domingo, 30 de julho de 2017

F1 sem Brasil vê Vettel no topo do pódio.

O fantástico circo da F1 desembarca na Hungria, no Leste Europeu para a décima primeira etapa da temporada. Pela 32o. vez consecutiva Hungaroring recebe a categoria. O circuito já é um palco extremamente conhecido e tradicional, o traçado sinuoso e travado favorece a aerodinâmica em detrimento ao motor, mais parecido com Mônaco do que com outros circuitos permanentes, além disso o calor é sempre um fator, ou seja, largar na pole é essencial para quem quer vencer pois as ultrapassagens são raras.

Na qualificação, Vettel de maneira brilhante faz a pole position, se redimindo da corrida anterior, para melhorar a situação do alemão, seu companheiro de equipe, Kimi Raikkonen também se classifica bem e fica em segundo. Bottas coloca a Mercedes em terceiro e Hamilton de maneira discreta é o quarto. A Mclaren de maneira surpreendente se classifica bem e coloca Alonso em oitavo e Vandoorne em nono, para melhorar ambos ganharam uma posição no grid por conta da punição a Hulkenberg. 

O triste do fim de semana é que após 35 anos a F1 tem um grid sem um brasileiro nele, Felipe Massa sentindo tonteiras devido a uma labirintite viral abanadona o último  treino livre e a Williams em seu lugar chama Paul di Resta às pressas. Desde Ímola em 1982, o Brasil não fica sem representante, na ocasião uma briga entre FISA e FIA, na ocasião um boicote das equipes ligadas a FIA fez com que Nelson Piquet e Chico Serra não corressem. É bom ressaltar o péssimo momento do cenário automobilístico que não forma mais pilotos e uma perspectiva de curta prazo onde não existem pilotos talentosos a ponto de ingressarem na F1.

Massa explicando a sua ausência para a mídia no sábado.


Na largada, as Ferrari se mantém muito bem na ponta, as Red Bull conseguem largar melhor do que as Mercedes, Bottas disputa a primeira curva com Bottas mas não consegue a ultrapassagem, depois disso, na curva seguinte Max e Ricciardo se tocam, muito por conta do travamento de pneus de Max, pior para Ricciardo que tem o radiador furado e abandona. O safety car é acionado. Ainda sobre a largada, Grosjean da Haas e Hulkenberg da Renault se tocam, pior para o piloto da Haas que vai para fora da pista. A largada também teve bons momentos, que diga Sainz que pula de nono para sexto.

O toque de Max que tira Ricciardo da prova.


Quando o safety car é recolhido na volta seis, os cinco primeiros eram: Vettel, Raikkonen, Bottas, Verstappen e Hamilton, aliás o inglês de maneira enlouquecida parte para cima de Max, que se defende das investidas como pode. Na volta seguinte Max recebe o aviso de uma punição de dez segundos. 

Vettel na ponta da corrida vai fazendo uma sequência impressionante de voltas mais rápidas, abrindo espaço entre ele e Hamilton principalmente.

A partir da volta 21 começam as paradas de pit stop que começam com Grosjean, aliás devido a um pneu não fixado corretamente o francês abandona a corrida logo em seguida. Os outros pilotos retardam ao máximo para fazerem apenas uma parada. 

Na volta 30, Stroll faz seu pit stop, na volta seguinte é a vez de Bottas, que coloca pneus macios, para ir até o fim da corrida. Na volta 32 é a vez de Lewis, que também coloca os pneus de banda amarela, o inglês volta atrás de Bottas. Na passagem 33 é a vez de Vettel parar nos boxes, também com pneus macios, para ir até o fim da corrida, sem sustos. Na volta 34 é a vez de Raikkonen, que volta bem próximo a Vettel. Após as paradas dos ponteiros a liderança é de Verstappen, que ainda não havia feito seu pit stop.


No giro 37, Hamilton começa a pressionar Bottas para buscar a terceira posição. Alonso, sempre ele, na pista passa Sainz por fora. Abaixo um pequeno vídeo sobre o pega entre os espanhóis.




Na passagem 43, Verstappen faz seu pit stop, e na pista a Mercedes com um melhor rendimento consegue chegar nas Ferrari. A corrida começa a ganhar contornos dramáticos para Vettel que vinha dominando até então.

Na volta 47, Bottas literalmente para o carro para que Hamilton passe. Jogo de equipe é natural mas fazer dessa maneira, a contragosto de um dos pilotos, sempre resulta nesses gestos acintosos. Hamilton após passar mostra que tinha um ritmo melhor e avança até as Ferrari.

Bottas literalmente abre para Hamilton.


Na volta 54, Hamilton e Raikkonen começam a pressionar Vettel porém os retardatários começam a jogar a favor de Vettel que consegue abrir uma pequena diferença, negociando melhor as ultrapassagens. 

Faltando dez voltas para o fim da corrida a Ferrari parece ter se restabelecido e começa a frear o ímpeto de Hamilton, Vettel inclusive começa a abrir para Raikkonen, deixando a situação complicada para o finlandês. 

Já com apenas sete voltas para o fim, Paul di Resta, o substituo de Massa abandona com problemas. Nesse ponto da prova, Hamilton começa a perder terreno devido aos retardatários, ficando com a situação complicada. O que ninguém esperava era que Verstappen começava a chegar em Bottas, o que beneficiava Hamilton pois dessa maneira não havia como a equipe fazer a troca de posições. 

Com apenas três voltas para o fim, Hamilton parte para uma última ofensiva mas não consegue se aproximar como deveria. Na última curva da última volta Hamilton abre para Bottas e devolve a terceira posição. A manobra foi bem calculada pois Verstappen fechou a linha de chegada a um pouco mais de um segundo atrás da dupla da Mercedes.

Depois de um pequeno jejum de vitórias e de corridas conturbadas como Azerbaijão, Canadá e Inglaterra, Sebastian Vettel cruza a linha de chegada em primeiro, muito graças ao seu companheiro de equipe Kimi Raikkonen que ficou em segundo e fechando o pódio Bottas.

A vitória de Vettel lhe dá tranquilidade no campeonato.


Dessa forma Vettel coloca catorze pontos de frente a Hamilton, porém aparentemente os carros da Mercedes tem mais pistas favoráveis ao seu motor do que a aerodinâmica da Ferrari.

Mas no pódio, um cena inusitada para fechar com chave de ouro o GP e a primeira metade da F1, um grande tablado pintado com Alonso pegando Sol em uma praia ganhou a companhia do espanhol de verdade, com a placa "A F1 deseja a todos boas férias".  Um momento cômico em um cenário muitas vezes rude e sério demais. É uma nova F1 com a direção da Liberty.

Mesmo sem vencer, Alonso é protagonista.


Abaixo segue a pontuação dada aos pilotos pela atuação no GP da Hungria.

1o. Vettel - 9,0
Fez a pole position, largou muito bem e soube no início da prova imprimir um bom ritmo. Após a parada Vettel teve problemas mas conseguiu com a ajuda de Raikkonen se manter a frente e vencer a prova.

2o. Raikkonen - 9,0
Fez uma excelente prova, poderia inclusive ter vencido mas teria prejudicado Vettel no campeonato. Foi um excelente escudeiro e jogou pela equipe.


3o. Bottas - 7,0
Fez uma boa largada, ficando a frente de Verstappen mas não conseguiu acompanhar as Ferrari na prova.O pódio foi justo pois cedeu a posição mas não merecido devido a sua falta de combatividade.


4o. Hamilton - 7,0
Pagou o preço de uma qualificação apagada e de um largada ruim, poderia até ter ficado com o terceiro lugar mas ganharia a antipatia de seu novo companheiro de equipe, prezou a boa relação pois sabe que precisará e muito de Bottas na segunda metade do ano.

5o. Verstappen - 7,0
Largou muitíssimo bem, quase pulou para terceiro mas não soube conter o ímpeto e acabou tirando seu próprio companheiro de equipe da prova e foi punido, que resultou na perda de qualquer possibilidade de brigar pelo pódio.


6o. Alonso - 8,5
O mito. Com um carro razoável consegue resultados impressionantes, de quebra, conseguiu fazer a volta mais rápida da corrida e a ultrapassagem mais bonita da corrida.


7o. Sainz - 8,0
Fez uma boa largada, deu um "x" em Alonso mas logo em seguida perdeu a posição, sendo ultrapassado por fora. Fora esse fato, Sainz fez uma boa prova e conseguiu um bom resultado.


8o. Pérez - 7,0
Discreto nos treinos e na largada, na corrida soube ter paciência e ganhar posições importantes.


9o. Ocon - 6,0
Idem a Pérez, mas com o agravante de ter largado mais atrás e ter ficado logo após seu companheiro de equipe ao fim da prova.


10o. Vandoorne - 6,0
Fez uma boa classificação, conseguiu manter a sua posição na largada mas na corrida não teve um bom ritmo, pelo menos pontuou.

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