domingo, 24 de dezembro de 2017

BALANÇO DA TEMPORADA 2017 DA F1


O ano de 2017 vai terminando e depois de alguns dias após o término da temporada da F1 já é possível se distanciar de alguns eventos e ter uma perspectiva mais pragmática do que houve de bom e ruim no ano.

No post vamos separar o que foi de positivo primeiramente no ano e depois iremos abordar o que houve de negativo no ano. No fim do post concluiremos com expectativas para a temporada de 2018.

Pontos Positivos:

Hamilton - O piloto inglês mais uma vez conseguiu um título após uma boa disputa com um adversário de nível, e mais, provou estar no ápice de suas habilidades, reflexos e maturidade emocional. É difícil não crer que irá ser o favorito para o próximo ano.

Rumo ao Penta?


Vettel - Mostrou muita força, principalmente na primeira metade do ano, se não fosse pela sequência terrível em Cingapura, Malásia e Japão, provavelmente o piloto alemão teria chegado a Abu Dhabi com chances de título. Isso não quer dizer que seria campeão, pelo contrário, os resultados negativos não influenciaram no fim das contas, apenas anteciparam o que seria uma disputa mais acirrada. Se a Ferrari caprichar no carro de 2018, pode ser que ele consiga surpreender pois é talentoso.

Verstappen - O garoto prodígio sofreu com as quebras de seu carro mas ainda assim, conseguiu duas vitórias importantes para a Red Bull e mostra que é sim, capaz de ser campeão do mundo, basta um carro capaz disso. Seu desempenho em relação a Ricciardo, se comparados as corridas em que ambos terminaram sem problemas mecânicos, mostra que ele já está pronto para assumir essa condição de potencial campeão do mundo.

Alonso - O piloto apesar de estar em um equipe tradicional, tem um carro horrendo. A Mclaren fez apenas 30 pontos no ano, dezoito do espanhol, que apesar disso nunca deixou de ser competitivo, se mostrando capaz de realizar ainda muita coisa na categoria. A moral de Fernando é tão grande que ele não disputou Mônaco para correr em Indianápolis, e fez bonito lá, estava em sétimo quando o carro quebrou, e tinha chances reais de vitória pois por várias voltas liderou a corrida. Se a Mclaren com a Renault melhorar de desempenho pode ser que Alonso mostre muito mais do que esse ano.

Force India - Quarto lugar no mundial, a equipe conseguiu um feito e tanto, apresentando um bom carro, capaz de pontuar em todas as corridas. Mas o grande trunfo da equipe foi a sua dupla de pilotos, Ocon e Pérez. Se perderam alguns pontos pelo caminho por conta da disputa acirrada entre eles, por outro fizeram a equipe alcançar com facilidade esse quarto posto no mundial, e quase sempre com ambos pontuando. Se os ânimos se acalmarem para o próximo ano, pode ser que a equipe possa evoluir um pouco mais e quem sabe, disputar pódios.

A equipe do carro rosa fez uma excelente temporada.


Massa - Voltou de uma aposentadoria relâmpago para socorrer a Williams que ficou sem Bottas e foi de extrema importância para equipe, principalmente no primeiro terço de temporada, quando Stroll ainda se acertava com o carro. Fez uma corrida antológica no Brasil e terminou por cima na temporada, e consequentemente a sua carreira. Mas que ele não se iludisse achando que teria muito mais a oferecer, seu desempenho no meio da temporada foi fraco, tanto que Stroll chegou aos 40 pontos, ficando a apenas 3 de Felipe na classificação geral.

Felipe se despede da F1 na hora certa e pela porta da frente.


Pontos Negativos

Mídia - A mídia, em especial a brasileira detonou o jovem Lance Stroll, devido ao seu início ruim de temporada. Usaram o argumento que seu pai multimilionário comprou a vaga, que o garoto era um perigo, incapaz de estar ali. Pois bem, o início foi muito ruim de fato mas quando pontuou no Canadá e depois conseguiu o pódio no Azerbaijão o garoto decolou e por pouco não passou Massa na classificação. O fato é que sem poderem treinar devidamente na pré temporada, os pilotos mais novos tendem a sofrerem mais para se adaptarem na categoria. O próprio Ocon do ano passado é completamente diferente do Ocon desse ano, ou seja, o treino faz o piloto render muito mais e tirar aqueles décimos preciosos que fazem a diferença entre avançar ou não ao Q3 por exemplo.

Honda - O pior motor da categoria (e olha que a Renault também não fica muito atrás) a Honda foi estigmatizada como a culpada de todos os males que a Mclaren sofreu. Para piorar, ninguém queria fechar a parceria com os japoneses, o que até certo ponto corrobora as críticas da Mclaren. Sem potência e confiabilidade os japoneses estão passando vergonha na F1 desde que retornaram e provavelmente terão a última chance de acertarem com a Toro Rosso no ano que vem.

Ninguém no paddock confia nos motores Honda.


Sauber -  A simpática equipe que fez apenas cinco pontos, e todos com Wehrlein, fez mais uma temporada pífia, sem ser capaz sequer de disputar os pontos com frequência. Com a parceria com a Ferrari, a equipe suíça irá inclusive trocar de nome para Alfa Romeo, dando um fim a equipe sob controle de Peter Sauber. Cada vez mais as equipes vão sendo engolidas pelas grandes montadoras e no momento esse caminho parece ser sem volta.

Era uma vez o simpático carrinho azul.


Toro Rosso - A equipe satélite da Red Bull ficou no sétimo lugar do campeonato mas poderia almejar mais se não fosse um local de extermínio de carreiras. A equipe começou com Carlos Sainz e Daniil Kvyat a temporada, e terminou com Brendon Hartley e Pierre Gasly. Outros bons pilotos foram limados da equipe sem terem a chance e mostrarem seus talentos, por exemplo Alguersuari, Buemi e o próprio Kvyat. A equipe se torna um local inóspito aos pilotos, e como reflexo da falta de continuidade alguns resultados bons se perdem por conta disso.

FIA - Os custos da categoria fizeram com que mais um bom circuito fosse limado do calendário, Sepang deu adeus a F1, e terá em seu lugar o tradicional porém sem graça, circuito de Paul Ricard na França.

O que esperar de 2018?

É de se esperar que a disputa entre Mercedes e Ferrari se acirre, o que seria magnífico para o campeonato. A Red Bull corre por fora para tentar entrar nessa disputa.
A Mclaren quer se reorganizar, já que terá motores Renault, e se conseguir disputar pontos em todas as corridas já será um avanço, mais do que isso será muito surpreendente.
A Alfa Romeo será um destaque, talvez nem tanto pelo desempenho na pista mas sim uma novidade em um ano sem novidades.

A Sauber vira a equipe satélite da Ferrari.

Infelizmente a F1 só volta no fim de março em Melbourne na Austrália para o início da temporada 2018. Até lá, para não ficarmos só na saudade, o blog continuará com posts sobre os Templos Sagrados do Automobilismo, e a partir do inicio da temporada, sairá posts especiais sobre o circuito onde ocorrerá a corrida. Além disso, nas férias postagens especiais irão ocorrer, e posso assegurar, teremos polêmicas sobre alguns temas. 

Bom Natal a todos, e um excelente 2018, até o próximo post, que será sobre o lendário circuito de Anderstorp na Suécia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AUTOMOBILISMO VIRTUAL - SONHOS E COMPETIÇÃO.

Com o advento da internet, o mundo conheceu uma verdadeira revolução no modo de se relacionar entre as pessoas. O contato não precisava ser ...