O DIA DOS ESCUDEIROS. SHOW DE PÉREZ E SAINZ. O MEXICANO LEVA A VITÓRIA.

A mais charmosa e emblemática etapa da F1 traz consigo uma incógnita: A corrida terá de fortes emoções e surpresas ou monótona com os pilotos seguindo em fila indiana?

Nos treinos a Ferrari fica na frente até o último treino livre, quando Pérez da Red Bull consegue o melhor tempo. Na classificação Leclerc faz a pole position com uma volta muito boa, seguido por Sainz, Pérez e Verstappen. Aliás a pole de Leclerc foi assegurada por Pérez, que errou na entrada do túnel, bateu e foi em seguida acertado por Sainz, que dessa vez nada pode fazer. Outros destaque do dia foram mais uma vez Russell a frente de Hamilton, sexto e oitavo respectivamente e Daniel Ricciardo eliminado no Q1, enquanto seu companheiro George Russell ficou na quinta posição.

O domingo em Mônaco surpreende com uma chuva começando a poucos minutos do início da corrida. Por conta disso a corrida atrasa por uma hora.

Por conta da chuva, a chuva recomeça em regime de safety car, com os pilotos tomando o maior cuidado possível por causa das condições molhadas da pista. Quem estava mais atrás por conta de problemas na volta sob safety car, no caso Latifi e Stroll, buscam os boxes e colocam os pneus intermediários. Na volta seguinte Gasly também arrisca, o problema é que as condições da pista ainda estão muito complicadas mesmo sem chuva. 

Na volta seis, Verstappen se aproxima de Pérez, que se aproxima de Sainz. Quando Gasly surpreende e faz a volta mais rápida, outros pilotos resolvem parar nos boxes e colocar os compostos intermediários. Já se observa na pista um tímido traçado.

No décimo primeiro giro Gasly enquadra Zhou e ultrapassa na curva do Cassino, assumindo o décimo terceiro lugar. Na volta seguinte já começa a pressionar Ricciardo. A pista começa a secar, prova disso é que Vettel que estava a cinco segundos dessa disputa, em duas voltas se aproxima. Na curva da piscina, Gasly ultrapassa Ricciardo e some na frente. Pelo rádio Pérez informa que os pneus intermediários seriam a melhor opção.

Pelo rádio a Ferrari já pensa em pneus de pista seca. Gasly chega em Magnussen e Bottas. Hamilton é o primeiro entre os ponteiros a parar nos boxes e colocar os pneus intermediários. Na volta seguinte é a vez de Pérez. 

Na volta dezoito Hamilton abusa em cima de Ocon e ambos se tocam, mas sem comprometerem a corrida. Leclerc vai aos boxes e perde a posição para Pérez. A demora da Ferrari compromete a corrida do monegasco. Verstappen também para nos boxes. Sainz entre os ponteiros é o único a ficar na pista.

Hamilton com sangue nos olhos ataca com determinação férrea Ocon. A Ferrari chama seus pilotos para irem aos boxes, melhor para Sainz que fica a frente. A Red Bull na volta seguinte chama seus pilotos.

As Red Bull retornam em primeiro e terceiro, pior para Leclerc que caí para quarto. Na saída dos boxes, Verstappen cruza a linha dos boxes, o que não é permitido. 

Na passagem da volta vinte e cinco os líderes pegam retardatários. No meio da volta, Mick Schumacher bate muito forte no S da piscina e o carro parte ao meio. Por sorte o garoto bate na barreira de absorção de impacto. A corrida fica em regime de safety car.

Após a corrida ficar paralisada por mais de quinze minutos, a corrida recomeça com safety car por duas até a bandeira verde. Mais uma vez a Ferrari erra e manda seus pilotos com os mesmos pneus. A Red Bull coloca pneus médios em seus pilotos. Logo na primeira volta de pista seca, Pérez frita os pneus, mas permanece na frente. 

Por conta dos atrasos e paralisações a corrida irá terminar por tempo e faltando trinta e minutos para o fim, a direção de prova libera a asa móvel, que pouco significa em Mônaco.

Com quinze minutos restantes no cronômetro, Norris vai aos boxes e volta ainda a frente de Alonso. Aliás, Alonso criou um verdadeiro trenzinho atrás de si. A direção de prova pune Ocon pelo toque em Hamilton, mas não pune Verstappen, um erro.

Sainz parte para cima de Pérez, que tem dificuldades com pneus. Os quatro primeiros se amontoam e Sainz se anima e pressiona.

Com seis minutos para o fim, Sainz faz a sua primeira tentativa, sem sucesso. Com duas voltas para o fim, 

Sérgio Pérez dá um gás no final e parte para a vitória, seguido por Sainz, Verstappen e Leclerc. O dia dos escudeiros termina com o mexicano no lugar mais alto do pódio. Russell, brilhante fecha em quinto, seguido por Norris que colou nele na última volta, Alonso ficou em sétimo, Hamilton apenas em oitavo.     

O dia dos escudeiros premia a valentia, Pérez que foi o primeiro a ir aos boxes e espetar os pneus intermediários e Sainz que ousou pular direto para os de pista seca. Verstappen em terceiro também se beneficiou pois ficou a frente de Leclerc e aumentou a sua diferença. Para o monegasco está faltando estrela para brigar pelo campeonato e precisa se livrar dessa maldição de Mônaco.

A IMPROVÁVEL MARAVILHOSA CORRIDA DE BARCELONA.

O maravilhoso circo da F1 desembarca na Europa, mais precisamente na Espanha para mais uma etapa do mundial no circuito da Catalunya. A segunda etapa da fase europeia vem repleta de atualizações para a Ferrari e Mercedes, criando expectativas de combaterem a ascensão da Red Bull.

Nos treinos a Mercedes mostrou força e melhora significativa, especialmente com George Russell. Contudo a Ferrari parecia ser um pouquinho mais rápida do que a Red Bull.  

Na qualificação Leclerc fez a pole position, não sem drama, já que na primeira tentativa de tomada de tempo o monegasco rodou. Verstappen até poderia ameaçar o piloto da Ferrari, mas seu DRS não abriu e o holandês teve de se contentar com o segundo lugar. Sainz, em casa conquista o terceiro posto, seguido por Russell em grande fase, em quinto Pérez e Hamilton em sexto.

Na largada Leclerc patina um pouquinho e tem de se defender mudando de linha para conter a Red Bull de Verstappen. Sainz larga mal e perde posições para Russell, Pérez e fica lado a lado com Hamilton, o espanhol por fora consegue retomar a posição. Hamilton na curva seguinte disputa com Magnussen que vinha também por fora e ambos acabando se tocando, Magnussen vai para a brita e retorna em último, já Hamilton tem um pneu furado e se arrasta até os boxes, comprometendo a sua corrida.

Acidente de Magnussen com Hamilton.

Quem se destacava era Fernando Alonso que saiu de último e cruzou a segunda volta em décimo quarto. 

A corrida estava morna até o sétimo giro, Carlos Sainz que vinha tranquilo em quinto escapa e vai para a brita, perdendo diversas posições e se mostrando bem abaixo do que o esperado na Ferrari mais um vez.

Mais uma corrida pífia de Carlos Sainz.

Na nona volta é a vez de Verstappen escapar da pista e perder algumas posições, começando o drama de Max na corrida.

Max dá um passeio na brita e complica a sua corrida.

Já na passagem da volta onze, Sainz e Alonso vão aos boxes e começam as paradas. Max fica em quarto e começa as tentativas de ultrapassagem sobre George Russell. O problema é o DRS de Max, assim como na qualificação, não abre em todos os momentos, complicando a vida do piloto. 

Pérez para no giro dezoito, Leclerc no giro vinte e quatro, este voltando em primeiro confortavelmente e com pneus novos.

Um dos grande momentos da corrida foi na volta seguinte, Max dá um drible em Russell, retarda a freada e consegue ultrapassar, contudo George e mantém na tomada de fora e consegue na perna seguinte retomar a posição, uma disputa sensacional entre os dois, que nesse momento eram segundo e terceiro. 

Mais um par de voltas e Leclerc, que dominava a prova perde potência e abandona. A corrida que era a da retomada das vitórias se torna a corrida da perda da liderança do campeonato.

Leclerc que vinha muito bem abandona com problemas de potência.

A Red Bull chama então Verstappen para os boxes e deixa Pérez para atacar Russell. O mexicano com pneus mais novos consegue rapidamente a ultrapassagem e assume a liderança. Verstappen vem atrás babando e ganhando a posição de Bottas.

Grande momento de Pérez na corrida.

Volta trinta e sete, um pouco mais da metade da corrida Verstappen chega em Russell, mas o inglês para nos boxes. No giro seguinte é a vez de Pérez, que faz o seu último pit stop. Agora Max precisa abrir o suficiente de Russell para ir aos boxes e depois ganhar a posição de Pérez e vencer.

Um dos destaques do pelotão intermediário era Hamilton, de último, querendo abandonar a corrida para conservar o motor, ficou na pista por decisão da equipe e aparecia entre os seis primeiros, um resultado muito bom em vista do que lhe aconteceu. 

Na volta quarenta e cinco, Max vai aos boxes e volta a frente de Russell, caminhando a passos largos para vencer.

Na volta quarenta e nove, Pérez abre e Verstappen assume a liderança. Mais atrás Hamilton enquadra Ocon e assume a sexta posição e de quebra faz a volta mais rápida.

Faltando quinze voltas para o final Russell para pela terceira vez, todavia muito próximo de Bottas, agora terceiro. Nem uma volta completa e Russell retoma a posição. Pérez vai aos boxes para se proteger de Russell. 

Com apenas dez giros para o fim, Hamilton vai chegando em Sainz que está próximo de Bottas, a briga pelo quarto lugar fica em aberto. Na mesma volta Sainz e Hamilton ultrapassam Bottas, que se arrastava pela pista. 

Na volta sessenta Hamilton ultrapassa Sainz e assume o quarto lugar, transformando uma corrida ruim em um resultado sensacional.

Hamilton pula para quarto.

Com duas voltas para o fim, Sainz retoma a quarta posição, um sopro de alegria para a torcida ferrarista e espanhola.

Sainz retoma o quarto posto.

Após sessenta e seis voltas, Max Verstappen vence, até de maneira improvável pelas circunstâncias da corrida e de quebra assume a liderança da corrida. Pérez, o fiel escudeiro chega em segundo fazendo uma excelente prova e a volta mais rápida da corrida. Russell, não menos brilhante fecha o dia em terceiro. Sainz cruza em quarto, seguido por Hamilton com problemas de temperatura, Bottas, Ocon, Norris, Alonso e Tsunoda fechando o top dez.

NUNCA DUVIDE DE UM CAMPEÃO. MAX VENCE MAIS UMA.

O show extra pista em Miami faz da F1 nos EUA um evento memorável, pena que o circuito de rua em si não seja um dos mais atrativos para disputas, apesar de possuir curvas desafiadoras, especialmente no setor final da pista.

A batalha entre Ferrari e Red Bull se repete nos treinos e na classificação, melhor para Leclerc e Sainz que conquistam a primeira fila do grid de largada. Em seguida os carros da Red Bull com Max Verstappen e Pérez. A Mercedes que havia esboçado uma reação nos treinos acaba ficando em sexto com Hamilton. A frente de Lewis, seu velho amigo, Valtteri Bottas da Alfa Romeo.

Na largada, Leclerc traciona bem e fica na frente, Max também larga bem e ganha a posição de Sainz. Apesar de um bom início da Ferrari, a Red Bull vai crescendo de produção na corrida.

Leclerc começa bem o GP de Miami.

Na volta nove Max Verstappen, arrojado como sempre, consegue ultrapassar Leclerc. O monegasco segue de perto o holandês, tentando recuperar a posição, contudo, um par de voltas depois o piloto do principado erra e permite a Max abrir uma diferença razoável.  

No giro dezoito Pérez passa a atacar Sainz, que vai sendo bem constante após duas corridas ruins

Na volta vinte a bruxa fica solta. Pérez perde absurdos cinco segundos em relação a Sainz por conta de perda de potência, na volta seguinte, mesmo com alguns ajustes acaba perdendo mais um segundo e se complicando na briga pelo pódio. Mais atrás Norris, que havia acabado de parar vai mal na curva treze e praticamente para o carro para não bater no muro e perde tempo e algumas posições.

Na passagem das voltas vinte e quatro, vinte e cinco e vinte seis, param nos boxes respectivamente Leclerc, Verstappen e Sainz com Pérez. 

Se no pelotão da frente a corrida parecia definida, mais atrás os pilotos da Haas, Aston Martin e Lando Norris da Mclaren se engalfinham na disputa pelo décimo primeiro lugar. Melhor para Alonso que vai abrindo da disputa. Após muita luta, Mike Schumacher, fazendo o seu melhor fim de semana na F1 consegue superar Magnussen na volta trinta e seis. Logo em seguida, rádios informam a possibilidade de chuva nas voltas finais da corrida.

Com dezoito voltas para o fim, Alonso calcula mal sua ultrapassagem e acerta Gasly, que acaba perdendo tempo. Na volta seguinte um forte acidente, Norris acaba atingido pelo Gasly, que já estava com problemas. Se aproveitam desse Safety Car, Pérez e Russell. Mais uma bobeada da Ferrari, que poderia arriscar para buscar a vitória. Infelizmente, o desconcentrado Gasly errou e acabou com a corria de Norris. Alonso, por conta do toque com Gasly toma cinco segundos de penalidade.

O safety car é longo e a corrida se reinicia faltando apenas onze giros para o fim. O reinício tem boas disputas, mas a primeira volta termina sem alterações. O bom é ver Russell pressionando Hamilton e os dois conseguem pressionar Bottas que erra e perde duas posições. 

Com sete giros para o fim, Leclerc tenta, mas não consegue. A perseguição continua. Russell, espetacular, ultrapassa Lewis, mas passa com o carro por fora e o lance é investigado. Mais uma volta e Pérez se joga para cima de Sainz, erra e o espanhol se mantém na frente. Voltamos para a disputa pela vitória, mais uma vez Leclerc tenta e mais uma vez não consegue.

Verstappen se coloca na limite extremo faltando quatro giros para o fim e consegue abrir uma ligeira vantagem, porém nada definido. Mais atrás, Russell dá a posição para a Hamilton e depois a retoma. Mais atrás, Mick Schumacher e Vettel batem e comprometem a corrida de ambos. Um pena pois o garoto Schumacher poderia fazer pontos importantes.

O holandês voador conquista a sua terceira vitória no ano e a sua vigésima terceira na carreira. Em corrida, a Red Bull se prova o melhor carro da temporada e vai para a série de corridas na Europa como favorita a se tornar líder da tabela de construtores e pilotos.

Verstappen termina melhor.

Amanhã as notas pelo desempenho dos pilotos.