domingo, 26 de agosto de 2012

A paixao pela Formula 1.

 Quando eu era criança jogava futebol com bola, ou latinha amassada, muitas vezes era o goleiro pois como era gordinho não conseguia correr muito, mas diferentemente de outras crianças adora assistir corridas, era fanático por brincar de carros, elaborava tabelas, montava pistas com Lego, tinha uma colcha de cama em forma de pista (só tinha curvas mas era legal), usava a tampa de caixa d' água como circuito oval ou a mesinha de centro da sala, enfim tudo era motivo de colocar uns carrinhos na pista e começar a brincar. Não me lembro exatamente qual foi a primeira corrida de Fórmula1 que assisti mas lembro do GP dos Estados Unidos em Detroit em 1990, as corridas em Suzuka de 1990 e 1991, na Austrália no mesmo ano, em Kyalami e claro as corridas no Brasil. Apesar de lembrar de muita coisa acho que passei a acompanhar com claro entendimento apenas a temporada de 1993 em diante, todos ficavam impressionados como eu sabia quem era quem no carro pois só podiamos diferenciar os pilotos pelo capacete. Adorei acompanhar cada corrida, cada vitória de Senna e de Piquet (sim cheguei a ver Piquet vencendo pela Benneton) mas só descobri o amor verdadeiro pela velocidade quando Senna morreu. Fiquei triste, todos nós ficamos, foi de fato uma tragédia parecia que alguém próximo da gente tinha morrido. Muitos então abandonaram a Fórmula 1 falavam que ela perdeu a graça, mas eu não conseguia deixar de assistir, acordava cedo, assistia o finalzinho do Globo Rural e me empolgava com as batalhas entre os pilotos em suas carruagens velozes. Se não tinha mais Senna ganhando em Donington, em Interlagos, Suzuka ou em Mônaco por outro lado despontava Schumacher com seu estilo agressivo. Se não tínhamos duelos entre Senna, Prost e Mansell por outro lado existia os duelos entre Schumacher, Hill, Villeneuve e Hakkinen. A vida seguiu, o esporte seguiu e o amor pela categoria só cresceu. Talvez as batalhas não fossem tão belas, tão empolgantes quanto antes mas com certeza cativava e muito o aficcionado que eu era. E isso perdura até hoje, só que hoje esse "casamento" tem uma amante bruta, aguerrida e americana: A Nascar mas isso é outra história.

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