segunda-feira, 19 de maio de 2014

O TOP 10 DE TODOS OS TEMPOS NA F1 - Parte 1

O meu blog apesar de novo, já possui 100 posts, para comemorar então essa marca tão significativa resolvi fazer a famosa eleição dos dez melhores pilotos de Fórmula, essa análise conterá dados de pilotos que já não pilotam mais o que facilita uma olhar mais crítico sobre eles e seus currículos. Outro ponto a se ressaltar é que alguns desses gênios eu assisti ao vivo e infelizmente outros não, porém analisei vídeos antigos para ajudar a somar informações sobre eles. Outro dado curioso é que muitos pensam que a década de 1980 foi a principal da Fórmula 1 porém aqui nessa análise vamos perceber que não é só ela que possui um grande número de campeões. 
Relembro os amigos leitores, pilotos em atividade não entraram na lista propositalmente pois os mesmos ainda podem alcançar marcas ainda mais expressivas e terão uma análise posterior.
Uma seleção de pilotos veio a mente porém nem todos podem fazer parte desse panteon de gênios talentosos, Schumacher, Senna, Prost, Mansell, Piquet, Lauda, Stewart, Lauda, Clark, Gilles Villeneuve, Hakkinen, Keke Rosberg, Fittipaldi, Brabham, Graham Hill, Ascari, Fangio, Stirling Moss, Farina entre outros. Um grid dos sonhos seria esse não é? No fim do post explicarei as razões do porque alguns não entraram na seleta lista.


Emerson e a lendária Lotus negra.


Mas o top 10 começa com o fabuloso Emmo.
10o. Emerson Fittipaldi
Emmo foi bicampeão na categoria máxima, pela Lotus em 1972 (nesse título obteve a marca de mais jovem campeão da categoria que perdurou até o título recente de Vettel) e pela Mclaren em 1974, abriu as portas do automobilismo brasileiro no cenário mundial (até porque o primeiro brasileiro na F1 foi Chico Landi). Nos dois títulos sua pilotagem suave e tranquila casou com seus carros que eram rápidos e um pouco mais confiáveis. O brasileiro não chegou a ser brilhante como Stewart em seu auge mas foi eficiente e correto. Curiosamente sua melhor temporada foi a de 73 na qual ele não foi campeão e enfrentou a concorrência interna do super veloz Ronnie Peterson e do arqui rival Stewart. Em 1976 Emmo se aventurou em criar a própria equipe e infelizmente deixou de ser competitivo e não conseguiu mais resultados expressivos. Mas por seu sucesso na F1, seu lendário conhecimento técnico e sua tranquilidade ele fica no décimo lugar.

Brabham e seu carro lendário campeão do mundo.


O nono lugar fica com outro piloto lendário e ídolo de Piquet, Jack Brabham.
9o. Sir John Arthur Brabham foi um piloto rápido, audacioso e genial na parte mecânica. Sentia o carro através dos ouvidos, passava a semana na garagem tentando achar meios de ir mais rápido na pista. Jack aprendeu a correr nas longas estradas australianas, foi para a Europa correr pela média Cooper e a transformou em uma equipe vitoriosa e campeã sob a sua batuta. Por fim seu feito mais lendário foi criar uma equipe sua a partir do nada e a levar ao título. Black Jack como era chamado obteve dois títulos pela Cooper 1959 tendo de empurrar seu carro até a linha de chegada e em 1960, com sua própria equipe, seu próprio motor, Jack chega ao seu auge e conquista o título de 1966. No ano seguinte seu companheiro de equipe Denny Hulme conquista o título. Apesar de ser rápido e talentoso outros pilotos mostraram ao longo da história também possuirem as mesmas características o que diferenciava esse Ás tricampeão do mundo (1959, 1960 e 1966) é seu conhecimento mecânico único aliado a sua velocidade na pista e por isso fica em nono lugar.

Clark e seu carro na lendária Brickyard.


O oitavo lugar fica com o escocês voador Jim Clark, o mais rápido do seu tempo.
8o. James "Jim" Clark, bi campeão do mundo (1963 e 1965), 25 vitórias e incríveis 33 poles position em 72 Grandes Prêmios, de quebra Clark foi um dos poucos pilotos da F1 a se aventurar na prova de Indianápolis e a vencer na lendária Brickyard em 1965. Filhos de fazendeiros, Jim preferia a agitação das provas do que a paz da fazenda, corria em diversas categorias e sempre se destacava pelo seu talento nato para o automobilismo. Na Fórmula 1 o seu sucesso foi meteórico, logo se tornou o mais jovem campeão da categoria até então, se tivesse um carro mais confiável o escocês voador teria conseguido resultados ainda mais impressionantes. A parceria Chapman e Clark também foi lendária, o dono da equipe e seu piloto eram grandes amigos e tinham sede de vitória. Na temporada de 1968 parecia que as coisas se encaminhariam para um tri campeonato mas um acidente fatal na Fórmula 2 em Hockenheim tirou Clark da disputa e selou prematuramente sua carreira. Talvez por seu talento e perspectivas para o longo da carreira, Clark merecia um lugar mais acima da tabela, talvez até um top 5 mas infelizmente só podemos julgar o que aconteceu na sua carreira e não o que poderia ter acontecido. Diferente dos outros pilotos acima, Clark era mais agressivo e menos técnico.


Piquet e sua Brabham em 1983.

O sétimo lugar fica com o brilhante e frio piloto brasileiro Nelson Piquet
7o. Nelson Piquet foi um piloto polêmico fora das pistas mas dentro delas era genial e sagaz. Piquet combinava audácia, frieza e inteligencia, por isso era capaz de se destacar nas provas, derrotar fortes companheiros de equipe e de conquistar três campeonatos mundiais (1981,1983 e 1987). O brasileiro além de possuir um talento invejável também tinha conhecimento técnico pois cursou engenharia mecânica na UnB, essa vantagem lhe rendeu uma grande superioridade sua nas categorias inferiores e ao estrear em 1978 todos percebiam que ele tinha um imenso potencial. Em 1979, Lauda serviu de mentor e inspiração para o jovem piloto aprender o caminho das pedras da categoria máxima. Piquet disputou o título contra Alan Jones em 1980 mas a conquista viria de forma dramática em 1981 em cima de Carlos Reutemann por apenas um ponto de vantagem. Piquet se estabeleceu como uma estrela na equipe em 1982 mas duas desclassificações contestáveis o tiraram a chance de disputar o campeonato daquele ano, aliás 82 foi o ano da épica briga com Eliseo Salazar em Hockenheim. Em 1983, Piquet mostrou seu lado estrategista e conseguiu um título brilhante e incontestável. Já em 1984 o carro era rápido mas quebrava com facilidade e Piquet abandonou diversas provas e perdeu novamente a chance de disputar um título. Em 1985 Piquet e equipe sofrem com os pneus Pirelli e no fim do ano o piloto vai para a Williams. Na temporada de 1986 o dono da equipe Frank Williams sofre um acidente terrível e fica paraplégico, evidente que isso influencia um pouco o rendimento da equipe, mas o maior problema da equipe é a disputa interna entre Mansell e Piquet pelo posto de primeiro piloto. Piquet foi brilhante naquela temporada, fez a ultrapassagem épica sobre Senna em Hungaroring. A temporada termina com um desfecho ruim pois o brasileiro perdeu o título para um rival poderoso o francês Prost , pior, e uma condição de igualdade entre Piquet e seu companheiro de equipe Mansell. Em 1987 é o ano da consagração, o piloto brasileiro literalmente divide a equipe em duas, prevalece sobre Mansell quase que a temporada inteira e a duas provas do fim do campeonato, Mansell se acidenta e não corre, a diferença que era de 12 pontos antes da prova aumenta e Piquet é tri campeão do mundo. Piquet ainda teve momentos brilhantes na Lotus e Bennetton, principalemente em 1990. É verdade que conseguiu ainda algumas boas vitórias mas perdeu um pouco de seu entusiasmo ao correr com equipes que não podiam postular ao título e com a ascensão de Senna como próximo astro do Brasil e da F1.

Stewart literalmente voando. 


O sexto lugar fica com aquele que foi chamado por Emerson Fittipaldi de "Schumacher dos anos 1970"
6o. Sir Jack Stewart, era com certeza um piloto formidável, o escocês em 1964 se destacou na F3, já cobiçado ainda correu na F2 em 1965 e fez a estréia na F1 no circuito de Clermont Ferrand, Stewart chegou em sexto e já mostrou ao mundo um talento raro, na corrida seguinte um pódio em Monâco e o mundo passou a olhar para ele com outros olhos. No mesmo ano, Stewart venceu pela primeira vez, na lendária pista de Monza na Itália. Jack terminou o ano em terceiro e viu seu conterrâneo Clark ser campeão. No ano seguinte a expectativa era de um título mas o carro não ajudou e finalizou o ano em sétimo. Em 1967 a situação foi ainda pior, só voltando a melhorar em 1968 com o vice campeonato. Já maduro e com um carro veloz, Stewart passa a dominar a categoria, sendo tricampeão (1969, 1971 e 1973) e conquistou mais um vice em 1972, perdendo o título para Fittipaldi. Jack preferiu parar no auge, com um título no bolso e talvez nunca tenha se arrependido mas com certeza ainda tinha muita lenha para queimar.

Os outros 5 melhores irão aparecer no próximo post mas explico porque não coloquei alguns pilotos consagrados nessa seleta lista.

Nigel Mansell - apesar de ser muito veloz e campeão do  mundo, o "leão" foi derrotado por seus companheiros de equipe Prost e Piquet, apesar de talentoso o inglês talvez não tivesse no mesmo nível dos outros citados.

Alberto Ascari - o italiano era com certeza muito rápido e talentoso porém todos diziam que Fangio era melhor, em uma lista maior com certeza ele iria aparecer mas em um grupo tão seleto Ascari sai em desvantagem pois não exstem muitas imagens da época.

Graham Hill - O primeiro Mr. Mônaco, 5 triunfos na lendária pista, dois títulos mundiais, com certeza era outro gênio que poderia estar na lista se ela fosse mais abrangente. Era talentoso e rápido porém tevem um fim de carreira decadente infelizmente.

Mika Hakkinen - Apesar de um bi campeonato do mundo e de ser bastante veloz, Hakkinen não teve grandes adversários na equipe que o ajudassem a realçar seu talento. A superioridade do seu carro nos seus campeonatos compromete uma avaliação mais crítica de seu talento. 

Gilles Villeneuve - Sem título, a avaliação desse piloto de talento assombroso fica comprometida. Era capaz de encantar como poucos na pista porém também nunca foi um grande líder na equipe e nem soube controlar uma prova como deveria. Merece a menção e a lenda em torno de seu nome mas estar entre os 10 melhores era um pouco demais para ele.

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