domingo, 30 de setembro de 2018

A VITÓRIA ANTICLÍMAX


O circuito de Sochi na Rússia recebe mais uma etapa do mundial 2018, esse Grande Prêmio pode ser decisivo para as pretensões da Ferrari de disputar até o fim da temporada o título. Para a Mercedes um bom resultado dará ainda mais conforto para a equipe nessa reta final de campeonato.

Nos treinos livres cada uma das equipes liderou um dos treinos de sexta feira. Na Qualificação de sábado os times jogaram as cartas na mesa e a Mercedes prevaleceu, e muito. No Q3, Bottas e Lewis surraram a concorrência, meio segundo de vantagem para as Ferrari. Impressionante. Bottas que se qualificou muito bem, ainda contou com um erro de Hamilton na sua segunda tentativa, garantindo ao finlandês a pole position. Restou para Vettel a terceira posição na grelha de largada. As Red Bull, punidas por trocas de peças ficaram com o décimo nono e vigésimo lugares.

O céu encoberto e a chuva que caiu na noite de véspera da corrida criaram uma expectativa de chuva antes da corrida, mas a largada se dá com pista seca. 

Na largada Bottas tracionou muito bem e se manteve na ponta, Hamilton e Vettel fazem a reta lado a lado disputando a posição até a freada no fim da reta, Hamilton, no traçado mais limpo prevalece e se mantém em segundo.

A pista de ultrapassagem complicada não foi problemas para Max Verstappen começar o seu show.  Só na largada o piloto holandês saiu de décimo nono para décimo primeiro, simplesmente espetacular. Volta a volta o show continuou, Max ultrapassou volta a volta Ericsson, Grosjean, Pérez, Ocon e Magnussen, Para efeito de de comparação Ricciardo nesse momento estava apenas em décimo segundo.

Verstappen abriu caminho na pista como Moisés no Mar Vermelho.


Outros embates também chamaram a atenção, na volta quatro Leclerc, o garoto sensação, ultrapassou o encardido Magnussen, nesse momento a disputa valia a quinta posição. Na volta oito foi a vez  Max ultrapassar Leclarc, ou seja em apenas seis voltas o garoto Max se estabeleceu na sua posição normal, o quinto posto, atrás somente das Ferrari e Mercedes.

Outra disputa que chamou a atenção foi o embate entre Magnussen e Ocon, com uma manobra perigosa no fim da reta, o inglês conseguiu se defender do jovem francês.

Na volta onze os pilotos começam a parar nos boxes e colocarem pneus mais duros para irem até o fim da corrida. Na volta doze, o líder Bottas para nos boxes. Na volta seguinte é a vez de Vettel parar e a Mercedes mantém Hamilton na pista. Na volta catorze Lewis para e quando volta, fica imediatamente atrás de Vettel, colocando fogo na corrida.

Vettel voltando a frente de Hamilton, o erro foi da Mercedes.


A disputa entre Vettel e Hamilton é bonita, mas só dura duas voltas, rapidamente o inglês ultrapassa Vettel com arrojo.

Hamilton faz um ataque agressivo e preciso contra Vettel.


A corrida liderada por Max Verstappen via mais atrás um trio composto por Bottas, Hamilton e Vettel, muito próximos e uma disputa bonita.

Na volta vinte e cinco, quase na metade do GP, a Mercedes dá uma ordem de equipe e Bottas praticamente estaciona para que Hamilton passasse. O que dizer de uma situação tão desnecessária e até mesmo feia? Bottas era o mais rápido, Hamilton também tinha um bom ritmo e a Ferrari dificilmente ganharia a corrida apesar da pressão tímida que fazia.

Bottas acintosamente deixa Lewis passar


Após o lançamento da moda, a Force India também ordena a mudança de posição entre Pérez e Ocon, o objetivo era deixar o mexicano com o caminho livre para atacar Magnussen. Aliás uma menção a situação de Ocon, um piloto tão rápido e bom ficar um ano sem correr, como será o seu caso ano que vem é triste.

Após trinta e três das cinquenta e três previstas Max Verstappen, apesar de não ter parado, liderava a corrida, se mantendo a frente de Hamilton, o segundo. Mais atrás a Force India desfaz a troca de posições entre os seus pilotos, e deixa para ambos resolverem na pista quem chegará a frente. 

Com trinta e nove giros os pilotos que largaram de pneus mais duros começam a parar, o primeiro a puxar a fila foi Ericsson. Ricciardo faz seu pit, com a troca do bico dianteiro na volta quarenta, e ainda assim volta confortavelmente em sexto. 

Na passagem quarenta e dois Hamilton tenta ultrapassar Verstappen, mas não consegue. Max estica ao máximo seu pit, contando com uma bandeira amarela ou safety car.

Faltando dez voltas para o fim, Max finalmente para nos boxes e coloca os pneus ultramacios, com a missão de retirar treze segundos para Raikkonen.

Na penúltima volta Bottas cobra da equipe a troca de posição e a equipe não o faz. Desnecessário, cinquenta pontos de vantagem, mas ainda seriam com a troca seriam quarenta e três, e faltando apenas cinco corridas para o fim da temporada. A bandeira quadriculada tremula para os primeiros, mas o constrangimento é visível. E a culpa é toda da Mercedes. Estragaram um espetáculo bonito e ganharam, com certeza a antipatia do público.



Abaixo as notas dadas aos pilotos pelo desempenho na corrida.

1o. Hamilton - 7,5

Não fez a pole e ganhou de presente a vitória, de relevante apenas a boa ultrapassagem em Vettel.

2o. Bottas - 8,0

O vencedor moral, se é que isso existe. Fez a pole e liderou com segurança a prova, até ser obrigado a entregar a vitória.

3o. Vettel - 6,5

Fez o que pode com o carro, e até na base da estratégia tentou surpreender a Mercedes, mas sem ritmo ficou difícil segurar Lewis.

4o. Raikkonen - 6,0

Oscila demais, mais uma vez foi uma nulidade para a equipe.

5o. Verstappen - 9,5

O nome do dia. Que presente de aniversário maravilhoso para esse holandês essa atuação impecável.

6o. Ricciardo - 7,0

Se recuperou bem, foi seguro o tempo inteiro, mas não fez nada de mais.

7o. Leclerc - 7,5

Como anda bem esse garoto. Agressivo, mas inteligente em suas ações. Merece ir para a Ferrari, e quiçá, poderá fazer frente a Vettel.

8o. Magnussen - 8,0

Foi o piloto que mais foi pressionado na corrida, conquistou a fórceps esse oitavo lugar.

9o. Ocon - 7,0

Fez uma boa corrida e chegou a frente do companheiro de equipe.

10o. Pérez - 6,0

Foi combativo, porém ainda assim, chegou atrás de seu companheiro de equipe.


De bônus a classificação dos cinco primeiros.

1o. Hamilton - 306 pontos
2o. Vettel - 256 pontos
3o. Bottas - 189 pontos
4o. Raikkonen - 186 pontos
5o. Verstappen - 158 pontos


É isso, na próxima semana, na mítica pista de Suzuka, os pilotos irão disputar mais uma emocionante etapa.


domingo, 16 de setembro de 2018

A NOITE PERFEITA DE LEWIS

As feras da Fórmula 1 desembarcam na suntuosa cidade-Estado de Cingapura, para a corrida noturna nas ruas dessa pérola do sudeste da Ásia. Nas semanas que antecederam o Grand Prix muitas reviravoltas na famosa dança dos pilotos, mudanças que mudam completamente o cenário para a próxima temporada. 

Na busca por um lugar em algum cockpit, Esteban Ocon, o francês habilidoso e de pé pesado acabou surpreendentemente acabou de pires na mão, perdeu na própria equipe, a vaga na Mclaren e restou a ele ficar de piloto de teste da Mercedes para, talvez correr em 2020. Triste demais.

Outro fato que chamou, e muito a atenção, foi a ida de Leclerc para a Ferrari, mas a grande surpresa foi a ida do ex-campeão, Kimi Raikkonen para a Sauber-Alfa Romeo, e por duas temporadas. Esse retorno às origens de Kimi é legal, mas por outro é uma retrocesso desnecessário para a sua carreira.

Durante os treinos oficiais, Vettel deu uma lambida no muro e danificou seu carro, apesar disso, as Ferrari com Kimi e ele próprio dominaram os treinos. A equipe de Maranello mais uma vez tem a chance de disputar a vitória e tentar buscar título.

Na qualificação, com exceção da surpreendente primeira posição de Ricciardo no Q1, tudo se encaminhava para uma disputa interna da equipe. Só que não. No Q3, Hamilton, sempre ele, fez uma volta perfeita, e segundo ele próprio a melhor de sua vida, e conquistou uma improvável pole position. O estado de graça em que se encontra o permite realizar pequenos milagres como esse, e muito provavelmente ao fim do ano teremos o inglês como um dos cinco maiores pilotos de todos os tempos. Max Verstappen conquistou a segunda posição, mostrando que a Red Bull em circuitos de rua tem um bom carro. Vettel não cumpriu o que se esperava dele e caiu apenas para terceiro, e pior terá o escudeiro de Hamilton, o fiel Bottas, ao seu lado para lhe atrapalhar. Raikkonen, que reclamou dos pneus, ficou apenas em quinto e ao seu lado Ricciardo, que atacou a própria equipe pois seu desempenho simplesmente despencou de um treino para o outro. Aliás, Ricciardo não participa mais das reuniões da equipe, sendo excluído por causa de sua saída no fim do ano.

A expectativa para a largada era imensa, relembrando o que ocorreu ano passado, a corrida poderia se resolver na primeira curva. Hamilton larga bem e escapa na ponta, Verstappen larga mal mas freia bem dentro na curva e se mantém na ponta, mas Vettel fica embutido nele, no fim da grande reta seguinte a da largada, o alemão se lança ao ataque e ultrapassa Max, no segundo seguinte o safety car é acionado. 

Vettel e Verstappen, uma disputa espetacular entre eles.


No meio do pelotão, Ocon tenta por fora na curva e acaba sendo tocado por Pérez, seu próprio companheiro e arqui-inimigo desde a sua chegada na F1. Pérez segue normalmente na corrida e Ocon fica estampado no muro.  


Pérez marotamente joga para cima de Ocon.



A relargada acontece somente na volta cinco e a disputa entre Hamilton e Vettel está em aberto. Em terceiro Max relata problemas no carro e já durante a volta fica mais para trás, sendo pressionado por Bottas e Raikkonen.

Já no giro sete, Max começa a se recuperar e vai se aproximando de Vettel, e se distanciando de Bottas e Kimi. Hamilton fica um pouco mais de um segundo a frente de Vettel e vai administrando a sua liderança.]

Após dez voltas, Verstappen relata que o carro está muito bom, e se mantém na mesma imagem dos lideres. 

Com catorze das sessenta e uma voltas alguns pingos começam a cair, porém o calor de Cingapura e a passagem dos carros no traçado não faz muita diferença. Por coincidência, ou não, Hamilton começa nesse momento a abrir vantagem para Vettel. De surpresa, Vettel para nos boxes no fim da volta.

Na volta dezesseis Hamilton para nos boxes e coloca pneus ainda mais duros do que os de Vettel, graças a vantagem e a reação rápida da Mercedes, Hamilton volta na frente. Na volta seguinte Vettel passa por Pérez e volta a ficar imediatamente atrás de Hamilton, porém com quatro segundos atrás.

Verstappen para nos boxes e quando volta fecha a porta em cima de Vettel. O alemão não consegue concluir a ultrapassagem e cai mais uma posição. A situação do piloto da Ferrari só piora quando Verstappen começa a abrir vantagem. Vettel para corrigir os rumos de sua estratégia precisa de um novo safety car.

Verstappen sai dos boxes e fecha a porta na cara de Vettel.


Com vinte e três giros completados Raikkonen para nos boxes e retorna em sexto. Ricciardo, o único entre os líderes a não parar nos boxes, assume a liderança.

Os pingos pareciam cair de uma maneira um pouco mais acentuada, e os boxes das equipes ficam um pouco perdidos sobre o que vai acontecer. A Red Bull pede a Ricciardo que se segure na pista um pouco mais, pois se chover, ele assume a liderança de maneira real, mas Hamilton se aproxima rapidamente.

Sem pneus, na passagem vinte e oito, Ricciardo para nos boxes. retornando apenas em sexto. Vettel começa a se reaproximar de Max Verstappen, porém muito pouco para ameaçar o holandês. O drama aumenta quando se imagina que seus pneus dificilmente conseguirão ir até o fim da corrida.

Com metade da corrida, a famosa chuva que cai e não molha, não se torna uma fator e a corrida fica em compasso de espera, a única emoção é a disputa entre Sirotkin e Pérez, pela gloriosa décima terceira posição. Pérez perde a cabeça, coloca de lado em uma posição muito estreita na pista, nenhum dos dois cede na curva, Pérez joga o carro em cima de Sirotkin e eles se tocam. Pérez fica com um pneu danificado e Sirotkin se perde na corrida, sendo ultrapassado por Hulkenberg e depois se forma um grande pelotão atrás dele.

Pérez perde a cabeça e se joga sobre Sirotikin.


Hamilton chega nos retardatários, o líder da corrida perde um pouco de tempo para ultrapassar Magnussen e Hartley, porém o pior estava por vir, ao chegar em Grosjean e Sirotkin, os pilotos não abrem para Hamilton e continuam normalmente por toda a volta a disputar a posição, ignorando as bandeiras azuis. A perda de tempo foi tão absurda que Verstappen, que estava a quatro segundos, colou atrás dele. Quando Grosjean concluiu a ultrapassagem, Sirotkin abriu para Hamilton e Verstappen, que chegou a tentar a ultrapassagem, porém sem sucesso. Vettel, mesmo com seu baixo rendimento se aproxima de Max.

Hamilton que ia tranquilo passa um apuros tremendo na corrida.
Após toda essa confusão, Alonso para nos boxes e volta em sétimo, com pneus mais novos para dar vinte voltas apenas. Com exceção de Hamilton foi o grande destaque da corrida, e de quebra, faz a volta mais rápida. Ricciardo começa a se aproximar de Raikkonen e Bottas, sempre fazendo voltas rápidas, a disputa entre eles fica em aberto. A direção de prova pune com um drive through Sérgio Pérez, pela manobra medonha, além deles Grosjean e Sirotkin também são punidos, só que com cinco segundos apenas.


Faltando apenas dez voltas Raikkonen começa a pressionar Bottas, e Ricciardo vai chegando em ambos. Vettel de maneira acintosa vai perdendo ritmo por conta dos pneus extremamente desgastados, mas ainda conserva uma vantagem bastante razoável.

Kimi até tentou, mas Bottas prevaleceu e ficou em quarto.


Hamilton, com um bom ritmo e sem sustos cruza a linha de chegada em primeiro, mais uma vitória adquirida em muito por conta de seu talento, abrindo quarenta pontos para Vettel na temporada. Verstappen, que também fez uma corrida espetacular cruza em segundo. Vettel, o grande perdedor do dia é obrigado a se contentar com o terceiro lugar e um troféu de consolação. Bottas com esforço chega em quarto, seguido de pertinho por Raikkonen e Ricciardo. Lewis Hamilton com essa vitória chega a sessenta e nove triunfos na carreira e quarenta pontos de frente para disputar o título. Pode-se dizer que colocou uma mão e alguns dedos na taça.

Durante a transmissão oficial da corrida aqui no Brasil, Reginaldo Leme afirmou que Lewis se coloca para ser o melhor de todos. O melhor talvez ainda seja cedo para afirmar, mas com certeza ele já se coloca acima de outros Stewart, Piquet, Brabham, Ascari, Alonso, Vettel, Hakkinen e até mesmo Lauda, isso já é um fato.

Abaixo as notas dadas aos pilotos pelo desempenho na corrida.

1o. Hamilton - 10,0

Fez uma pole postion magistral, largou muito bem, foi rápido, constante e soube ter cabeça fria nos momentos de dificuldade, sem se precipitar e arriscar nada. Já está entre as grandes lendas da F1 de todos os tempos e rumando fácil para o pentacampeonato. 


 2o. Verstappen - 9,0

Fez uma qualificação incrível, faltou carro para buscar a pole, largou um pouco mal é verdade, mas soube andar rápido quando precisou e agressivo na medida certa dessa vez. 


3o. Vettel - 6,0

Apesar do pódio a expectativa era de ser o vencedor da corrida, falhou na qualificação, falhou na estratégia e passa a ver o título como algo distante após esses resultados ruins.


4o. Bottas - 7,0

Foi discreto o fim de semana inteiro, e só se destacou ao reclamar injustamente de Hulkenberg e depois por resistir a Raikkonen. 


5o. Raikkonen - 6,0

Depois da boa atuação em Monza e de treinos excelentes a prova de Kimi decepcionou um pouco.


6o. Ricciardo - 6,0

Seu resulto e ritmo de corrida não foi ruim, mas se comparado a Verstappen, ficou devendo e muito. O fato de estar sendo excluído da equipe por conta de sua saída, também tem de ser levado em conta.

7o. Alonso - 8,5

Esse é bom, excluindo Lewis, foi o nome da corrida. Arrancou um resultado na estratégia e em um ritmo surpreendente na corrida. Falta carro para ele pois em termos de talento é o único capaz de ganhar rivalizar Lewis Hamilton.


8o. Sainz - 7,0

Um bom resultado da equipe e dele próprio, foi combativo a corrida inteira e fez por merecer os pontos.

9o. Leclerc - 7,0

Faz por merecer a contratação por parte da Ferrari, leva sempre esse carro ruim da Sauber aos pontos, não se envolve em confusões e é claro, é muito rápido.

10o. Hulkenberg - 6,0

Teve um começo ruim na corrida, mas soube se recuperar lentamente, porém chegou atrás do próprio companheiro de equipe.

Semana que vem a F1 vai para a Rússia, nas ruas de Sochi. Vettel terá mais uma chance de tentar se colocar como uma ameaça real a Hamilton.





domingo, 2 de setembro de 2018

O CANTO DO CISNE.

A mítica pista de Monza recebe o maravilhoso circo da F1. O circuito é um dos mais tradicionais e está presente, com diferentes traçados, desde a primeira temporada da F1. Monza é um pista em que a coragem talvez seja mais necessária do que o talento, apesar da altíssima velocidade o traçado em si não representa grandes dificuldades, com exceção feita a largada, pois na primeira variante os carros chegam muito próximos devido ao vácuo e a forte freada e a curva muito fechada, invariavelmente, causa grandes acidentes.

Nos treinos livres um domínio absoluto de Vettel. Na qualificação Kimi Raikkonen protagoniza e conquista a pole position, na casa da equipe de Maranello e se torna o mais velho piloto desde Mansell em 1994 a largar na posição de honra. Kimi aliás pode estar vivendo seu último grande momento na categoria já que a Ferrari o substituirá ano que vem por Charles Leclerc. Vettel fecha a primeira fila , seguido pelas Mercedes de Hamilton e Bottas.

Ericsson capotou no treino livre, mas pode participar sem problemas da corrida.


Na largada Kimi não dá mole para Vettel e segura o alemão, Hamilton parte para cima de ambos e na segunda variante, o inglês joga duro e passa por fora, o carro da Ferrari acaba tocando na lateral da Mercedes e roda, e pior  ainda, danifica a asa. Vettel por sorte se favorece da entrada do safety car para não perder a oportunidade de pontuar bem. Mais uma vez a precipitação do alemão, em tentar resolver tudo na primeira das cinquenta e três voltas, o prejudica. O safety car foi acionado por conta do toque de uma Sauber na Toro Rosso de Hartley ainda na largada, a Toro Rosso com o pneu furado acaba tendo a suspensão quebrada e ainda na reta bate no guard rail lateral.

Raikkonen joga duro na largada e se mantém na ponta.


Na volta quatro a corrida recomeça, Hamilton espetacularmente passa Raikkonen, na segunda variante,o finlandês dá o troco e retoma a ponta a corrida. Ainda na volta quatro Pérez e Magnussen se estranham e se tocam, jogando pedaços de carro por toda a pista.

Vettel toca em Hamilton e roda. Adeus ao título?


Na volta sete Hamilton faz a volta mais rápida da corrida e volta a atacar Raikkonen, enquanto isso lá atrás, com pneus mais duros, Vettel muito lentamente começa a se recuperar, ainda é o décimo quinto. Vettel perde muito tempo com o pelotão formado por Ricciardo, Leclerc, Gasly, Alonso e Pérez.

Na volta nove Vettel começa a acelerar seu ritmo, passa por Ricciardo na freada da primeira variante e passa por Leclerc na saída da segunda variante. Alonso no fim da volta abandona a corrida. Última temporada melancólica do ex-campeão.

Na passagem onze Hamilton pressiona Raikkonen, mas não consegue colocar o carro de lado. Mais ao fundo, Ricciardo e Gasly se tocam, a corrida é muito disputada e repleta de ultrapassagens. Na volta seguinte Ricciardo finaliza e passa Gasly.

No giro catorze as Mercedes partem para cima de seus adversários, Hamilton começa a forçar em cima de Raikkonen, Bottas já começa a ensaiar a ultrapassagens em Verstappen. No pelotão intermediário Vettel finalmente chega na zona de pontos após passar Sirotikin.

Na volta dezessete Vettel passa Pérez, mas não segura o carro e recebe o "x" de Pérez. Na volta seguinte, no mesmo ponto da variante Vettel passa Pérez, de maneira limpa e sem sustos.

Na volta vinte e um Raikkonen para nos pits e Hamilton fica na pista. Na volta seguinte o inglês faz a volta mais rápida para tentar ganhar a posição. Em pista Hamilton faz um esforço incrível para ganhar a posição.

Na volta vinte e quatro Kimi Raikkonen faz a volta mais rápida, porém o finlandês relata que está vendo chuva se aproximar da pista. Ainda na volta vinte e quatro, Ricciardo fica sem motor e abandona. Por sorte da Ferrari a bandeira amarela é apenas local.

No giro vinte e seis a pista é totalmente liberada. Após as paradas dos ponteiros com exceção das Mercedes, Vettel conquista a quarta posição.

Na volta vinte e nove Hamilton para nos boxes e volta em terceiro. Raikkonen se aproxima e muito de Bottas. Vettel para nos boxes e coloca pneus mais macios e volta em décimo.

Na volta trinta e um, Raikkonen começa a atacar Bottas e perde tempo. Hamilton se aproveita disso e começa a se aproximar.

Na volta trinta e três, os três primeiros estão juntos, o trabalho de Bottas, mesmo custando a ele o pódio, valeu para Hamilton ter a chance real da vitória. Mesmo com pneus bem mais gastos, Bottas consegue um ótimo desempenho e faz com que a Ferrari de Raikkonen fique encaixotada.

Na passagem trinta e seis Bottas para nos boxes e retorna em quarto. E a briga pela vitória fica em aberto, Raikkonen e Hamilton. 

Faltando quinze giros para o final Vettel passa Pérez e assume a quinta posição. Hamilton de asa aberta se aproxima ainda mais de Raikkonen. A corrida está em aberto para ambos. os pneus de Raikkonen estão em petição de miséria, cheios de bolhas. Os de Hamilton estão bem gastos, porém em melhores condições em comparação ao finlandês.

Com doze para o final Bottas tenta a primeira investida sobre Verstappen, mas sem sucesso. Com retardatários a frente, a boa negociação de Raikkonen o permite a respirar por mais uma volta sem tanta pressão de Hamilton.

Com onze voltas para o fim Bottas e Verstappen se tocam após o holandês da Red Bull espremer o finlandês, que leva a pior. Na volta seguinte, Hamilton pela primeira vez, tenta uma ultrapassagem sobre Raikkonen, mas também sem sucesso.

Verstappen, muito arrojo e pouca cabeça.


Com oito voltas para o fim, Hamilton com muito arrojo faz a ultrapassagem e assume a liderança. O inglês passa e some na frente. A direção de prova pune Verstappen com cinco segundos e Bottas nem precisará ultrapassar pelo holandês em pista, basta ficar próximo. 

Faltando seis voltas Bottas ignora o bom senso e parte para cima de Verstappen, na primeira variante Bottas recolhe, na segunda ambos ficam lado a lado, mas o finlandês não cede. Vettel vai tirando a diferença para ambos e se aproxima dos cinco segundos necessários para ganhar a posição por conta da punição.

Hamilton fazendo a ultrapassagem da vitória.


Com pneus em situação crítica Raikkonen vai se arrastando para garantir a segunda posição, e mesmo não ganhando foi o personagem do dia, fazendo uma corrida espetacular, lembrando seus dias de glória, e além disso, mostra que sairá de cena por cima, pela porta da frente.

Hamilton, pela quinta vez na carreira cruza a linha de chegada de Monza na primeira posição. É uma vitória gigantesca, arrancada com arrojo e talento, mostrando que há um desnível de talento entre ele e Vettel. Quem sabe, já podemos falar que Lewis figura entre os cinco maiores de todos os tempos, uma atuação como a de hoje corrobora isso. Raikkonen chega em segundo e merece todos os cumprimentos pois enquanto teve carro dominou a corrida. Bottas que foi decisivo para a vitória de Hamilton foi terceiro, completando o pódio.

Sempre no ano que venceu em Monza, Lewis se sagrou campeão. Coincidência?


Abaixo as notas dadas aos pilotos pelo desempenho na corrida.

1o. Hamilton - 9,5

Se não teve um carro para conquistar a pole position, se valeu do talento e do erro do rival para assumir a segunda posição, e da ajuda da equipe para chegar a vitória. Colocou a mão na taça.

2o. Raikkonen - 9,5

Fez talvez a melhor corrida da sua vida, não teve sossego do início ao fim da corrida, se tivesse a ajuda de Vettel poderia ter vencido. Pelo menos comemora o seu centésimo pódio.

3o. Bottas - 9,0

Em nenhum momento teve chances de vencer, mas foi decisivo para o sucesso da equipe.

4o. Vettel - 7,0

Não fez a pole, jogou fora a chance de vitória com uma precipitação na defesa de sua posição, e de quebra fica a trinta pontos do rival. Se perder esse campeonato, em muito vai ser por sua própria incapacidade.

5o. Verstappen - 7,0

Jogou fora o pódio com uma manobra exagerada e até certo ponto desnecessária em cima de Bottas, mas com o carro que tinha não poderia fazer mais do que fez.

6o. Grosjean - 8,0

Um sexto lugar impressionante, correu de maneira segura e soube parar nos boxes na hora certa.

7o. Ocon - 7,0

Sempre que Ocon era visto na TV ele estava brigando com alguém, conseguiu um resultado excelente, e é um piloto que não pode ficar sem correr pois tem talento de sobra.

8o. Pérez - 6,5

Outro que foi combativo a corrida inteira, porém perdeu o duelo para o companheiro de equipe.

9o. Sainz - 6,5 

Conseguiu dois pontos com um carro que reconhecidamente não tem um bom motor, tão pouco confiável.

10o. Stroll - 7,0

Ver a Williams com essa carroça pontuar é quase uma façanha, e Stroll, muitas vezes injustamente criticado, deu a equipe um ponto precioso.

A F1 volta em duas semanas, nas rua de Cingapura. O favoritismo é da Ferrari, mas não se pode subestimar a Mercedes e tão pouco a Red Bull, que anda bem nesse tipo de pista.









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