A maratona de corridas da Indy continua no oval do Texas em Fort Worth. A Honda mostra uma força impressionante e coloca quatro carros nas quatro primeiras posições. Takuma Sato, o japonês voador, faz a pole position, deixando em segundo o vencedor da corrida passada, Scott Dixon. A Penske com um desempenho muito razoável não consegue colocar seus pilotos nas primeiras duas filas. Pagenaud é o quinto e Newgarden o sétimo. Pior do que isso só a AJ Foyt, que colocou Tony na última posição, em vigésimo segundo e o garoto Leist apenas em vigésimo.
Sato começa a corrida na pole position... |
Na largada, Sato se mantém na frente, uma boa vantagem para um oval que causa muita turbulência aos pilotos de trás. Totalmente desconfortável no início da prova, Newgarden é ultrapassado por Pigot e leva um verdadeiro "passão" por fora de Colton Herta.
Newgarden começa mal a corrida... |
Com menos de vinte voltas, os brasileiros da AJ Foyt infelizmente estavam nas últimas posições e levando volta do líder, Takuma Sato.
Com vinte e sete giros, Pigot começa perder ritmo muito rapidamente e perde posições para Rossi, Herta, mas segura Newgarden. Somente cinco voltas depois o líder da temporada consegue a ultrapassagem e traz consigo no embalo Veach.
Após quarenta voltas, Hinchcliffe ao ultrapassar Pagenaud, dá de cara com Matheus Leist que sobe de traçado repentinamente, o piloto com muita presença de espírito, costura o trânsito e consegue sair ileso do lance. Poucas voltas depois, Hinchcliffe supera Bourdais e assume o quarto lugar.
Os líderes após cinquenta voltas começam a pegar um trânsito mais intenso de retardatários, em uma fila puxada por Kimbal, Daly, Power, Andretti, Rosenqvist e Carpenter passa a atrapalhar os líderes, nessa negociação, hora Dixon se aproxima de Sato, hora o japonês coloca um carro entre eles.
Após cinquenta e sete voltas, os pilotos começam a parar, Hunter Reay puxa a fila, mas todos os outros em poucas voltas também param. Na volta sessenta e dois, Sato simplesmente joga fora a sua corrida, o japonês entra rápido demais no seu quadrado, chega a resvalar no muro, atinge uma mangueira e um membro da equipe. Além de atropelar o mecânico, que graças a Deus não se machuca, o piloto da Andretti perde tempo voltando ao seu quadrado e ainda recebe uma punição de stop and go. Um pesadelo.
E joga tudo fora logo na primeira parada nos boxes. |
Passado o susto nos boxes, as atenções voltam a pista e um surpreendente Hunter Reay lidera a corrida, seguido por Dixon, a estratégia de parar um pouco antes rendeu frutos para o piloto da Andretti. Após a punição, Sato reaparece em último, três voltas atrás.
Após oitenta giros, Dixon pressiona Hunter Reay, mas não consegue ultrapassar por conta da turbulência. Com muito arrojo, Colton Herta vai se destacando e mergulha lindamente para ultrapassar Pagenaud.
Na passagem noventa e cinco Charlie Kimball abandona a corrida e ficamos sabendo que Leist com problemas também já havia abandonado. Alexander Rossi, rápido e constante a corrida inteira vai se aproximando de Hinchcliffe para disputar a terceira posição.
Com cento e oito das duzentas e quarenta e oito voltas previstas, Rossi quase acerta a raseira de Hinchcliffe e acaba permitindo a aproximação de Herta. Rossi não desiste e tenta depois duas voltas depois, o ousado piloto não consegue e acaba sendo lindamente ultrapassado por Herta. Na volta seguinte, Herta ensina Rossi como se faz e ultrapassa Hinchcliffe. Rossi força tudo que tem, mas não consegue a ultrapassagem. Herta até o momento é o cara da corrida.
No giro cento e quinze, Hunter Reay volta a ser o primeiro a parar. Essa janela de parada dura algumas voltas a mais. Exatamente na metade da corrida, Dixon é o último a parar, talvez imaginando uma parada a menos. Após as paradas os cinco primeiros eram: Hunter Reay, Dixon, Hinchcliffe, Herta e Rossi. Nesse momento apenas doze carros estavam na volta do líder. Kanaan aparecia em décimo sétimo.
Após os pits, Rossi volta com um ritmo alucinante e ultrapassa Herta e depois Hinchcliffe, pouco depois, Zach Veach roda aparentemente sozinho, toca no muro externo e chama a primeira bandeira amarela da corrida. Apesar de não bater em nada, o piloto tem a roda traseira quebrada e custa sair do lugar. Alguns pilotos preferem parar nos boxes, aproveitando que apenas onze carros estavam na volta do líder. Os pilotos Pagenaud, Newgarden, Rahal, Ferrucci, Bourdais e Ericsson partem para uma estratégia diferente. Hunter Reay, Dixon, Rossi, Hinchcliffe e Herta ficam na pista. Tony vai sobrevivendo e é o décimo sexto, com uma volta de atraso.
A corrida recomeça com cento e cinco voltas para o fim. Dixon relarga bem e chega a ficar a frente de Hunter Reay, mas não conclui a ultrapassagem, Rossi se aproveita disso e chega nos líderes e trás consigo Herta, que na relargada havia ultrapassado Hinchcliffe. Newgarden também relarga bem e sobe para oitavo, colado em Pagenaud.
Com noventa voltas para o fim, os seis primeiros eram carros da Honda, todos, exceto Rahal com tanque mais vazio, porém com pneus mais gastos.
No giro cento e sessenta e cinco, Dixon finalmente assume a liderança. Algumas voltas depois Rossi também ultrapassa Hnter Reay e assume a segunda posição. A briga entre dois dos quatro postulantes ao título é rápida, Rossi logo deixa Dixon para trás e assume a ponta. Hinchcliffe, com mais ação e pneus melhores ataca Hunter Reay.
Faltando setenta voltas, Dixon retoma a liderança, mostrando força de recuperação. Hunter Reay, vai para os boxes enquanto os líderes ficam lado a lado, roda a roda pela primeira posição. A disputa é linda de se ver, com os pilotos alternando na liderança. Demora algumas voltas até os outros ponteiros entrarem nos boxes. Pagenaud surpreende e também para nos boxes, faltando apenas sessenta voltas para o fim. O francês precisará parar mais uma vez.
Após as paradas, Newgarden assume a liderança, seguido por Ericsson, Bourdais, Andretti, Power e apenas em sexto Scott Dixon. para esse grupo na pista somente a bandeira amarela salva. Após um domínio avassalador da Honda, um Chevrolet assume a ponta.
Faltando cinquenta giros para o fim, Power para nos boxes. Na volta seguinte é a vez do líder Newgarden. Na pista, Hunter Reay ultrapassa Dixon, mostrando que com pneus mais novos possui um ritmo mais forte. Ericsson sente o gostinho da liderança por uma volta e para nos boxes também, assim como Bourdais, que rapidamente desfruta de sua posição de honra e também para nos boxes. Todos esses ainda terão de parar pelo menos para um splash and go, ou seja, jogar um pouco de combustível no tanque e voltar a corrida.
Após as paradas, surpreendentemente Newgarden aparece na frente, graças a um pit perfeito e um ritmo forte nas voltas que antecederam o pit. Hunter Reay, Dixon, Rossi e Hinchcliffe vem colados no piloto da Penske. Um pouco mais atrás, Herta inferniza Pagenaud pela sétima posição.
Faltando trinta e três voltas para o fim, Dixon aproveita uma hesitação de Hunter Reay sobre um retardatário e o ultrapassa. Na frente, com pista limpa, Newgarden vai conseguindo se manter na frente, até com relativa folga. Na volta segiunte, após perder o controle do carro e tocar no muro, Hinchcliffe roda e bate mais forte no muro interno. O piloto sai bem do carro, contudo joga fora uma corrida muito boa. O acidente em si é muito similar ao de Veach, o piloto escorrega na sujeira na parte externa e toca no muro, o impacto desregula a suspensão e aí já era.
Quando os boxes se abrem apenas Hunter Reay entre os líderes para, os outros apostam no posicionamento em pista. Ainda sob regime de bandeira amarela, Dixon quase é acertado por Rossi após reduzir demais a velocidade. A corrida recomeça com apenas vinte e três giros para o fim. Dixon coloca de lado e chega a se tocar em Newgarden, o carro treme, mas o neozelandês se segura e fica em segundo. Herta também começa agressivo e passa Rossi.
Faltando vinte voltas para o fim, Herta vai para ultrapassar Dixon, o piloto da Ganassi espreme ao máximo o novato, Herta entra na curva sem tirar o pé e o toque se torna inevitável, os dois batem e ficam de fora da corrida. Rossi que vinha logo atrás escapa por um triz de ser pego pelos carros descontrolados. Os dois pilotos exageraram, não cederam e pagaram o preço, Dixon dessa vez praticamente joga as chances de título fora com dois abandonos em três corridas. Newgarden, Rossi e Pagenaud agradecem.
Dixon e Herta se encontram na pista. |
Faltando apenas doze voltas a corrida se reinicia, o pelotão intermediário totalmente desorganizado se torna caótico, nesse cenário Ferruci se aproveita das disputas e aparece em quarto, atrás de Rahal e a frente de Pagenaud. Na disputa pela ponta, Rossi ataca com tudo Newgarden, o piloto da Penske faz um traçado bem defensivo, os dois ficam lado a lado, contudo por fora Rossi não consegue concluir a ultrapassagem.
Com oito para o fim, Rossi tenta novamente e mais uma vez Newgarden se defende bem. Hunter Reay em quinto ataca Ferrucci. A corrida fica elétrica. Rossi na volta seguinte tenta de novo, e na outra de novo e Newgarden, feito de gelo consegue ficar a frente, mesmo claramente estando um pouco mais lento. A pressão permanece volta a volta.
Faltando dois giros para o fim, Rossi fica para trás, parece se conformar e pensa no campeonato, Newgarden em uma noite difícil tira forças da fraqueza e cruza a linha de chegada em primeiro no Texas, levando seu Chevrolet a frente de quatro Hondas, de Rossi, Rahal, Ferrucci e Hunter Reay, o outro Chevrolet é do sexo colocado Simon Pagenaud. A comemoração de Newgarden é contagiante, o piloto sabe que a vitória foi um resultado espetacular pelo carro que possuía. Tony fechou a corrida em décimo sexto, o último entre os pilotos que acabaram a corrida.
Mas abre fogo contra os adversários e vence. |
Na tabela de pontos, Newgarden abre vantagem na liderança, Rossi se mantém em segundo e Pagenaud, um pouco mais atrás em terceiro. Para Dixon somente um reviravolta o salva nesse ano.
Os cinco destaques da corrida.
1o. 8,5 - Newgarden
Quem diria que o piloto da Penske iria se sair tão bem em uma corrida que não esperava muita coisa. Com certeza é o melhor estrategista da temporada, já ganhou três corridas assim esse ano.
2o. 8,5 - Rossi
O ousado e implacável Alexander vem se mantendo na disputa pelo título graças aos seus esforços hérculeos.
3o. Dixon - 4,0
Jogou a chance de vencer a corrida pelo ralo após um lance imprudente com Herta.
4o. Herta - 5,0
Era o nome da corrida, até errar, forçar demais e acabar tocando em Dixon. Ainda assim fica claro o futuro promissor do jovem.
5o. Sato - 3,0
Fez a pole position, dominou as cinquenta primeiras voltas e errou miseravelmente nos boxes, jogando sua corrida no lixo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário