segunda vez seguida com o seu nono lugar. Hamilton, o segundo na corrida, permanece líder do campeonato, mas agora somente a três pontos de vantagem para Max.

    Amanhã teremos as notas dos pilotos, totalmente influenciadas pelo treino classificatório.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

NOTAS DA HUNGRIA.

     A F1 em Hungaroring, nos brindou com uma corrida histórica, com emoções e dramas dignos de um thrillher de Hollywood. Desde 1983, na Áustria, a França tinha uma equipe, motor e piloto franceses vencendo, apesar da equipe Prost em 1996, vencer em Mônaco com Panis, o motor da equipe era Honda, ou seja, japonês, a festa apesar de linda não era completa.

    Esteban Ocon, oriundo de uma família que fez todo o possível para que esse momento acontecesse, se tornou o 111º piloto a vencer na história da principal categoria de automobilismo. Ocon, que vinha em viés de baixa, consegue uma vitória improvável muito graças as defesas espetaculares de Alonso ao ser acossado por Hamilton. O inglês, apesar de superar o espanhol, ficou sem tempo para atacar o piloto francês.

    Nota triste da corrida foi a desclassificação de Vettel, a equipe Aston Martin está recorrendo, mas a situação aparentemente é irreversível para a o alemão. A título de curiosidade, a nota de Vettel seria 9,0, infelizmente para ele o desempenho brilhante não contabilizou pontos.

    Graças as estripulias, Bottas e Stroll foram punidos com cinco posições do grid para a próxima corrida.

    Abaixo as notas dadas aos pilotos pelo desempenho na corrida.


Ocon liderando com autoridade o GP da Hungria.


 

1o. Ocon – 9,5

Vitória irrepreensível, com segurança, inteligência e sagacidade. O francês suou muito, desde os tempos de Force India, para chegar ao lugar mais alto do pódio pela Alpine.

2o. Hamilton – 8,5

A classificação que resultou em pole position foi crucial para o resultado. Mesmo com o erro da equipe após a bandeira vermelha, o inglês mostrou muita garra e talento e conseguiu um resultado espetacular. Entra nas férias como líder da temporada.

3o. Sainz – 8,5

Correu muito bem, apesar da qualificação ruim. Se salvou dos acidentes e conquistou um pódio, mesmo sem subir nele.

4o. Alonso – 8,0

Alonso apesar de ver o companheiro vencer a corrida, foi o piloto do dia, correndo com garra, inteligência, mostrando ainda ter lenha para queimar e talento de sobra para enfrentar essa fabulosa nova geração. Graças a ele, a Alpine conseguiu chegar a vitória histórica.

5o. Gasly – 8,0

O francês foi outro que se salvou do desastre na largada e andou muito bem o tempo inteiro, conquistando a volta mais rápida da corrida de quebra.

6o. Tsunoda – 7,5

O japonês reclama mais do que corre, mas também foi bem na corrida, sempre muito próximo ao seu bom companheiro de equipe.

7o. Latifi – 8,5

Quem diria que a Williams iria pontuar, ainda mais com os dois carros, e além disso, com Latifi a frente de Russell. O mundo virou do avesso em Hungaroring e talvez a maior zebra do dia tenha sido justamente essa. O canadense teve seu próprio momento de glória na temporada.

8o. Russell - 7,5

Finalmente o piloto inglês conseguiu pontuar com a Williams, mas seu brilho ficou ofuscado pelo desempenho surpreendente de Latifi. Ainda assim, Russell foi muito bem e mereceu esses pontos.

9o.Verstappen – 6,5

O resultado foi péssimo, contudo terminar a prova, com o carro do jeito que estava, foi um feito memorável do holandês. Vai de andar mais e se cuidar pois as Mercedes estão literalmente se jogando nos carros da equipe.

10o Raikkonen – 6,0

Não fez muito apesar de combativo e ganhou um ponto de presente devido a desclassificação de Vettel.

Ocon no topo do mundo por um dia.



domingo, 1 de agosto de 2021

QUEBRANDO A BANCA. EFFRONTÉ OCON.

     A F1 desembarca na Hungria, prometendo fortes emoções, muito em conta da polêmica envolvendo a Mercedes e a Red Bull. Nos treinos, muito equilíbrio, mas uma leve vantagem para a Mercedes, mostrando que a equipe reagiu e igualou o desempenho com a Red Bull. Na classificação, Hamilton fez uma volta espetacular na primeira tentativa do Q3, e depois, malandramente segurou Verstappen e Pérez, comprometendo sua volta e a dos adversários pois por conta da baixa velocidade, os pneus não aquecem. Mais polêmica a vista.

    Na largada Hamilton e Verstappen largam bem, Bottas que larga muito mal, acerta Norris e Pérez, sem controle Norris bate em Verstappen, mais atrás Stroll também faz uma besteira monumental e acerta Leclerc, tirando o piloto da Ferrari da corrida, sem controle também, o piloto da Ferrari atinge Ricciardo. Após a primeira volta catastrófica alguns pilotos abandonaram a corrida, casos de Bottas, Leclerc, Stroll, Norris e Pérez. Em compensação, os cinco primeiros eram Hamilton, Ocon, Vettel, Sainz e Tsunoda, um grid atípico. Bandeira vermelha acionada, menos mal para o piloto da Red Bull que tem a chance de tentar reparar o carro.

Bottas faz um strike e leva os carros da Red Bull e Norris da Mclaren.

    Após a volta de aquecimento, Hamilton larga sozinho, literalmente, pois todos os outros pilotos vão aos boxes colocarem pneus de pista seca. Na volta seguinte, Hamilton vai aos boxes e volta em décimo quarto, distante dos outros. Mazepin abandona a prova pois nos boxes atingiu o Kimi Raikkonen.

    Após sete voltas, Verstappen não consegue subir o grid e fica estagnado no décimo primeiro lugar. Hamilton, babando, chega no pelotão. Lá na frente, Ocon e Vettel vãos e desgarrando dos outros na frente.

    Na décima volta, Hamilton ultrapassa Giovinazzi e pula para décimo terceiro. Na frente, Vettel se aproxima de Ocon na improvável disputa pela liderança. Em terceiro, de maneira sólida, Latifi, piloto da Williams.

    No giro catorze, no peito e na raça, ultrapassa Mick Schumacher, apesar das dificuldades impostas pela aerodinâmica e o circuito, além dos danos, o holandês consegue subir no grid. Duas voltas depois é a vez Gasly e no giro seguinte Hamilton ultrapassarem Mick Schumacher.

     Na passagem da volta vinte, Hamilton antecipa a parada, na volta seguinte param Verstappen e Ricciardo, mas quando retornam, com uma flecha Hamilton cruza a reta e ultrapassa a ambos.

    Na volta trinta e um, Gasly vai aos boxes e volta em oitavo. Enquanto isso, Tsunoda segura como pode Hamilton que é o sexto colocado. Mais uma volta e mesmo em um ponto sem asa móvel, Hamilton ultrapassa Tsunoda e pula para o quinto lugar. Mais uam volta e Russel ultrapassa por fora Mick Schumacher. Com o caminho das pedras dado por Russell, Ricciardo e Verstappen também superam o alemão.    

    Com trinta e cinco das setenta provas previstas, Hamilton se aproxima de Saizn que havia acabado de parar. O inglês terá dificuldades de superar o piloto da Ferrari.

    No giro trinta e sete, Vettel para nos boxes, obrigando Ocon a reagir e parar também, ao sair dos boxes os dois passam a lutar pela liderança, mas Ocon se mantém a frente. Alonso, mesmo que por instantes lidera a corrida. Alonso no giro seguinte para e retorna na quinta posição.

    Faltando vinte e oito voltas para o fim, Verstappen para nos boxes novamente, colocando pneus médios. As chances de pontuar do holandês são mínimas muito por conta dos danos no carro. Enquanto isso, Alonso vai voando e faz a volta mais rápida da corrida e começa a se aproximar lentamente de Hamilton e Sainz.

    Faltando vinte e duas voltas, Hamilton vai aos boxes e volta em quinto. Na frente, Ocon perde tempo com retardatário e Vettel quase ultrapassa Ocon, a briga pela liderança começa.

    Com apenas dezesseis voltas do fim Hamilton chega em Alonso, com chances reais de vitória, Alonso é agressivo e se defende, mostrando o grande campeão que é. Mais uma volta e Lewis ataca, o espanhol se defende como pode. Mais uma volta e mais uma defesa espetacular de posição de Alonso.

    Com dez giros para o fim, Verstappen finalmente ultrapassa Ricciardo e assume o décimo lugar. O holandês mira em Russell para ganhar mais uma posição e minimizar o prejuízo.

    Mais um pega sensacional entre Alonso e Hamilton, que se defende brilhantemente, e mesmo assim, chegam em Sainz, provando que se fosse outro, Hamilton iria pegar o caminho da vitória.

Alonso vende caro demais a ultrapassagem para Hamilton.


    Seis voltas para o fim e Alonso acaba errando um pouquinho, espalha na curva um, Hamilton vai para quarto e chega em Sainz. Em apenas uma volta, Hamilton chega e cola no espanhol. Na reta, Sainz demora a se defender e Hamilton consegue o lado interno e ganha a posição.

    Com três voltas para o fim, Ocon abre uma pequena vantagem para Vettel que têm sete segundos de frente para Hamilton, o suficiente para se manter em segundo. A disputa que resta é entre os espanhóis Alonso e Sainz.

    Contra tudo e todos, contrariando todas as expectativas, Esteban Ocon, piloto francês, em uma equipe francesa, conquista a improvável vitória no circuito da Hungria. Vettel, não menos brilhante chega em segundo, seguido pelo brilhante Lewis Hamilton. Um pódio lindo, cheio de emoção para uma corrida histórica.

    Passando desapercebido, Gasly faz a volta mais rápida da prova, ganhando o pontinho extra.

    A comemoração de Vettel e especialmente de Ocon, comovido, extasiado, que sobreviveu aos caos, teve coragem de adotar a estratégia de parar antes da largada e foi perfeito nas setenta voltas da corrida. Todos celebram a vitória de Ocon, aplaudido também por Alonso, que o ajudou demais segurando Lewis Hamilton por oito voltas. Desde 1983, com a Renault de Prost, a França não via um carro e pilotos de seu país no lugar mais alto do pódio.

OCON, A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE.

    Corrida, espetacular, deixando um gostinho de quero mais, porém a F1 entra nas férias de Verão no continente europeu e só retorna em um mês, com Lewis Hamilton como líder da temporada por apenas seis pontos.  

     Amanhã a s nota dadas aos pilotos pelo desempenho na corrida.

AUTOMOBILISMO VIRTUAL - SONHOS E COMPETIÇÃO.

Com o advento da internet, o mundo conheceu uma verdadeira revolução no modo de se relacionar entre as pessoas. O contato não precisava ser ...