quarta-feira, 13 de março de 2019

EXPECTATIVAS PARA MELBOURNE.


A F1 desembarca em Melbourne na Austrália nesse fim de semana, porém antes dessa temporada que promete, mais uma vez uma disputa acirrada entre Mercedes e Ferrari, teremos possivelmente um equilíbrio maior entre as forças do chamado pelotão intermediário, bloco esse que conta com Renault, Toro Rosso, Haas, Renault e Alfa Romeo, um pouco mais atrás Mclaren, Williams e a Racing Point. Outra novidade nessa temporada é a instituição de um ponto extra para o piloto que fizer a melhor volta da corrida entre os dez primeiros. 

Antes da temporada começar oficialmente é bom fazer uma especulação sobre as equipes, e tentar entender o que esperar de cada uma delas.

Mercedes

A Mercedes aposta em não mudar o que está dando certo.


A equipe manteve seus dois pilotos, o que sempre caracteriza um bom ponto de partida, de quebra possui o melhor piloto do grid, quiçá um dos melhores de todos os tempos, Lewis Hamilton. A pré temporada mostrou que o carro tem velocidade e constância, porém problemas na aerodinâmica, com troca de peças na última semana de treinos deixou no ar uma interrogação sobre o real potencial do carro. Como não houve nenhuma revolução nas regras, é provável que a equipe tenha escondido um pouco o jogo, deixando um ás debaixo da manga.

Ferrari 

A equipe de Maranello vem forte e obcecada pelo título de 2019.


A empolgação da equipe do Cavallino Rampante é evidente após os treinos de pré temporada. Especula-se que hoje a equipe comece a temporada com o melhor carro do grid, o que seria fantástico para os fãs e para a temporada, uma vez que a Ferrari tem pecado na regularidade ao longo do ano. Vettel se mantém na equipe e terá ao seu lado o jovem e promissor Charles Leclerc. Se o piloto monegasco não se acanhar na equipe e mostrar o seu melhor, é provável que Vettel seja realmente posto a prova.



Red Bull

Gasly e Verstappen, jovens, promissores e explosivos.

A equipe não criou uma boa impressão na pré temporada com resultados modestos nas comparações com outras escuderias de ponta. A impressão que fica é que a equipe já se arrependeu de ter promovido Pierre Gasly para ser companheiro de Max Verstappen, pela inconstância do jovem francês. De quebra, a equipe ainda tem dúvidas do real potencial do motor Honda, e se apesar da genialidade de Max, o piloto será capaz de capitanear a equipe para o título. As primeiras etapas mostrarão se a Red Bull será capaz de brigar por pódios ou será, novamente uma coadjuvante na temporada.


Haas

O carro é bom, os pilotos terão de se provar esse ano.


A equipe americana fez uma temporada 2018 boa, mas com um sabor amargo pro não aproveitar todas as oportunidades de pontos e pódios que surgiram. Nos testes desse ano, aparentemente a dupla Kevin Magnussen e Romain Grosjean será ainda mais cobrada pois o carro teve um bom desempenho, principalmente Grosjean, que não fez uma boa temporada no último ano. 


Renault

A dupla da Renault é rápida e promissora


A equipe foi no mercado e trouxe Daniel Ricciardo, um piloto rápido e constante para fazer dupla com Nico Hulkenberg, também um piloto bastante rápido, mas nem sempre constante. O projeto da equipe é ambicioso, buscar nos próximos anos o título da categoria, e esse planejamento passa por fazer uma temporada competitiva, com pódios e quiçá vitórias.


Alfa Romeo



A equipe aposta na juventude com experiência.



A grande equipe que se destacou nessa pré temporada foi a Alfa Romeo (ex-Sauber). A equipe foi rápida e competitiva, mostrando que talvez, capitaneada pelo veterano Kimi Raikkonen, tendo ao seu lado o estreante Antonio Giovinazzi. A ligação evidente da equipe com a co-irmã Ferrari e a ida de Kimi para a Alfa Romeo, podem fazer com que sejam capacidades de liderar o pelotão intermediário, ainda mais com os bons tempos na pré temporada.


Mclaren



A Mclaren vem coberta de expectativas para a temporada.



A tradicional equipe britânica fez e aconteceu na pré temporada, alguns mais entusiasmados já cravam que a equipe irá brigar por vitórias. Bem menos, a Mclaren primeiramente precisa ser capaz de terminar as provas com o motor Renault, e aí sim, quem sabe, brigar por pontos. Seus pilotos Carlos Sainz Jr. e o novato Lando Norris são bons e capazes e viverão uma cobrança por resultados pois no cockpit ano passado estava ninguém menos do que Fernando Alonso.


Racing Point

A Racing Point manteve a cor rosa em seu carro, herança da Force India.



A equipe Racing Point (ex-Force India) estreou ano passado, porém vivendo as custas do projeto da Force India. Esse ano a equipe terá de se provar realmente, mostrar que é capaz de pontuar com constância como fazia em seu passado recente. Os pilotos Sergio Pérez, veterano da categoria e com boas corridas no currículo terá ao seu lado o jovem Lance Stroll, um piloto bem melhor do que se previa quando estreou na categoria, mas ainda muito inconstante. Stroll por ser o filho do dono da equipe, deverá ter os privilégios de primeiros piloto, e se isso ocorrer, a equipe dará um passo certeiro para o fracasso pois Pérez é um piloto extremamente capaz, apesar de não ser brilhante.

Toro Rosso

Toro Rosso é a equipe que mais revela pilotos.


A Toro Rosso mostrou um bom desempenho na pré temporada e conta com o apoio da Red Bull para desenvolver seus carros, o que a torna uma equipe competitiva para esse ano. O grande problema é a alta rotatividade de pilotos em seus cockpits, os bons são levados para a Red Bull, casos como de Vettel e Verstappen por exemplo, outros são limados sem dó nem piedade, como Alguersuari e Buemi. Esse ano a equipe conta com o retorno de Daniil Kvyat, o jovem russo defenestrado após ser substituído na Red Bull e o jovem Alexander Albon. Essa inconstância nos assentos dos carros torna imprevisível o resultado da campanha da equipe ao longo do ano.


Williams

Kubica merecia um carro melhora para seu retorno à F1.


A tradicional equipe de Grove passa uma de suas fase mais delicadas na categoria, foi a lanterninha na temporada 2018, atrasou a entrega do carro para essa temporada e para piorar tudo, o carro é ruim, tanto que o diretor técnico da equipe se afastou de suas funções. Claramente a equipe está sem rumo, sem bons patrocinadores e sem uma boa parceria técnica. A equipe agoniza. Pelo menos em termos de pilotos, esse ano a equipe está melhor servida, entram o veterano Robert Kubica, um talentoso piloto, que infelizmente sofreu um terrível acidente que o afastou das pistas e George Russel, um promissor talento. A expectativa é que, infelizmente, a equipe continue seu calvário esse ano, qualquer resultado que acarrete pontos para a equipe será uma vitória. 

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