domingo, 27 de maio de 2018

DOMINGO MÁGICO

Já virou rotina a última semana do mês de Maio ser a semana do automobilismo do mundo, a F1 nas ruas do principado de Mônaco, a Indy na tradicional 500 Milhas de Indianápolis e a Nascar nas 600 Milhas de Charlotte.

Nesse post vamos falar da corrida de Mônaco, mas também falaremos nas próximas horas da 102o. corrida da Indy em Indianápolis. 

Nos treinos livres e qualificação o domínio da Red Bull, graças ao seu kit aerodinâmico e a diferença entre eixos menor fez a diferença, levando Daniel Ricciardo a pole position, e consequentemente ao favoritismo da corrida. Max Verstappen, que tinha tudo para conseguir pelo menos a primeira fila da corrida, mais uma vez, pagou o preço do seu arrojo excessivo e bateu no muro no fim do último treino livre, dando adeus a qualquer chance de bom resultado na corrida. Vettel, com muito esforço conseguiu esse segundo lugar tão precioso, lhe dando chances reais na corrida, seu companheiro de equipe Kimi Raikkonen ficou com o quarto lugar, e entre as Ferrari, o líder da temporada Lewis Hamilton.

Nessa corrida de Mônaco acontece a estreia dos pneus hiper macios na categoria e há uma expectativa de alguma surpresa por conta disso. As 78 voltas promete fortes emoções. Na largada, Ricciardo se mantém na ponta, Vettel em segundo, Hamilton em terceiro, Raikkonen em quarto, Bottas em quinto Ocon em sexto, Alonso em sétimo e Sainz Jr. em oitavo. 

Largada sem confusão na principado.


As primeiras voltas são de cautela entre os pilotos, até mesmo Verstappen, que largou em último, só conseguiu uma ultrapassagem em cima de Ericsson. 

Max abrindo caminho para a recuperação.


Na volta sete, Max ultrapassa Stroll e assume a décima sexta posição, na mesma volta, Sirotikin, que vinha em um bom décimo segundo lugar é obrigado a pagar uma punição por conta dos pneus que não estavam no carro a três minutos da largada, obviamente um erro da equipe, não dele. 

No giro dez, Lance Stroll se arrasta aos boxes com o pneu dianteiro esquerdo furado, provavelmente por conta de um toque em Ericsson.

No giro doze uma surpresa, Lewis Hamilton para nos pits e volta em sexto. Na passagem quinze Hamilton passa Ocon na saída do túnel. 

Na volta dezesseis é a vez de Vettel parar nos pits, o alemão volta a frente de Hamilton e se mantém com chances de vitória. Na volta seguinte é a vez do líder Daniel Ricciardo fazer o seu pit stop, e retorna em primeiro com certa folga.

Na passagem vinte, Alonso quando sai dos pits volta a frente de Vandoorne e Verstappen, seu companheiro de equipe, em um ato de extrema gentileza, diminui a pressão para não ultrapassar Alonso. 

Com vinte e oito voltas, Vettel se aproxima perigosamente de Ricciardo, assim como Raikkonen de Hamilton. A corrida passa a ter emoção. Visivelmente Ricciardo começa a ter problemas de potência, mas passar em Mônaco é uma missão ingrata.

Hamilton resistindo a Kimi.

Após algumas voltas nervoso com a súbita perda de potência, Ricciardo começa a se restabelecer e se mantém a frente de Vettel. Com mais da metade da corrida a ser percorrida, vencer será algo antológico. Aos poucos Lewis Hamilton vai retirando a vantagem e se aproximando dos líderes.

Ricciardo se segurando como pode na liderança.

Com quarenta e duas voltas, apesar de se aproximar de Vettel e Ricciardo, Hamilton pede a equipe para ir aos pit, pois está temendo pelo desgaste excessivo de seus pneus, a Mercedes nega veementemente. A corrida apesar de não ter muita movimentação passa a ter muita dramaticidade.

Com quarenta e oito voltas finalmente Max Verstappen faz o seu pit stop e volta em décimo primeiro. Na frente, os três primeiros já andam no ritmo imposto por Ricciardo, e Raikkonen trazendo consigo Bottas também se aproximam.

Na volta cinquenta e dois, Alonso com problemas abandona a corrida com problemas no câmbio. uma pena pois o espanhol estava em uma excelente s´tima posição.

A única felicidade na vida de Alonso é o Real Madri atualmente.

No giro cinquenta e quatro um trio se forma e aparentemente a confusão iria se formar. Sainz, Hulkenberg e Verstappen, se esfregam na pista. A Renault pede e Sainz atende o pedido de deixar Hulkenberg o ultrapassar. Nesse caso o pedido não foi descabido pois no ritmo em que estava Max iria passar pelo dois. Max tenta se aproveitar para pegar a carona com Hulkenberg, mas não consegue. Max então passa a tentar ultrapassar Sainz Jr. A briga entre os dois é intensa, Max por duas vezes na saída do túnel tenta passar por Sainz, na primeira Sainz sai pela chicane e fica na frente, na segunda, por fora Max passa Sainz, com três rodas por cima da zebra, mas uma na pista, o que valida a ultrapassagem pelas regras.

Por fora, de maneira sensacional, Max consegue a ultrapassagem da prova.

Faltando apenas doze giros, Vettel parte para o ataque final, pressionando Ricciardo. Hamilton, sem pneus, começa a perder ritmo, porém bem a frente de Raikkonen ainda. Mais atrás Verstappen passa a pressionar Hulkenberg. quem agradece é Gasly que escapa na frente dos dois.

Faltando apenas seis voltas para o fim Leclerc sem freios acaba batendo em Hartley, o incidente ocasiona o Virtual Safety Car. Com a bandeira verde sendo aciona com quatro voltas para o fim, Vettel perde muito tempo na relargada e fica muito para trás. Aparentemente com problemas ou nos freios ou pneus, Vettel tenta só levar o carro até o fim. 

O piloto da casa abandona sem freios e leva consigo Hartley.


Ricciardo, de maneira heroica e dramática vence a corrida, que havia lhe escapado entre os dedos em 2016 com um erro no pit stop da equipe, é o primeiro triunfo do australiano em Mônaco e será inesquecível. Vettel fica em segundo, e o ainda líder da temporada Lewis Hamilton fecha o pódio.

A diferença entre Hamilton e Vettel cai para catorze pontos, tudo em aberto ainda, e a próxima etapa será no dia 10 de Junho no circuito Gilles Villeneuve no Canadá. 

Abaixo as notas dadas aos pilotos pelo desempenho na corrida.

1o. Ricciardo - 9,5

Fez praticamente tudo que era possível, menos a volta mais rápida, mas compensou com garra e calma para não se desconcentrar e levar o carro a vitória. 

2o. Vettel - 8,0

Fez o que pode tanto na corrida quanto nos treinos, conseguiu diminuir um pouco a vantagem de Lewis, mas ainda um pouco longe do rival. 

3o. Hamilton - 7,5

Correu bem, mas reclamou uma barbaridade dos pneus e por ele, teria jogado o pódio fora, Lewis tem de agradecer o seu engenheiro dessa vez.

4o. Raikkonen - 7,0

Fez uma corrida interessante, sabendo conter bem o ímpeto de Bottas.

5o. Bottas - 6,5

Não fez nada demais tanto na corrida quanto nos treinos, seu desempenho oscila demais.

6o. Ocon - 8,0

Fez um excelente treino classificatório e conseguiu uma boa colocação na corrida. O desempenho da Force India surpreendeu nesse fim de semana.

7o. Gasly - 7,5

Outro piloto que teve um desempenho surpreendente, ajudou o fato de passar pelo Alonso quando o câmbio desse quebrou. Um bom resultado para ele e a Toro Rosso, ainda mais se comparar o resultado de Hartley.

8o. Hulkenberg - 7,5

Optou por uma estratégia diferente e ousada, porém os pneus mais novos no fim da prova não adiantaram para atacar Gasly, ficando uma posição abaixo do que era possível. Se tivesse tido safety car mais cedo, a história poderia ter sido outra para ele.

9o. Verstappen - 7,0

Errou feio no treino livre, jogando fora a possibilidade de vitória na corrida, mas deu um show, se recuperou bem para os padrões de Mônaco e conseguiu pontuar.

10o. Sainz Jr. - 6,0

Um pouco apagado mas conseguiu fechar na zona de pontuação.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

HAMILTON ABSOLUTO NA ESPANHA


     O GP da Espanha é sempre uma corrida previsível para F1, com exceção talvez da vitória de Pastor Maldonado com a Williams, o circuito é a casa de testes da categoria, e geralmente a qualificação reflete as forças das equipes na temporada. Nesse momento de verdade, as Mercedes dominam a qualificação, o que é ótimo para Hamilton que lidera o campeonato e larga na pole position dessa corrida previsível. Bottas confirma o domínio prateado e fica em segundo, Vettel sem muito esforço só larga em terceiro, e com a obrigação de reverter a maré de azar. Em quarto Raikkonen, em quinto Ricciardo, em sexto Verstapen, em sétimo um surpreendente Magnussen e em oitavo o piloto da casa Fernando Alonso.

     A corrida começa com a previsão de chuva, o que pode favorecer a algumas surpresas da corrida. A largada é movimentada, as Mercedes se defendem de Vettel, apesar de Hamilton se manter na ponta, no fim da reta, Bottas acaba sendo ultrapassado por Vettel, a confusão começa após a primeira curva, Romain Grosjean acaba perdendo a traseira do carro e para não rodar continua acelerando o carro, porém ele volta com o carro desgovernado a pista e dois pilotos o atingem, Nico Hulkenberg e Pierre Gasly, para outros como Ocon e Alonso a sorte sorriu, conseguindo escapar ilesos. A imprudência de Grosjean custou caro para ele, pois a sua imagem se desgasta cada vez mais devido a esses erros.



     Na volta sete a relargada acontece, Alonso pressiona Ocon, e por fora na curva três ele consegue a ultrapassagem, simplesmente sensacional. O espanhol na volta seguinte começa a pressionar o bom Leclerc. Na frente Lewis Hamilton faz seguidamente voltas mais rápidas, abrindo uma boa diferença para a Ferrari de Vettel.

Romain Grosjean aprontando logo na largada.


     Da volta oito até a dezoito, nada aconteceu na corrida, se o sujeito quisesse ir à cozinha para tomar café, ligar para a mãe e desejar Feliz dia das mães, poderia fazê-lo sem nenhuma dor na consciência. Mas na volta dezoito, Vettel para nos pits, antecipando um pouco a parada. Na volta vinte é a vez de Bottas parar. O alemão ultrapassa Magnussen e de quebra, coloca o carro da Haas entre eles. 

    O ciclo de pit stop começa e várias estratégias se formam, as Red Bull, Raikkonen e Hamilton prologam o stint de parada.

     Na volta vinte e cinco o carro de Raikkonen perde potência e ele perde várias posições, ele leva seu carro aos boxes e abandona a corrida. Enquanto isso, Leclerc na volta vinte e seis, e Alonso na vinte e sete, ultrapassam Brendon Hartley no fim da reta.

     Na passagem vinte e nove, Sainz e Ericsson brigam intensamente, e por muito pouco não se tocam, a torcida vibra e incentiva Sainz a continuar com o ataque, na volta seguinte ele tenta novamente mas também não consegue, e nisso Leclerc e Alonso chegam ao pelotão.

     Na passagem 33, ou seja, na metade da corrida, Ricciardo para nos pits e na volta seguinte Verstappen, que liderava a corrida também para também.

     Com quarenta giros completadas a corrida volta a ficar monótona, nem mesmo o abandono de Ocon é capaz de arrumar o pelotão, o safety car virtual não coloca fogo na corrida. A Ferrari chama Vettel, porém a parada da equipe é ruim, e apesar de sair lado a lado com Verstappen, Vettel perde a posição.

     Na relargada, Verstappen, que estava em terceiro, quando a corrida recomeça e acerta Sirotkin, o piloto russo tem o pneu furado e Max fica com o carro com parte da asa quebrada. É a chance de Vettel passar pela Red Bull e ir ao pódio. Quem se deu muito bem na relargada foi Alonso, que inteligentemente saiu embutido na traseira do garoto Leclerc e o ultrapassou no fim da reta.
     
    Faltando sete voltas para o fim, Pérez ultrapassa Leclerc e assume a nona posição. Mais a frente, Vettel até se esforça, mas não consegue se aproximar de Verstappen.

     Hamilton cruza a linha de chegada em primeiro, festeja muito e de quebra abre dezessete pontos para Vettel na temporada. Bottas faz a dobradinha da Mercedes com o segundo posto, e um heroico Max Verstappen fecha os três primeiros no pódio.

A felicidade incontida e Lewis com a vitória.


Abaixo as notas dadas aos pilotos pelo seu desempenho:

1º. Hamilton – 9,5
Fez uma corrida quase perfeita, faltando apenas a volta mais rápida. Deixa para trás as críticas e embala a sua segunda vitória consecutiva. Vai construindo o seu pentacampeonato.

2º. Bottas – 8,0
Largou na primeira fila, perdeu a segunda posição na largada, mas foi rápido e constante, conseguindo assim recuperar na estratégia o segundo lugar.

3º. Verstappen – 7,5
Foi discreto na qualificação, mas largou super bem, pulando para quinto. Na corrida mostrou ter um bom ritmo, errou feio ao acertar Sirotikin, porém mesmo com a asa um pouco danificada, manteve o bom ritmo. Um piloto fantástico que pilota além dos limites às vezes.

4º. Vettel – 7,0
Um resultado muito ruim para o alemão, que pulou para segundo na largada e tinha ritmo para pelo menos chegar ao pódio. A opção por duas paradas se mostrou frustrante e mais uma vez perde pontos importantes na disputa pelo título.

5º. Ricciardo – 6,5
Foi discreto a corrida inteira, e apesar de fazer voltas voadoras, não conseguia se aproximar de Vettel. Muito estranho o seu desempenho irregular.

6º. Magnussen – 8,0
Salvou o dia da Haas, se qualificou muito bem e foi constante a corrida inteira, chegando em um bom sexto lugar.

7º. Sainz – 8,0
Um dos pilotos da casa fez por merecer o carinho da torcida. Apesar de se qualificar mal, se recuperou na largada com a confusão causada por Grosjean. E mostra que a Renault tem sim a quinta força nesse campeonato.

8o. Alonso – 8,0
Se qualificou muito bem, mas se envolveu na confusão da largada, perdeu posições e teve de remar muito para conquistar esse oitavo posto. A Mclaren desse ano melhorou, mas ainda assim, está longe de ser uma potência.

9o. Pérez – 7,0
Agressivo e combativo Pérez sempre foi, e no GP da Espanha esses atributos do mexicano o ajudaram a conquistar essa nona colocação. É triste ver a Force India decair tanto de um ano para o outro.

10o. Leclerc –  7,0
O monegasco consegue tirar leite de pedra com o carro da Sauber. Talvez, se fosse mais experiente poderia ter complicado mais a vida de Alonso e Pérez, mas com um carro tão ruim é difícil avaliar se isso era realmente possível. O garoto vai somando pontos e prestígio.

     A próxima corrida será nas ruas estreitas e charmosa de Mônaco, a Ferrari dessa vez vai ainda mais pressionada, e se Vettel quiser ser campeão precisa vencer urgentemente.


AUTOMOBILISMO VIRTUAL - SONHOS E COMPETIÇÃO.

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