domingo, 30 de julho de 2017

F1 sem Brasil vê Vettel no topo do pódio.

O fantástico circo da F1 desembarca na Hungria, no Leste Europeu para a décima primeira etapa da temporada. Pela 32o. vez consecutiva Hungaroring recebe a categoria. O circuito já é um palco extremamente conhecido e tradicional, o traçado sinuoso e travado favorece a aerodinâmica em detrimento ao motor, mais parecido com Mônaco do que com outros circuitos permanentes, além disso o calor é sempre um fator, ou seja, largar na pole é essencial para quem quer vencer pois as ultrapassagens são raras.

Na qualificação, Vettel de maneira brilhante faz a pole position, se redimindo da corrida anterior, para melhorar a situação do alemão, seu companheiro de equipe, Kimi Raikkonen também se classifica bem e fica em segundo. Bottas coloca a Mercedes em terceiro e Hamilton de maneira discreta é o quarto. A Mclaren de maneira surpreendente se classifica bem e coloca Alonso em oitavo e Vandoorne em nono, para melhorar ambos ganharam uma posição no grid por conta da punição a Hulkenberg. 

O triste do fim de semana é que após 35 anos a F1 tem um grid sem um brasileiro nele, Felipe Massa sentindo tonteiras devido a uma labirintite viral abanadona o último  treino livre e a Williams em seu lugar chama Paul di Resta às pressas. Desde Ímola em 1982, o Brasil não fica sem representante, na ocasião uma briga entre FISA e FIA, na ocasião um boicote das equipes ligadas a FIA fez com que Nelson Piquet e Chico Serra não corressem. É bom ressaltar o péssimo momento do cenário automobilístico que não forma mais pilotos e uma perspectiva de curta prazo onde não existem pilotos talentosos a ponto de ingressarem na F1.

Massa explicando a sua ausência para a mídia no sábado.


Na largada, as Ferrari se mantém muito bem na ponta, as Red Bull conseguem largar melhor do que as Mercedes, Bottas disputa a primeira curva com Bottas mas não consegue a ultrapassagem, depois disso, na curva seguinte Max e Ricciardo se tocam, muito por conta do travamento de pneus de Max, pior para Ricciardo que tem o radiador furado e abandona. O safety car é acionado. Ainda sobre a largada, Grosjean da Haas e Hulkenberg da Renault se tocam, pior para o piloto da Haas que vai para fora da pista. A largada também teve bons momentos, que diga Sainz que pula de nono para sexto.

O toque de Max que tira Ricciardo da prova.


Quando o safety car é recolhido na volta seis, os cinco primeiros eram: Vettel, Raikkonen, Bottas, Verstappen e Hamilton, aliás o inglês de maneira enlouquecida parte para cima de Max, que se defende das investidas como pode. Na volta seguinte Max recebe o aviso de uma punição de dez segundos. 

Vettel na ponta da corrida vai fazendo uma sequência impressionante de voltas mais rápidas, abrindo espaço entre ele e Hamilton principalmente.

A partir da volta 21 começam as paradas de pit stop que começam com Grosjean, aliás devido a um pneu não fixado corretamente o francês abandona a corrida logo em seguida. Os outros pilotos retardam ao máximo para fazerem apenas uma parada. 

Na volta 30, Stroll faz seu pit stop, na volta seguinte é a vez de Bottas, que coloca pneus macios, para ir até o fim da corrida. Na volta 32 é a vez de Lewis, que também coloca os pneus de banda amarela, o inglês volta atrás de Bottas. Na passagem 33 é a vez de Vettel parar nos boxes, também com pneus macios, para ir até o fim da corrida, sem sustos. Na volta 34 é a vez de Raikkonen, que volta bem próximo a Vettel. Após as paradas dos ponteiros a liderança é de Verstappen, que ainda não havia feito seu pit stop.


No giro 37, Hamilton começa a pressionar Bottas para buscar a terceira posição. Alonso, sempre ele, na pista passa Sainz por fora. Abaixo um pequeno vídeo sobre o pega entre os espanhóis.




Na passagem 43, Verstappen faz seu pit stop, e na pista a Mercedes com um melhor rendimento consegue chegar nas Ferrari. A corrida começa a ganhar contornos dramáticos para Vettel que vinha dominando até então.

Na volta 47, Bottas literalmente para o carro para que Hamilton passe. Jogo de equipe é natural mas fazer dessa maneira, a contragosto de um dos pilotos, sempre resulta nesses gestos acintosos. Hamilton após passar mostra que tinha um ritmo melhor e avança até as Ferrari.

Bottas literalmente abre para Hamilton.


Na volta 54, Hamilton e Raikkonen começam a pressionar Vettel porém os retardatários começam a jogar a favor de Vettel que consegue abrir uma pequena diferença, negociando melhor as ultrapassagens. 

Faltando dez voltas para o fim da corrida a Ferrari parece ter se restabelecido e começa a frear o ímpeto de Hamilton, Vettel inclusive começa a abrir para Raikkonen, deixando a situação complicada para o finlandês. 

Já com apenas sete voltas para o fim, Paul di Resta, o substituo de Massa abandona com problemas. Nesse ponto da prova, Hamilton começa a perder terreno devido aos retardatários, ficando com a situação complicada. O que ninguém esperava era que Verstappen começava a chegar em Bottas, o que beneficiava Hamilton pois dessa maneira não havia como a equipe fazer a troca de posições. 

Com apenas três voltas para o fim, Hamilton parte para uma última ofensiva mas não consegue se aproximar como deveria. Na última curva da última volta Hamilton abre para Bottas e devolve a terceira posição. A manobra foi bem calculada pois Verstappen fechou a linha de chegada a um pouco mais de um segundo atrás da dupla da Mercedes.

Depois de um pequeno jejum de vitórias e de corridas conturbadas como Azerbaijão, Canadá e Inglaterra, Sebastian Vettel cruza a linha de chegada em primeiro, muito graças ao seu companheiro de equipe Kimi Raikkonen que ficou em segundo e fechando o pódio Bottas.

A vitória de Vettel lhe dá tranquilidade no campeonato.


Dessa forma Vettel coloca catorze pontos de frente a Hamilton, porém aparentemente os carros da Mercedes tem mais pistas favoráveis ao seu motor do que a aerodinâmica da Ferrari.

Mas no pódio, um cena inusitada para fechar com chave de ouro o GP e a primeira metade da F1, um grande tablado pintado com Alonso pegando Sol em uma praia ganhou a companhia do espanhol de verdade, com a placa "A F1 deseja a todos boas férias".  Um momento cômico em um cenário muitas vezes rude e sério demais. É uma nova F1 com a direção da Liberty.

Mesmo sem vencer, Alonso é protagonista.


Abaixo segue a pontuação dada aos pilotos pela atuação no GP da Hungria.

1o. Vettel - 9,0
Fez a pole position, largou muito bem e soube no início da prova imprimir um bom ritmo. Após a parada Vettel teve problemas mas conseguiu com a ajuda de Raikkonen se manter a frente e vencer a prova.

2o. Raikkonen - 9,0
Fez uma excelente prova, poderia inclusive ter vencido mas teria prejudicado Vettel no campeonato. Foi um excelente escudeiro e jogou pela equipe.


3o. Bottas - 7,0
Fez uma boa largada, ficando a frente de Verstappen mas não conseguiu acompanhar as Ferrari na prova.O pódio foi justo pois cedeu a posição mas não merecido devido a sua falta de combatividade.


4o. Hamilton - 7,0
Pagou o preço de uma qualificação apagada e de um largada ruim, poderia até ter ficado com o terceiro lugar mas ganharia a antipatia de seu novo companheiro de equipe, prezou a boa relação pois sabe que precisará e muito de Bottas na segunda metade do ano.

5o. Verstappen - 7,0
Largou muitíssimo bem, quase pulou para terceiro mas não soube conter o ímpeto e acabou tirando seu próprio companheiro de equipe da prova e foi punido, que resultou na perda de qualquer possibilidade de brigar pelo pódio.


6o. Alonso - 8,5
O mito. Com um carro razoável consegue resultados impressionantes, de quebra, conseguiu fazer a volta mais rápida da corrida e a ultrapassagem mais bonita da corrida.


7o. Sainz - 8,0
Fez uma boa largada, deu um "x" em Alonso mas logo em seguida perdeu a posição, sendo ultrapassado por fora. Fora esse fato, Sainz fez uma boa prova e conseguiu um bom resultado.


8o. Pérez - 7,0
Discreto nos treinos e na largada, na corrida soube ter paciência e ganhar posições importantes.


9o. Ocon - 6,0
Idem a Pérez, mas com o agravante de ter largado mais atrás e ter ficado logo após seu companheiro de equipe ao fim da prova.


10o. Vandoorne - 6,0
Fez uma boa classificação, conseguiu manter a sua posição na largada mas na corrida não teve um bom ritmo, pelo menos pontuou.

domingo, 16 de julho de 2017

O NOVO LORDE DA INGLATERRA

Inglaterra, local onde todo o automobilismo começou, onde a primeira corrida de F1 aconteceu em 1950 no lendário circuito de Silverstone quando este ainda dividia espaço com os hangares de aviões que batalharam na Segunda Guerra Mundial, várias tradicionais equipes tem suas instalações no país não por acaso. Mais uma vez a F1 desembarca nesse histórico circuito para mais uma etapa dessa acirrada temporada.

Nos treinos livres Bottas levou a Mercedes ao topo da tabela de classificação, ensaiava um fim de semana dominante mas como trocou o câmbio de seu carro acabou sendo punido com cinco posições no grid. A vida de Hamilton em casa passa a se limitar a derrotar as Ferrari.

Na classificação, logo no Q1, com pista molhada e uma garoa em seu início as emoções foram fortes, vários pilotos arriscaram colocar pneus de pista seca mas a aposta se mostrou equivocada. Sem muito susto, as principais equipes garantiam bons tempos porém a grande surpresa do dia estava guardada, Fernando Alonso, com sua Mclaren (equipe britânica), faz uma volta sensacional com pneus slicks na sua última tentativa de volta rápida. Simplesmente espetacular. Um piloto fora de série que merecia um carro mais qualificado.

No Q2 a pista foi secando e as forças das grandes foram se estabelecendo. Alonso acabou limado ficando em décimo terceiro. Outro degolado foi Felipe Massa, mais uma vez decepcionando nos treinos.

No Q3 o show do anfitrião Lewis Hamilton, com uma volta espetacular cravou a pole position com meio segundo de vantagem para Kimi Raikkonen, o segundo colocado. Vettel, seu grande rival do ano fechou o dia em terceiro e terá ao seu lado Max Verstappen. Mais atrás um surpreendente Nico Hulkenberg fez o quinto melhor tempo, e ao seu lado fechando a terceira fila está Sérgio Pérez.

Antes da largada, Palmer, na volta de aquecimento dos pneus, tem problemas e abandona, abortando a largada e obrigando a todas a fazerem uma nova volta de aquecimento. Na largada Hamilton se manteve na ponta, seguido por Raikkonen, na segunda fila Verstappen e Vettel duelaram pelo terceiro posto, melhor para o jovem holandês que assumiu a posição e iria dar enorme dor de cabeça a Vettel durante toda essa primeira parte da corrida. Massa larga bem e se coloca em nono, pelo menos nesse quesito o brasileiro manda muito bem. O safety car é acionado na segunda volta por conta do toque de Kvyt em Sainz, seu companheiro de equipe. O ano é terrível para o russo, que depois de tudo ainda foi punido pela direção de prova com um drive through.

A largada foi disputada na Inglaterra.


Bottas com pneus um pouco mais duros vai galgando posições lenta mas constantemente na volta nove já está em quinto, se aproximando de Vettel, que não consegue ultrapassar Verstappen. 
Mais atrás Ricciardo, que largou em penúltimo, começa a fazer uma boa corrida de recuperação e logo se coloca entre os dez primeiros.
Na volta dezenove Vettel antecipa seu pit stop e consegue nos pits ultrapassar Verstappen que parou na volta seguinte. Os outros seguem na pista por pelo menos mais cinco voltas e essa decisão se mostrará a mais correta no fim da corrida.

O pega entre Max e Sebastian foi um dos melhores momentos do GP


Depois dos pits, Bottas agora com pneus mais macios do que os outros, ultrapassa Verstappen e depois Vettel, o alemão até se esforçou para se defender, mas a diferença de carro e pneu falou mais alto.
Na frente, sem ser incomodado, Hamilton conduz a sua flecha de prata para a vitória mas para os outros as últimas três voltas foram tumultuadas. Raikkonen que se segurava em um excelente segundo lugar tem um pneus dechapado devido ao desagaste. Vettel agradecia pois ganhou a posição de Raikkonen e atrás dele Verstappen também parou nos pits por segurança pois sentia vibrações. Meia volta depois é a vez da borracha de Vettel se entregar e para piorar as coisas ele estava mais ou menos na metade da volta, longe dos pits, tendo de dar meia volta bem mais lento do que os outros, Vettel perdeu várias posições e acabou em sétimo, o último piloto na volta do líder.

O estouro de Vettel faz desaparecer sua vantagem na tabela de pontos.


Hamilton cruza a linha de chegada em primeiro, reduz a diferença para apenas um ponto em relação a Vettel, de quebra iguala o recorde de Jim Clark e Alain Prost com cinco triunfos no GP inglês. Bottas em excelente recuperação foi o segundo e Raikkonen depois das confusões todas fechou o pódio. A próxima corrida será em duas semanas na Hungria, o favoritismo da Mercedes reduz bem e uma disputa mais acirrada entre Vettel e Hamilton deve acontecer.

Hamilton comemorando com a torcida um fim de semana perfeito. Imagem emocionante.


Abaixo as notas dadas as dez primeiros da corrida.

1o. Hamilton - 10,0
Fez a pole position, a volta mais rápida, liderou todas as voltas, quebrou recordes e deu uma imensa alegria aos seus conterrâneos. Hamilton não se desequilibra mais tão facilmente após um revés e agora com a moral elevada tem tudo para assumir a ponta do campeonato nessa segunda metade de campeonato que se iniciará.

2o. Bottas - 8,0
Um resultado maravilhoso, uma corrida segura e ainda contou um pouquinho com a sorte. Se não tivesse sido punido teria dado trabalho a Hamilton na corrida.

3o. Raikkonen - 7,5
Fez um de seus melhores GP nesse ano, conseguiu um bom resultado mas não é nem sombra daquele Kimi da época da Mclaren e da primeira passagem pela Ferrari.

4o. Verstappen - 7,5
Largou bem, resistiu na pista contra as investidas de Vettel e só não foi além pois faltou carro. É um piloto extremamente promissor.

5o. Ricciardo - 7,5
Fez uma excelente corrida de recuperação, passando a todos que eram possíveis e conquistando merecidamente o quinto posto.

6o. Hulkenberg - 7,5
Fez um treino maravilhoso e uma corrida extremamente segura, conseguindo segurar as Force India que claramente possuem um carro melhor, pela lógica seria o sexto mas com um pouco de sorte ganhou essa sexta posição. Poucos pilotos no grid merecem tanto uma chance em uma equipe grande quanto o incrível Hulk merece.

7o. Vettel - 6,0
Foi terceiro na qualificação, atrás de Raikkonen, largou mal perdendo a posição para Verstappen e não tinha um bom ritmo de corrida. Arriscou na estratégia para passar Max mas por duas voltas não realizou o seu intento de chegar ao pódio. O golpe de azar no fim da corrida não muda o fato que estava apagado na corrida.

8o. Ocon - 7,0
Na largada pulou de nono para sétimo e fez uma corrida segura, nada espetacular mas muito segura, tendo um bom ritmo. Venceu o confronto interno contra Pérez, o que é muito bom para ele devido a rivalidade entre os dois.

9o. Pérez - 6,0
Até fez um bom treino ficando em sexto mas largou mal e não teve um ritmo na corrida.

10o. Massa - 6,5
Largou em décimo terceiro mas ainda na primeira volta já era o nono, foi ultrapassado pela Red Bull de Ricciardo apenas, se afastando de Vandoorne, Magnussen, Grosjean e Alonso mas em compensação não conseguia ameaçar as Force India. Claramente fez o que era possível e também fica evidente que a Williams tem no momento a quinta força do mundial apenas.


 

domingo, 9 de julho de 2017

ROTEIRO DE SPIELBERG.

O GP da Áustria no velocíssimo circuito de Spielbierg (oficialmente chamado de Red Bull Ring) prometia grandes emoções, o ápice do duelo Hamilton x Vettel havia sido na corrida anterior, com os dois literalmente se batendo, mesmo que de leve apenas. Os olhos do mundo se voltam para a F1 novamente pois se trata de um duelo de gigantes envolvendo duas equipes tradicionais, e isso não acontece sempre.

Nos treinos livres Hamilton dominou amplamente porém teve de trocar o câmbio e foi punido com a perda de cinco posições no grid. Se para ele a corrida não será tranquila, para o espetáculo no entanto a corrida ganha e muito pois com certeza o inglês irá rapidamente para cima dos adversários para buscar a ponta e, inevitavelmente, se encontrará com Vettel.

Na qualificação Bottas faz um volta perfeita e faz a pole position, a segunda dele no ano e na carreira. Vettel até andou bem, conseguiu até ficar a frente de Hamilton no cronômetro e fechou o dia em segundo. Hamilton apesar de ter sido terceiro cai para oitavo por conta da punição e largará no meio do confusão, a única vantagem do inglês será de largar com pneus super macios enquanto os outros usaram ultra macios. Raikkonen colocou a Ferrari em terceiro lugar, Ricciardo, vencedor da corrida passada é quarto, Verstappen o quinto. O grande destaque do dia no entanto ficou na sexta posição, Romain Grosjean com a Haas. A grande decepção do dia foi a Williams que se esperava muito mais e ficou em décimo sétimo lugar com Massa e em décimo oitavo com Lance Stroll, o novo pacote aerodinâmico não funcionou e por conta disso os pneus não se aqueceram.

Antes da largada uma apreensão pairava no ar pois a previsão indicava que choveria mais para o fim do GP. Na largada em si Bottas larga bem e se mantém a frente, Vettel consegue se manter em segundo, Raikkonen larga mal e perde a posição para Ricciardo e depois para Grosjean. Max Verstappen não consegue largar e acaba ficando muito para trás e acaba sendo acertado por Alonso que também havia sido abalrroado por Kvyat. Bom para a Williams que avançaram, especialmente Massa que fechou a primeira volta em primeiro.

Momento chave da corrida, Bottas e Vettel disparam na frente.


Na volta três Raikkonen passa Grosjean da Haas, aliás o novo layout do carro da equipe americana é muito bonito. Hamilton na volta seguinte ultrapassa Perez e assume a sexta posição.

Na oitava passagem Hamilton continua ganhando posições e passa Grosjean. Uma investigação sobre a largada de Bottas cria uma certa tensão para a Mercedes mas as imagens mostram que o finlandês apenas largou muitíssimo bem. Já Kvyat sofre um drive through devido ao acidente que causou com Alonso e consequentemente a Verstappen também.

Kvyat brinca de boliche com Alonso e Verstappen.


A partir da décima volta os pneus de Hamilton começam a se mostrar melhores e o inglês vai se aproximando de Raikkonen. Na volta vinte o inglês dá a sua primeira investida mas não consegue e mostra problemas com o super aquecimento dos freios. Na volta trinta e dois, de maneira surpreendente é Hamilton que para nos boxes, antecipando a sua janela de pit stop.

Nas voltas seguintes é a vez de Ricciardo e Vettel pararem nos boxes. Raikkonen e Bottas insistem em ficar na pista, aliás o ritmo de Bottas é muito superior ao de qualquer outro piloto, a vantagem construída o faz ser o provável vencedor da corrida.

No pelotão intermediário, Magnussen quando tentava atacar Stroll tem problemas no câmbio e abandona. Ao mesmo tempo os ponteiros da corrida passam a sofrer com retardatários, e isso seria uma constante da metade final da prova pois uma pista curva com tempo de qualificação em torno de um minuto e cinco é muito curta para a F1 atual.

Na volta 41 o líder Bottas parar nos pits. Raikkonen, mesmo que temporariamente assume a liderança. A larga vantagem para Vettel dimunui mas Bottas volta em segundo. Ao contrário de seu companheiro de equipe, Hamilton vai sofrendo com o desgaste dos pneus e poucas voltas após ter feito o pit stop fica evidente que o inglês terá de fazer um segundo pit stop ou tirar o pé para economizar os pneus.

O pneu traseiro de Hamilton com a marca de bolhas.


No giro 44 Bottas reassume a ponta passando Raikkonen, o piloto da Ferrari aproveita e faz a sua parada. Com pista livre Bottas volta a ser o mais rápido da pista e caminha livremente para a vitória.

Na passagem 48 é a vez de Felipe Massa fazer a sua parada, a princípio a tática rendeu dividendos pois voltou em nono, com pneus muito mais novos e próximo a Ocon. Restava saber se o rendimento da Williams com o carro de tanque vazio se manteria.

Na volta 54 Massa finalmente chega em Ocon e começa a disputar a nona posição. Bottas se aproxima de ambos para dar uma volta. O líder acaba atrapalhando um pouco o ataque de Massa. Também nesse momento a meteorologia informa que a chuva é real mas só deve cair no finzinho do GP ou após o GP. 

Quando Massa se restabelecia atrás de Ocon, é a vez de Vettel chegar nele para aplicar uma volta, novamente o brasileiro perde contato e tem de fazer a reaproximação do adversário. 

Hamilton de maneira surpreende começa a fazer voltas rápidas, aparentemente se livrando do problema de bolhas nos pneus. Por duas voltas seguidas o inglês bate o recorde da pista e a apenas dez voltas do fim da corrida começa a perseguir Ricciardo em busca do pódio.

Na reta final da corrida, com menos de nove voltas para o fim, Vettel começa a se aproximar de Bottas, Hamilton colado em Ricciardo e uma chuvinha bem levinha começa a cair. Menos de oito voltas para o fim da corrida e o drama está formado.

O novo layout da Haas é bonito e eficiente.


Faltando quatro voltas para o fim, Vettel está a um segundo de Bottas. Hamilton também chega em Ricciardo e a chuvinha desaparece. Há duas voltas do fim Vettel finalmente abre a asa móvel mas está longe. Hamilton também abre e coloca o carro lado a lado mas Ricciardo se defende bem. Volta final, Bottas mesmo com dificuldades no final se segura e vence a prova. Vettel chega em segundo a menos de um segundo atrás. Ricciardo após o susto fica em terceiro e Hamilton em quarto. Massa fecha o dia em nono, sem conseguir passar Ocon mas que não deixa de ser um bom resultado.

A segunda vitória de Bottas no ano, comemoração mais do que justa.


Sobre a temporada é importante ressaltar que é visível o melhor ritmo das Mercedes porém a liderança é da Ferrari com Vettel a vinte pontos na frente de Hamilton (171x151).

Abaixo a nota dada aos pilotos pelo desempenho na corrida:


1o. Bottas - 9,5
Fez a pole position, largou muitíssimo bem e no fim da corrida soube administrar a vantagem para não ser assediado por Vettel.


2o. Vettel - 8,0
Fez uma boa corrida e mesmo não tendo o melhor carro do dia conseguiu dar um calorzinho em Bottas, até de maneira surpreendente pelo seu desempenho nos primeiros 3/4 da corrida.


3o. Ricciardo - 8,0
Vitorioso em Baku, e pódio novamente na Áustria, resistindo a um ataque do agressivo Lewis Hamilton. Vive uma grande fase. 


4o. Hamilton - 7,5
Fez uma boa prova mas deveria ter se qualificado um  pouco melhor, se tivesse largado em sexto ou sétimo (por conta da punição) talvez no fim tivesse chegado ao pódio.


5o. Raikkonen - 6,0
Fez uma boa corrida na sua primeira metade mas quando começou a perseguir Hamilton errou e perdeu ritmo. Tá em final de carreira, não consegue contribuir para a equipe.


6o. Grosjean - 9,0
Merece todos os aplausos do dia, fez uma grande qualificação e se manteve com o bom ritmo até o fim da prova. Ficar a frente da boa Force India foi um feito notável do francês.


7o. Pérez - 7,0
Uma boa corrida, sem brigas ou erros mas só isso.Pelo menos chegou a frente de seu companheiro de equipe.


8o. Ocon - 6,0
Fez uma corrida correta e até conseguiu resistir a Massa no fim da prova. Não foi brilhante mas eficiente.

9o. Massa - 7,5
Uma excelente largada que o colocou em condições de fazer valer a sua estratégia. Ficou apenas com um gostinho de quero mais pois colou em Ocon mas não passou.

10o. Stroll - 6,5
O garoto vai provando o seu valor, é a terceira corrida seguida nos pontos. Não é um grande piloto mas também não é tão ruim como foi dito devido ao seu início de temporada envolvido em acidentes. Pagou por ser novato e por não poder testar tanto quanto deveriam os carros da F1.





AUTOMOBILISMO VIRTUAL - SONHOS E COMPETIÇÃO.

Com o advento da internet, o mundo conheceu uma verdadeira revolução no modo de se relacionar entre as pessoas. O contato não precisava ser ...