domingo, 28 de maio de 2017

Ferrari vence no Principado e quebra jejum de 15 anos.

Mônaco, o circuito mais charmoso e glamoroso do mundo da F1 é também aquele que exige absoluta concentração em cada curva pois o mínimo erro e a batida em algum muro ou guard rail é certa. O Principado já teve corridas históricas como a de 84 que Prost venceu no grito e o mundo conheceu Senna, 88 em que Senna com mais de cinquenta segundo de vantagem para Prost bateu sozinho, 93 que Senna segurou o impetuoso Mansell com seu carro de outro mundo e 96 com a vitória de Oliver Panis em uma das corridas mais conturbadas da história, vitórias e perdas históricas foram vistas nesses setenta e cinco anos de Grande Prêmio no Principado. A corrida de Mônaco existe antes mesmo da criaçãod a F1. A dificuldade do pista é tanta que o famoso Nigel Mansell nunca a venceu.

No treino classificatório para a corrida a supremacia da Ferrari na pista foi visível e para melhorar a situação para a a equipe de Maranello a Mercedes não encontrou o seu melhor rendimento. se classificar bem para a corrida é essencial para ter um bom resultado final. O fim de semana de Hamilton foi comprometido por dois fatores, primeiro seu próprio mal desempenho, e depois que na sua última tentativa de volta rápida para avançar ao Q3 foi comprometida com a batida de Vandoorne que gerou bandeira amarela. Outro piloto prejudicado com isso foi Felipe Massa que acabou ficando em décimo quarto, logo atrás do próprio Lewis.

A batida de Vandoorne complicou a vida de muitos pilotos, em especial a de Hamilton.


A disputa pela pole position foi interna na equipe italiana, Vettel e Raikkonen disputam nos milésimos a honra de largar na frente . No fim, após 128 GP's, Kimi consegue a pole e quebra o longo jejum. Desde Magny Cours, em 2008, que o finlandês não largava na posição de honra.

Kimi quebra o incômodo jejum e volta  fazer a pole position.


Na largada os pilotos foram até conservadores, entre os oito primeiros não houve nenhuma alteração, mais atrás Magnussen ganha duas posições e pula para nono, Hamilton passa Vandoorne e só. O piloto destaque do dia Jenson Button, que substitui Alonso que está em Indianápolis, preferiu largar dos boxes e logo na primeira segunda volta troca pneus, pensando em não parar mais.


A largada foi fem comportada esse ano.


Após dez voltas de liderança folgada, Raikkonen começa a perceber a aproximação de Vettel, talvez a melhor chance de ultrapassagem do alemão fosse na estratégia, e por isso deve andar próximo de Kimi.   

No giro dezessete, o câmbio de Hulkenberg se entrega e joga um pouco de óleo na pista porém o safety car não é acionado e a corrida segue, de maneira a té um pouco monótona.

Na volta 22, o melhor pega na corrida é entre Stroll e Pérez, o mexicano já pneus novos, vinha atrás do novato tentando o induzir a um erro.

Na passagem 25, Bottas começa a apertar o ritmo e começa a tirar bastante a diferença, então confortável de Vettel. Os retartatários, que Kimi e Vettel encontram acabam por ajudar a aproximação de Bottas. Verstappen também se aproveita da situação e se aproxima um pouco do pelotão da frente.

Na volta 33, Verstappen para nos pits, é o primeiro a parar no pelotão da frente. Em resposta a Mercedes, na volta seguinte pede a Bottas para parar também. A decisão é acertada pois o finlandês volta exatamente a frente de Verstappen.

Na volta 35 é a vez do líder parar nos boxes. Kimi para no pit e volta em terceiro, um pouquinho atrás estava Sainz, Bottas e Verstappen.

Vettel e Ricciardo continuam na pista e começam a imprimir um ritmo de corrida mais rápido que podem, para tentarem na pista ficar a frente de Kimi

Na volta 39, Ricciardo para nos pits, quando volta a pista tem boa vantagem, em parte por causa de suas voltas rápidas com pista livre e em parte porque Verstappen e Bottas perderam tempo atrás de Sainz.

A liderança da corrida se decide na volta 40, Vettel para e volta a frente de Kimi, a diferença entre ambos é apaertada. Depois disso, com pista livre, Vettel abre e parte para a vitória.

No giro 48, o último piloto a parar nos boxes é Hamiton, o inglês se aproveita da pista livre e de uma vez só consegue passar na estratégia Kvyat e Grosjean. Lewis pula para sétimo e consegue capitalizar pontos importantes.  

A corrida permanece com posições inalteradas após as paradas de pit stop, o que chama a atenção é a queda acentuada de ritmo de Kimi, permitindo que Ricciardo se aproxime.

Na volta 60, um acidente chocante, Wehrlein, na entrada do túnel, é tocado por Jenson Button e acaba batendo no muro, para piorar o carro fica virado. A corrida possui momentos de tensão até que finalmente o piloto converse pelo rádio e acalme o ânimo de todos.

O toque de Button em Wehrlein levanta a Sauber do alemão.




A situação de Werhlein preocupou a todos. Felizmente tudo acabou bem.


Sob bandeira amarela, na volta 65, Ericsson erra sozinho e bate no muro, devagar é verdade, mas o suficiente para lhe retirar da prova. Outro fato que chama a atenção é o dano causado no traçado devido a passagem dos carros. O asfalto soltando acaba colocando em risco os pilotos  logo na primeira curva do circuito.

Na volta 67 a relargada acontece, as Ferrari somem na frente, Ricciardo que errou justamente na primeira curva, é ameaçado por Bottas e Verstappen. Após uma volta sendo muito pressionado o piloto consegue se estabilizar e a briga fica entre Verstappen e Bottas. Ainda sobre a relargada, Vandoorne também na primeira curva acaba deixando Pérez colcoar o carro por dentro, sem espaço, o piloto da Mclaren que estava na zona de pontos acaba ficando encaixotado e para o carro para não bater no muro. Sem ré, no carro de F1, o piloto acaba abandonando a corrida e jogando fora uma das suas melhores corridas.

Na volta 72, Pérez abalrroa o carro de Kvyat que estava a frente, os danos no carro da Toro Rosso o fazem abandonar a prova. Pérez errou, e errou feioao tentar a ultrapassagem anquele ponto. O maior beneficiado com as saídas de Vandoorne, Kvyat e a perda de rendimento de Pérez foi Felipe Massa, que capitalizou as três posições e pulou para nono. 

Faltando cinco voltas para o final, Lance Stroll, que milagrosamente não havia batido, abandona a prova. A única emoção real da corrida nesse fim é a perseguição de Hamilton a Sainz. Percebendo que sainz estava bem na fim da prova a própria equipe Mercedes pede a Lewis que só leve o carro até o fim para não correr riscos.

Sebastian Vettel após as 78 voltas cruza a linha de chegada em primeiro, seguido por Raikkonen e Ricciardo. A Ferrari consegue uma proeza com a dobradinha e quebra um jejum pois desde 2001, com Michael Schumacher, a equipe não vencia no Principado. Entre os pilotos na ativa Sebastian empata com Hamilton e Alonso, todos venceram duas vezes na carreira. O recorde absoluta ainda pertence a Senna com seis triunfos em Mônaco.

Toda a alegria de Vettel que faz a Ferrari retomar os bons tempos


O resultado para a Ferrari foi extremamente importante pois assim Vettel abre mais de vinte pontos de frente para Hamilton. Em um campeonato tão apertado, essa vantagem pode ser decisiva no fim da temporada.

O próximo Grande Prêmio será na Áustria dia 11 de Junho, no circuito da Red Bull em Spielberg. 

Abaixo a pontuação dada aos pilotos pela sua atuação na prova.

1o. Vettel - 9,0
Não obteve a pole mas foi constante na corrida e conseguiu na pista, com as chamadas flying laps (voltas voadoras) obter a ponta da corrida.


2o. Raikkonen - 9,0
Fez a pole e uma primeira parte da corrida muito boa, parece ter desanimado ao perder a ponta da corrida mas chegou em uma excelente segunda posição. Será a volta do Iceman (Homem de Gelo)?


3o. Ricciardo - 8,5
Um dos destaques da corrida. Não passou por Verstappen na largada mas na estratégia, exatamente como Vettel, fez as suas voltas rápidas antes da parada e conseguiu não só passar Verstappen mas também Bottas.

4o. Bottas - 7,0
Era a esperança da Mercedes para conseguir uma vitória ou pelo menos um pódio, infelizmente fracassou. Apesar de ter vencido esse ano em Sochi o piloto está muito inconstante.

5o. Verstappen - 8,0
Largou em quarto, se manteve em quarto, segurou bem a pressão de Ricciardo no início da prova. Arriscou parando mais cedo nos boxes mas acabou em quinto. Não podemos culpar Max por tentar, mas talvez a estratégia que se mostrou equívocada talvez, tivesse dado certo se Bottas não parasse na volta seguinte da dele. 

6o. Sainz Jr. - 8,0
Resultado excelente para Sainz Jr. e a Toro Rosso. O piloto conseguiu colocar no bolso Kvyat e quem sabe pode ser uma boa aposta para a Red Bull no futuro próximo.

7o. Hamilton - 6,0
Largou em décimo terceiro em parte por culpa própria. Em Mônaco por melhor que seja o carro a ultrapassagem é complicada, ainda assim conseguiu uma sétima posição e diminuiu o prejuízo do campeonato.

8o. Grosjean - 7,5
Estava devendo uma boa atuação mas conseguiu encontrar seu bom ritmo justamente em Mônaco e pontuou relativamente bem.  

9o. Massa - 7,0
Assim como Hamilton, Massa largou atrás em parte por culpa própria, soube se recuperar bem capitalizando sobre os erros de Vandoorne, Pérez e o abandono de Kvyat.

10o. Magnussen - 6,0
Pontuar com a Renault é um feito, ainda mais quando estava na relargada apenas em décimo terceiro. Não é um grande piloto mas coloca Palmer no bolso. A Renault para crescer precisa de bons pilotos.


É isso galera, ainda hoje teremos a Indy 500 e o post sobre a corrida americana sairá amanhã no mais tardar. Até lá.

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