sexta-feira, 11 de abril de 2014

Analisando a temporada 2014 depois do Bahrein.

A temporada parece tão definida como o grid de largada.

A Fórmula 1 mudou muito mesmo. Regras mais complexas envolvendo a mecânica dos bólidos, novos apetrechos para se utilizar em um Grande Prêmio e a malfadada economia de combustível. Nesse cenário onde quase tudo muda é sempre possível algumas equipes surpreenderem tanto positiva quanto negativamente.
Podemos citar o caso da Williams, o bom rendimento da equipe de Grove poderia até ter sido melhor se não tivesse chovido na Malásia, e se os pilotos não tivessem tido problemas com acidentes na Austrália. A Williams é capaz de chegar ao pódio por enquanto mas não apostaria que a situação vai se manter assim após a metade do ano por conta da falta de verbas na equipe. Outro agravante é um eventual racha entre Bottas e Massa, que não era esperado por ninguém no paddock no início do ano mas que parece provável em breve. Situação complicada do Sir Frank Williams para o ano.
Outra equipe surpresa é a Force India, é verdade que a equipe do Malja já vinha apresentando esporadicamente boas atuações mas esse bom início de ano mostra que a equipe realmente deu um salto de qualidade e caso se mantenha assim será não só será a grande surpresa do ano mas quiçá poderá ficar entre as quatro principais forças no fim de ano, o que seria espetacular.
O grande carro do ano é sem dúvida a Mercedes, porém não chega a ser surpresa pelo carro que tinha na pré temporada e pelos ótimos pilotos que tem. A Mercedes hoje só perde para a Mercedes e a possibilidade disso acontecer é somente se a relação entre Rosberg e Hamilton azedar, é até provável que isso aconteça porém mais pra frente do campeonato apenas, por enquanto os dois se respeitam e sabem que brigam sozinhos pelo título.
O que as três equipes tem em comum? A resposta é simples, o excelente motor Mercedes. Era sabido que o motor Mercedes era o mais rápido mas esse ano ele ganhou confiabilidade e economia de combustível e para piorar o cenário para as outras equipes, a equipe Mercedes melhorou a relação do carro com o desgaste da borracha, ou seja, a equipe não apresenta pontos fracos por enquanto e a possibilidade de título é grande. Quem sabe a equipe consiga fazer o chamado "En Pleine" (vencer todas as corridas do ano.)

Nos parágrafos seguintes vem as decepções do ano até aqui.

A equipe de Woking é a única com motores Mercedes que não faz um bom ano, até se entende que a equipe está vivendo um momento financeiro problemático e que é um ano de transição para os motores Honda, mas a fase da Mclaren é muito aquém de sua grandeza. A equipe que conta com uma jovem promessa e um veterano campeão do mundo deveria pelo menos ser igual em desempenho aos carros de
Force India e Williams, mas a equipe a cada corrida vem perdendo desempenho e cada vez mais vai se acomodando com a situação, em ritmo de espera para 2015. 
A Red Bull é a equipe mais vitoriosa dos últimos quatro anos mas não consegue ser competitiva como era pois a força dos motor Renault é muito menor do que os Mercedes, mesmo a equipe austríaca tendo um carro bem equilibrado e um piloto tetracampeão as atuações tanto de carro quanto piloto se mostram irregualares demais. Quem se salva nas atuações é Daniel Ricciardo, que pilota de maneira muito arrojada e está sim fazendo uma sombra, mesmo que ainda muito tímida e pálida para Vettel. Sebastian aliás tem obrigação de correr mais e não se acomodar com o rendimento regular do carro, nunca vi Senna, Schumacher ou até mesmo Alonso fazendo isso. É nesses momentos que um gênio se sobressai dos bons, Vettel não precisa ser campeão com esse carro, mas tem que fazer do que está fazendo.
A Scuderia Ferrari vem tendo anos complicados mesmo mas esse ano a equipe se superou em fazer um carro ruim. O sempre competente e veloz Fernando Alonso mesmo sendo considerado um piloto top, quiçá o melhor da categoria não consegue fazer o carro vermelho andar e na terceira prova do ano comemorou de forma irônica o nono lugar, deixando claro pra quem quiser ver que ele não está contente com a situação. Raikkonen também não disse a que veio, está apático, longe de ser o grande piloto dos tempos de Mclaren e de Lotus. A scuderia de Maranello tem muito trabalho pela frente se quiser voltar a vencer provas mas com certeza já é grande decepção do ano.
A Sauber é outra que decepciona, nos dois últimos anos era uma equipe capaz de brigar por pontos e até mesmo por pódios por conta do baixo desgaste de pneus dos carros mas esse ano essa vantagem parece ter sumido e o motor Ferrari não empurra os carros de Peter Sauber como ele gostaria. Pior para Pérez que saiu da Mclaren em baixa e tentava se afirmar como piloto de ponta ao retornar para a Sauber.

Parece que o ano se encaminha para uma definição mas pode ser que as coisas mudem quando os pilotos partirem para as primeiras provas na Europa, mas se o status quo não mudar a Mercedes agradece.

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