A competitiva Indy desembarca na paradisíaca Long Beach, pista complicada por ser de rua, traçado estreito, que mistura asfalto e concreto, muros próximos e freadas fortíssimas, que invariavelmente traem os pilotos por conta das ondulações e os acidentes acontecem frequentemente. Alexander Rossi foi muito bem nos treinos e fico com a pole position, ao seu lado o veterano Scott Dixon. Atrás dos dois aparecem os carros da Penske, Will Power em terceiro e Josef Newgarden em quarto. No fim do pelotão os brasileiros Matheus Leist e Tony Kanaan ocupam respectivamente o vigésimo e vigésimo primeiro lugares. Ao contrário de Barber, Honda e Chevrolet se equivalem nessa etapa, causando ainda mais competitividade e disputa na corrida. O piloto aposentado Al Unser Jr. detém o recorde de vitórias no traçado, contando Champ Car e Indy, o piloto possui sete vitórias. Al Unser Jr. esse ano faz parte da equipe técnica de Coulton Herta.
A bela praça esconde uma grande dificuldade. |
Na largada Dixon força para cima de Rossi e os pilotos dividem a curva, melhor para Rossi que fica com a preferência da curva. Mais atrás um acidente envolve três carros Harvey, Ericsson e Pigot. O safety car é acionado antes mesmo da metade da volta ser completada. Com exceção de Harvey que subiu a pracinha que os pilotos contornam, os outros tiveram apenas o prejuízo de esperar a equipe de resgate chegar e religar o carro. Na relargada Dixon força novamente para cima de Rossi, e novamente é obrigado a recolher na freada por estar do lado de fora da curva.
Rossi soube controlar Dixon durante toda a corrida. |
No sétimo giro Coulton Herta passa Patrício O'Ward de maneira espetacular, por fora na freada da primeira curva, ficando lado a lado e depois assumindo a posição com a preferência da curva seguinte.
Na passagem quatorze Tony faz seu pit stop, volta em décimo nono, mas acaba sendo ultrapassado por Ed Jones.
Com vinte e quatro das oitenta e cinco previstas, Rossi chega em Tony Kanaan e lhe aplica uma volta, nesse momento da corrida Rossi já havia posto mais de cinco segundos de vantagem para Dixon. Power e Newgarden vagarosamente começavam a se aproximar de Dixon. Apesar de próximos em pista a corrida não apresentava boas disputas, sendo, até certo ponto monótona.
Com vinte e seis giros Rossi para nos boxes e faz seu pit stop, Dixon também para na mesma volta, dessa forma Power assume a liderança momentânea da corrida. Vários carros já haviam parado nos boxes, ninguém se arriscando demais em ficar na pista. Na volta vinte e nove Power faz seu pit, mais atrás Leist também chega aos boxes. Newgarden para na volta seguinte e se dá ao retornar a pista pois assume o segundo lugar, Power é o terceiro e passa a ser muito assediado por Dixon. Após a rodada de pit a corrida fica interessante por conta dessa disputa.
Newgarden mostra que além de rápido é estratégico e constante. |
Na volta trinte e cinco Dixon força tudo para cima de Power, que erra na freada e passa reta, comprometendo a sua corrida pois apesar de não bater, perde muito tempo para retornar a pista. O piloto da Penske cai para oitavo na corrida, e compromete de vez suas chances na temporada, errando demais e quando vai bem não tem sorte.
Na volta trinta e sete Herta tem problemas no boxe e demora no seu pit, na volta seguinte Tony faz seu segundo pit stop na corrida. Na frente Rossi abre quase nove segundos para Newgarden, que começa a sofrer a pressão de Dixon.
Na metade da corrida, Graham Rahal se coloca atrás de Dixon, e este imediatamente atrás de Newgarden. Mais atrás Power começa a se aproximar de Takuma Sato, vencedor da corrida anterior que tinha uma atuação discreta nessa etapa.
Na volta cinquenta e dois, Herta toca de leve no muro mas acaba sendo lançado para o outro lado e bate com a roda, danificando a suspensão do carro, o piloto até chega aos boxes entretanto abandona a corrida.
Faltando trinta voltas, Hunter Reay é o primeiros entre os ponteiros a parar nos boxes e fazer o seu último pit stop da corrida. Na volta seguinte é a vez de Graham Rahal. Na outra passagem o líder também para nos boxes e coloca pneus de banda mais dura. Dixon também para nos boxes mas tem problemas e perde preciosos segundos. Por fim, Newgarden no giro seguinte também para.
Com vinte e cinco giros para o fim, Rossi lidera com folga, seguido por Newgarden, Rahal, Reay e Dixon. Aliás o escocês com pneus mais macios volta muito rápido e passa a se aproximar dos adversários rapidamente.
Faltando dez voltas para o fim Rossi já havia dado uma volta no décimo segundo colocado, mostrando um absurdo rendimento. Dixon passa a atacar Hunter Reay.
Com seis voltas para o fim, Newgarden fica em maus lençóis tendo de passar diversos retardatários que estavam a frente. O sorridente Rossi caminhava a passos largos para a vitória, com uma folga de quatorze segundos para o segundo colocado. Na volta seguinte, Rahal, Hunter Reay e Dixon chegam nos mesmo retardatários, nesse momento Hunter Reay passa a pressionar Rahal. Na saída de curva no meio do circuito, Reay erra e Dixon se aproveita do momento e ultrapassa Hunter Reay.
Com duas voltas para o fim é a vez de Dixon pressionar Rahal, e enquanto brigam, Rossi recebe a bandeira branca sinalizando a última volta. Rossi é o primeiro a receber a bandeira quadriculada e vence pelo segundo ano seguido no traiçoeiro traçado de Long Beach. Newgarden chega em segundo e permanece como líder do campeonato, tendo como marca maior desse ano a estratégia certeira nas provas e uma constância invejável. Já no fim da prova, Dixon ataca com tudo Rahal, na reta oposta o piloto se defende bem, na freada da última curva o neozelandês sai mais lançado, mas acaba em quarto, aliás acabaria. A direção de prova julgou que Rahal mudou de traçado de repente, impedindo a ultrapassagem de Dixon e quase causando uma colisão, por conta disso a direção inverteu as posições. Revendo a imagem, apesar da defesa dura, o lance pareceu exagerado, em vários momentos do automobilismo se vê esse tipo de defesa e Rahal não fez uma segunda mudança de traçado. O favorecimento a Chip Ganassi nessa decisão foi evidente.
Com duas voltas para o fim é a vez de Dixon pressionar Rahal, e enquanto brigam, Rossi recebe a bandeira branca sinalizando a última volta. Rossi é o primeiro a receber a bandeira quadriculada e vence pelo segundo ano seguido no traiçoeiro traçado de Long Beach. Newgarden chega em segundo e permanece como líder do campeonato, tendo como marca maior desse ano a estratégia certeira nas provas e uma constância invejável. Já no fim da prova, Dixon ataca com tudo Rahal, na reta oposta o piloto se defende bem, na freada da última curva o neozelandês sai mais lançado, mas acaba em quarto, aliás acabaria. A direção de prova julgou que Rahal mudou de traçado de repente, impedindo a ultrapassagem de Dixon e quase causando uma colisão, por conta disso a direção inverteu as posições. Revendo a imagem, apesar da defesa dura, o lance pareceu exagerado, em vários momentos do automobilismo se vê esse tipo de defesa e Rahal não fez uma segunda mudança de traçado. O favorecimento a Chip Ganassi nessa decisão foi evidente.
Aqui separamos cinco personagens ou acontecimentos que marcaram a prova e damos uma nota pelo desempenho.
1o. Alexander Rossi - 10,0
Conquistou sua segunda vitória seguida em Long Beach, e de quebra a vitória duzentos da equipe Andretti, um feito espetacular. Rossi com certeza é um candidato ao título desse ano, sempre veloz e sempre andando na frente.
2o. Josef Newgarden - 9,0
Não existe nenhum piloto no grid até esse momento mais estratégico do que Newgarden, salvou um quarto lugar em Barber e um segundo lugar em Long Beach. Vem forte e constante, e quem quiser tirar dele esse primeiro lugar vai ter de suar e muito.
Não existe nenhum piloto no grid até esse momento mais estratégico do que Newgarden, salvou um quarto lugar em Barber e um segundo lugar em Long Beach. Vem forte e constante, e quem quiser tirar dele esse primeiro lugar vai ter de suar e muito.
3o. Scott Dixon - 8,0
Sempre eficiente e constante, de quebra ainda ganhou de bandeja dos comissários um lugar no pódio.
Sempre eficiente e constante, de quebra ainda ganhou de bandeja dos comissários um lugar no pódio.
4o. Will Power
Errou feio na corrida e comprometeu a sua corrida, de lugar no pódio acabou tendo de se contentar com o sétimo posto. A temporada vai mal e a disputa pelo título da Penske vai se concentrando em Newgarden, e pior, pode ser que perca seu assento na equipe ano que vem.
5o. Equipe A.J Foyt
Lamentável é a palavra. A equipe tentou duas estratégias diferentes e mesmo assim os resultados foram ruins. A equipe que leva o nome do lendário piloto, e casa dos brasileiros na categoria está no mesmo nível que a Williams na F1. Se fosse Tony Kanaan no fim do ano pedia o boné e ia curtir a vida.
A categoria volta para dia onze de maio para a corrida no traçado misto de Indianápolis. Até lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário