domingo, 6 de junho de 2021

PÉREZ, CRUEL, MUITO CRUEL EM BAKU.

    O maravilhoso circo da F1 desembarca na belíssima cidade de Baku, banhada pelo Mar Cáspio, no Azerbaijão para a sexta etapa do mundial. O circuito, com um miolo sinuoso, lento, bem característico dos circuitos de rua, conta também com curvas de noventa graus e dois setores com retas bem longas, que proporcionam muito vácuo e ultrapassagens.

    À parte isso, essa semana faleceu Januário de Oliveira, narrador esportivo muito querido e conhecido. Em homenagem ao homem que imortalizou os bordões "tá lá um corpo estendido no chão", "é disso que o povo gosta", "sinistro, muito sinistro" e o bordão que está no título desse post, uma singela homenagem nossa ao querido Januário.

    Na qualificação, a Red Bull ganha a companhia de Ferrari e de Hamilton da Mercedes pela disputa da posição de honra do grid. Na última tentativa dos pilotos, Tsunoda estampa o muro e a bandeira vermelha é acionada, acabando com o treino classificatório.  Melhor para Leclerc, que faz novamente a pole position, seguido por Hamilton e Verstappen. Para Lewis, que teve um fim de semana complicado, o resultado é até muito positivo, ainda mais comparando com Bottas, seu companheiro de equipe, que larga na modesta décima posição. Após o fim do treino, Norris acaba punido por não respeitar a bandeira vermelha na classificação e perde três posições, caindo para o nono lugar.

Dessa vez Leclerc vai curtir a posição de honra na largada.

  Na largada os pilotos se respeitam, não há incidentes, Leclerc continua à frente, seguido por Hamilton, Verstappen. Pérez que havia largado em quinto ganha as posições de Sainz e depois de Gasly, fechando a volta em quarto. No fundo do grid, Vettel, com pneus médios, consegue ganhar duas posições e assume o nono lugar.

    Ao fim da segunda volta, Lewis Hamilton, mesmo sem asa móvel, consegue ultrapassar Leclerc, assumindo a liderança. Na volta seguinte é a vez de Max tentar ultrapassar Leclerc, mas não consegue. 

    Na volta quatro Ocon abandona com problemas no motor. Mais um giro, com a asa, agora aberta, Max novamente tenta ultrapassar Leclerc, mas não consegue pois o piloto da Ferrari se aproveita do vácuo da Mercedes de Hamilton.

    Na passagem da volta seis, finalmente Max ultrapassa Leclerc e assume a segunda posição. A disputa entre os protagonistas volta a ficar em aberto. Na volta seguinte Pérez também ultrapassa Charles e surpreende o mexicano está no mesmo ritmo de Max.

     Na décima volta, Leclerc, entre os ponteiros é o primeiro a parar. Na frente, Max fica a menos de um segundo de Hamilton e traz consigo Pérez.

    Na décima primeira volta, Sainz, na subida do castelinho passa reto e perde tempo voltando de ré. Hamilton vai aos boxes e faz um pit stop ruim. Na volta seguinte Max para e volta a frente. Mais uma volta é a vez de Pérez, que também ganha a posição de Lewis.

    Após a rodada de pit stop, Pérez mostra um ritmo muito bom e consegue impedir a aproximação a ultrapassagem de Hamilton por alguma voltas. Bom para Max Verstappen que consegue abrir uma vantagem importante.

    Na volta dezoito, Vettel que liderava, finalmente vai aos boxes fazer o seu pit stop e retorna numa boa sétima posição. Nesse momento Hamilton começa a pressionar com mais afinco Pérez.

    No giro vinte e três, Sainz, por fora, consegue superar Giovinazzi, no momento em que Pérez começa a abrir para Hamilton. As Red Bull começam a imprimir um ritmo mais forte.

    Com vinte e seis, das cinqüenta e uma voltas previstas, Verstappen começa a fazer volta mais rápida atrás de volta mais rápida. Mais atrás, Sainz ultrapassa Alonso, que voltas antes já havia perdido a posição para Ricciardo, da Mclaren. Surpreende o bom ritmo de Lance Stroll, da Aston Martin, que ainda não havia parado. A tática da equipe inglesa vai rendendo dividendos.

    Na volta trinta e um, Lance Stroll bate forte na reta e o safety car é acionado. Pelas imagens, não fica claro se foi a suspensão ou estouro de pneu, uma pena para o canadense que vinha bem na prova. A corrida muda completamente com o safety car, pois o que os pilotos e equipes iriam decidir podem determinar vitória ou derrota.

    Quando os boxes abrem, o pelotão fora dos dez primeiros, param nos boxes. No pit de Mick Schumacher, a equipe coloca um pneu usado por engano e o piloto da Haas tem de parar ainda dentro dos boxes e se empurrado para a nova troca.

    Faltando dezesseis voltas para o fim, a corrida recomeça. Vettel se destaca e ultrapassa Leclerc e logo em seguida ataca Gasly. Hamilton até tenta, mas Pérez se defende bem. Bottas começa a perder posições e caí para a gloriosa décima terceira posição.

    No giro seguinte, Vettel ultrapassa Gasly e assume o quarto lugar. Hamilton pega o vácuo e tenta a ultrapassagem, mas Pérez se defende bem.

    Com apenas sete voltas para o fim, Hamilton parte o seu derradeiro ataque, Vettel atrás não consegue mais tirar a diferença. Ao fim da volta, Verstappen, sempre ele, faz a volta mais rápida e de cara para o vento.

    Faltando cinco voltas para o fim, o pneu de Verstappen se entrega e o piloto bate forte. Liderando, abriria enorme vantagem no campeonato, a corrida acaba para o holandês. O desanimo de Verstappen é evidente, vai vendo o campeonato se complicando demais.

    

O estouro de Verstappen causa desespero para o piloto e a equipe.

    Com três voltas para o fim a bandeira vermelha é acionada. Os pilotos trocam os pneus e vão para a relargada parada.

    Na primeira curva da relargada parada, Hamilton ultrapassa Pérez e perde o ponto de ultrapassagem, indo reto, perdendo todas as posições. Gasly e Leclerc brigam curva a curva pelo terceiro lugar e na última volta ganham a companhia de Norris.

    

O erro de Hamilton custa pontos preciosos na disputa pelo campeonato.

    Sergio Pérez cruza a linha de chegada em primeiro vencendo pela primeira vez com a Red Bull, para alegria dele e de toda torcida mexicana. O segundo lugar após os infortúnios de Verstappen e Hamilton, para no colo de Sebastian Vettel, que leva a Aston Martin ao pódio pela primeira vez. Nas corridas de rua, Seb parece ter encontrado a mão do carro e o talento que lhe deu quatro títulos mundiais. Fechando o pódio, um dos melhores pilotos da atualidade, Pierre Gasly, mais uma vez levando a Alpha Tauri a um patamar inimaginável. 

    

Pérez pediu cinco corridas para se adaptar ao carro. Venceu na sexta.

    Para Hamilton, décimo quinto lugar, o resultado é tenebroso, pois o que seria um final de semana dos sonhos por todas as dificuldades nos treinos e na corrida, com o erro, se torna um peso para o piloto para as próximas corridas. Grandes pilotos erraram na história e deram a volta por cima, Hamilton terá a oportunidade de se mostrar um deles nas próximas corridas e buscar o octacampeonato.

    Amanhã teremos as notas dos pilotos pelo seu desempenho na corrida, uma coluna já tradicional do blog.   


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