domingo, 28 de maio de 2017

SATO, O SAMURAI VENCEDOR DA INDY 500

A mais tradicional corrida do automobilismo americano é as 500 Milhas Indianápolis. Esse ano a expectativa da corrida desse ano é ver além dos pegas costumeiros o desempenho do espanhol Fernando Alonso, que se classificou em  quinto. A pole position foi do neozelandês Scott Dixon. Os brasileiros foram um pouco discretos na qualificação, Hélio foi apenas o décimo nono e Tony Kanaan em sétimo.

Toda expectativa do mundo em cima do rendimento do Alonso.


Como se trata de uma corrida de mais de três horas de duração e de duzentas voltas fica quase impossível fazer um post volta a volta dos eventos que acontecem, então dividiremos em partes a corrida.

Na largada, Dixon se mantém na ponta, Kanaan avança bem e passa para quarto, espetacular foi o pulo de Will Power, que saiu de nono para terceiro. Alonso, desatque do dia faz uma início conservador e cai para nono. Hélio também é conservador e perde algumas posições.

Após vinte voltas Tony Kanaan é o líder, seguido por Dixon, Alexander Rossi e Ed Carpenter. Alonso é o oitavo, pressionando Marco Andretti. Hélio está em décimo sétimo, mas se recuperando. 

Após 29 voltas os pilotos começam a primeira rodada de pit stop. De maneira momentânea Montoya assume a ponta. Após as paradas Carpenter, Rossi, Alonso e Kanaan são os primeiros colocados. Na passagem 37 Alonso ultrapassa Rossi e sente o gostinho de liderar as 500 Milhas.

Na volta 43 Rossi ultrapassa Alonso, mas o espanhol se mantém muito próximo do americano. Quem também se aproxima de ambos é o japonês Takuma Sato. 

Após 50 voltas, Alonso vai surpreendendo e lidera a corrida com propriedade até a chegada da primeira bandeira amarela, Jay Howard bate forte na curva quatro, e depois com o carro sem controle é acertado por Scott Dixon. No replay, a gravidade do acidente é evidente, e para Dixon, apesar da tristeza de sair da corrida, tem de ficar feliz por nada de mais grave ter acontecido consigo. Devido aos detritos a bandeira vermelha é acionada.

O mais grave acidente do dia. Dixon nasceu de novo.


Quando a corrida recomeça em bandeira amarela, todos param nos pits, Alonso volta em primeiro. Hélio que acabou tendo a asa traseira ligeiramente danificada por conta do acidente não a troca quando tem a oportunidade. Na volta 60 a corrida se reinicia. Alonso se mantém na ponta mas bastante pressionado por Rossi. 

Na volta 66 mais dois carros abandonam, Conor Daly após tocar em outro carro acaba indo para o muro. O acidente dessa vez é sem gravidade. Outro que abandona é Jack Harvey, que passou por cima de uma parte do carro de Conor Daly e acaba perdendo o controle dos seu carro. A relargada acontece no giro 76, Alexander Rossi e Hunter Reay disputam a ponta de maneira sagaz, mais atrás Alonso e Kanaan de carona passam por Takuma Sato.

Outra amarela é acionada por conta de detritos, todos preferem parar nos pits, exceto Hélio Castroneves, Max Chilton e Will Power, que com uma estratégia diferente ficam na pista. O curto período de bandeira amarela logo é sucedida pela bandeira verde. Ryan Hunter e Rossi rapidamente passam pelos adversário e assumem a liderança. Alonso sofre um pouco com a turbulência mas também consegue abrir camnho. A disputa entre Chilton e Alonso mostra um pouco a dificuldade do novato para ultrapassar pea linha de cima. Quem se aproveita disso é Hélio Castoneves que passa pelos dois e avança em caça dos líderes.

Na volta 96, Helinho ultrapassa Rossi e depois Hnter Reay, assumindo a ponta. Mais atrás Alonso também vem bem e assume a terceira posição ao ultrapassar Rossi. Kanaan também vai melhorando seu desempenho e passa Chilton.

Na volta 100, metade da prova, os líderes são: Castroneves, Hunter-Reay, Rossi, Alonso e Kanaan.

Rossi, um dos destaques da primeira metade da prova.



Na passagem 104, Hélio para nos pits, na volta seguinte param Chilotn e Power. Quando voltam a pista, principalmente, Power, luta contra Rossi e Hunter Reay para não tomar volta. A corrida se mantém assim até a volta 114 quando os ponteiros começam a parar.

Após as paradas, na volta 116, os primeiros são. Hunter-Reay, com muita vantagem, Rossi, Alonso e Hélio Castroneves. 

Na volta 123, o veterano Buddy Lazier, roda sozinho e bate forte no soft wall. O soft wall, é o muro externo no raio das curvas que tem uma proteção acolchoada com o objetivo claro de absorver o impacto da batida. Alguns pilotos preferiam não parar, em especial os líderes. As estratégias visando o fim da prova começam a se mostrar. Alguns pilotos talvez visam parar só mais uma vez antes do fim.

Na volta 129 a relargada acontece, Alonso que estava em segundo ultrapassa dois retartatários e na volta seguinte çaça e passa Hnter Reay, assumindo a ponta. Na volta 133 outra bandeira amarela por detritos é acionada. Poucos pilotos param nos boxes, mostrando que todos pensam em parar apenas uma vez mais.

A relargada acontece na volta 135, Hunter Reay com muita ação reassume a liderança mas na volta seguinte Alonso dá o troco e volta a liderança. A corria seguiu por apenas mais três voltas, quando o motor Honda de Hunter Reay se entrega e mais uma vez a amarela é acionada. Quase todos os pilotos aproveitam a bandeira amarela e param nos pits, bom para Castroneves, que entra no mesmo ritmo de parada dos ponteiros. 

A corrida recomeça na 143 porém nem meia volta acontece e a bandeira é novamente acionada por conta da quebra do bico de Ed Carpenter. Alonso na relargada perde várias posições. O espanhol pagou o preço da inexperiência em relargadas nos ovais.

A relargada marca também a fase final da corrida, com apenas mais uma parada a ser feita, os pilotos devem começar a mostrar sua real força para buscar a vitória.

No pelotão intermediário, Sato e Alonso fazem um pega espetacular, mais a frente Chilton, Davidson e Kimball arriscam uma estratégia e se mostram com um bom ritmo. Hélio avançou até o quarto lugar e por ali se estabilizou. A corrida ficou em compasso de espera até as 35 voltas finais, quando Chilton para nos boxes, porém no mesmo momento a bandeira amarela é acionada com o estouro do motor Honda de Charlie Kimball.

Uma nova relargada acontece na volta 171, os pilotos partem para as voltas finais, com o combustível no limite. Hélio larga bem e pressiona Ed Jones. Hélio parte a caça de Max Chilton. Alonso vem se recuperando no pelotão intermediário.

Faltando 20 voltas para o fim, o momento mais triste da prova, o motor Honda de Fernando Alonso se entrega (como de costume) e é fim de prova para o espanhol. O piloto é aplaudido de pé, e fez uma corrida muito boa, estava buscando a sétima posição no momento que teve o problema. Uma pena, mas com certeza o sentimento é de dever cumprido, foi um real postulante a vitória. Infelizmente o fim da corrida na Indy terminou como na F1, com uma quebra do motor Honda.

O abandono de Alonso, o piloto tnha chances reais de vitória.


No recomeço da prova estavam Chilton, Sato, Hélio e Ed Jones ans primeiras posições, nem uma volta foi compeltada e nova bandeira amarela é acionada com um múltiplo acidente. Oriol Servia, Joseph Newgarden, Will Power  e Davidson acabam fora da prova. O acidente foi causado devido ao contato entre Servia e Davidson. A corrida não é parada, ou seja, a previsão é de que a relargada seja com poucas voltas, será o tudo ou nada.  

O acidente múltiplo no fim da prova.

Os três primeiros colocados são pilotos da Honda, Chilton, Ed Jones e Takuma Sato, o quarto colocado é o brasileiro Hélio Castroneves, o primeiro motor Chevrolet na relargada. Faltando onze voltas a bandeira verde é acionada. Hélio passa por Jones e vai para cima de Sato. Há oito voltas do fim é a vez de Sato pressionar Chilton, como não consegue efetuar a ultrapassagem o japonês fica a mercê de Hélio que passa por ele.

Faltando sete voltas, Hélio passa Chilton, de maneira dramática. Sato se aproveita da situação e também passa Chilton. Faltando cinco voltas para o fim é a vez do japonês ultrapassar o brasileiro. Hélio o persegue e a duas voltas do fim chega até a colocar o carro do lado mas não consegue a ultrapassagem, Sato se aproveita e abre a distância necessária para cruzar a linha de chegada em primeiro lugar. É o primerio japonês a vencer a Indy 500. Hélio tem de se conformar com o segundo lugar. 

A vitória de Sato, história de redenção de um piloto tão contestado.


A corrida foi muito boa, emocionante do início ao fim. E a Honda, que fracassava com quebras teve seu momento de glória ao vencer a corrida, justamente com um piloto japonês no volante. Um momento épico. 

A Indy 500 desse acabou mas a temporada segue com corrida no próximo fim de semana com uma rodada dupla em Detroit.

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