domingo, 28 de outubro de 2018

UMA NOVA LENDA ENTRE OS GRANDES DE TODOS OS TEMPOS.

A F1 chegava ao Circuito Hermanos Rodríguez no México com uma expectativa enorme em cima do quinto campeonato de Lewis Hamilton. O inglês que teve uma pequena frustração por não ter conseguido obter o título nos EUA, sabia que precisava de um modestíssimo sétimo lugar para se consagrar como um dos grandes pilotos de todos os tempos, quiçá até no rol das lendas entre as lendas, tais como Alain Prost, Ayrton Senna, Juan Manuel Fangio e Michael Schumacher. 

Com o campeonato já praticamente decidido na ponta, restava aos coadjuvantes lutarem por um lugar ao Sol, na corrida dos EUA o finlandês Kimi Raikkonen obteve a quinquagésima primeira vitória da Finlândia na F1, e superou o bicampeão Mikka Hakkinen obtendo a sua vigésima segunda vitoria na categoria máxima do automobilismo, superando o seu conterrâneo.

Nos treinos livres a Red Bull, de maneira até surpreendente, dominou completamente as sessões, a pista que não possui muitos mistérios em sua parte sinuosa favoreceu a equipe austríaca, mesmo tendo uma gigantesca reta, que desfavorece os motores Renault.

Na qualificação, Vettel mais uma vez decepcionou e ficou em quarto apenas. O virtual campeão Lewis Hamilton conseguiu um tímido terceiro lugar, pouco para ele normalmente, porém muito para se consagrar pentacampeão do mundo. Max Verstappen e Daniel Ricciardo disputaram com afinco a pole position, melhor para o australiano sorridente, que apesar de estar de saída da equipe, não abre mão de ser competitivo. Ricciardo tem sofrido com o boicote da Red Bull e este resultado é extremamente significativo, ainda mais se lembramos da maravilhosa corrida de Max nos EUA.

Na largada Ricciardo patina demais e sem velocidade começa a fica para trás. Hamilton larga muito bem e se coloca até o fim da reta na frente, porém na freada, Max retarda ao máximo e divide a curva lado a lado com Hamilton, o inglês percebendo que tinha muito a perder recolhe e fica em segundo. Bottas e Vettel atacam Ricciardo, o finlandês espalha e não ultrapassa Ricciardo, Bottas então fica lado a lado com o carro de Vettel, entretanto fica muito por fora em uma das curvas do miolo da pista e sai fora do traçado perdendo tempo. No pelotão de trás Ocon e Hartley  se tocam e são obrigados a pararem nos boxes.


A largada foi decisiva para o sucesso de Max.
Após quatro voltas Fernando Alonso com um detrito do carro de Ocon, que provavelmente danificou seu radiador, obriga o espanhol a abandonar mais uma vez. Na volta cinco o virtual safety car é acionado e já na volta seis a corrida se reinicia.

No giro onze Hamilton que perdia muito tempo em relação a Max para nos boxes, para surpresa de todos Bottas, companheiro de Hamilton, para também na mesma volta e se livram do pneu mais macio,  que se desmanchava na pista abrasiva. Na volta seguinte é a vez de Ricciardo parar nos boxes.

Quando para na volta treze Max retorna à pista em terceiro, atrás das Ferrari que não haviam parado. Mais atrás ma corrida Pérez ultrapassa Ericsson e pula para o sétimo lugar, para delírio da torcida mexicana.
Pérez faz a alegria dos mexicanos.

Com dezoito dezessete voltas Raikkonen, que já havia sido ultrapassado por Max momentos antes, é ultrapassado duplamente na mesma volta, por Hamilton e Ricciardo. Ao fim da volta as Ferrari param nos boxes. Vettel regressa em quarto e Raikkonen em sexto. Verstappen reassumia a liderança.

A pista, bastante abrasiva e com o calor, maltratava os pneus, deixando claro que as estratégias seriam de duas paradas aos boxes. Os pneus de Hamilton já demonstravam um acentuado desgaste, permitindo que Ricciardo e Vettel se aproximassem rapidamente.

Após vinte e oito passagens a corrida fica em compasso de espera, com todos economizando a borracho dos pneus com o objetivo de pararem apenas mais uma vez. O grande destaque é Max, com dez segundos de frente para Lewis. Vettel nitidamente fica comboiando Ricciardo, mas quando eles pegam um tráfego pesado de retardatários o alemão se aproxima demais do australiano e parte para o ataque. 

 No giro trinta e um Carlos Sainz abandona a corrida na chamada parte do estádio. O virtual safety car é acionado. Entre os primeiros colocados apenas Pérez, que estava em sétimo para nos boxes e retorna em nono.

Sainz que vinha bem na corrida abandona com problemas no carro.

Quando a bandeira verde é acionada Vettel parte com tudo para cima de Ricciardo mas o australiano se segura a frente.  Na volta seguinte não teve jeito, o alemão ultrapassa o australiano. Pérez na mesma imagem ultrapassa Leclerc mas leva o "x" do piloto monegasco. Na volta seguinte Pérez dá o troco passando por fora e assume o oitavo lugar. Com trinta e cinco das setenta e uma voltas a corrida chegava a sua metade.

Vettel muito mais rápido passa Ricciardo e assume o terceiro posto.

Com trinta e nove giros, Vettel que rapidamente se aproximou de Hamilton, ignorou o inglês e assumiu a segunda posição, infelizmente para ele um resultado insuficiente para se manter vivo no campeonato.

Vettel passa Hamilton e assume o segundo lugar.

O piloto da casa, Sérgio Pérez, que vinha muito bem na corrida acaba abandonando a corrida, uma pena pela excelente corrida que fazia. Vettel se animava na corrida, fazendo a volta mais rápida da corrida e tirando a vantagem para Verstappen, porém lentamente.

Pérez descobre que nem sempre há justiça na corrida.

Com quarenta e quatro voltas Hamilton reclama demais dos pneus e perde muito tempo, sendo ameaçado até por Ricciardo, que estava tendo uma atuação discreta. Absolve-se um pouco a atuação de Lewis o péssimo desempenho de Bottas, o quinto colocado mas muito atrás. Ricciardo após algumas voltas consegue atacar Lewis, e com a asa aberta passa por fora Hamilton, que freia demais e sai da pista, Hamilton ainda teve consciência de não forçar demais os pneus senão os destruiria.

Quem diria que o campeão passearia pela grama.


Na volta quarenta e oito Vettel e Hamilton param nos boxes e colocam pneus ultramacios. Ainda nessa volta, parecendo até replay, Bottas e Raikkonen fazem a mesma cena, porém Bottas freia mais forte e sai ainda mais da pista, dando um passeio na grama. Na volta seguinte Max para nos boxes e por ter um jogo de pneus supermacios se torna ainda mais favorito para vencer.

Faltando vinte voltas para o fim Ricciardo se mantinha na pista mas Vettel com pneus novos estava voando e chegava rapidamente. Com apenas quinze giros para o fim, Vettel passava a atacar o australiano e a disputa era acirrada entre eles. Na volta seguinte Ricciardo surpreende e faz a melhor volta da corrida, escapando de Vettel. 

Faltando apenas dez voltas para o fim, o motor de Ricciardo abre o bico, o australiano que fazia milagre a frente de Vettel acaba abandonando pela sétima vez no ano e joga fora a dobradinha da Red Bull, que estava encaminhada pois Vettel estava próximo mas não ameaçava. O virtual safety car é acionado na corrida. 

Mais um golpe de azar de Ricciardo e mais uma pá de cal entre Red Bull e Renault.

Aproveitando o safety car virtual Bottas para nos boxes e coloca pneus ultramacios para as oito voltas finais, foi a terceira parada do finlandês. Verstappen pede e a equipe preocupada aceita em reduzir a potência do motor do carro. A Red Bull casa com a pista mexicana, que fica na altitude com mais de dois mil e oitocentos metros ao nível do mar.

Verstappen desfila nas voltas finais e vence a corrida, a sua segunda no ano (a primeira havia sido na Áustria), a Ferrari como prêmio de consolação desconta pontos preciosos da Mercedes e ainda sonha com o título de construtores. Mas o dia era do quarto colocado, Lewis Hamilton conquista o seu quinto título mundial, superando Vettel e Prost e se igualando ao lendário Juan Manuel Fangio, ficando atrás apenas do mítico Michael Schumacher. Um dia histórico para o automobilismo mundial, em especial a F1.

Max foi o piloto do dia, mais do que justo.

A comemoração da Mercedes é contida mas o resultado merece todas as glórias. Hamilton não só faz história como ainda pode ser responsável por quebras de recordes históricos, hoje sem sombra de dúvidas pode-se colocar ele em igualdade com seu grande ídolo Ayrton Senna e quiçá em breve poderá até ser o maior de todos os tempos. Só o tempo dirá. A Vettel resta lugar para manter a Ferrari viva nos construtores e se preparar melhor para o próximo ano, pois apesar de ser um tetracampeão, não o coloco entre os grande pilotos, tais como Lauda, Stewart, Senna, Prost, Fangio, Piquet, Schumacher e agora Hamilton.

Abaixo as notas dadas aos pilotos por seu desempenho na corrida.


1o. Verstappen - 9,5

Atuação sublime, só não tirou o dez por conta de 0,026 milésimos, se tivesse feito a pole a corrida do holandês teria sido perfeita.

2o. Vettel - 8,0

Fez uma excelente corrida, se redimindo de um treino e largada ruins. Resta a ele garantir o vice campeonato e se preparar para buscar o título do ano que vem.

3o. Raikkonen - 7,5

Teve uma atuação extremamente discreta mas eficiente. Chegou ao pódio com um pouco de sorte, por conta do abandono de Ricciardo.

4o. Hamilton - 7,0

Fez um bom início de corrida, largou bem, foi competitivo mas o desgaste absurdo de seus pneus e até um receio de disputar posições e perder a corrida o fez ser tímido na parte final e garantir apenas o necessário para se sagrar pentacampeão do mundo.

5o. Bottas - 6,0

O pior entre os pilotos da elite. Só conseguiu a volta mais rápida da corrida como consolo de sua atuação ridícula.

6o. Hulkenberg - 8,0

O melhor entre os normais. Foi sempre muito competitivo na corrida, disputando com Pérez e Sainz, seu companheiro de equipe. Teve um pouco de sorte em não quebrar e chegou em uma bela posição. 

7o. Leclerc - 7,5

O garoto sensação é talvez um futuro campeão, disputa posição com maturidade e habilidade, como fez com Pérez. O monegasco terá um futuro glorioso na Ferrari.

8o. Vandoorne - 7,5

Surpreendeu devido ao seu fraco desempenho no início da corrida, sobreviveu na corrida e chegou em uma boa posição.

9o. Ericsson - 7,0

Melhorou seu desempenho na categoria esse ano porém tarde demais para manter seu emprego ano que vem. O carro da Sauber é bem melhor do que nos anos anteriores e pontuar acaba se tornando uma obrigação, ainda mais com seu companheiro novato arrebentando.

10o. Gasly - 7,0

Se envolveu em disputas ferrenhas com Ocon, e graças a um infortúnio do francês abriu uma boa vantagem para conseguir um precioso ponto.







domingo, 21 de outubro de 2018

ACABOU O JEJUM...E DE QUEBRA UM RECORDE.

O incrível circo da F1 desembarca no maravilhoso Circuito das Américas, nos EUA, para a etapa que pode sacramentar Lewis Hamilton como pentacampeão mundial. A probabilidade é grande devido ao retrospecto recente, quatro vitórias nas últimas cinco corridas, o inglês só precisa vencer e esperar que seu maior rival chegue no máximo em terceiro. 

Nos treinos livre a missão impossível de Vettel se torna ainda mais impossível quando ele toma uma punição de três posições por conta do excesso de velocidade quando o treino livre estava em bandeira vermelha.

Na qualificação a Ferrari mostra força e chega a encerrar o Q3 com dobradinha, contrariando os treinos livres e o próprio Q1. Vale mencionar a bela sexta posição de Charles Leclerc, o garoto que irá para a Ferrari no próximo ano, e é sem dúvida a grande sensação do ano. No Q3, Vettel e Raikkonen se esforçaram, fizeram excelentes voltas, mas Hamilton mais uma vez se consagrou como o pole position, a octagésima primeira do inglês na carreira. Ocon foi o primeiro dos dos últimos, com um belo sexto lugar. Por conta da punição Vettel largaria em quinto, e a primeira fila teria o finlandês Raikkonen ao lado de Lewis.

O dia claro estava claro, a pista homenageia outras dez do calendário, ou seja um palco perfeito para a possível decisão do campeonato. Ainda mais cedo, Márc Marquez, se sagrou pentacampeão da Moto GP, seria um prenúncio?

Na largada Hamilton tenta espremer Raikkonen, mas o finlandês larga bem e consegue na freada se colocar na ponta da corrida. Mais atrás Vettel força para cima de Ricciardo, escapa um pouquinho da pista, mas retorna na mesma posição. Na parta sinuosa do circuito, ainda no primeiro setor, Lance Stroll atinge com força a lateral do carro de Alonso, tirando o espanhol da corrida. 

Raikkonen larga muito bem e assume a liderança na largada.


No fim da reta oposta, Vettel apanha o vácuo de Ricciardo e o ultrapassa, porém na freada acaba espalhando e o australiano consegue dar o troco, na curva seguinte, Vettel força desnecessariamente e acaba tocando roda com roda com Ricciardo e roda na pista, caindo para décimo quarto, felizmente Ricciardo se mantém em quarto. Ainda na primeira volta, Grosjean na freada da reta oposta atinge o carro de Leclerc e danifica bastante a Sauber do monegasco. Tudo isso em uma volta.

Vettel comete mais um erro e roda após tocar em Ricciardo.

Nas voltas seguintes Raikkonen imprime um bom ritmo, mas é perseguido de muito perto por Hamilton. Verstappen que largou em décimo oitavo por conta de uma quebra no Q2, começa o seu show e na primeira volta já é o nono. Vettel também vai escalando lentamente o pelotão, passando por Sirotikin, Magnussen e Pérez.

Na volta sete, Verstappen ultrapassa Hulkenberg e se coloca em quinto. Vettel passa Ocon e se coloca em décimo.

Na passagem nove o carro de Ricciardo simplesmente apagou, o obrigando a abandonar. A bandeira amarela tremula na pista, Vettel aproveita e passa por Sainz, pulando para sexto, com a demora para a remoção do carro da Red Bull, o safety car virtual é acionado. Hamilton aproveita e para nos boxes, colocando os pneus mais duros em seu carro, e perdendo pouco tempo volta em terceiro, a frente de Verstappen. Raikkonen segue na liderança e a corrida recomeça na volta onze.  

No giro catorze, Bottas abre e Hamilton o ultrapassa. Vettel ultrapassa Hulkenberg e assume a quinta posição. Nesse cenário, Lewis não conquistaria o título, por um ponto apenas.

Com vinte giros, a estratégia da Mercedes se mostra acertada, Lewis, que estava a oito segundos de Raikkonen na saída dos boxes, pulverizou a diferença, colando em seu adversário. Raikkonen valente, resiste o quanto pode, tentando pelo menos desgastar os pneus de Hamilton. Na volta seguinte, o ritmo mais lento faz com que até Bottas se aproxime dos dois. Na reta oposta, Lewis tenta a ultrapassagem, mas Raikkonen se defende muito bem. No miolo, Hamilton tenta por fora, mas Kimi espalha na curva e tira o inglês do traçado ideal, no fim da volta Kimi para nos boxes. Agora a aposta da Ferrari é que Lewis faça uma segunda parada, senão a vitória já era.

Na volta vinte e quatro Bottas para nos boxes e volta atrás de Verstappen, que já havia parado na volta anterior. Na passagem seguinte Kimi passa Vettel e é segundo. A briga é entre Lewis e Kimi, com diferença de dezessete segundo para o inglês.

Quem diria, Vettel abrindo passagem.

Na volta vinte e sete, Vettel é ultrapassado por Verstappen no miolo final da pista, mas pouco importava pois o alemão ao fim da volta parou nos boxes. Na volta seguinte, que marca a metade da corrida, Hamilton consegue responder a Raikkonen, e mantém a diferença na casa de dezessete segundos.

No giro trinta e três, Leclerc abandona a prova com problemas por conta do toque. Raikkonen começa a tirar a diferença para Hamilton, que cai para treze segundos, mas também tem de se preocupar com Verstappen, que também está voando e tirando a diferença para o finlandês, a corrida. A corrida que estava morna após os pits, começava a se animar novamente. 

Com vinte voltas para o fim, o ritmo de Hamilton, devido as bolhas nos pneus compromete demais seu rendimento, com a diferença na casa de oito segundos, Lewis para nos boxes e volta para a pista em quarto. Raikkonen reassume a liderança, mas bem próximo dele está Verstappen.

Hamilton com os pneus em estado lastimável, uma segunda parada seria necessária.

Hamilton começa a voar, de cara já faz a volta mais rápida da corrida, e se aproxima de Bottas, que faltando dezesseis para o fim abre passagem para o "patrão".

Faltando apenas doze giros para o fim, Hamilton está a apenas seis segundos de Kimi, e Verstappen entre os dois, está a dois do líder. Mais atrás, Vettel vai se aproximando do irreconhecível Bottas, que imprima um ritmo muio aquém do que o carro permitiria.

Faltando dez para o fim, Hamilton fica a dois segundos de Max, que esta a dois segundos de Kimi. A tensão pairava no ar. A corrida fica emocionante.

Com oito giros para o fim, a diferença entre os carro já é no visual, Hamilton está a apenas três segundos de Kimi e a um pouco mais de um de Max, que por sua vez força o carro ao limite e desconta a diferença para um segundo e um décimo. A sensação é que se Lewis perder pouco tempo na ultrapassagem em Max, vencerá a corrida. Mais atrás, Vettel, com um bom ritmo, já consegue abrir a asa móvel sobre Bottas.

Com cinco voltas para o fim, Lewis já aciona o DRS em cima de Verstappen, no miolo, Max consegue levar a distância para Kimi em nove décimos e se salva do ataque de Hamilton, e o pelotão fica ainda mais junto. Na volta seguinte, sem acionar o DRS, Max tem de se defender de Hamilton.

Com três para o fim, Max erra na freada da reta oposta, Hamilton coloca do lado, Max vende caro e mantém seu carro a muito custo por fora, na curva seguinte, por dentro o holandês fica com a preferência e Hamilton cai na sujeira e espalha na curva. Raikkonen agradece e abre uma boa vantagem. Max também garante pelo menos o segundo posto já que Lewis perdeu tempo. NA volta seguinte a emoção não havia acabado, Vettel passa Bottas, que tenta o troco, mas erra e sai da pista.

A bandeirada é uma das mais bonitas da história, gente chorando, vibrando demais, público delirando com a emoção, um jejum de cento e um GP's quebrado, um recorde quebrado, já que Kimi se torna o finlandês mais vitorioso na F1, passando excelentes nomes como Rosberg (pai) e Hakkinen. Max que chega em segundo e de quebra ganhou o prêmio de piloto do dia recebeu muitos elogios da equipe, da maturidade na disputa com Lewis, e fechando o pódio Hamilton, que lutou muito, valorizou demais a conquista dos rivais, e de quebra abre mais vantagem para Vettel (setenta pontos), porém com um gosto amargo pois queria decidir o título nos EUA.

A comemoração do Homem de Gelo.
Corrida histórica e sensacional, e quebro a impessoalidade do texto para dizer que fico triste por ter usado o título Canto do Cisne para a corrida de Monza, pois essa corrida é que realmente foi o canto do final de Kimi. A seguir as notas dadas aos pilotos pelo seus desempenhos na corrida.



1o. Raikkonen - 9,5

Foi bem na qualificação, largou melhor ainda, soube se defender de Lewis com pneus novos e mais, soube ser rápido e constante para se manter a frente de carros melhores. Muitas vezes apático, hoje teve uma atuação irrepreensível.  

2o. Verstappen - 9,5

Foi o showman da corrida. Quebrou no Q2, largou bem atrás, largou bem, fugindo da confusões e com pista livre voou. Foi reconhecido pela maturidade na disputa com Lewis e pela atuação espetacular na corrida.

3o. Hamilton - 9,0

Deu show, fez pole, fez uma estratégia diferente, que talvez só tenha errado ao tardar muito para ir aos boxes e fazer o segundo pit stop. Foi combativo o tempo inteiro e não forçou nada além do razoável pois pensou no campeonato, só precisa de seis pontos em três corridas para fazer história.

4o. Vettel - 6,5

Fez o que pode na qualificação, começou bem, mas errou ainda na primeira volta, estragou novamente a sua corrida e teve de correr para minimizar seu prejuízo. Foi bem na recuperação, mas agora disse adeus de vez ao caneco.

5o. Bottas - 5,0

Só apareceu para abrir caminho ao seu companheiro de equipe, e para levar um "passão" de Vettel no fim da corrida.

6o. Hulkenberg - 7,5

Voltou a ter uma atuação muito boa, foi combativo e conseguiu um excelente resultado.

7o. Sainz - 7,0

Levou a segunda Renault aos pontos, também foi bem, mas chegou atrás de Hulkenberg, e por isso a nota um pouco menor.

8o. Ocon - 8,0

Largou bem, foi combativo, soube resistir a Pérez, fez uma ultrapassagem no grampo em Gasly sensacional e conseguiu um bom oitavo lugar, é uma pena ver um piloto tão bom ficar sem um cockpit para o próximo ano.

9o. Magnussen - 7,0

Pilotando pela equipe da casa, teve de fazer a honra da equipe já que Grosjean se envolveu em um acidente no início da corrida. Foi bem e conseguiu pontuar.

10o. Pérez - 5,5

É um bom piloto, mas que reclama demais, estava bem atrás em relação a Ocon e já queria que o companheiro abrisse caminho, levou uma punição branda por conta da vantagem que teve na largada, já que passou por fora seus adversários.


A próxima corrida, e provável decisão, será na próxima semana, no México, nos encontramos lá.












domingo, 7 de outubro de 2018

COM A MÃO E QUATRO DEDOS NA TAÇA


O maravilhoso circo da Fórmula 1 desembarcou de maneira tímida e envergonhada no Japão após o papelão da Mercedes no GP da Rússia. Nos treinos livres, a equipe alemã, alheia ao que aconteceu, fez seu papel e dominou completamente as sessões. 

Na qualificação a Ferrari até ameaçou o domínio prateado, mas no Q3, quando a chuva chegou a pista, a equipe italiana fracassou miseravelmente, Vettel, que ainda tinha esperanças de título, errou em sua volta e ficou em oitavo e seu companheiro Raikkonen ficou apenas em quarto. Hamilton, com seu habitual talento, fez a sua pole de número oitenta e fechando a primeira fila, Valtteri Bottas, o escudeiro dos sonhos.

No domingo a pista seca e com bons pontos de ultrapassagem prometia boas emoções. Emoções para todos, menos para Hamilton.

Na largada Hamilton se mantém a frente e Bottas faz o papel de escudeiro fechando a porta de Verstappen. Vettel também larga muito bem e sai de oitavo para sexto já na primeira freada. No grampo no meio da primeira volta, de maneira arrojada Vettel mergulha por dentro e ultrapassa Grosjean da Haas. Já no fim da primeira volta, Verstappen erra na chicane, passa reto e quando volta joga seu carro em cima de Raikkonen, que acaba indo parar com duas rodas na grama e perdendo tempo, embalado, Vettel ultrapassa seu companheiro de equipe e fecha a primeira volta em quarto, mostrando um bom ritmo.


Verstappen mais uma vez jogando pesado contra ps adversários.

No pelotão de trás, Leclerc e Magnussen disputavam posição, quando, na reta principal, o piloto monegasco, fechado por Magnussen, acerta a roda traseira de seu adversário. Leclerc fica com o bico quebrado e Magnussen, com pneu furado se arrasta até os boxes. Os detritos de Magnussen, que depois viria a abandonar, ficam na pista e acabam chamando o safety car na volta quatro.

Antes da bandeira verde, a direção de prova resolve punir Max Verstappen em cinco segundos pelo seu retorno perigoso à pista e a quase colisão com Raikkonen. A corrida recomeça na volta oito e Vettel parte para cima de Verstappen. 

Na parte das curvas mais travadas após o grampo, Vettel mergulha por dentro, mas se precipita e ao atingir a roda de Max Verstappen, acaba rodando e perdendo muito tempo, fora o dano na asa dianteira. Max acaba indo para a área de escape, mas volta sem problemas à pista. Para Vettel, o campeonato foi de vez para o brejo.



Vettel erra, roda e dá adeus ao título.


Com Vettel bem atrás, o destaque da corrida passa a ser Ricciardo, que havia largado em décimo quinto e já figurava após treze voltas entre os seis primeiros. No pelotão de trás, Vettel dá um show próprio e começa a abrir caminho entre os pilotos mais lentos.

Na passagem dezessete, no mesmo ponto em que tentou ultrapassagem em cima de Max, Vettel mergulha para ultrapassar Leclerc. O show de Vettel continua e na volta seguinte, na chicane, Vettel passa Hulkenberg e assume a décima segunda posição. 

Raikkonen puxa a fila de pit stops na volta dezoito e volta à pista em nono apenas. Verstappen retarda um pouco mais a sua parada e mesmo parando quatro voltas depois e pagando cinco segundos de punição, Max sai imediatamente a frente de Kimi, para desespero da Ferrari.

No giro vinte e quatro Bottas e Ricciardo param nos boxes e voltam respectivamente em segundo e quarto lugares. Ricciardo também sai  a frente de Raikkonen e esboça uma ameaça a Verstappen.

Na volta vinte e sete Vettel para e volta somente em décimo sexto, mas com pneus novos começa a abrir caminho novamente. Na passagem vinte e nove, na mesma volta, o alemão da Ferrari ultrapassa Hulkenberg e Ericsson. Na volta seguinte ultrapassa Ocon

Na abertura do giro trinta e cinco é a vez de Leclerc ser ultrapassado na reta principal. Já no giro trinta e sexto é a vez de Pérez ver a Ferrari passando ao seu lado e na volta seguinte Vettel passa por Grosjean e assume a sexta posição, e dali em diante nada mais poderia fazer o alemão pois Raikkonen estava a absurdos quarenta segundos a frente.


Vettel ultrapassa Grosjean e se recupera pela segunda vez na corrida.

Charles Leclerc abandona a corrida faltando menos de um terço de prova, e o virtual safety car é acionado, uma pena, pois se fosse o safety car normal o recomeço seria frenético e mais emocionante.

Faltando dez voltas para o fim, Verstappen surpreendentemente passa a pressionar Bottas. O piloto finlandês consegue se sustentar a frente, mas sofre mais que o esperado.


Verstappen pressiona Bottas e gera emoção em um fim previsível.




Com três voltas para o fim, Carlos Sainz Jr. ultrapassa Gasly, que vinha se destacando na corrida e assume o décimo posto, roubando o pontinho do piloto da Toro Rosso.

Hamilton cruza as cinquenta e três voltas na frente e vence a sua septuagésima primeira corrida na vida, mostrando ao mundo a desnecessidade do infeliz ato da Rússia, e de quebra o fenômeno inglês coloca uma mão e quatro dedos na taça, que será a sua quinta conquista na carreira na categoria máxima do esporte a motor. Bottas chegou em segundo e Verstappen em sexto. Vettel, em sexto conseguiu apenas estragar o Grand Chelem de Hamilton, que seria a pole, vitória de ponta a ponta e volta mais rápida, fazendo a volta mais rápida na última volta da corrida. A Vettel basta se recompor e, em conjunto com a Ferrari começarem a se prepararem para o próximo ano.

Abaixo as notas dadas aos pilotos pelo seu desempenho na corrida.

1o. Hamilton - 9,5

Mostrou mais uma vez ser o melhor da categoria atualmente, é o virtual campeão da temporada após mais uma exibição de gala.

2o. Bottas - 8,0

Foi mais uma vez o fiel escudeiro, defendendo seu mestre com muito empenho.

3o. Verstappen - 9,0

O garoto é bom apesar dos destemperos, fez uma ótima classificação, se defendeu bem de Vettel e atacou Bottas, só exagerou contra Raikkonen e foi bem punido.

4o. Ricciardo - 7,5

Fez uma bela recuperação, saindo de décimo quinto para quarto, apesar de estar sendo preterido na equipe continua tendo boas atuações.

5o. Raikkonen - 7,0

O que fez Raikkonen? Talvez tenha sofrido um dano após o toque de Max, mas o fato é que mais uma vez foi inoperante para a equipe.

6o. Vettel - 7,0

Foi o nome da corrida, para o bem ou para o mal. Largou mais atrás, se recuperou, rodou, voltou quase em último e chegou em sexto. Foi um bravo, mas insuficiente para parar Hamilton.

7o. Pérez - 7,0

Muito combativo e conseguiu um excelente sétimo lugar.

8o. Grosjean - 7,0

Outro piloto que lutou muito na corrida e fechou em uma bom oitavo lugar.

9o. Ocon - 6,5

Foi mais discreto do que o de costume, mas ainda assim eficiente.

10o. Sainz - 6,5

Fez por merecer o ponto após uma boa ultrapassagem sob Gasly, de quebra chegou a frente de seu bom companheiro de equipe.



Daqui a duas semanas a F1 irá para os EUA, e se Hamilton vencer com Bottas ou outro piloto que não seja Vettel em segundo, o título é do inglês e o embate histórico entre os dois tetracampeões terminará.
















AUTOMOBILISMO VIRTUAL - SONHOS E COMPETIÇÃO.

Com o advento da internet, o mundo conheceu uma verdadeira revolução no modo de se relacionar entre as pessoas. O contato não precisava ser ...