domingo, 25 de março de 2018

A SORTE SORRI PARA VETTEL.


O primeiro domingo com F1 no ano começa com céu azul mas ventando, ventos estes chegando a 18km/h e uma ameaça pequena de chuva no início da corrida. A animação das arquibancadas contrasta com a preocupação e ansiedade dos pilotos no grid. Gris que infelizmente desde 1970, no GP de Brands Hatch não tem um brasileiro sequer. Sinal dos tempos, da destruição gradual do esporte perpetrada pela incompetência da CBA.

O bacana da transmissão são os novos caracteres de apresentação da transmissão, cortesia da Liberty, que tenta trazer a categoria para tempos mais modernos e mais próximo do público. Inclusive antes da corrida foi noticiada uma série pela Netflix sobre os bastidores dessa temporada.

Mas vamos falar do que importa: a corrida. Na largada Raikkonen vem bem agressivo para cima de Hamilton mas o atual campeão se defende bem. Vettel permanece em terceiro, a Haas de Magnussen é a grande surpresa pulando para o quarto posto. As Red Bull é que se complicaram na largada, Max caiu para quinto e Ricciardo que largou em oitavo por conta punição, por lá ficou.  A esperança das Red Bull é que a estratégia de pneus mais duro no início renda alguma coisa. Alonso apesar de permanecer em décimo, conseguiu atacar a Renault de Sainz, acompanhado pelo seu companheiro Vandoorne. A Mclaren de cara já se mostra melhor em desempenho do que o ano passado quando a equipe era equipada pela Honda. 

Na volta cinco, Riccardo consegue ultrapassar Sainz, pulando para sétimo. Bem mais atrás, Bottas, que largou em décimo quinto por conta da batida no Q3 não consegue avançar muito, ficando apenas em décimo quarto. 

A Williams começando mal a temporada 2018.


Na volta seguinte, A Williams de Sirotkin, fica sem freios e o garoto é obrigado a abandonar, pelo menos sem grandes prejuízo. Na volta seguinte é a vez da Sauber de Ericsson com problemas também abandonar.

No nono giro, Bottas passa por Ocon e assume a décima terceira posição. Max Verstappen, que desde o início da corrida estava balançando o carro, forçando tudo atrás da Haas, acaba tocando na zebra e roda em 360 graus. Max perde três posições mas continua na corrida sem nenhum dado, exceto pelo desgaste dos pneus. 


Na passagem quinze, Gasly, com problemas no motor Honda acaba abandonando. Apesar de não ter mostrado nenhuma imagem, é possível imaginar o alívio no paddock da Mclaren por ter se livrado da Honda.

No giro dezenove, Raikkonen para nos pits, ele que vinha se aproximando lentamente de Hamilton. A Mercedes reage e chama Lewis. O inglês ainda volta a frente de Raikkonen. Vettel assume a liderança da corrida.

A voltas vão se sucedendo, e apenas na volta vinte e três, outro piloto para nos boxes, Max Verstappen, que com certeza destruiu seus pneus na rodada. No pelotão de trás, Bottas, vai forçando para cima de Ocon. Na volta seguinte, Sainz erra na primeira curva e perde posições para as Mclaren. Na mesma volta, Magnussen abandona. Alguns pilotos aproveitam para fazerem suas trocas. 

O erro de Sainz facilita a vida de Alonso.


Na volta vinte e cinco, o carro de Grosjean, após a parada nos boxes também abandona. Para desespero dos pilotos e da equipe. A equipe fazia uma corrida belíssima e em três voltas, tudo vira fumaça. O carro de Grosjean para em um ponto ruim e o safety car virtual é acionado. Vários outros pilotos aproveitam para irem ao boxe, inclusive o líder Vettel, que graças a isso, pula para a ponta.  Depois de algum tempo, a explicação para a hecatombe da Haas foi uma pistola pneumática que acabou com os dois carros. Uma infelicidade absurda. 

O triste fim da Haas no GP, tudo por culpa de uma pistola.


Após todos pararem e vinte e seis voltas completadas, os seis primeiros são: Vettel, Hamilton, Raikkonen, Ricciardo, Alonso e Verstappen. Por conta da demora, o safety car é acionado ao invés do virtual safety car, ajudando o pelotão a se agrupar.

Na relargada, Bottas pressiona Vandoorne pelo oitavo lugar, mais a frente Verstappen se defende como pode dos ataques de Hulkenberg. Na liderança, Vettel é pressionado por Hamilton. 

Graças ao safety car Vettel pula a frente no GP.


No giro trinta e quatro a Red Bull de Verstappen passa a pressionar a Mclaren de Alonso. O espanhol é obrigado a mudar seu traçado para se defender. No pelotão da frente, Hamilton e Vettel fazem o melhor para chegarem a frente.

Na volta trinta e oito, após um pequeno erro de Raikkonen,  Riccardo tenta a ultrapassagem, mas não consegue. As disputas são muito boas nesse ponto da corrida.

Na passagem quarenta, a Ferrari de Vettel apresenta uma pequena fumaça, ao mesmo tempo, Hamilton se aproxima do alemão. 

Na volta quarenta e seis das cinquenta e oito previstas, Vettel faz a melhor volta da corrida, respirando um pouco mais aliviado, ainda mais que Hamilton errou na volta perdendo dois segundos preciosos. Mais atrás Alonso segura no braço um pelotão composto por Verstappen, Hulkenberg e Bottas.

Alonso, na garra, segura Verstappen e outros.


Faltando dez voltas para o final Bottas começa a atacar Hulkenberg, o finlandês mesmo com mais carro tem dificuldades.

Com cincos voltas para o fim, Vettel consegue abrir mais de dois segundos para Hamilton. A Red Bull libera seus pilotos para usarem todo o poder do carro, Verstappen para atacar Alonso e Ricciardo para atacar Raikkonen.

Faltando três voltas para o fim, Hamilton começa a perder desempenho rapidamente, Raikkonen e Ricciardo vão se aproximando dele. O fim de corrida para o inglês é dramático. 

Na última volta as posições se mantém as mesmas apesar do drama das disputas e sendo assim Sebastian Vettel é o grande vencedor do dia. Das últimas nove corridas, apenas em duas o pole position venceu em Melbourne, mostrando que o circuito não pode ser considera parâmetro devido as suas peculiaridades.

A festa de Vettel com a sua 48o. vitória e cem pódios na carreira.

E foi isso, uma prova morna que pegou fogo após o safety car e teve um final muito bom. A F1 volta em duas semanas, no GP do Barein. A disputa entre os tetracampeões Vettel e Hamilton continuará por lá. Nos vemos em breve.


Nota dada aos pilotos pelo seu desempenho na corrida.


1o. Vettel - 9,0

Não fez uma classificação como gostaria mas arriscou uma estratégia diferente e a sorte o favoreceu. Lógico que possui méritos por aguentar a pressão de Hamilton após a relargada e por isso essa nota tão boa.

2o. Hamilton - 9,0

Estava fazendo tudo certinho mas um safety car o tirou da liderança e passar por Vettel não é fácil, prova disso é que Lewis destruiu seus pneus no fim e chegou a ser ameaçado por Raikkonen.

3o. Raikkonen - 8,0

Fez um excelente fim de semana, acompanhou o ritmo de Hamilton na primeira parte da corrida e na segunda metade soube se defender de Ricciardo que tinha pneus mais macios. Lembrou os seus bons tempos.

4o. Ricciardo - 7,5

A corrida foi muito boa mas a punição que sofreu acabou complicando as suas chances de pódio.

5o. Alonso - 9,0

Esse é o cara. saiu em décimo e acabou em quinto, a frente de seu companheiro, duas Renault e uma Mercedes. Alonso foi Alonso e conseguiu um excelente resultado. O carro é razoável apenas, mas um motor que não quebra é o suficiente para o espanhol mostrar seu talento.
6o. Verstappen - 6,0

7o. Hulkenberg - 6,5

Fez uma corrida discreta mas eficiente. Conseguiu bons pontos e mostrou que a equipe tem potencial.

8o. Bottas - 5,0

Errou sozinho no treino, largou em décimo quinto por conta de punições devido a batida e, ao invés de uma corrida combativa, Bottas fez o mínimo possível, chegando apenas em oitavo. Esse não dura muito em uma equipe grande se continuar assim.

9o. Vandoorne - 7,0

Teve um bom ritmo nos treinos e na corrida, sempre acompanhando Alonso. Infelizmente faltou a ele o algo a mais para chegar mais a frente mas nem por isso o resultado foi ruim.

10o. Sainz - 5,0

A corrida não foi uma de suas melhores, mas como o piloto reclamou pelo rádio que estava passando mal merece um desconto por hoje.

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