domingo, 20 de outubro de 2013

Dixon X Castroneves: A batalha final

Abraço do Hélio no Tri Campeão Scott Dixon.



A última etapa do ano da Indy em Fontana decidiu o destino da competição de monopostoso mais rápida desse lado do Atlântico. O Speedway de Fontana é bem rápido, permite disputas e até estratégias diferentes. Sobre o campeonato Dixon após uma rodada dupla iluminada em Houston não só retirou a diferença para Hélio Castroneves como aumentou a mesma para 25 pontos. Em 2004 os dois pilotos também protagonizaram a disputa pelo título e Dixon levou a melhor. Para essa decisão o ponto positivo para Hélio é o fato de ser franco atirador, ou seja a pressão estaria sobre os ombros de Dixon.
A corrida prometia ser inesquecível por causa da disputa do título.

Will Power larga na pole mas logo é superado por Sebastian Bourdais. Hélio avança de décimo segundo para o segundo posto em poucas voltas e até tenta fletar com a ponta mas não consegue. Ryan Hunter Reay muito rápido passa Hélio e depois ultrapassa Bourdais e assume a ponta. Hélio também passa Bourdais após um ligerio erro do piloto francês. Dixon que largou em décimo sétimo estava estável na décima quinta posição.
Na volta 35 as paradas em bandeira verde começam mas as posições não se modificam entre os líderes. Vagarosamente Dixon começa a avançar e chega a décima segunda posição.
A corrida fica com as posições estabilizadas e na volta 71 já no início da janela de pit stop, Saavedra perde o controle e roda, Pipa Mann se assusta com o acidente a sua frente e bate no muro. Nos pits, os líderes permanecem os mesmos mas Dixon faz uma excelente parada e ganha seis posições pulando para sexto lugar, obrigando nesse momento Hélio Castroneves a vencer a prova de qualquer maneira. Na relargada a corrida pega fogo, Hélio assume a ponta, Power relarga mal e causa um pequeno tumulto no pelotão, Andretti se aproveita de tudo isso e pula para frente e começa a brigar com Hélio pela ponta. Hélio após algumas voltas de disputa com Andretti o supera mas logo Tony Kanaan chega para brigar com Helinho. Os dois brasileiros brigam bonito pela ponta mas Hélio novamente prevalece. Na volta seguinte é a vez de Bourdais muito rápido começar a disputar roda a roda a liderança da etapa com Hélio, por fim o francês assume a ponta de vez. Carlos Muñoz da Venezuela fazia uma excelente prova para um novato em ovais porém audacioso demais estava nítido que ele acabaria passando da medida certa e como em qualquer épico de tragédia anunciada o piloto roda e bate bem forte no muro.  Na bandeira amarela os pilotos vão para os pits e Hélio volta na ponta. É importante ressaltar o quão conservador está Dixon mas que se Hélio vencer ele ficará em situação difícil pois nunca andou entre os cinco primeiros.
Volta 108, relargada, Hélio permanece na ponta e Dixon começa a partir para o ataque  e de maneira agressiva vai superando vários adversários porém o ímpetuo foi paralisado com o acidente entre Justin Wilson (que teve problemas na roda traseira e acabou rodando), Simona de Silvestro, James Jakes e Josef Newgarden. Por conta do acidente a bandeira amarela acabou sendo muito longa. As estratégias se diferenciam bastante e na relargada as poisções começam a se modificar. Hélio sai da ponta para a sétima posição e Dixon mais rápido avança para segundo. A corrida virava uma loteria.
Hélio para na volta 153, ou seja faltando 97 giros para o fim da corrida a Penske arrisca em parar apenas mais uma vez. Dixon que não é bobo imediatamente para nos pits e evita fazer uma estratégia diferente, além disso o piloto neozelândes se aproveita do fato de que estava a frente do pelotão.
Com 170 voltas completadas, Power liderava, acertou na estratégia de acelerar ao invés de economizar, erro que não poderia acontecer com Hélio. Dixon em segundo também ficava a frente de Hélio nesse momento passva a marcar o brasileiro a frente dele e o tri campeonato começava a se desenhar.
Na volta 191, Hélio para nos pits, na volta seguinte é a vez de Hélio fazer a parada mas a vida de Hélio piora quando seu próprio companheiro de equipe A. J. Allmendiger roda e bate forte no muro. Power que era o líder a perde para Dixon pois o piloto estava nos boxes na hora da bandeira amarela. Nesse momento, sabendo que o stint de combustível são de 50, seria sensato o piloto brasileiro arriscar a entrar nos boxes e completar o tanque. Dixon assume a ponta.
Hélio e Charlie Kimball fazem um embate sensacional, roda a roda por várias voltas e na volta 211, Alex Tagliani que substitui Dario Franchitti acaba rodando e batedo no muro. Mostrando mais uma vez uma incapacidade nos momentos de decisão a Penske chama o piloto brasileiro ainda na bandeira amarela para os pits, só que os pits estavam fechados. Hélio perde várias posições e vê o título dependendo exclusivamente de sorte.
Faltando 35 voltas para o fim a corrida recomeça, Power, Kimball e Dixon fazem uma briga ferrenha pela ponta e o piloto da Ganassi assume a ponta, Hélio se recupera rápido e pula para terceiro. Faltando 25 voltas para o fim, a asa do carro de Hélio se levanta e ele é obrigado a parar nos pits, fim de campeonato para o brasileiro.A batalha pela corrida continua, Power, Kimball e Bourdais disputam metro a metro corrida. Dixon com problemas de aquecimento para nos pits por precaução e por sorte no mesmo momento Bourdais bate no muro. A sorte ilumina Dixon mais uma vez pois o piloto não perde a volta para os líderes.
Relargada, a que poderia ser a última do ano, Kimball perde a ponta e logo em seguida o motor explode.  A última relaragada do ano acontece finalmente, Power assume a ponta e vence com folga, Dixon chega em quinto e se torna campeão. Hélio finaliza em sexto, uma pena o problema na asa, pois não era impossível ser campeão nessa etapa mas Dixon também fez uma excelente temporada e fez por merecer o título pois nas horas de maior dificuldade ele não se abalou e conseguiu excelentes vitórias no ano.

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