segunda-feira, 23 de junho de 2014

Bem vinda de volta Spielberg


A comemoração super entusiasmada de Rosberg. Será uma provocação a Lewis?

A Áustria regressa ao calendário da F1 nesse ano, apesar de estar fora do calendário por alguns anos a pista ainda mantém seu último traçado utilizado pela F1, ou seja, nenhuma equipe pode levantar a questão que não conhecia o circuito. Parabéns também para o dono da Red Bull, Dietrich Mateschitz que resgatou a pista e fez dela o lar de sua equipe, pena que a equipe não correspondeu na pista a altura.
Nos treinos oficiais a Mercedes dominou com Hamilton a frente mas no último treino oficial Rosberg faz uma volta aquém de seu carro e Hamilton, favorito a pole roda em sua volta rápida e acaba em nono apenas. Para quem devia aproveitar a oportunidade de descontar pontos o fim de semana começa muito mal para o inglês que mostra sentir a pressão do momento. Melhor para o brasileiro Felipe Massa que fez uma volta redondinha e a pole position consequentemente, seguido pelo seu companheiro de equipe Valtteri Bottas.
Na largada as Williams se defendem bem e mantém a ponta, Rosberg fica em terceiro mas Hamilton que largou em nono pula para quinto ainda na primeira curva, na metade da volta o inglês arrojado põem o carro lado a lado com Alonso e o ultrapassa assumindo o quarto lugar, ao fecharem a volta Lewis já estava colado nos ponteiros. Rosberg e Hamilton apenas acompanharam as Williams até a primeira parada, era visível que a equipe estava poupando o carro com medo que os problemas do Canadá se repetissem. Hamilton parou primeiro, depois Rosberg, depois Bottas e por fim Felipe que aí perdeu a pole e a corrida. Rosberg conseguiu utilizar Bottas como escudo por algumas voltas e quando pararam pela segunda vez o alemão parou primeiro levando vantagem e mantendo a ponta. Hamilton passou Bottas e começou a perseguir Rosberg mas ambos tinham um ritmo parecido, mesmo com pneus mais gastos Rosberg soube lidar com a pressão e venceu a sua terceira prova no ano. Restou a Hamilton se conformar com a posição. Bottas muito feliz fechou o pódio. Massa apesar da boa quarta colocação ficou com um gosto amargo pois poderia ter feito mais na prova. Alonso foi o quinto e mais algumas voltas poderia ter passado Massa. Pérez com uma estratégia ousada foi o sexto, Magnussen o sétimo, Ricciardo em oitavo, Hulkenberg em nono e fechando os dez primeiros Kimi Raikkonen. Quem teve um fim de semana péssimo foi Vettel, ficou de fora do Q3 e na prova teve problemas, perdeu uma volta e sem um safety car para ajudar preferiu abandonar a corrida. O ano é terrível para o atual tetra campeão.

Abaixo segue as notas dos dez primeiros da corrida.

1o. Nico Rosberg - Mercedes - NOTA 8
O alemão vive um momento iluminado, mesmo não fazendo uma excelente prova venceu e abriu a maior diferença de pontos entre ele e Hamilton na temporada, 29 pontos. Começa a caminhar com segurança para o título.
2o. Lewis Hamilton - Mercedes - NOTA 7,5
O erro no treino foi determinante para que o inglês chegasse atrás de Rosberg na prova, Lewis sente a pressão do momento e se não colocar a cabeça no lugar e manter a calma o título que em dado momento era provável irá virar pó. De bom foi a sua excelente largada.
3o. Valtteri Bottas - Williams - NOTA 7
Colocou o carro na primeira fila e conseguiu ultrapassar seu companheiro de equipe sabendo andar forte quando necessário. Se arriscasse poderia quiçá brigar pela vitória mas o resultado não deixa de ser bom.
4o. Felipe Massa - Williams - NOTA 6,5
Fez a pole position, por quinze voltas foi o líder mas demorou muito a parar e caiu para quarto, depois faltou ritmo para acompanhar Bottas e as Mercedes, no fim da prova chegou a ser ameaçado por Alonso, a corrida foi boa mas um pouco decepcionante.
5o. Fernando Alonso - Ferrari - NOTA 6,0
Fez o que pode com o carro da equipe de Maranello mas não foi muito combativo como costuma ser. O resultado foi até bom se comparado com seu companheiro de equipe, Kimi Raikkonen.
6o. Sérgio Pérez - Force India - NOTA 6,0
Arriscou na estratégia e teve um resultado muito bom, conseguindo até liderar a prova por várias voltas, vai reencontrando sua boa forma.
7o. Jan  Magnussen - Mclaren - NOTA 6,0
Discreto na corrida mas chegou bem a frente de Button e conseguiu um bom resultado com esse carro da Mclaren que vem perdendo rendimento a cada prova.
8o. Daniel Ricciardo - Red Bull - NOTA 5,0
Depois de vencer a primeira prova de sua vida, Ricciardo esperava um fim de semana melhor porém foi apenas razoável nos treinos e bem discreto na prova, a Red Bull não vive um bom momento mas ele não fez muito nessa prova.
9o. Nico Hulkenberg - Force India - NOTA 4,5
Pela estratégia que fez seu companheiro de equipe e por largar a frente dele talvez tenha faltado a Nico ousadia, poderia ter tido um desempenho melhor na prova.
10. Kimi Raikkonen - Ferrari - NOTA 4,0
Um ponto sempre é importante mas Raikkonen vem sendo uma grande decepção dessa temporada, sendo e muito superado por Alonso. Era de se esperar um melhor rendimento do finlandês que já foi campeão do mundo.


A seguir segue a tabela do mundial de pilotos da F1

Posição\Número      Nome                     País            Equipe                 Poles  Vitórias  Pontos
16NICO ROSBERGALEMERCEDES33165
244LEWIS HAMILTONINGMERCEDES44136
33DANIEL RICCIARDOAUSRED BULL RENAULT-183
414FERNANDO ALONSOESPFERRARI--79
51SEBASTIAN VETTELALERED BULL RENAULT--60
677VALTTERI BOTTASFINWILLIAMS MERCEDES--60
727NICO HÜLKENBERGALEFORCE INDIA MERCEDES--59
822JENSON BUTTONINGMcLAREN MERCEDES--43
919FELIPE MASSABRAWILLIAMS MERCEDES1-30
1020KEVIN MAGNUSSENDINMcLAREN MERCEDES--29
1111SERGIO PÉREZMEXFORCE INDIA MERCEDES--29
127KIMI RÄIKKÖNENFINFERRARI--19

quarta-feira, 18 de junho de 2014

O TOP 10 DA F1 DE TODOS OS TEMPOS - PARTE 2

Seguindo com a lista de melhores pilotos da F1 vamos destacar aqueles que por mim são considerados os 5 melhores da categoria lembrando que a lista já teve citados Emerson Fittipaldi, Jack Brabham, Jim Clark, Nelson Piquet e Jack Stewart.

Obstinado, frio, calculista e sagaz assim é Lauda.

O 5o. lugar da lista fica com o tricampeão que "voltou" da morte para continuar ganhando provas e títulos.
5o. lugar - Niki Lauda
Um vencedor nas pistas e na vida, o austríaco Niki Lauda que já era campeão da F1 sofreu um gravíssimo acidente em Nurburgring e teve uma grande parte do corpo queimada em 1976. Lauda chegou a receber a extrema unção mas se recuperou com incrível perseverança e obstinação, mesmo perdendo duas corridas da temporada chegou na última prova daquele ano com chances de ser campeão mas pelas condições climáticas adversas em Suzuka, Lauda em um ato de coragem preferiu abandonar a prova e viu o título ser ganho por James Hunt com a diferença de 2 pontos apenas. Muitos condenaram Lauda mas a verdade é que ele fez o certo sim, teve coragem de assumir o exemplo e buscar melhorias na segurança dos pilotos e não correr riscos desnecessários. Lauda depois viria a conquistar mais dois títulos mundiais mas sempre foi lembrado por aquele perdido. Lauda era capaz de acertar um carro como poucos, era rápido, agressivo quando tinha que ser e além disso mexia com o psicológico dos adversários como poucos. Lauda correu com diversos monstros da F1 e sempre teve um papel de destaque entre eles, que diga Senna, Prost, Piquet, Mansell, Stewart, Keke Rosberg, James Hunt e vários outros. Lauda foi campeão nos anos de 1975, 1977 e em 1984 (por meio ponto de vantagem para Prost seu companheiro de equipe).
 Por ter mudado a maneira como pilotos deveriam encarar a competição e criar novos níveis de competitividade o austríaco merece um lugar no top 5.

O professor conquistou 3 dos seus 4 títulos na Mclaren.

Começava a ter dificuldades para estabelecer os primeiros colocados da lista pois todos são pilotos incrivelmente qualificados.
O quarto lugar da lista fica com um tetracampeão do mundo, chamado por muitos de Professor.
4o. lugar - Alain Prost.
É difícil dissociar Prost de seu mais conhecido adversário nas pistas, o brasileiro Ayrton Senna. O francês porém teve uma carreira extremamente vitoriosa e talvez para alguns mereça um lugar mais acima nesse ranking porém seguindo meus critérios acho que essa posição é justa e merecida mas respeito que pense diferente. Prost sempre foi muito rápido, sabia se valer de estratégia para vencer provas e era arrojado quando necessário. Prost porém tinha uma fraqueza nítida, não era um bom piloto na chuva. 
Alain já começou de cima na categoria máxima do automobilismo correndo pela Mclaren mas a temporada de estréia não foi muito boa devido a um carro inconsistente e um acidente que lesionou a mão do piloto, depois dessa temporada inicial migrou para a Renault onde correu por três anos e fez seu nome para o mundo das corridas. Alain voltou para a Mclaren e se consagrou, apesar de no ano de sua reestreia ter sido vice campeão por meio ponto apenas, nos dois anos seguintes o francês mostrou o auge de seu talento e sua capacidade de tirar proveito das situações adversas, assim Prost conquistou dois títulos. O ano de 1987 a Mclaren ficou bem atrás das Williams e Prost terminou em quarto. O já consagrado piloto iria dividir a equipe com o promissor Ayrton Senna. Para surpresa de Prost o novato se adaptou a equipe muito rapidamente e pelo seu jeito agressivo apesar de inconsistente conseguia vitórias lendárias. Prost perdeu o título de 1988 apesar de ter mais pontos porém isso não o abateu e ele se recuperou no ano seguinte. A temporada de 1989 foi a mais controversa da história da F1, de maneira proposital mas discreta Prost deixou o seu carro bater no de Senna. O brasileiro ainda assim voltou a pista e venceu a prova porém foi desclassificado e nos bastidores muito se diz que Prost influenciou seu compatriota Jean Marie Ballestre a desclassificar Senna da prova. Prost com a desclassificação de Senna foi campeão do mundo mas o clima ficou insustentável na Mclaren e ele acabou saindo da equipe devido ao seu ato "covarde" de não decidir o título na pista.
Prost foi para Ferrari mas a sua arrogância e os problemas da equipe de Maranello fizeram com que ele só corresse por lá duas temporadas e fosse demitido. Prost tirou um ano sabático e depois retornou a F1 pela então imbatível Williams. Prost com um carro muito superior e um companheiro de equipe apenas mediano conquista seu quarto título mundial e se aposenta. 
Em números absolutos Prost vence Senna, nos proporcionais não. O que ao meu ver faz Prost ficar atrás de Senna são os duelos em condições iguais e o veto de Prost de ter Senna ao seu lado na Williams. Prost teve em seu currículo quatro títulos mundiais (1985,1986,1989 e 1993), 51 vitórias e 33 pole positions.




Senna "voando" na chuva

Senna duelando contra outros grandes campeões.


O terceiro colocado nessa lista é um ídolo sem igual não só para os brasileiros mas para qualquer amante do automobilismo. Niki Lauda ao se referir a ele disse "Quem quiser superar Senna terá que inventar uma maneira completamente nova de correr".
3o. colocado Ayrton Senna da Silva
O piloto mais rápido de todos os tempos. Só isso já fala muito de Senna, porém apesar de ser genial, brilhante, aguerrido e destemido ele fica em terceiro na lista, apesar de eu saber que isso irá gerar revolta dos fãs brasileiros, apesar dele ser meu ídolo tentarei explicar o porque Senna está em terceiro. Ayrton tinha como objetivo obter 5 títulos tal qual Fangio tinha, porém devido ao seu acidente fatal na curva Tamburello ele não pode chegar nesse número. Senna poderia ter cinco títulos? Acredito que sim, assim como acredito que Jim Clark poderia ser tricampeão do mundo e não bi se tivesse sobrevivido ao seu acidente. Mas a análise se dá pela carreira e não por "achismo" ou pura especulação. Senna pra mim foi o melhor pois venceu outros gênios mas seus resultados o colocam em terceiro nessa lista.
Senna estreou em 1984 pela modesta Toleman e mesmo em um carro muito pouco competitivo ele se destacou e quase venceu em Mônaco, se não fosse a interrupção dos franceses para beneficiar Prost (a metade dos pontos daquela vitória valeu menos do que um segundo lugar e esse ponto fez falta uma vez que Prost foi vice campeão atrás de Lauda por meio ponto). Senna foi para a lendária Lotus e mostrou todo o seu talento para o mundo, mostrando que em uma única volta era imbatível pois era capaz de andar no limite e tirar tudo do carro. A Lotus porém estava em decadência e apesar de ter permitido o piloto a vencer provas e a postular por uma oportunidade o título, o carro não estava na altura do talento de Senna, vide o número de pole position que ele tinha em relação as vitórias, números desproporcionais. Senna correu por três anos na Lotus e quando já estava maduro e respeitado no circo da F1 o brasileiro foi para a Mclaren no ano de 1988.
No ano de estréia da equipe inglesa Senna protagonizou um duelo épico com seu companheiro de equipe e já bicampeão da categoria Alain Prost. Senna e Prost fizeram então a melhor temporada de uma equipe na F1 com 15 vitórias da Mclaren em 16 provas. Na penúltima prova do ano Senna fez uma corrida épica, largando da pole caiu para décimo sexto na largada mas se recuperou e venceu a prova e o campeonato. Senna apesar de em pontos absolutos ter ficado atrás de Prost, nos descartes que ocorriam na época ele se beneficiou e se sagrou campeão.
Em 1989 a rivalidade entre os dois se acirrou quando Prost propositalmente jogou o carro em cima de Senna em Suzuka, o brasileiro ainda voltou a prova e a venceu mas foi desclassificado. Esse episódio chama a atenção pois Ron Dennis, então chefe da equipe saiu em defesa de Senna contra Prost e contra a FIA. Outro personagem que defendeu Senna foi desafeto declarado, Nelson Piquet, o que ajuda a compreender o tamanho da injustiça cometida. Em 1990, Senna e Prost agora na Ferrari retornam a Suzuka e é a vez do brasileiro cometer o mesmo ato vil e se vingar de Prost, jogando o carro em cima do francês ainda na primeira curva, episódio foi o auge da inimizade de ambos.
Em 1991 Senna começou meteórico, venceu as quatro primeiras provas do ano mas depois foi perseguido implacavelmente por Mansell e a sua Williams "de outro mundo". Senna se valendo de sua experiência e da imprudência de seu rival inglês consegue mesmo com um carro inferior conquistar o título em Suzuka novamente. Em 1992, Senna fez talvez seu pior ano na categoria, acabou em quarto lugar no mundial, ficou apático devido a superioridade das Williams. Em 1993, Senna recuperou a forma, mesmo tendo um carro inferior a Williams o piloto fez algumas de suas melhores corridas na categoria, algumas até mesmo milagrosas e ofuscou o brilho da quarta conquista mundial de Prost pela Williams. O mundo sabia quem era o melhor piloto e Senna foi para a Williams em 1994 sonhando em conquistar mais títulos e quiçá empatar com Fangio. Infelizmente após 3 corridas o sonho terminou na curva Tamburello.
Senna obteve alguns números impressionantes, 41 vitórias, 65 pole positions em 162 corridas além disso venceu 6 vezes em Mônaco e 5 em Spa Francorchamps. Senna conquistou três mundiais (1988, 1990 e 1991) e foi o ídolo máximo de uma geração inteira.

domingo, 8 de junho de 2014

A primeira vez a gente nunca esquece

A primeira vez é inesquecível.


A corrida de Montreal sempre é marcada por boas disputas e acidentes, a desse ano teve ambos os ingredientes e mais um: a surpresa.
Nos treinos oficiais a Mercedes dominou com facilidade, sempre com Hamilton na frente, justo no último treino qualificatório Rosberg faz uma volta fantástica e marca a pole position. Para Hamilton que já tinha no currículo três poles e três vitórias no circuito contra nenhuma de Rosberg o resultado foi claramente uma pequena derrota.
Na largada Rosberg patina um pouco e vê Hamilton chegar ao fim da reta com meio carro a frente mas então o jovem alemão mostra arrojo e retarda a freada ao limite extremo e consegue se manter na ponta, melhor ainda que Vettel se aproveitou da situação e também passou Hamilton que ao recolher o carro perdeu tempo ao colocar as rodas na grama. Ainda na primeira volta Chilton e toca em Bianchi e os dois carros da Marussia batem e de quebra atingem Maldonado da Lotus.
O passeio das Mercedes foi claro e evidente até a metade da prova, a única nota interessante foi a estratégia da Force India de uma única parada com Pérez e Hulkenberg, assim os pilotos da equipe indiana pularam para terceiro e quarto respectivamente e começaram a segurar um pouco o pelotão.
Após a metade da prova o ritmo alucinante das Mercedes começa a cair drasticamente. O drama aumenta quando os carros da Force India, Red Bull e Williams começam a tirar até mesmo quatro segundos por volta. A segunda rodada de pit stop começa e Felipe Massa chega a liderar a prova, Hamilton nos boxes passa Rosberg, as Mercedes claramente tinham sérios problemas nos carros e do box a ordem era manter os carros na pista pois os problemas não tinham solução. A vinte cinco voltas do fim, Hamilton abandona, logo em seguida Massa para nos pits, mas mesmo na liderança Rosberg via os adversários tirando até quatro segundos por volta. Quando a diferença já era de menos de três segundos para Pérez e companhia, Rosberg acha um jeito de guiar o carro mesmo com os problemas e a diferença passa a cair na casa de décimos e não de segundos, por fim Rosberg estabiliza a diferença em dois segundos enquanto que Pérez segura Ricciardo e Vettel, mais atrás Massa com pneus novos se aproveita de um erro de Bottas e passa seu companheiro de equipe e também Hulkenberg.  
Faltando dez voltas para o fim, Vettel intensifica os ataques, Ricciardo resiste bravamente e depois ele passa a atacar Pérez e consegue a ultrapassagem. Vettel fica agarrado atrás de Pérez e passa a sofrer a pressão de Massa. Nas quatro voltas finais a corrida fica alucinante, Ricciardo se aproveita dos problemas de Rosberg e o ultrapassa, Vettel passa por Pérez, Alonso passa por Hulkenberg. Na última volta Massa tenta ultrapassar Pérez na reta dos boxes, os carros se tocam após um movimento estranho de Massa para tirar o carro de trás de Pérez e a batida acontece e é fim de prova para ambos, lá na frente o australiano Ricciardo comemora a sua primeira vitória na carreira na categoria máxima do automobilismo mundial. 

Abaixo segue as notas dos pilotos na corrida.

1o. Daniel Ricciardo - 8,5
Para quem fez um treino ruim, saindo de oitavo atrás de Vettel, a vitória tem um significado enorme, agora sendo também a primeira da carreira é algo inesquecível. O garoto cresceu, tem incomodado Vettel devido aos bons resultados e hoje foi a sua consagração, teve sorte? Sim, mas em corrida de carro a sorte faz parte da equação, quem sabe no futuro possamos lembrar desse dia como o início das vitórias de um campeão.

2o. Nico Rosberg - 9,0
Fez a pole position contra qualquer prognóstico, soube lidar com Hamilton a corrida inteira, perdeu a posição nos boxes por conta de um erro da equipe mas com problemas no carro mostrou frieza, paciência e até um pouco de sorte para conseguir um segundo lugar maravilhoso. Se vencesse com tantos problemas poderíamos dar o título a ele. O resultado acaba sendo ótimo pois Hamilton não pontuou e a diferença vai a 18 pontos. Pela primeira vez no ano vemos um dos dois pilotos da Mercedes despontando como favorito ao título.

3o. Sebastian Vettel - 8,0
Conseguiu um terceiro lugar nos treinos e na corrida, voltou ao pódio e tinha tudo para ser um dia de festa para o tetracampeão mas ao ver Ricciardo nesse ano mágico e vencendo o alemão deve estar profundamente incomodado com a situação pois evidentemente Ricciardo não merece o posto de segundo piloto mas de um igual. 


4o. Jenson Button - 7,0
Não se destacou muito na prova, foi feliz na estratégia e teve sorte ao ver o acidente entre Massa e Pérez (acidente o qual vejo um erro de Massa mas sem muita convicção pois parece que Pérez reduz ou perde a velocidade na reta).

5o.  Nico Hulkenberg - 7,0
Fez um treino aquém do que poderia, fez uma estratégia excelente e poderia quiçá ir ao pódio mas perdeu desempenho na parte final da corrida.

6o. Fernando Alonso - 6,0
Foi sétimo no treino, largou razoavelmente mal mas se recuperou, não arriscou nada diferente e acabou chegando apenas em sexto.

7o. Valtteri Bottas - 6,0
A corrida de Bottas era para brigar pelo pódio, tinha um bom ritmo na prova porém com problemas acabou perdendo desempenho e ficou para trás. De bom para ele é ver Massa despencando no conceito da equipe.

8o. Jean Eric Vergne - 6,0
O carro não é bom mas o piloto teve um desempenho bom na prova, aliás depois de um início de ano muito ruim Vergne começa a se redimir na temporada.

9o. Jan Magnussen - 5,5
Discreto no treino e na prova nem merecia pontuar mas acha dois pontos que ajudam no campeonato a se manter no pelotão pelo top 10.

10o. Kimi Raikkonen - 4,0
Largou em décimo, até aí o finlandês poderia tentar algo diferente mas não arriscou. Após a largada estava logo atrás de Alonso e o acompanhou de perto até a primeira parada depois disso Kimi se perdeu na prova e só pontuou pois Massa e Pérez se acharam na pista. O homem de gelo está derretendo na Ferrari.

No próximo post vamos analisar a tabela de pontos e criar um prognóstico para o futuro da temporada.

AUTOMOBILISMO VIRTUAL - SONHOS E COMPETIÇÃO.

Com o advento da internet, o mundo conheceu uma verdadeira revolução no modo de se relacionar entre as pessoas. O contato não precisava ser ...